Empresa de Combustíveis Ligada ao PCC Tem Licença Cassada pela ANP, Afirma Entidade

Empresa de Combustíveis Ligada ao PCC Tem Licença Cassada pela ANP, Afirma Entidade

A empresa formuladora de combustíveis Copape, que recentemente teve sua licença de operação revogada pela Agência Nacional do Petróleo (ANP), foi apontada como um “braço operacional” do Primeiro Comando da Capital (PCC), uma das principais facções criminosas do país. A afirmação foi feita na quinta-feira (29) por Emerson Kapaz, presidente do Instituto Combustível Legal (ICL).

Kapaz destacou que a cassação da licença da Copape, realizada de forma cautelar pela ANP, representa uma medida histórica. “A Copape é o braço operacional do PCC no setor de combustíveis, ligado ao crime organizado”, disse durante um encontro com investidores promovido pela Vibra Energia.

O presidente do ICL acrescentou que a paralisação das atividades da Copape retirou do mercado 10% do volume de combustíveis em São Paulo, devido a práticas como adulteração, envolvimento com o PCC, e falsificação. Ele também enfatizou que o crime organizado, que antes atuava de forma oculta no setor, agora está sendo exposto e combatido pelo ICL.

Em resposta às acusações, a Copape emitiu uma nota em seu site, na qual nega veementemente qualquer ligação com organizações criminosas, como o PCC, e afirmou não ser alvo de investigações pelo Ministério Público do Estado de São Paulo (MPSP). A empresa classificou as alegações como “mentirosas” e parte de uma “maliciosa estratégia de guerra comercial” criada por concorrentes.

A Copape também declarou que irá buscar ativamente as autoridades para provar a legalidade de suas operações e a idoneidade de seus colaboradores.

Procurada pela imprensa, a ANP optou por não comentar o caso.

A Vibra Energia, por sua vez, está investindo em iniciativas para combater crimes no setor de combustíveis, e estima que a eliminação de irregularidades poderia resultar na recuperação de 13 bilhões de litros por ano no mercado formal brasileiro. Este volume foi calculado em parceria com a consultoria McKinsey.

Grandes distribuidoras, como Vibra e Raízen, estão colaborando com o ICL para combater as irregularidades no setor e recuperar o espaço que acreditam estar sendo tomado pela criminalidade. As denúncias do ICL sobre o envolvimento do PCC no mercado de combustíveis ocorrem em meio a investigações sobre a possível participação da facção criminosa nos recentes incêndios em canaviais no Estado de São Paulo.

Um dos seis suspeitos detidos por incendiar canaviais e áreas de mata no estado teria confessado ser membro de uma facção criminosa, conforme nota divulgada pela Secretaria de Segurança Pública na última terça-feira.

Com informações da Reuters e InfoMoney.

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