Author name: Sindipetro

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Pré-Sal Petróleo tem arrecadação recorde de R$ 6 bi em 2023 e se prepara para leilões

A Pré-Sal Petróleo (PPSA), responsável por representar a União nos contratos de partilha de produção do pré-sal, obteve arrecadação de R$ 6,02 bilhões em 2023, marcando um aumento de 28% na comparação anual e um recorde, segundo relatório publicado pela estatal nesta terça-feira (28). O desempenho refletiu o incremento da produção dos contratos de partilha, além da conjuntura dos preços de petróleo no mercado internacional, disse a empresa, que completou 10 anos em atividade em 2023 com lucro também recorde, de R$ 34 milhões, e R$ 181,6 milhões em caixa. No ano passado, foram comercializados pela PPSA 16 milhões de barris de petróleo e 43 milhões de metros cúbicos de gás da União. A companhia faz gestão de 23 contratos de partilha de produção, em campos que representam 45% das reservas de petróleo do Brasil e respondem por aproximadamente 29% da produção nacional. Ao todo, são nove contratos comerciais, dos quais oito já estão em produção, com um volume médio total de um milhão de barris por dia. Esses nove contratos já representam para o Estado, em toda a vida útil, mais de R$ 2 trilhões em royalties, tributos e comercialização de petróleo e gás natural da União. Desde sua criação, em 2013, a PPSA já acumulou arrecadação de mais de R$ 14 bilhões para o Tesouro Nacional, e agora a estatal se prepara para um “novo cenário” dos próximos dez anos, disse a diretora técnica e presidente interina, Tabita Loureiro. “Trabalhamos em novas estratégias para imprimir uma gestão cada vez mais eficiente e estamos estudando novos modelos para a comercialização do petróleo e gás natural da União, a fim de garantir que os recursos sejam maximizados para a sociedade brasileira”, afirmou a executiva, em nota. Entre as estratégias para os próximos anos, está o estudo de ações relacionadas à atratividade do Polígono do Pré-Sal e o aprimoramento dos modelos para a comercialização de petróleo e gás natural, a fim de garantir melhores resultados para a União. A PPSA já tem um calendário de leilões de óleo e gás a serem realizados na B3 nos próximos três anos, sendo os próximos previstos para comercializar petróleo em julho deste ano e abril de 2025. O certame de julho vai comercializar 33 milhões de barris de petróleo, toda a produção estimada para a União, em 2025, dos Campos de Mero e Búzios. Serão quatro lotes de petróleo, sendo três de Mero (dois com quantidades estimadas de 10 milhões de barris e um de 10,5 milhões de barris) e um de Búzios (com quantidade estimada de 2,5 milhões de barris). A expectativa é de que a arrecadação com o leilão de julho supere R$ 13 bilhões para o governo federal, disse nesta semana o diretor de Administração, Finanças e Comercialização da PPSA, Samir Awad. Os recursos serão recebidos ao longo de 2025 e podem variar conforme o preço do barril, o valor oferecido no leilão e a taxa de câmbio. (Reuters) Autor/Veículo: Folha de São Paulo

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‘Nova petroleira tem potencial para pagar dividendos’

Ainda sem um nome, mas com um CEO bem conhecido no setor, a petroleira fruto da fusão entre Enauta e 3R chega à Bolsa em agosto. Em entrevista ao Estadão/Broadcast, Décio Oddone, escolhido para comandar a companhia combinada, afirma que ela nasce mais robusta e com potencial de distribuir dividendos, algo raro entre as chamadas “junior oils” brasileiras. Após concretizar a fusão, diz Oddone, a prioridade será traçar um planejamento para os próximos cinco anos e entregar resultados, com destaque para um crescimento contínuo da produção. A seguir, os principais trechos da entrevista: Como estão as tratativas para criar a nova empresa? A gente avançou, na semana passada (retrasada), na aprovação pelos conselhos de administração da Enauta e da 3R da combinação dos negócios das duas companhias. Feito isso, agora tem passos formais que precisam ser atendidos. O que define se a operação vai acontecer ou não é a aprovação do Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica), e a aprovação dos conselhos de administração das duas empresas. O pedido já está no Cade? Já foi para o Cade. As assembleias vão ser dia 17 de junho, e a gente tem um passo adicional. Como as ações da Enauta não constam do Ibovespa (apesar de a empresa estar listada na B3), nossos acionistas têm direito a recesso. Isso quer dizer que eles podem não aderir à transação e trocar as ações pelo valor patrimonial delas, um pouquinho mais de R$ 14 (por ação). Nesses 30 dias, o acionista vai poder mexer na ação? Quem quiser tem o direito de receber o valor patrimonial da ação. Mas o valor da ação está muito acima desse valor patrimonial. Não tem previsão de lock-up (travar venda de ações) hoje. Para quando está prevista a chegada da nova empresa na Bolsa? A operação deve acontecer no fim de julho ou início de agosto. Então, nesse início de agosto, a nova empresa deve chegar à Bolsa. Na verdade, não chega, ela já está na Bolsa. Hoje, as duas estão na Bolsa, mas, quando a operação se concretizar, a Enauta deixa de ser listada e só segue a 3R listada. E o nome, como vai ficar? A gente não sabe ainda, vamos fazer uma análise. Vamos avaliar, mas possivelmente vai ser decisão dos acionistas, dos nossos conselheiros. Qual será a cara da nova empresa? Ela nasce como uma companhia bem mais robusta do que as duas isoladas, como colocamos na proposta original, em uma carta aberta de abril. Vai ser uma companhia com o portfólio mais diversificado, que se complementa. Mais robusta do ponto de vista de resiliência a ciclos de petróleo, com crescimento contínuo de produção pelos próximos anos. Isso porque o perfil de produção dos projetos que as companhias têm são complementares no tempo. Então, quando se combinam os portfólios da Enauta e da 3R, contando com onshore e offshore, a gente cria uma companhia em que o crescimento de produção é contínuo. Essa nova empresa tem como proposta ser pagadora de dividendos? Essa é uma companhia que tem, sim, potencial para crescer e pagar dividendo. O ideal é ter uma combinação de crescimento com algum dividendo. Na minha leitura, o dividendo não pode ser alto o bastante a ponto de comprometer o crescimento. E o crescimento não pode e não deve ser o único objetivo, porque, aí, você não atrai o acionista que precisa de algum dividendo. Então, é um desafio. O que a gente pode esperar para o gás a partir da fusão? Aumenta a produção da companhia, aumentam as possibilidades de se fazer negócios na área de gás porque a gente tem produção de gás na Bahia, no Rio Grande do Norte, tem Peroá/Cangoá no Espírito Santo. Dentro desse planejamento que eu coloquei, vamos pensar qual é a melhor maneira de gerenciar os ativos de gás da companhia. Abre muito o leque. A gente passa a ser um dos maiores produtores de gás não associado do Brasil. Dá flexibilidade grande para pensar em fazer negócios de gás que gerem mais valor. • Autor/Veículo: O Estado de S.Paulo

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Mudança no ICMS eleva fraude no etanol

No setor de combustíveis, a adoção no ano passado da chamada monofasia do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Prestação de Serviços (ICMS) para gasolina e diesel é vista como um mecanismo que tem permitido reduzir perdas em arrecadação de tributos. O fato de o etanol não estar incluído no novo regime, contudo, fez a sonegação crescer nesse segmento, segundo Emerson Kapaz, presidente do Instituto Combustível Legal. “Houve melhora quando decidiu-se tributar o ICMS da cadeia já na petroquímica, o que permitiu maior transparência. O problema é que o etanol não entrou nessa medida, e os sonegadores seguiram por essa via. O nosso pleito com o Congresso é incluí-lo no regime” argumentou Kapaz. Para ler esta notícia, clique aqui. Autor/Veículo: Valor Econômico

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Revista Combustíveis & Conveniência traz os impactos das enchentes do Rio Grande do Sul na revenda

As enchentes devastaram o estado do Rio Grande do Sul. Alguns perderam famílias, outros tiveram perdas de casas, carros e tudo o que construíram na vida. Inserido neste drama também se encontram diversos negócios, inclusive a revenda de combustíveis. Muitos postos ficaram submersos na água por semanas, os estragos ainda não foram contabilizados, mas a mobilização nacional, juntamente com os sindicatos da revenda locais e entidades do setor uniram-se para auxiliar os postos e manter o abastecimento, juntamente com campanhas de solidariedade para ajudar a população.Vale a pena conferir, clique aqui. Autor/Veículo: Assessoria de Comunicação da Fecombustíveis

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RELATÓRIO ABICOM – PPI X PREÇO DOMÉSTICO – 29/05/2024

Premissas: o preço de paridade de importação (ppi) foi calculado usando como referência os valores para gasolina, óleo diesel, câmbio, RVO e frete marítimo nas cotações, considerando os fechamentos do mercado no dia 28/05/2024. Cenário: com a estabilidade no câmbio e nos preços de referência da gasolina, com o óleo diesel apresentando ligeira valorização no mercado internacional no fechamento do dia útil anterior, o cenário médio de preços está abaixo da paridade para o óleo diesel e na paridade para gasolina. Defasagem média de -5% no Óleo Diesel e de -7% para a Gasolina. Câmbio: Ptax fechou na última sessão, operando em patamar elevado e pressionando os preços domésticos dos produtos importados. Fechamento em R$5,15U$. Petróleo: A oferta apertada segue pressionando os preços futuros. No momento, futuros do Brent são negociados acima dos U$84/bbl. ÓLEO DIESEL A S10  155º Dia de Vigência do Redução Linear Médio de R$ 0,30/L nos preços Petrobras (27/12/23). Na última quarta a Acelen, no Polo Aratu-BA, não alterou o preço do óleo diesel A O mercado internacional e o câmbio pressionam os preços domésticos. PPI acumula redução de R$0,06/L desde o último reajuste nos preços da Petrobras. Arbitragem considerando os 6 principais polos descritos no quadro abaixo encontra-se: desfavorável na média de:-R$0,19/L, variando entre -R$0,24/L a -R$0,08/L, a depender do polo de operação. 155 Dias de janelas fechadas, na média, para o óleo diesel A Os preços médios do Óleo Diesel A operam abaixo da paridade em todos os polos analisados. GASOLINA A 222º Dia de Vigência da Redução Linear Média R$ 0,12/L nos preços Petrobras (21/10/23). Na última quarta a Acelen, no Polo Aratu-BA, reduziu o preço do óleo diesel A em R$ 0,0262/L O mercado internacional e o câmbio pressionam os preços domésticos. PPI acumula redução de R$0,01/L desde o último reajuste nos preços da Petrobras. Arbitragem considerando os 6 principais polos descritos no quadro abaixo encontra-se: desfavorável na média de:-R$0,22/L, variando entre -R$0,33/L a -R$0,05/L, a depender do polo de operação. 114 Dias de janelas fechadas, na média, para a gasolina A Os preços médios da Gasolina A operam abaixo da paridade em todos os polos analisados.

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Etanol está mais competitivo em relação à gasolina em 9 Estados e no DF, diz ANP

O etanol esteve mais competitivo em relação à gasolina em 9 Estados e no Distrito Federal na semana passada. Na média dos postos pesquisados no País, no período o etanol tinha paridade de 65,30% ante a gasolina, portanto favorável em comparação com o derivado do petróleo, conforme levantamento da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) compilado pelo AE-Taxas. Executivos do setor observam que o etanol pode ser competitivo mesmo com paridade maior do que 70%, a depender do veículo em que o biocombustível é utilizado. O etanol era mais competitivo em relação à gasolina nos seguintes Estados: Acre (68,60%), Amazonas (67,61%), Espírito Santo (69,90%), Goiás (64,12%), Mato Grosso (60,95%), Mato Grosso do Sul (64,85%), Minas Gerais (68,09%), Paraná (65,73%) e São Paulo (65,25%), além do Distrito Federal (67,67%). No restante dos Estados, continua mais vantajoso abastecer o carro com gasolina. (Estadão Conteúdo) Autor/Veículo: O Dia

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‘Guiana está chupando de canudinho riqueza do Brasil’, diz Silveira sobre petróleo

O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, afirmou que, enquanto o país discute a exploração de petróleo na margem equatorial, a Guiana está extraindo o óleo em região que deveria ser explorada pelo Brasil. “Nossos irmãos da Guiana estão chupando de canudinho as riquezas do Brasil, estão explorando na divisa, em um bloco adquirido no governo Dilma. Não podemos desrespeitar contratos. É direito do povo brasileiro conhecer suas riquezas”, afirmou o ministro. Ele concedeu entrevista a jornalistas após abertura da terceira reunião do grupo de trabalho de transições energéticas do G20, nesta segunda-feira (27), em Belo Horizonte. O ministro é defensor da exploração de petróleo na margem equatorial, mas o projeto é contestado pelo corpo técnico do Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis), que negou há pouco mais de um ano a licença para a Petrobras perfurar um poço na bacia Foz do Amazonas. A medida gerou um embate público entre as áreas energética e ambiental do governo, que gostaria de uma avaliação mais ampla de eventuais impactos da atividade petrolífera na região, considerada ambientalmente sensível. Em sua fala, Silveira criticou uma atuação “dogmática” de setores que “atrapalham o desenvolvimento nacional”, mas evitou estender sua crítica à ministra do Meio Ambiente, Marina Silva. “Nunca vi uma opinião dela contrária ao mérito à exploração da margem equatorial. Mas, com relação ao Ibama, sei que parte do órgão está paralisada, em greve, tem suas limitações, mas não posso deixar de demonstrar minha ansiedade e angústia de fazer o Brasil rodar”, afirmou Silveira. “Nós precisamos achar uma solução estrutural para o licenciamento ambiental no Brasil, que não pode ser um atravancador do crescimento nacional, desde que respeitando a legislação ambiental”, completou. Na semana passada, Silveira afirmou que ele e a nova presidente da Petrobras, Magda Chambriard, têm o mesmo pensamento em relação à necessidade de exploração de petróleo na margem equatorial brasileira. “Nós pensamos igual, é pública a posição dela e é pública a minha posição: os brasileiros têm o direito de conhecer suas potencialidades energéticas”, afirmou, em entrevista no Rio de Janeiro. O fórum do G20 que acontece até quarta-feira (29) em Minas Gerais pretende discutir a dimensão social da transição energética. O estado sedia o encontro, segundo o ministro, por 99,5% de sua geração de energia ser originada de fontes renováveis. Autor/Veículo: Folha de São Paulo

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Biodiesel traz desafios de armazenagem e diesel verde pode ser a solução

Com a mistura do biodiesel ao diesel em maior proporção, transportadores relatam paradas prematuras dos veículos para manutenção. Como entupimento de filtros, limpeza dos bicos injetores entre outros componentes do sistema de injeção. O que levanta o questionamento sobre aumentar ou não ainda mais a porcentagem do biodiesel ao diesel, que saiu de 12% para 14%. Todavia, conforme especialistas ouvidos pelo Estradão, os problemas mais recorrentes originados pelo combustível tem relação com o modo como o combustível é armazenado e não com a produção. Um exemplo é que o biodiesel é mais suscetível à oxidação. O que pode levar à formação de compostos indesejados, como peróxidos e ácidos, que contribuem para a degradação do biodiesel ao longo do tempo. E isso pode ocorrer durante o armazenamento prolongado. Reforço dos componentesNesse sentido, o diretor comercial de caminhões da Volvo Caminhões, Alcides Cavalcanti, explica que a fabricante, por meio da rede, não recebe tantos caminhões com problemas ocasionados pela qualidade do B14. Não por acaso, a Volvo apresentou recentemente a versão do Volvo FH apto para rodar com o B100. Ou seja, 100% do biodiesel. Todavia, Cavalcanti reconhece que há problema de contaminação com o combustível, por causa do armazenamento. Em razão disso, a engenharia da Volvo analisa a qualidade do diesel vendido em todo o País. Assim, tentar reduzir os impactos que problemas por contaminação ou mesmo por diesel adulterado possam trazer ao caminhão. Com base nessas análises, a engenharia desenvolve componentes mais resistentes. Nesse sentido, Cavalcanti exemplifica que o sistema Wave de combustão ajuda na melhor queima do combustível nos pistões. Ou seja, faz uma queima mais uniforme independente das condições do diesel. O transportador paga a contaConforme o gerente de mobilidade elétrica na Mercedes-Benz do Brasil, Mike Munhato, o biodiesel feito conforme as especificações não traz problema algum para o veículo. Porém, sobre as condições de como o diesel é armazenado não há muito o que fazer. “Trata-se de um composto orgânico e que pode ter sua composição alterada com o tempo. E ele entrando no motor pode entupir bicos. Do mesmo modo, reduz o desempenho do caminhão por causa da redução da octanagem, por exemplo”. Dessa forma, o cliente, dono do caminhão ou ônibus, é quem paga a conta. Mesmo não se tratando de mal uso. Quando o veículo volta para concessionária, mesmo por desgaste prematuro, a peça é trocada e o cliente paga. Todavia não há perdas de garantia. Mas a consequência é que o custo do transporte aumenta. A Confederação Nacional dos Transportes (CNT) divulgou recentemente uma pesquisa com 710 empresários do setor sobre o tema. Como resultado, 60,3% dos entrevistados disseram que tiveram problemas mecânicos relacionados ao teor da mistura do biodiesel. Enquanto isso, o biodiesel avança no País como matriz energética. O percentual obrigatório de adição do biodiesel ao diesel passou a ser de 14% desde abril deste ano, por decisão do Conselho Nacional de Política Energética (CNPE). Mas para o ano que vem está previsto novo aumento, para 15%. Em razão disso, Munhato acredita que a solução seria o HVO ou diesel verde. Em outras palavras, trata-se de um óleo vegetal hidrotratado conhecido como diesel verde. Dessa forma, diferente do biodiesel, a composição não conta com oxigênio em sua molécula. Ou seja, trata-se de um hidrocarboneto puro, por isso muito mais estável. Além disso, sua composição química o torna totalmente compatível com os atuais motores a diesel. Portanto, sem a necessidade de modificações no sistema. HVO, o diesel verde como alternativaPor causa dos benefícios do diesel verde e suas vantagens frente ao biodiesel, os fabricantes aprovam o seu uso. Assim como entidades do setor de transporte. Nesse sentido, a CNT lançou na última sexta-feira (24), a publicação intitulada Diesel Verde – Uma opção de baixo carbono para caminhões e ônibus rodoviários. Trata-se da nova edição da Série CNT Energia no Transporte. Como signatário do Acordo de Paris, o Brasil assumiu o compromisso de diminuir em 53% as emissões de gases de efeito estufa (GEE) até 2030. Para realizar essa meta ambiciosa, o País pode optar por diversas alternativas energéticas. As paradas prematuras por causa do biodiesel pode encarecer o transporte de rodoviário Todavia, a “mais promissora a curto prazo é o diesel verde”, diz a CNT por meio de comunicado. Seja como for, o diesel verde ou diesel renovável, se difere tanto do diesel mineral (de origem fóssil) quanto do biodiesel de base éster. Composição do diesel verdeObtido a partir de resíduos orgânicos ou biomassa, o diesel verde é renovável e, em sua combustão, emite menos gases considerados nocivos. Ou seja, tais como hidrocarbonetos (HC), monóxido de carbono (CO), óxidos nitrosos (NOx) e material particulado (MP). Ademais, o Brasil tem grande potencial para produzi-lo, uma vez que é abundante em matérias-primas fundamentais ao seu processo produtivo. Como óleos vegetais e gordura animal. Assim, podendo se tornar um fornecedor mundial do insumo. Cabe destacar que a produção de diesel verde é realizada a partir de diversas tecnologias. Sendo o hidrotratamento na presença de hidrogênio a mais comum. Esse processo leva à obtenção do óleo vegetal hidrotratado (HVO, da sua sigla em inglês). E pode ser abastecido em veículos pesados. Autor/Veículo: O Estado de S. Paulo

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Nova chefe da Petrobras diz que vai buscar ampliação da exploração

Na primeira entrevista após assumir a chefia da estatal, Magda Chambriard afirmou que a empresa tem de “repor reservas” e defendeu exploração na Foz do Amazonas. Em sua primeira entrevista desde que tomou posse no cargo, na sexta-feira passada, a presidente da Petrobras, Magda Chambriard, disse ontem que a prioridade de sua gestão vai ser acelerar a atividades de exploração de petróleo para repor as reservas da estatal. Ela afirmou que as reservas de óleo da empresa, ainda muito baseadas no pré-sal, entram em declínio a partir de 2030. “Enquanto empresa de petróleo, temos de pensar em repor reservas. Produzir petróleo em águas ultraprofundas é o que sabemos. O foco não poderia ser outro que não zelar pela produtividade. E, para isso, é essencial repor reservas”, disse a executiva. Magda assumiu o cargo no lugar do ex-senador petista Jean Paul Prates, alvo de críticas do ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, que cobrava maior rapidez na condução do plano de negócios da empresa para o quinquênio 2024-2028. “A sobrevivência da Petrobras tem um grande componente que é a produção desses reservatórios, tempestiva, com máximo aproveitamento, majoração do potencial dos recursos, mas reposição de reservas. Para nós, é essencial repor reservas, continuar explorando petróleo no litoral brasileiro. A Margem Equatorial está nesse contexto, o litoral do Amapá e o do Rio Grande do Sul estão nesse contexto”, disse. Ela afirmou que o debate sobre a licença ambiental para a exploração de petróleo na bacia da Foz do Amazonas, na Margem Equatorial brasileira, precisa ser ampliado. Segundo ela, a discussão deve ser levada ao Conselho Nacional de Política Energética (CNPE), que, na avaliação da executiva, “tem se reunido pouco”. “Tem de sentar todos os componentes do CNPE para discutir o assunto, mostrar que a reposição de reservas é essencial. O litoral do Amapá está nesse contexto”, disse Magda, referindo-se ao órgão que reúne vários ministérios, representantes da sociedade civil e da academia. O colegiado é presidido pelo ministro de Minas e Energia, que faz defesa reiterada da necessidade de explorar petróleo na região (mais informações na pág. B13). A exploração de petróleo na região é controversa e teve licença negada pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama). AMBIENTE. Questionada sobre a resistência do Ministério do Meio Ambiente (MMA) e do Ibama em liberar a exploração nessas áreas, Magda disse que a pasta de Marina Silva precisa ter mais informações sobre a “necessidade premente” de a Petrobras repor suas reservas de petróleo. “O Ministério do Meio Ambiente precisa ser mais esclarecido sobre a necessidade de o Brasil explorar a Margem (Equatorial) e perfurar esses poços, até para liderar a transição (energética)”, disse. Sobre isso, a nova presidente da Petrobras ainda afirmou que o cuidado da empresa com sua operação vai muito além do que demanda a lei ambiental. Ela também disse que a Petrobras vai seguir investindo na diversidade de fontes de energia capazes de garantir o futuro da companhia. • Política de preços será mantida, diz executiva A nova presidente da Petrobras, Magda Chambriard, afirmou ontem, em sua primeira entrevista coletiva no cargo, que não deve modificar a atual política de preços de combustíveis da estatal, que observa a realidade do mercado, como as cotações internacionais, mas sem considerar custos ligados à importação – que não incidem sobre a operação da Petrobras. “A Petrobras sempre funcionou acompanhando uma tendência de preços internacionais, ora mais alta, ora mais baixa. O que é altamente indesejável? Trazer para a sociedade brasileira instabilidade de preços todos os dias. A Petrobras sempre zelou pela estabilidade”, disse a nova presidente da estatal. DIVIDENDOS. Ela disse ainda que não há como gerir a companhia “sem respeitar a lógica empresarial”, ao ser questionada sobre o pagamento de dividendos aos acionistas e o temor de investidores privados de verem o porcentual de proventos relativos ao fluxo de caixa livre cair. “Vamos respeitar a lógica empresarial. Não há como gerir a Petrobras sem respeitar a lógica empresarial”, disse. Ela afirmou ser necessário atender, ao mesmo tempo, aos interesses tanto de acionistas públicos quanto privados. “Se tem lucro, tem dividendos. Nós queremos ter lucro e queremos ter dividendos”, disse ela, em um segundo momento, ao ser novamente questionada sobre esse assunto. Autor/Veículo: O Estado de São Paulo

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Lula, Margem Equatorial, dividendos, combustíveis: veja as principais posições da nova presidente

Em sua primeira entrevista coletiva desde que assumiu o comando da Petrobras, Magda Chambriard disse que a companhia tem de ser rentável e atender interesses de acionistas majoritários (a União) e minoritários (o setor privado). A nova presidente da estatal disse que seguirá “lógica empresarial” à frente da petroleira e prometeu acelerar a exploração de petróleo, citando inclusive a Margem Equatorial, projeto que já colocou em lados opostos o Ministério de Minas e Energia e o Ministério do Meio Ambiente. — Gerir a empresa para dar lucro é muito fácil. E vamos fazer isso. Nosso esforço será pela tempestividade e agilidade. Vamos respeitar a lógica empresarial. Dando lucro, sendo tempestiva e atendendo aos interesses tanto dos acionistas públicos e privados. A palavra-chave é conversa. E colocar a empresa à disposição dos acionistas dentro da lógica empresarial — afirmou. Indagada sobre quem terá a palavra final na estatal, ela disse que a Petrobras é uma empresa de economia mista: — Ela roda com diretoria colegiada e está submetida ao Conselho de Administração. A lógica empresarial é essa. Na semana passada, o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, afirmou em entrevista ao GLOBO que o comando da Petrobras deve se preocupar pouco em “falar para fora” e deve ser alinhado ao acionista controlador, e acrescentou que a palavra final cabe ao presidente da República. Política de preçosO governo trocou o comando da Petrobras com cobranças para que a companhia acelere investimentos. Magda deixou claro que pretende cumprir a exigência. Além da exploração de petróleo, citou investimentos no setor naval e não descartou a recompra de refinarias. Indicou ainda que manterá a política de preços definida por seu sucessor, Jean Paul Prates, que trocou o preço de paridade de importação por uma nova fórmula, à qual se referia como política abrasileirada de preços: — Indesejável é trazer para a sociedade instabilidade de preços. O presidente Lula prometeu abrasileirar os preços, e isso foi feito. É uma lógica empresarial. Isso não é uma invenção. Essa simples mudança representou, de janeiro de 2023 até hoje, redução no diesel de quase 25%. Isso foi feito e vamos continuar fazendo. Ainda assim, afirmou que pode fazer mudanças na diretoria. Segundo ela, alterações não buscam desabonar ninguém, são “ajustes de perfil”. Ao comentar outro ponto que causou polêmica na gestão anterior da companhia, ela defendeu a distribuição de dividendos (parcela dos ganhos compartilhada com acionistas). Ela afirmou que ainda vai entender as prioridades da empresa e as demandas dos componentes da sociedade para dar uma posição sobre a distribuição dos 50% remanescentes de dividendos extraordinários da estatal. — Se tem lucro, tem dividendos — disse Magda. — Se existe uma coisa que tenho certeza é que a empresa vai dar muito lucro. Pedido do presidenteA executiva disse ter a missão de retribuir “com muito zelo” a confiança do governo em sua indicação e citou o pedido que ouviu de Lula. — A demanda que tive do presidente Lula foi: ‘ tenho um carinho pela Petrobras. Esse é o tamanho do desafio que estou te dando. Gostaria que você gerisse essa empresa com respeito à sociedade brasileira’ — disse. — Não posso ter mensagem mais clara que essa. Magda também fez referência à queda das ações após a demissão de Prates: — Quando fui indicada, as ações caíram. Pensei: ‘é hora de comprar’. Vocês conhecem minha história e conhecem a história da empresa. Somos top 10 em tudo. Qual dúvida se tem sobre essa empresa, de que vai dar lucro? A nova presidente da Petrobras defendeu que a empresa acelere a exploração de petróleo para ampliar reservas, indicando que o declínio da produção a partir de 2030 pode deixar o país mais perto de perder a autossuficiência. E, nesse contexto, defendeu a exploração na Margem Equatorial: — O foco é zelar para que os ativos de petróleo da Petrobras persistam crescendo. A sobrevivência da Petrobras tem um componente que é a produção tempestiva, com zelo, máximo aproveitamento e reposição de reservas. E é essencial continuar explorando petróleo na costa brasileira. A Margem Equatorial e a costa do Amapá estão nesse contexto. Segundo ela, a exploração de petróleo no pré-sal representa 26% da balança comercial do Brasil. Mas, disse, que o pico de produção dessas reservas chegará por volta de 2030. Segundo Magda, avançar em novas fronteiras e incentivar a cadeia nacional estão no escopo da empresa para garantir atuação perene. Ela afirmou que também pretende investir em fontes renováveis. — Precisamos ter autorização para explorar. Vamos ter que conversar com o Ministério do Meio Ambiente e mostrar o que a Petrobras está ofertando em cuidado com o meio ambiente, muito mais do que a lei demanda. O Ministério de Minas e Energia está louco para perfurar — disse. — O Ministério do Meio Ambiente precisa ser mais esclarecido sobre a necessidade de a Petrobras e o país explorarem petróleo e gás até para liderar a transição energética. De acordo com a executiva, se o Ministério do Meio Ambiente e o de Minas e Energia têm posições divergentes, “o árbitro tem de ser o presidente da República”. E lembrou que o fórum adequado para o debate é o Conselho Nacional de Política Energética (CNPE), composto por diversas pastas. Encomenda de naviosIndagada a respeito da retomada de encomendas de navios e plataformas a estaleiros brasileiros — demanda do governo —, Magda disse que há muita capacidade de produção desenvolvida no país: — Minha obrigação é reforçar as cadeias nacionais. Mas lembrou que a empresa tem a obrigação de estabelecer igualdade de condições entre fornecedores nacionais e estrangeiros, o que ajuda a reforçar a cadeia de fornecedores. A executiva não descartou a recompra pela Petrobras da Refinaria Mataripe, na Bahia, vendida pela estatal no governo de Jair Bolsonaro, desde que seja financeiramente favorável para a empresa. — Por que não? A pergunta é: é um bom negócio? E nosso técnicos vão ter de responder — disse. — Refino foi feito para agregar valor. Sobre a negociação com a Unigel para

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