Petróleo fecha em alta devido à valorização do dólar

Petróleo fecha em alta devido à valorização do dólar

Os contratos futuros de petróleo encerraram o dia com ganhos nesta quinta-feira (27), impulsionados pela queda do dólar. Os preços do WTI para agosto fecharam em alta de 1,04%, alcançando US$ 81,74 por barril na New York Mercantile Exchange (Nymex), enquanto o Brent para setembro subiu 0,94%, atingindo US$ 85,26 por barril na Intercontinental Exchange (ICE).

O movimento positivo foi sustentado ao longo do dia, beneficiado pela fraqueza do dólar, ampliando os modestos ganhos observados na sessão anterior. Embora dados econômicos mistos dos EUA tenham impactado minimamente o mercado de commodities, contribuíram para uma leve pressão sobre a moeda americana.

Analistas do MUFG acreditam que o mercado restrito de petróleo e possíveis cortes de juros nos EUA poderão impulsionar os preços do petróleo no segundo semestre. Preveem a primeira redução das taxas pelo Federal Reserve em setembro, com expectativa de que o Brent alcance US$ 88 por barril no terceiro trimestre e US$ 93 no quarto trimestre deste ano.

Em contrapartida, o Société Générale observa que o prêmio de risco geopolítico que sustentava o Brent “desapareceu consideravelmente”. Alerta ainda que os planos de aumento na oferta da Opep+ podem gerar uma queda significativa nos preços.

A Capital Economics projeta que os preços das commodities em geral devem recuar no próximo ano, devido a condições mais favoráveis na oferta e à desaceleração no setor de construção na China. Especificamente para o petróleo, espera-se que o Brent caia para US$ 70 por barril até o final de 2025, atribuindo isso ao aumento na produção da Opep+ e a uma demanda global moderada nos próximos anos.

A consultoria também questiona a capacidade da Opep+ de manter seus planos em meio a tensões internas, embora espere que o grupo siga adiante com o aumento planejado na produção a partir de outubro. A demanda sustentada da China, impulsionada pela atividade industrial, continuará a ser um suporte para o consumo de petróleo, apesar das crescentes vendas de veículos elétricos e das correções no mercado imobiliário.

Fonte: Com informações de E-investidor – Estadão

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