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Produtores de etanol propõem alterações na reforma tributária

A União das Indústrias de Cana-de-Açúcar e Bioenergia (Unica) propôs modificações no Projeto de Lei 68/2024, que trata da reforma tributária. Representando os produtores de açúcar e etanol da região Centro-Sul, a Unica destacou a importância de manter o diferencial tributário constitucional entre a gasolina e o etanol hidratado e expressou preocupações sobre a aplicação do Imposto Seletivo (IS) sobre carros flex e alimentos açucarados. A respeito da tributação dos combustíveis, a Unica apontou que o projeto de lei estabelece uma alíquota máxima de 30% sobre a gasolina C, que é vendida nos postos com uma mistura de etanol anidro. A associação teme que a tributação sobre a gasolina não respeite o diferencial constitucional que favorece os combustíveis renováveis com alíquotas menores. Em relação aos carros flex, a Unica argumentou que a aplicação do IS contradiz programas como o Renovabio e o Mover, além do artigo 225, inciso VIII, da Constituição, que assegura o direito ao meio ambiente equilibrado. Segundo o projeto do Ministério da Fazenda, os carros elétricos não serão sujeitos ao IS. A Unica também alertou para o impacto das alíquotas previstas pelo Ministério da Fazenda sobre a Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social (CBS), que elevariam a taxação sobre as receitas dos Créditos de Descarbonização (Cbios) de 9,25% (PIS/Cofins) para 26,5%. Além disso, a associação defende que a garantia constitucional do diferencial tributário deve considerar diversos fatores, incluindo a compra de equipamentos, a instalação de parques industriais e a tributação dos insumos. A Unica também solicitou que o projeto de lei permita o aproveitamento de créditos tributários para despesas de capital (Capex) em projetos de cogeração de energia elétrica, uma vez que a compra de equipamentos e máquinas para esses projetos atualmente se enquadra no Reidi e em outros benefícios fiscais. Por fim, a associação pediu a ampliação da lista de insumos agropecuários que recebem redução de alíquota. Com informações de Globo Rural

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Mobilização de Servidores da ANP Impacta Operação de FPSO e Distribuição de Royalties

Os servidores da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) intensificaram a pressão sobre o governo, operando no limite dos prazos processuais. Desde a entrada em operação padrão em março, análises de projetos com impacto econômico e na produção de óleo e gás têm sido afetadas. Entre as ações recentes, destacam-se a emissão de pareceres sobre análises de condicionantes para o primeiro óleo de algumas FPSOs no prazo final, além da avaliação de desinterdição de unidades de produção no último momento. A Superintendência de Segurança Operacional (SSO), que gerencia esses projetos, é uma das áreas mais afetadas pela paralisação dentro da ANP. A diminuição do ritmo das atividades da agência também atrasou a divulgação dos preços de referência do petróleo para o pagamento de royalties e sua distribuição para estados e municípios. A entidade que representa a categoria da ANP tem orientado que os agentes regulados formalizem pedidos de “esclarecimento de dúvidas” em reuniões solicitadas. Os prazos para atendimento de pedidos formais de informação e solicitações à Procuradoria Geral da ANP também foram estendidos. Mobilização nesta quinta-feira Nesta quinta-feira (4/7), servidores de 11 agências federais realizarão uma paralisação de 24 horas, com atos marcados em Brasília, Rio de Janeiro, São Paulo, Curitiba, Florianópolis, Fortaleza e Salvador. As categorias aguardam uma nova mesa de negociação com o Ministério da Gestão e Inovação em Serviços Públicos (MGI), prevista para a próxima quinta-feira (11/7). Apoio das diretorias colegiadas O diretor-geral da ANP, Rodolfo Saboia, suspendeu a reunião de diretoria do dia 13 de junho em apoio aos pleitos dos servidores ao MGI. Saboia repetiu o gesto simbólico das diretorias da Aneel e da ANS, que, em apoio aos reajustes para as carreiras de regulação, retiraram todos os processos da pauta durante reuniões desta semana. “Entre as atividades potencialmente impactadas pelas mobilizações dos servidores, está a distribuição de participações governamentais, que somam cerca de 8 bilhões de reais repassados por mês à União, estados e municípios”, destacou Saboia durante a reunião. Cortes no orçamento Segundo o diretor-geral, o orçamento da ANP para 2024 representa apenas um terço do valor nominal de 2013, ou 18% do valor real corrigido pela inflação. Devido à falta de orçamento, a ANP reduziu a abrangência da pesquisa de preços. Atualmente, o Levantamento de Preços de Combustíveis (LPC) coleta preços em 10.920 postos revendedores de combustíveis automotivos ou de GLP, distribuídos por 459 cidades. A partir de julho de 2024, as coletas semanais serão reduzidas para 6.255 (-43%), abrangendo 358 cidades para combustíveis automotivos, das quais 92 também terão pesquisa para o GLP. Fonte: Com informações de Epbr.

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Petrobras deve manter preços de gasolina e diesel congelados

A Petrobras (PETR4) parece disposta a manter os preços da gasolina e do diesel inalterados, mesmo após ter aumentado o preço médio do querosene de aviação em 3,2%, ou R$ 0,12 por litro, na segunda-feira (01). Esse reajuste no preço do querosene de aviação reflete as variações do mercado internacional. Enquanto isso, os preços da gasolina e do diesel seguem congelados, aumentando a defasagem em relação ao mercado global, influenciados pela alta do petróleo e pela desvalorização do real. Receba gratuitamente todas as manhãs a newsletter mais lida do mercado financeiro, ajudando mais de 850 mil brasileiros a investir melhor. Inscreva-se clicando aqui. Com o dólar em alta, chegando a R$ 5,70, e o aumento do preço do petróleo, a gasolina nas refinarias brasileiras está, em média, 19% mais barata em comparação com os preços internacionais, segundo a Associação Brasileira dos Importadores de Combustíveis (Abicom). Desde o ano passado, a Petrobras não altera os preços da gasolina e do diesel, e, de acordo com analistas que participaram de uma reunião com a CEO Magda Chambriard na terça-feira (02), mudanças na política de preços não estão previstas. O preço da gasolina vai subir? Em nota, a XP Investimentos, que esteve presente no encontro, destacou que Chambriard reafirmou a continuidade do atual plano de negócios da Petrobras. “Acreditamos que a Petrobras continuará a evitar repassar aumentos de preços da gasolina e do diesel, segurando a volatilidade”, comentaram os analistas. Conforme apontado pelo BTG Pactual, não são esperadas mudanças na política de preços dos combustíveis. Chambriard mencionou que a análise combinada do custo marginal de produção da empresa e das melhores alternativas para os clientes tem sido eficaz para alinhar os preços às tendências internacionais e manter margens saudáveis, evitando repassar a volatilidade aos consumidores. “Estimamos que os preços do diesel e da gasolina estão com um desconto de 13% e 25% em relação ao Preço de Paridade de Importação (PPI), respectivamente. Com base nas recentes tendências dos preços do petróleo e das taxas de câmbio, acreditamos que a política será novamente testada em breve”, avaliam Pedro Soares e equipe. Com informações de Infomoney.

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Aumento no preço do etanol, gasolina e GNV; apenas diesel registra queda no 1º semestre, aponta Veloe

Etanol, gasolina e GNV sobem e só diesel fecha 1º semestre com queda de preços, aponta Veloe04/07/2024O etanol liderou a alta de preços nos postos de abastecimento no primeiro semestre do ano, revela levantamento feito pelo hub de mobilidade e gestão de frota Veloe. O preço do biocombustível subiu 8,7% no período, seguido da gasolina aditivada, com alta de 4%, e comum, de 3,8%. Já o Gás Natural Veicular (GNV) subiu 1,9% de janeiro a junho. O diesel, ao contrário, teve queda de preço nos postos, sendo de 1,5% para o tipo menos poluente, S10, e de 1,1% para o comum. A chegada do diesel russo mais barato ao mercado brasileiro contribuiu para a queda, avaliam analistas, o que deve ser interrompido no segundo semestre com a elevação do preço do produto da Rússia. Em junho, o levantamento mostra que os preços médios dos seis combustíveis analisados pelo Veloe não apresentaram variações significativas na comparação com maio. O preço médio do etanol em junho foi de R$ 3,89 o litro nos postos, queda de 0,05% contra maio; a gasolina comum subiu 0,1%, para R$ 5,94, e a aditivada caiu 0,04%, para R$ 6,07 o litro; o GNV subiu 0,1%, para R$ 4,75, enquanto o diesel comum e S10 caíram o,1%, para R$ 5,96 e R$ 6,01, respectivamente. Usando como referência a janela dos últimos 12 meses, porém, todos os seis combustíveis apresentaram aumento de preços médios nos postos. O diesel comum se destacou com um alta de 17,3% no preço médio frente a junho de 2023, seguido pelo diesel S-10, com valorização de 16,5%. As opções de gasolina comum e aditivada também ficaram mais caras para os brasileiros, em geral, contando com aumentos de 8,7% e 8,5%, respectivamente, na comparação anual. No caso do GNV, houve um acréscimo de 3,5%, enquanto o etanol hidratado apresentou um valor 2,1% maior na mesma comparação.O etanol liderou a alta de preços nos postos de abastecimento no primeiro semestre do ano, revela levantamento feito pelo hub de mobilidade e gestão de frota Veloe. O preço do biocombustível subiu 8,7% no período, seguido da gasolina aditivada, com alta de 4%, e comum, de 3,8%. Já o Gás Natural Veicular (GNV) subiu 1,9% de janeiro a junho. O diesel, ao contrário, teve queda de preço nos postos, sendo de 1,5% para o tipo menos poluente, S10, e de 1,1% para o comum. A chegada do diesel russo mais barato ao mercado brasileiro contribuiu para a queda, avaliam analistas, o que deve ser interrompido no segundo semestre com a elevação do preço do produto da Rússia. (Estadão Conteúdo) Autor/Veículo: O Dia

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Deputados pedem urgência na votação de projeto que amplia fiscalização sobre combustíveis

Deputados de três frentes parlamentares estão se mobilizando para acelerar a votação de um projeto que visa intensificar a fiscalização sobre combustíveis, com o objetivo de prevenir fraudes. A proposta, de autoria do deputado Júlio Lopes (PP-RJ), sugere a criação de um Operador Nacional de Sistema de Combustíveis, inspirado no modelo do setor elétrico, e prevê a implementação de um monitoramento eletrônico desde a saída do caminhão da refinaria até a entrega no posto de gasolina. Atualmente, o projeto encontra-se na primeira fase de tramitação, na Comissão de Minas e Energia da Câmara dos Deputados. No entanto, membros das frentes parlamentares da Agropecuária, do Biodiesel e de Empreendedorismo protocolaram um pedido de urgência, o que poderia permitir que a proposta seja votada diretamente no plenário. A expectativa, segundo Júlio Lopes, é que a votação ocorra no segundo semestre deste ano. Apresentado este ano, o projeto propõe não só a criação de um novo órgão regulador para o setor de combustíveis, mas também a implementação de um Sistema Eletrônico de Informações do Setor de Combustíveis. O intuito é realizar um monitoramento em tempo real dos estoques e da movimentação de combustíveis no Brasil, abrangendo atividades de refino e produção, importação, exportação, armazenagem, estocagem, transporte, transferência, distribuição, revenda e comercialização. De acordo com o deputado, o projeto foi inspirado em estudos da Fundação Getúlio Vargas (FGV), que indicam uma evasão de R$ 40 bilhões no setor de combustíveis, causada principalmente pela pirataria e pelo desvio de mercadorias por caminhões de abastecimento para evitar o pagamento de tributos. Outro problema destacado no estudo é a adulteração de combustíveis e a mistura inadequada de diesel e álcool. Atualmente, o percentual de biodiesel no diesel é de 14% e de álcool na gasolina é de 27%, mas a fiscalização dessas misturas é insuficiente, observa o parlamentar. Lopes também salientou que a Agência Nacional de Petróleo (ANP) não possui estrutura adequada para fiscalizar os 40.834 postos existentes no país, devido à falta de pessoal e investimentos em sistemas. — Sem a presença do Estado, quadrilhas e o crime organizado estão ocupando espaço no setor de combustíveis — enfatizou o deputado. Além de gerar uma concorrência desleal para aqueles que cumprem as regras, a falta de fiscalização prejudica os consumidores, pois combustíveis adulterados resultam em desempenho abaixo do esperado dos veículos e danos às peças. O novo órgão seria financiado com os recursos obtidos a partir da fiscalização, e a indicação da diretoria seria feita em parceria com agentes privados. — Será um mecanismo moderno que não vai onerar o Estado — afirmou Júlio Lopes. Com informações de O Globo

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Relatório ABICOM – PPI X Preço Doméstico – 04/07/2024

Premissas: O preço de paridade de importação (PPI) foi calculado com base nos valores da gasolina, óleo diesel, câmbio, RVO e frete marítimo, considerando os fechamentos de mercado do dia 03/07/2024. Cenário: Com a estabilidade no câmbio e nos preços de referência da gasolina e do óleo diesel no mercado internacional no fechamento do último dia útil, os preços médios estão abaixo da paridade para o óleo diesel e gasolina. A defasagem média é de -16% no óleo diesel e -18% na gasolina. Câmbio: O Ptax encerrou a última sessão operando em nível elevado, pressionando os preços domésticos dos produtos importados, com fechamento em R$5,59/US$. Petróleo: A oferta restrita continua pressionando os preços futuros. Atualmente, os futuros do Brent são negociados acima de US$87/barril. Óleo Diesel A S10 Gasolina A Com informações de ABICOM.

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ANP divulga resultados de ações de fiscalização em nove unidades da Federação (24 a 27/6)

Entre os dias 24 e 27/6, a ANP fiscalizou o mercado de combustíveis em nove unidades da Federação, em todas as regiões do país. Nas ações, os fiscais verificaram a qualidade dos combustíveis, o fornecimento do volume correto pelas bombas medidoras, a adequação dos equipamentos e dos instrumentos necessários ao correto manuseio dos produtos, bem como as documentações de autorização de funcionamento das empresas e as relativas às movimentações dos combustíveis. Além de suas ações de rotina, a ANP também participa com frequência de forças-tarefa e ações conjuntas com outros órgãos públicos. Esta semana, por exemplo, ocorreram parcerias com a Polícia Civil do Rio de Janeiro, a Secretaria da Fazenda do Ceará e órgãos de Minas Gerais em força-tarefa. A ANP segue atenta à situação de calamidade pública no Rio Grande do Sul, e continua acompanhando, monitorando e realizando ações para mitigar os efeitos no abastecimento de combustíveis na região. Veja abaixo as principais ações realizadas no estado, bem como nas demais regiões do país: Rio Grande do Sul Na semana, a ANP fiscalizou 13 postos de combustíveis e três revendas de GLP, nas cidades de Porto Alegre, Canoas, São Leopoldo e Novo Hamburgo. Houve autuações com interdições em quatro postos. Em São Leopoldo, um posto sofreu interdição de bicos abastecedores por comercializar combustíveis em quantidades diferentes da mostrada na bomba. Outro posto da mesma cidade teve interditados um bico de gasolina comum e outro de gasolina aditivada por não manter a bomba em perfeito estado de funcionamento. Em Porto Alegre, ocorreu interdição de bico de óleo diesel S500 comum em um posto por também comercializar combustíveis em quantidade diferente da apresentada na bomba, além de um bico de GNV por não manter a bomba em perfeito estado de funcionamento. Outro posto do município foi autuado, sem interdição, por não identificar na bomba o fornecedor do combustível comercializado. Já em Canoas, foi interditado um bico de GNV por comercializar o produto com a pressão máxima acima da permitida, que é de 220 bar. Houve ainda interdição de uma revenda de GLP em Novo Hamburgo por operar em endereço diferente do autorizado pela ANP. Ceará Em Fortaleza, a ANP participou de ação em parceria com a Secretaria da Fazenda do Estado (Sefaz-CE). O órgão enviou denúncia à Agência sobre caminhão-tanque, que havia sido apreendido transportando produto identificado na nota fiscal como “etanol para outros fins”. Em análise laboratorial realizada pela ANP, ficou constatado que se tratava de etanol hidratado combustível, produto regulado pela Agência. O remetente não era autorizado pela ANP e o destinatário estava com a inscrição estadual cancelada e sem capacidade de receber o volume transportado. Assim, o produto foi apreendido. Distrito Federal A ANP fiscalizou três distribuidoras de combustíveis de aviação, em parques de abastecimento de aeronaves localizados no Aeroporto Internacional de Brasília. Nenhuma irregularidade foi encontrada. Na mesma ação, foi identificado que uma revenda de combustíveis de aviação deixou de operar no aeroporto e não solicitou a baixa do registro na ANP, sendo orientada a providenciá-la no prazo máximo de 60 dias, a contar da efetivação do ato. Goiás Nos municípios de Goiânia, Rio Verde e Senador Canedo, foram fiscalizados três postos revendedores de combustíveis, uma revenda de GLP e uma distribuidora de combustíveis líquidos, não sendo encontradas irregularidades. Em Goiânia, as ações de fiscalização nos revendedores varejistas foram realizadas pelo Procon Estadual, órgão que possui acordo de cooperação técnica e operacional firmado com a ANP. Já em Rio Verde, quem atuou foi o Procon Municipal, que também possui o mesmo tipo de acordo com a Agência. Mato Grosso Os Procons Municipais de Cuiabá e Várzea Grande, que possuem acordos de cooperação técnica e operacional com a ANP, realizaram fiscalizações em seis postos de combustíveis dessas cidades, em nome da Agência. Não foram encontradas irregularidades. Minas Gerais Os agentes da ANP estiveram presentes nos municípios de Belo Horizonte, Betim, Conceição das Alagoas, Contagem, Frutal, Itapagipe, Iturama, Santa Luzia, Uberaba e Uberlândia. Foram realizadas 22 ações de fiscalização, em postos de combustíveis e revendas de GLP, além de uma revenda atacadista de lubrificantes. Em Contagem, foram coletadas para análise laboratorial amostras de óleo acabado em uma revenda atacadista de lubrificantes, ocasião em que foram apreendidos cautelarmente 36 mil litros com suspeita de irregularidade. Uma quantidade menor de óleo lubrificante, cerca de 25 litros, também foi apreendida em dois postos, um localizado em Belo Horizonte e outro em Contagem, pela mesma motivação. Em Uberaba, ocorreu uma força-tarefa para fiscalização de postos de combustíveis, ação que envolveu a ANP, o Ipem, o Procon Estadual (MPMG) e a Secretaria de Estado de Fazenda (SEF/MG). Na cidade, não foram encontradas irregularidades passíveis de autuação pela Agência. Em Uberlândia, postos foram fiscalizados pelo Procon Municipal, órgão que possui acordo de cooperação técnica e operacional com a ANP, não sendo encontradas irregularidades. Rio de Janeiro Ao longo da semana, foram fiscalizados sete postos revendedores de combustíveis localizados nos municípios do Rio de Janeiro, São João de Meriti e Maricá. Na capital fluminense, um posto teve bicos e um tanque de gasolina C aditivada interditados por comercializar o produto com teor de etanol anidro igual a 33%, quando o correto é 27%. Houve coleta de gasolina C comum nesse posto que, após análise laboratorial, apresentou inconformidade no ensaio de ponto final de ebulição. Em São João de Meriti, um posto revendedor que havia sido anteriormente interditado foi autuado por retirar produtos (gasolinas C comum e aditivada) fora da especificação sem autorização da ANP durante o processo de desinterdição. Em Maricá ocorreram ações conjuntas com a Polícia Civil do Estado do Rio de Janeiro, nas quais foram efetuadas coletas de combustíveis em postos revendedores para análise laboratorial. São Paulo No período, foram fiscalizados 21 postos de combustíveis, três revendas de GLP e um produtor de lubrificante acabado. Os fiscais da ANP estiveram nas cidades de Caieiras, Cajamar, Caraguatatuba, Cunha, Franco da Rocha, Guarulhos, São Paulo, São Sebastiao, Taubaté e Ubatuba. Em Cajamar, um posto de combustíveis foi autuado por dificultar a ação de fiscalização, ao

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Dólar chega a R$ 5,65 em meio a fatores externos e críticas de Lula ao Banco Central

O dólar subiu nesta segunda-feira (1º), alcançando R$ 5,65, o maior patamar desde janeiro de 2022, em um dia marcado por turbulências no mercado interno e externo. Enquanto isso, a bolsa de valores registrou alta, impulsionada por empresas exportadoras. O dólar comercial encerrou o dia cotado a R$ 5,653, com um aumento de R$ 0,064 (+1,15%). A moeda norte-americana manteve-se estável durante a manhã, mas disparou à tarde, atingindo o pico do dia. Este é o maior valor do dólar desde 10 de janeiro de 2022, quando a moeda estava a R$ 5,67. Em 2024, o dólar acumula uma valorização de 16,48%. No mercado de ações, houve um dia de recuperação. O índice Ibovespa, da B3, fechou aos 124.765 pontos, registrando uma alta de 0,69%. O indicador foi beneficiado pelas ações de empresas exportadoras de commodities, cujos preços subiram no mercado internacional nesta segunda-feira. Diversos fatores internos e externos pressionaram o mercado. No cenário internacional, as taxas dos títulos do Tesouro norte-americano voltaram a subir. Juros elevados em economias desenvolvidas incentivam a saída de capitais de países emergentes, como o Brasil. Apesar da pressão externa, o dólar se manteve relativamente estável em relação às principais moedas internacionais. Internamente, a queda observada pela manhã foi devido à venda de dólares por investidores buscando realizar lucros. O mercado financeiro reagiu negativamente à piora das expectativas de inflação no boletim Focus, pesquisa semanal realizada pelo Banco Central junto a instituições financeiras. Além disso, os investidores reagiram a novas críticas do presidente Luiz Inácio Lula da Silva ao Banco Central. Em entrevista a uma rádio da Bahia, Lula criticou novamente o presidente do BC, Roberto Campos Neto, afirmando que os juros de 10,5% ao ano são elevados e que escolherá um presidente para a autarquia que “entenda o país como ele é, e não como o sistema financeiro descreve”. Com informações da Agência Brasil

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Ibama nega pressão de Lula sobre exploração de petróleo na Bacia da Foz do Amazonas

Rodrigo Agostinho, presidente do Ibama, declarou que não interpreta as recentes falas do presidente Luiz Inácio Lula da Silva como uma tentativa de pressionar a instituição a autorizar a exploração de petróleo na Bacia da Foz do Amazonas. Essa área de potencial exploração petrolífera está situada a 175 km da costa do Amapá e 500 km da foz do Rio Amazonas, no mar. A Petrobras estima que a região pode conter até 14 bilhões de barris de petróleo. No entanto, o Ibama negou a licença no ano passado, alegando que a Petrobras não forneceu as informações necessárias para garantir a segurança ambiental. Em entrevista ao g1 e à TV Globo, Agostinho afirmou que a análise dos projetos para essa bacia, localizada entre o Amapá e parte do Pará, será realizada com “muita tranquilidade”. “A equipe do Ibama nunca interpretou isso como uma pressão. É legítimo que a sociedade pleiteie licenças junto aos órgãos ambientais. É legítimo que a sociedade e os gestores públicos busquem o desenvolvimento do país. O setor de licenciamento ambiental trabalhará para conciliar essas demandas, tentando permitir que a atividade econômica ocorra preservando o meio ambiente”, disse Agostinho. Em junho, durante entrevistas em suas viagens pelo Brasil, Lula voltou a abordar o impasse entre a Petrobras e o Ibama sobre a exploração de petróleo na região. “Enquanto a transição energética não resolve o nosso problema, o Brasil precisa ganhar dinheiro com esse petróleo”, declarou Lula à CBN em 18 de junho. “O problema é que o Ibama tem uma posição, e o governo pode ter outra. Em algum momento, vou reunir o Ibama, a Petrobras e o Meio Ambiente na minha sala para tomar uma decisão”, completou. Agostinho não estabeleceu um prazo para a conclusão da análise do pedido da Petrobras e negou haver pressão para sua demissão ou troca de comando no órgão ambiental. “De forma alguma. O governo federal pode, obviamente, a qualquer momento, mudar qualquer um desses cargos. Estou bastante tranquilo, sabendo que os servidores do Ibama estão fazendo o melhor trabalho possível”, afirmou. Pedido negado Em maio do ano passado, o Ibama negou um pedido da Petrobras para perfurar a bacia da foz do rio Amazonas visando a exploração de petróleo. A decisão gerou divergências entre os ministros Marina Silva (Meio Ambiente) e Alexandre Silveira (Minas e Energia). A Petrobras recorreu da decisão do Ibama. Na época, o órgão ambiental apontou diversos ajustes que a estatal deveria adotar para obter a licença. Uma das principais críticas do Ibama ao plano da Petrobras era o tempo de resposta em caso de acidente, que seria de cerca de 48 horas, aumentando o risco de que o óleo atingisse a costa brasileira. “A proposta apresentada pela Petrobras foi considerada inadequada pelos servidores do Ibama devido à grande biodiversidade, sensibilidade ambiental da área, fortes correntes marinhas e falta de estrutura. Por isso, a licença não foi concedida naquele momento”, explicou Agostinho. Segundo ele, a situação é desafiadora, mas o órgão realizará a análise técnica com muita tranquilidade. “As equipes do Ibama e da Petrobras estão dialogando para avançar nesse impasse, mas com muita tranquilidade. Ainda não há consenso ou decisão sobre isso, nem prazo, mas as equipes estão buscando um acordo sobre a utilização da área para exploração e produção de petróleo”, concluiu. Com informações da CNN Brasil.

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O elusivo “pico do petróleo” – Por Adriano Pires

Em junho, a IEA (Agência Internacional de Energia) publicou o seu relatório anual sobre o mercado de petróleo, o Oil 2024. O estudo traz as previsões de médio prazo da instituição, utilizadas como referências pelos agentes do setor. A última edição trouxe entre as previsões a expectativa de decréscimo do consumo em países desenvolvidos e seu avanço em países em desenvolvimento. Assim, voltaram a emergir debates sobre o iminente “pico do petróleo” e o valor estratégico de novos empreendimentos em Exploração e Produção (E&P) de Óleo e Gás (O&G). A ideia de que o suprimento de petróleo atingiria um pico, que ficou popularmente conhecido como “pico do petróleo” , começou a circular por volta da década de 1880, com previsões de esgotamento iminente nos Estados Unidos por causa do declínio dos campos de petróleo da Pensilvânia. No entanto, tanto a produção de petróleo nos EUA quanto a global continuaram a crescer por anos. Em 1956, a teoria ganhou força na academia com o geólogo Marion King Hubbert (1903-1989). Ele previu um pico global na produção de petróleo bruto por volta do ano 2000, com um nível de cerca de 34 milhões de barris por dia (mb/d). Esse nível foi alcançado em 1967, só 11 anos após a previsão, ultrapassando os 65 mb/d no final do século, mais do que o dobro do “pico” de Hubbert. Nos anos 1990 e 2000, o debate sobre o pico do petróleo ressurgiu. O geólogo Colin Campbell afirmou que a produção global atingiria seu pico de 2004 a 2005, e que depois disso o mundo dependeria de um petróleo cada vez mais escasso e caro, com enormes consequências para a economia global. Em 2006, o banqueiro Matthew Simmons sugeriu que a produção global teria atingido o pico em 2005. No entanto, as previsões de pico da oferta de petróleo mostraram-se equivocadas consecutivamente, influenciadas por suposições errôneas sobre a base de recursos recuperáveis, avanços tecnológicos e engenhosidade da indústria. Até 2024, a oferta de petróleo continuou a crescer, impulsionada por melhorias econômicas e contínuos avanços tecnológicos que ajudaram a reduzir custos, abrir novas fronteiras e adicionar novas reservas. Com isso, o foco de autoridades mudou do pico da oferta para o pico da demanda de petróleo, sob a premissa de excluir os combustíveis fósseis de um futuro sustentável. No entanto, assim como foi feito no passado, essas previsões frequentemente ignoram o papel das tecnologias na redução das emissões de gases poluentes e a importância global do petróleo como um recurso seguro e disponível. Atualmente, autoridades do setor divergem em suas projeções. A Opep+ (Organização dos Países Exportadores de Petróleo e seus Aliados), por exemplo, não vê um pico de consumo de petróleo em nenhum dos cenários trabalhados em seus estudos, sejam no curto, médio ou longo prazo. Já a IEA, em seu estudo anual de 2023, sugeriu que a demanda pelo hidrocarboneto chegaria ao seu auge, de 105,7 mb/d, até 2030. No meio-termo entre os 2 órgãos, a S&P Global prevê que o consumo global de petróleo, incluindo biocombustíveis, alcançará seu ponto máximo em 2034, no patamar de 109 mb/d. O fato em comum entre todas as análises é de que o consumo continuará crescendo de forma expressiva nos próximos anos. Diversos fatores contribuem para essa continuidade, como: As melhorias tecnológicas também têm permitido não só a descoberta de novos recursos, mas também grandes avanços na redução das emissões, exemplificadas por combustíveis mais limpos e tecnologias de captura e armazenamento de carbono (CCUS). Assim como o pico da oferta de petróleo nunca se concretizou, as previsões de pico da demanda seguem um caminho semelhante. O petróleo tem repetidamente desafiado as expectativas de analistas, e, se a história é algo a se considerar, tudo sugere que continuará a fazê-lo. Isso ressalta a necessidade de os stakeholders reconhecerem a importância de investimentos contínuos na indústria do petróleo, hoje, amanhã e por muitas décadas no futuro. Enquanto a IEA vem intensificando seus alertas, alegando que não são necessários novos campos de petróleo e gás para abastecer a demanda, dentro de um cenário de aumento de temperatura média do planeta de 1,5ºC, a realidade do setor é outra. A U.S. Energy Information Administration (EIA), por exemplo, indica que a produção de petróleo da Bacia do Permiano quadruplicou de 2011 a 2019, reforçando a crescente demanda por fósseis observada no período, que deve ainda ser mais impulsionada pela Indústria 4.0, conhecida como A 4ª Revolução Industrial. As divergências nas previsões de pico da demanda por petróleo têm implicações significativas para o planejamento de novos poços exploratórios. A previsão da IEA de que a demanda por petróleo atingirá seu pico em 2029, reduzindo em seguida, pode desencorajar os investimentos em novos projetos de E&P. Por outro lado, a expectativa de crescimento da demanda por petróleo, tal como o previsto pela Opep, pode justificar investimentos em novos poços exploratórios. A busca por novos ativos de E&P não significa o abandono das metas ambientais. Pelo contrário, é possível identificar um crescimento expressivo não só de esforços associados a fontes renováveis, como também relacionados a tecnologias como CCUS, hidrogênio verde (H2V), sistemas de armazenamento, entre outras. Frente à crescente demanda por uma transição energética rápida, segura e justa, as decisões do presente devem ser estratégicas e consistentes. A antecipação do fim da era do petróleo é prematura e leviana, na medida que reduz a oferta de energia trazendo inflação. Este recurso é uma matéria-prima estratégica, cuja importância vai além da produção de combustível e energia, dado que ele é, e ainda será por muito tempo, o principal insumo da indústria mundial. Como resolver a produção em escala de amônia, concreto, plástico e fertilizantes sem os combustíveis fósseis? Adriano Pires é Sócio-fundador e diretor do Centro Brasileiro de Infraestrutura (CBIE). Fonte: Poder 360

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