25 de junho de 2024

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Mercado de Petróleo Registra Ganho de 1% com Expectativas de Oferta Mais Ajustada no Terceiro Trimestre

Os mercados de petróleo encerraram o dia em alta considerável, iniciando mais uma semana com números positivos, impulsionados pelas perspectivas de que a balança entre oferta e demanda permanecerá ajustada no terceiro trimestre. Essa análise foi destacada pela agência Dow Jones. Ao final do pregão, o petróleo Brent, referência global, registrou um aumento de 0,90%, alcançando US$ 86,01 por barril, enquanto o petróleo WTI, referência nos Estados Unidos, também com entrega prevista para agosto, teve uma valorização de 1,1%, atingindo US$ 81,63. A sustentação para esses preços é corroborada pelo recente relatório de estoques dos Estados Unidos, que revelou diminuições nos estoques de petróleo e gasolina, além da maior demanda semanal por gasolina desde novembro. Informações do Valor Investe

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FPBio busca regulação específica para inclusão do coprocessado no mercado de diesel

A Frente Parlamentar do Biodiesel (FPBio) está em busca de uma legislação específica para discutir com a Petrobras a viabilidade da inclusão do coprocessado no mercado de diesel, mas à parte do projeto de lei do Combustível do Futuro (PL 528/2020), que está aguardando relatório no Senado Federal. Na sexta-feira (21/6), um grupo composto por parlamentares e representantes dos produtores de biodiesel se reuniu com a nova presidente da Petrobras, Magda Chambriard. “Deixamos claro que não seria possível incluir o coprocessado no mesmo arcabouço regulatório que estamos debatendo atualmente. Ela expressou o interesse em capturar 1% do mercado com as instalações disponíveis e, portanto, estamos buscando uma regulação específica (…) fora do âmbito do Combustível do Futuro”, afirmou o deputado Alceu Moreira (MDB/RS), presidente da FPBio. Segundo Moreira, a reunião foi iniciativa de Magda, que busca estreitar laços com o setor agropecuário. “Ela deixou claro que está aberta para que nós, do setor de biodiesel, junto com a equipe da Petrobras, possamos desenvolver esses textos que são do nosso interesse, tanto para a regulação quanto para o mandato”. Essas informações foram divulgadas previamente pela plataforma político-ambiental epbr. Em resposta à epbr, a Petrobras reafirmou seu compromisso com o desenvolvimento do setor de biocombustíveis no Brasil, mas sem comentar especificamente a reunião. Durante a tramitação do PL 528/2020, a Petrobras tentou incluir o coprocessado nos mandatos destinados ao diesel renovável, primeiro no espaço reservado ao biodiesel e depois no do diesel verde. Senadora retira emenda sobre coprocessado A emenda mais recente sobre o assunto, apresentada pela senadora Tereza Cristina (PP/MS), contemplava a possibilidade de considerar a parcela renovável no mercado reservado ao diesel verde. No entanto, a senadora retirou a emenda nesta semana após uma mobilização do setor de biodiesel. A emenda original não atendia completamente aos interesses da Petrobras, pois incluía o coprocessado no mandato do diesel verde, transferindo as responsabilidades para o refinador/importador, mantendo o limite do novo mandato em 3%, além de outras alterações. O relator no Senado, Veneziano Vital do Rêgo (MDB/PB), havia previsto a publicação do relatório no início de junho, após uma série de audiências públicas. Nos bastidores, o governo federal trabalha para preservar o texto aprovado na Câmara dos Deputados. Isso se deve à intenção de concluir a tramitação e, finalmente, sancionar o Combustível do Futuro. “Devemos respeitar a decisão que vier do parlamento, mas preferiríamos que não houvesse mudanças significativas para que o projeto não perdesse sua essência, evitando alterações que possam modificar sua estrutura”, disse Euler Lage, gerente de projetos da Casa Civil, durante um evento da RBQAV na semana passada. Desde antes da saída de Jean Paul Prates, a Petrobras vinha diminuindo – ao menos oficialmente – a pressão contra o projeto de lei. Após a mudança na gestão, a posição oficial é favorável ao texto do governo. A influência das distribuidoras e do IBP no Senado mantém o setor agropecuário em alerta. Em um acordo intermediado pela Casa Civil, sob a gestão de Rui Costa (PT), no governo Lula, foi alcançada a proposta aprovada na Câmara dos Deputados para a criação dos mandatos de descarbonização do combustível de aviação, do biometano, o aumento das misturas de etanol anidro e biodiesel e, no futuro, do diesel verde. Na versão original do texto enviada pelo governo, a decisão de não incluir explicitamente o coprocessamento nas rotas do mandato de biorrefino já havia sido tomada. Uma versão do PL chegou a criar o mandato do “diesel renovável”, com maior flexibilidade para as rotas. É um tema que divide os agentes econômicos, havendo divergências até mesmo dentro do setor agropecuário, com alguns apoiando a emenda original de Tereza Cristina. Além disso, há pressão de consumidores industriais de gás natural, produtores e importadores contra a proposta para o biometano, argumentando que a medida resultará em aumento de preços. Informações da EPBR

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Ministério da Justiça Intensifica Combate a Facções Criminosas no Setor de Combustíveis

O setor de combustíveis, apontado por autoridades e especialistas como crucial para a lavagem de dinheiro pelo crime organizado, entrou na mira do Ministério da Justiça e Segurança Pública. O ministro Ricardo Lewandowski decidiu criar um grupo de trabalho dedicado a monitorar a influência de facções criminosas e milícias nesse mercado. Ele instruiu sua equipe a desenvolver estratégias para combater este problema, que também afeta outros setores da economia formal, influenciando a concorrência e a arrecadação de impostos. Recentemente, o ministro reuniu-se com empresários e advogados para discutir o assunto, agora sob responsabilidade da Secretaria Nacional de Segurança Pública (Senasp), por meio da Diretoria de Operações Integradas e de Inteligência (Diop). O grupo incluirá a Polícia Federal (PF), a Polícia Rodoviária Federal (PRF), a Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) e representantes do setor privado. Paralelamente, há propostas em tramitação no Congresso visando intensificar o combate ao crime organizado nesse setor. Rodney da Silva, do Ministério da Justiça e Segurança Pública, destacou que iniciativas já em prática na Amazônia, como o programa Protetor de Fronteiras, de Divisas e Biomas, servirão de base para o novo projeto. “Em uma segunda etapa, a ideia é coordenar as forças para atuar contra o descaminho, contrabando e adulteração dos combustíveis, principalmente na região Sudeste”, afirmou. Para mais detalhes, acesse a notícia completa aqui. Fonte: Valor Econômico

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Indústrias de Tabaco, Cerveja e Petróleo Buscam Isenção do ‘Imposto do Pecado’

Empresas dos setores de tabaco, bebidas alcoólicas, refrigerantes, petróleo e automóveis estão se mobilizando para que seus produtos sejam excluídos do Imposto Seletivo, introduzido pela reforma tributária para incidir sobre itens prejudiciais à saúde e ao meio ambiente. O novo tributo, popularmente conhecido como “imposto do pecado”, está atualmente sendo discutido na Câmara dos Deputados. As deliberações sobre quais produtos e serviços serão afetados pelo imposto podem trazer mudanças substanciais e duradouras para os setores envolvidos. Durante uma audiência realizada na segunda-feira (24), representantes dessas indústrias apresentaram seus argumentos aos parlamentares. A base para a discussão é um projeto de lei encaminhado pelo Ministério da Fazenda para regulamentar o imposto, criado pela emenda constitucional da reforma tributária promulgada no final de 2023. Nelson Leitão Paes, assessor da Secretaria Extraordinária da Reforma Tributária do Ministério da Fazenda, iniciou a audiência destacando que alguns dos itens a serem tributados já estão previstos na Constituição, como os bens minerais extraídos. Ele mencionou que a OCDE (Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico) possui países que tributam veículos e combustíveis, mas que os veículos parecem ser a opção mais apropriada para este imposto. Luiz Carlos Moraes, vice-presidente da Anfavea (Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores), contestou a posição do Ministério da Fazenda. Segundo ele, aumentar a tributação dos automóveis encareceria os produtos, resultando no envelhecimento da frota brasileira, aumentando a poluição e os acidentes. “É um absurdo incluir os automóveis nesta tributação. Incluir os automóveis só vai trazer prejuízo à saúde da população e mais gastos ao sistema de saúde”, afirmou. O Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC) sugeriu que os carros elétricos também sejam submetidos ao Imposto Seletivo, seguindo a lógica do projeto Mover, que prevê mais tributação conforme o veículo seja mais poluente. “A bateria do veículo elétrico tem pegada de carbono, então isso tem que ser contabilizado”, disse Margarete Gandini, diretora de departamento no MDIC. Bianca Xavier, economista da Associação Brasileira dos Produtores Independentes de Petróleo, argumentou que incluir o petróleo na lista de itens tributáveis não trará os resultados esperados. “Há uma confusão quando se fala de petróleo e seu produto. A produção de petróleo é responsável por menos de 1% das emissões de carbono. Não confundam o que acontece após a extração do petróleo”, explicou. Márcio Maciel, presidente executivo do Sindicerv (Sindicato Nacional da Indústria da Cerveja), enfatizou a importância do setor para a economia brasileira e o apoio a políticas de combate ao consumo excessivo. Ele mencionou que o setor enfrenta uma complexa realidade tributária e é um dos maiores contribuintes do país, com mais de R$ 50 bilhões em impostos anuais. “A cerveja é a bebida com menor teor alcoólico no mercado brasileiro. Para combater o consumo nocivo, a tributação deve ser progressiva, baseada no teor alcoólico das bebidas”, defendeu Maciel, que também solicitou um tratamento diferenciado para pequenos produtores. O gerente executivo da Abifumo (Associação Brasileira da Indústria do Fumo) alertou que o aumento da tributação sobre o tabaco pode resultar em maior contrabando e perda de arrecadação. “Hoje, 40% do mercado de cigarro é ilegal, e o Brasil deixou de arrecadar R$ 100 bilhões nas últimas décadas”, afirmou. Marcos Woortmann, diretor-adjunto do IDS (Instituto Democracia e Sustentabilidade), afirmou que o Imposto Seletivo é um instrumento importante para financiar a mitigação dos efeitos negativos dos setores tributados. “O que está em jogo não é apenas a reforma tributária, mas a economia política do país para as próximas décadas”, concluiu. Compreendendo o Imposto Seletivo Objetivo: Desestimular o consumo de produtos prejudiciais à saúde e ao meio ambiente, sem função arrecadatória. Incidência: Veículos, embarcações e aeronaves emissores de poluentes (alíquota zero para automóveis sustentáveis); produtos fumígenos; bebidas alcoólicas; bebidas açucaradas; e bens minerais extraídos (teto de alíquota de 1%). O Congresso ainda pode modificar o texto. Alíquotas: A definição ficará para a legislação ordinária. Informações da Folha de São Paulo

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Ministério de Alckmin Propõe Tributação para Carros Elétricos com “Imposto do Pecado”

O Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, liderado pelo vice-presidente Geraldo Alckmin, propôs que veículos 100% elétricos, movidos exclusivamente por baterias, também sejam incluídos no Imposto Seletivo. Atualmente, a proposta de regulamentação da reforma tributária, em discussão na Câmara dos Deputados, já prevê a aplicação deste imposto sobre automóveis a combustão e híbridos. A proposta foi apresentada pelo ministério nesta segunda-feira, 24 de junho, ao grupo de trabalho responsável por elaborar um relatório até o início de julho, visando a votação do texto no plenário da Câmara antes do recesso parlamentar em 17 de julho. O Imposto Seletivo, popularmente conhecido como “imposto do pecado”, visa sobretaxar produtos e atividades que causam danos à saúde e ao meio ambiente. “O governo federal não define a tecnologia dominante; ele precifica nas suas políticas e, agora no Seletivo, as externalidades positivas e negativas, de modo que solicitamos a inclusão dos veículos elétricos”, declarou Margarete Gandini, diretora do departamento de Indústria de Média-Alta Complexidade do ministério. A proposta enfrenta forte resistência dos fabricantes de automóveis, que argumentam que a nova taxação encarecerá a compra de carros novos, atrasando a renovação da frota por veículos mais eficientes. Segundo a Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea), os carros modernos emitem 20 vezes menos poluentes do que os fabricados em 2000. Portanto, incentivá-los seria mais eficaz para reduzir emissões. O governo, entretanto, justifica a inclusão dos veículos no Seletivo por causa da emissão de gases nocivos à saúde, um dos critérios para a sobretaxa que também abrange bebidas açucaradas, álcool, cigarros e extração de petróleo e minério de ferro. “O objetivo é influenciar os consumidores a comprarem veículos mais seguros e ambientalmente mais amigáveis e estimular inovação dos fabricantes”, afirmou Gandini. Embora os carros elétricos não emitam CO₂, Gandini destacou que a pegada de carbono das baterias, muitas vezes fabricadas com energia poluente, deve ser considerada. O Ministério da Fazenda não comentou sobre a ausência dos carros elétricos em sua proposta ou o pedido de inclusão feito pelo Ministério da Indústria. A proposta do governo abrange automóveis leves, vans e pequenos caminhões, e inclui um sistema de pontuação baseado em critérios de eficiência energética e desenvolvimento tecnológico, conforme o programa Mover, recentemente aprovado. Caso os fabricantes atinjam certos parâmetros mínimos relacionados a emissões de CO₂, reciclabilidade veicular e fabricação nacional, a alíquota do Seletivo pode ser zerada. Luiz Carlos Moraes, vice-presidente da Anfavea, expressou preocupação com a combinação de altas alíquotas do IVA e o Imposto Seletivo, afirmando que poderia desestimular a compra de veículos novos. Ele ressaltou que programas como o Mover e o Proconve já estabelecem metas de descarbonização para a indústria automotiva. O tributarista Francisco Mata Machado Tavares, coordenador do Observatório Brasileiro do Sistema Tributário, criticou a abordagem do governo, argumentando que o Imposto Seletivo deveria focar nas emissões de carbono, em vez de atividades específicas. Segundo ele, tributar atividades específicas pode não proteger os produtores locais de serem taxados em mercados internacionais. “Estamos criando um tributo dos anos 1970 para enfrentar problemas do século 21”, afirmou Tavares, defendendo a criação de um imposto sobre o carbono que considere a quantidade de CO₂ emitida, independentemente da atividade. Informações de O Estado de São Paulo

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ANP Considera Pedido da Petrobras para Vender Bunker com Biodiesel

A Superintendência de Biocombustíveis e Qualidade dos Produtos (SBQ) da Agência Nacional do Petróleo (ANP) está analisando a solicitação da Petrobras para a comercialização de bunker (combustível marítimo) misturado com biodiesel diretamente ao consumidor final. De acordo com a ANP, o pedido está em fase de avaliação interna. A Superintendência de Distribuição e Logística (SDL) já se pronunciou a respeito, afirmando que não há impedimentos. Em um comunicado interno, a SDL esclareceu: “Considerando que a Petrobras é produtora de derivados e o adquirente é um consumidor final, não há regulamentação de comercialização aplicável por esta SDL no caso em análise”. Petrobras e Transpetro estão conduzindo testes de abastecimento no Terminal de Rio Grande, em um navio transportador de GLP. O combustível foi testado com diferentes porcentagens de biodiesel, sendo o teste mais recente realizado com uma mistura de 24%, após um piloto bem-sucedido com 10%. Além do aumento no volume de biodiesel, a Petrobras incorporou sebo de boi como matéria-prima renovável em 30% da mistura, com o restante composto por óleo vegetal de soja. Tanto o óleo vegetal quanto o sebo de boi são insumos comuns na produção de biodiesel veicular no Brasil. Descarbonização do Transporte Marítimo A Petrobras está experimentando misturas mais elevadas de biodiesel no bunker, aproveitando-se do fato de que os motores das embarcações são menos sensíveis ao combustível em comparação com os motores Proconve P8 de veículos pesados. O navio usado nos testes, afretado pela Transpetro e pertencente à Maersk Tankers, opera em rotas de cabotagem no litoral brasileiro e recebeu 570 mil litros de combustível marítimo com a adição de biodiesel renovável. Indústria de Navios e Metanol Verde Embora a adição de biodiesel seja uma solução imediata, outras alternativas estão sendo exploradas para a descarbonização do transporte marítimo. A transportadora dinamarquesa Maersk, por exemplo, encomendou seis navios porta-contêineres de médio porte equipados com motores bicombustíveis que podem operar com metanol verde. No total, a Maersk tem 25 embarcações habilitadas para metanol encomendadas. A empresa, que fez seu primeiro pedido em 2021, comprometeu-se a adquirir apenas novos navios que possam ser abastecidos com combustíveis descarbonizados. Esse movimento tem ganhado novos adeptos e, dois anos após o primeiro pedido, há mais de 100 navios habilitados para metanol encomendados globalmente. Informações da EPBR

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Preço do Etanol Sobe em 15 Estados, Revela ANP

O valor médio do etanol hidratado aumentou em 15 estados, diminuiu em seis e no Distrito Federal, e permaneceu estável em outros cinco, durante a semana de 16 a 22 de junho. As informações são da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), compiladas pelo AE-Taxas. Nos postos analisados pela ANP em todo o Brasil, o preço médio do etanol subiu de R$ 3,81 para R$ 3,83 por litro, representando um aumento de 0,52% em relação à semana anterior. Em São Paulo, principal estado produtor e consumidor, onde há maior número de postos pesquisados, o preço médio ficou estável em R$ 3,64 por litro. A maior alta percentual na semana, de 8,77%, ocorreu no Amapá, onde o litro passou de R$ 4,56 para R$ 4,96. Por outro lado, a maior queda percentual, de 0,63%, foi registrada no Rio Grande do Norte, com o litro do etanol passando de R$ 4,79 para R$ 4,76. O preço mínimo registrado na semana para o etanol foi de R$ 2,98 por litro em um posto de São Paulo. Já o maior preço, de R$ 5,93, foi observado no Rio Grande do Sul. O menor preço médio estadual, de R$ 3,55, foi encontrado em Mato Grosso, enquanto o maior preço médio, de R$ 4,96, foi verificado no Amapá. Na comparação mensal, o preço médio do biocombustível no Brasil subiu 0,26%. Goiás registrou a maior alta no período, de 7,48%, com o litro chegando a R$ 3,88. A maior queda mensal, de 2,46%, foi observada no Rio Grande do Norte, com o litro a R$ 4,76. Informações do Estadão Conteúdo – O Dia

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Setor de Combustíveis Critica Emendas de Ciro Nogueira

Duas emendas apresentadas pelo senador Ciro Nogueira a um projeto de lei do Senado, que visa criar a figura do devedor contumaz, deixaram os representantes do setor de combustíveis insatisfeitos. O setor de combustíveis enfrenta fraudes tributárias e operacionais que anualmente desviam cerca de 29 bilhões de reais dos cofres públicos. De acordo com o Instituto Combustível Legal, a sonegação de impostos resulta em perdas de aproximadamente 14 bilhões de reais, enquanto as fraudes operacionais e adulterações de produtos acarretam prejuízos de mais 15 bilhões de reais. Como é comum nessas discussões empresariais, ninguém se pronuncia publicamente para evitar desentendimentos com o senador. No entanto, empresários do setor acreditam que as emendas propostas por Nogueira podem criar distorções no mercado, ao estabelecer privilégios para o setor de óleo e gás, no qual a Petrobras está inserida. Além disso, Nogueira é criticado por sugerir que apenas as agências reguladoras, e não as secretarias estaduais de fazenda, tenham autoridade para atestar a prestação de serviços que possam ser prejudiciais aos consumidores. Informações da Veja

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Setor de Combustíveis Pressiona por Aprovação de PL Contra ‘Devedores Contumazes’

O setor de combustíveis está intensificando a pressão para a aprovação do Projeto de Lei Complementar (PLP) 125/2022, que visa combater os chamados devedores “contumazes” – empresários que deliberadamente não cumprem obrigações tributárias e recorrem à Justiça com frequência. Essas práticas resultam em uma vantagem competitiva indevida e, no setor de combustíveis, acarretam perdas anuais de aproximadamente R$ 14 bilhões. Apesar de o PLP estar em tramitação no Senado, sua análise foi adiada recentemente a pedido do governo, devido à falta de consenso entre o Senado e o Ministério da Fazenda sobre alguns pontos do projeto. O objetivo do texto é combater empresas fantasmas ou de fachada que atrasam pagamentos e adotam estratégias para prolongar práticas ilícitas. Ele estabelece normas gerais sobre direitos, garantias e deveres dos cidadãos nas relações com a Receita Federal e demais órgãos de administração tributária em todos os níveis federativos. Carlo Faccio, diretor do Instituto Combustível Legal (ICL), destaca que a ausência de uma definição clara do devedor contumaz tem um impacto significativo no setor de combustíveis, que é altamente competitivo. “Há um problema concorrencial para os empresários do setor, pois os bons empresários não conseguem competir e acabam sendo levados à falência. Não há como competir com quem pratica ilícitos”, afirma Faccio. Segundo Faccio, apesar de o projeto não ser perfeito, ele resolve parte do problema se for aprovado com uma emenda do senador Veneziano Vital do Rêgo (MDB-PB), que detalha as características do devedor contumaz e estabelece punições. O relator da proposta, senador Efraim Filho (União-PB), optou por definir o devedor contumaz como aquele que acumula dívidas de forma “reiterada, substancial e injustificada”, com débitos registrados em dívida ativa ou declarados e não quitados, em situação irregular por um período igual ou superior a um ano. Ao solicitar o adiamento da votação, o líder do governo no Senado, Jaques Wagner, ressaltou a complexidade da proposta e mencionou demandas do Ministério da Fazenda sobre o texto. Além do PLP 125/2022, outro projeto de interesse da Fazenda estava na pauta, visando uniformizar o processo administrativo fiscal e estabelecer regras gerais para a cobrança e pagamento de tributos pela União, estados e municípios. No caso do PLP dos devedores contumazes, o próprio líder do governo apresentou três emendas, entre quase 30 sugestões de alterações feitas pelos senadores. Uma das emendas sugere a retirada dos trechos referentes ao “devedor contumaz” do projeto, com a intenção de tratar o tema em outro projeto (PL 15/2024), de autoria do Poder Executivo, atualmente em tramitação na Câmara. Outro ponto questionado pelo governo refere-se às exigências impostas à administração tributária. O líder do governo argumenta que os procedimentos administrativos já estão regulamentados por outras leis, e que incluí-los em uma lei complementar pode gerar insegurança jurídica e judicializações. Informações do R7

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RELATÓRIO ABICOM – PPI X PREÇO DOMÉSTICO – 25/06/2024

Preços de Combustíveis Operam Abaixo da Paridade no Brasil, Revela Análise Os preços dos combustíveis no Brasil continuam a operar abaixo da paridade de importação (PPI), conforme revela a análise das cotações de mercado fechadas em 24 de junho de 2024. O PPI, calculado com base nos valores de gasolina, óleo diesel, câmbio, RVO e frete marítimo, mostra uma defasagem média de 11% tanto para o óleo diesel quanto para a gasolina. Estabilidade no Câmbio e Preços Internacionais O cenário de estabilidade no câmbio e nos preços de referência da gasolina e do óleo diesel no mercado internacional, observado no fechamento do dia útil anterior, contribui para a manutenção dos preços médios dos combustíveis abaixo da paridade. A Ptax fechou a última sessão em R$5,40/US$, um patamar elevado que pressiona os preços domésticos dos produtos importados. Pressão do Mercado Internacional A oferta apertada de petróleo continua a pressionar os preços futuros. Atualmente, os contratos futuros do Brent são negociados acima de US$86 por barril, refletindo a tensão no mercado global. Óleo Diesel A S10 No 182º dia de vigência da redução linear média de R$0,30/L nos preços da Petrobras, iniciada em 27 de dezembro de 2023, o óleo diesel A S10 segue com preços abaixo da paridade. Na última quarta-feira, a Acelen, no Polo Aratu-BA, manteve o preço do diesel inalterado. Mesmo assim, o PPI acumulou um aumento de R$0,25/L desde o último reajuste da Petrobras. A arbitragem, que considera os seis principais polos, mostra-se desfavorável, com uma média de -R$0,44/L, variando entre -R$0,55/L e -R$0,33/L, dependendo do polo de operação. Os preços médios do diesel estão abaixo da paridade em todos os polos analisados, refletindo 182 dias de janelas fechadas para o produto. Gasolina A A gasolina A está no 249º dia de vigência da redução linear média de R$0,12/L nos preços da Petrobras, iniciada em 21 de outubro de 2023. Na última quarta-feira, a Acelen, no Polo Aratu-BA, aumentou o preço da gasolina em R$0,0539/L. O PPI acumulou um aumento de R$0,17/L desde o último reajuste da Petrobras. A arbitragem, considerando os seis principais polos, também está desfavorável, com uma média de -R$0,36/L, variando entre -R$0,49/L e -R$0,17/L, conforme o polo de operação. Assim como o diesel, os preços médios da gasolina A estão abaixo da paridade em todos os polos analisados, com 141 dias de janelas fechadas. Essa análise evidencia a complexa dinâmica dos preços dos combustíveis no Brasil, influenciada por fatores cambiais, condições do mercado internacional e políticas de preços domésticas. A pressão contínua do mercado internacional e a instabilidade cambial permanecem como desafios significativos para o equilíbrio dos preços internos.

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