Author name: Sindipetro

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Petróleo fecha em queda, após Israel reduzir número de tropas no sul de Gaza

Os preços do petróleo recuaram nesta segunda-feira, 8, com as tensões no Oriente Médio mais moderadas após as notícias de que Israel diminuiu suas tropas terrestres no sul da Faixa de Gaza. O movimento acontece depois de uma forte ascensão no preço dos barris de petróleo na semana passada. O WTI para maio fechou em queda de 0,55% (US$ 0,48), a US$ 86,43 o barril, na New York Mercantile Exchange (Nymex), e o Brent para junho caiu 0,87% (US$ 0,79), a US$ 90,38 o barril, na Intercontinental Exchange. “O petróleo cai à medida que Israel diminui as tropas terrestres no sul de Gaza, embora o Hamas diga que o acordo de trégua permanece num impasse”, comentou a Spartan Capital em relatório. Recentemente, os EUA redobraram sua pressão para que o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, não dê sequência em seu plano de uma incursão terrestre na região de Rafah, no sul de Gaza. A pressão norte-americana para mais ajuda humanitária e para que Israel garanta a proteção de civis de Gaza pode estar surtindo algum efeito, embora Netanyahu tenha comentado nesta segunda que já marcou uma data para a invasão israelense a Rafah. Israel também chegou a atacar nos últimos dias outros alvos entre inimigos, como do grupo libanês Hezbollah. Ao mesmo tempo, há diálogos por uma potencial trégua em Gaza em andamento. Sem reviravoltas no cenário geopolítico, os contratos encontraram espaço para algum ajuste, depois dos ganhos recentes. Apesar da queda nos preços nesta segunda, Louis Navellier, da gestora Navellier, destaca a probabilidade de novas altas do petróleo, com os preços, inclusive, superando os US$ 100 por barril. Também nesta segunda, analistas do Morgan Stanley aumentam sua previsão para o Brent no terceiro trimestre de US$ 90 para US$ 94, citando o risco geopolítico que adiciona US$ 4 à estimativa. (Estadão Conteúdo) Autor/Veículo: InfoMoney

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Defasagem da gasolina chega a 18%, em meio à disputa pelo comando da Petrobras

Em meio à polêmica da troca de comando na Petrobras, a estatal terá de lidar com a pressão sobre os preços dos combustíveis. A defasagem da gasolina no Brasil em relação ao praticado no mercado internacional chegou a 18% nesta segunda-feira, segundo dados da Associação Brasileira dos Importadores de Combustíveis (Abicom). No caso do diesel, a disparidade está em 13%. A defasagem reflete a escalada do preço da commodity, especialmente a partir da segunda quinzena de março. O preço do barril do petróleo Brent, referência no mercado internacional, ultrapassou a barreira dos US$ 90 na semana passada, chegando ao mais alto patamar desde outubro de 2023. Na manhã desta segunda-feira, ele recuava 0,76% por volta de 9h, mas ainda estava acima de US$ 90. Projeções do JPMorgan indicam que o barril poderá alcançar a marca de US$ 100 até agosto ou setembro. A disparada no preço deve pressionar a Petrobras por reajustes, num momento em que a companhia está no alvo de disputa entre diferentes alas do governo e o futuro de seu presidente, Jean Paul Prates, é incerto. No fim de semana, era esperado um encontro entre o presidente Lula e alguns de seus ministros, entre eles Fernando Haddad (Fazenda) e Alexandre Silveira (Minas e Energia) para tratar da polêmica envolvendo a Petrobras. Mas a reunião não aconteceu. É possível que seja feita nesta segunda-feira. O salto do preço do petróleo na semana passada é atribuído a tensões militares entre Israel e o Irã. Mas especialistas dizem que há outros fatores que impulsionam os preços da commodity para cima. O México reduziu suas exportações de petróleo, contribuindo para a redução da oferta global do produto. Sanções americanas à Rússia – devido à guerra na Ucrânia – também contibuem para diminuição da disponibilidade da commodity, e ataques dos rebeldes houthis a petroleiros no Mar Vermelho vêm atrasando os embarques de petróleo. Mesmo diante desse cenário, os membros da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) e seus aliados mantêm o corte de produção de 2,2 milhões de barris por dia. No início de março, eles renovaram o compromisso com a redução da oferta para todo o período do segundo trimestre. Autor/Veículo: O Globo

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ANP lança curso para frentistas sobre testes realizados nos combustíveis

A ANP lançou, em 4/4, um curso destinado a frentistas de postos de combustíveis, em parceria com entidades representativas desses trabalhadores e dos donos de postos. O lançamento ocorreu no Escritório Central da ANP, no Rio de Janeiro. No evento, o Diretor da ANP Fernando Moura destacou a importância do trabalho em parceria entre órgão regulador e agentes regulados. “A regulação a várias mãos é a mais acertada. Entendendo o que acontece de fato com o mercado, quais são os desafios, conseguimos internalizar isso para fazer uma regulação mais próxima da realidade possível. Só trabalhando em conjunto teremos um mercado mais seguro tanto para os trabalhadores quanto para o consumidor. Por isso, a área de fiscalização da ANP realiza esse trabalho educativo”, afirmou. O objetivo do curso é capacitar e auxiliar no aperfeiçoamento dos frentistas com relação à realização dos testes de qualidade e quantidade dos combustíveis. Além de servirem para os postos acompanharem a conformidade dos produtos vendidos, esses testes também podem ser exigidos pelos consumidores ao abastecerem. O treinamento é realizado em parceria com o Sindicato do Comércio Varejista de Combustíveis, Lubrificantes e Lojas de Conveniência do Município do Rio de Janeiro (Sindcomb); o Sindicato dos Empregados em Postos de Serviços de Combustíveis e Derivados de Petróleo do Estado do Rio de Janeiro (Sinpospetro-RJ); a Federação Nacional dos Empregados em Postos de Serviços de Combustíveis e Derivados de Petróleo (Fenepospetro); e o Sindicado da Indústria de Reparação de Veículos e Acessórios (Sindirepa). O curso será ministrado por meio de vídeos, nos quais servidores da ANP demonstram como fazer esses testes e aferições. Os vídeos serão disponibilizados nos sites do Sindcomb e do Sinpospetro-RJ. Após terminarem o curso, os frentistas poderão emitir um certificado de conclusão. Autor/Veículo: Assessoria de Imprensa da ANP

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Resolução ANP 948 entra em vigor amanhã, mas não traz mudanças à revenda

A nova Resolução ANP 948, que entrará em vigor amanhã (10 de abril), não traz nenhuma nova obrigatoriedade para a revenda, ou seja, por ora, nada muda na rotina dos postos. A Resolução 948 apenas substitui a Resolução ANP 41/ 2013 que estabelece os requisitos necessários à autorização para o exercício da atividade de revenda varejista de combustíveis automotivos e a sua regulamentação. A Resolução 41/2013 e várias outras resoluções, tiveram seus textos revisados em função do Decreto Federal 10.139 publicado em 28/11/2019, que dispõe sobre a revisão e a consolidação dos atos normativos inferiores a decretos editados por órgãos e entidades da administração pública federal direta, autárquica e fundacional. Autor/Veículo: Assessoria de Comunicação da Fecombustíveis

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RELATÓRIO ABICOM – PPI X PREÇO DOMÉSTICO – 08/04/2024

Premissas: o preço de paridade de importação (ppi) foi calculado usando como referência os valores para gasolina, óleo diesel, câmbio, RVO e frete marítimo nas cotações, considerando os fechamentos do mercado no dia 05/04/2024. Cenário: como a estabilidade no câmbio e nos preços de referência da gasolina, como os preços de referência do óleo diesel apresentando ligeira valorização no mercado internacional no fechamento do dia útil anterior, o cenário médio de preços está abaixo da paridade para o óleo diesel e na paridade para gasolina. Defasagem média de -13% no Óleo Diesel e de -18% para a Gasolina. Câmbio: Ptax fechou na última sessão, operando em patamar elevado e pressionando os preços domésticos dos produtos importados. Fechamento em R$5,05U$. Petróleo: A oferta apertada segue pressionando os preços futuros. No momento, futuros do Brent são negociados acima dos U$91/bbl. ÓLEO DIESEL A S10  104º Dia de Vigência do Redução Linear Médio de R$ 0,30/L nos preços Petrobras (27/12/23). Na última quarta a Acelen, no Polo Aratu-BA, aumentou o preço do óleo diesel A em R$0,0887/L O mercado internacional e o câmbio pressionam os preços domésticos. PPI acumula aumento de R$0,30/L desde o último reajuste nos preços da Petrobras. Arbitragem considerando os 6 principais polos descritos no quadro abaixo encontra-se: desfavorável na média de:-R$0,52/L, variando entre -R$0,60/L a -R$0,39/L, a depender do polo de operação. 104 Dias de janelas fechadas, na média, para o óleo diesel A Os preços médios do Óleo Diesel A operam abaixo em todos polos analisados. GASOLINA A 171º Dia de Vigência da Redução Linear Média R$ 0,12/L nos preços Petrobras (21/10/23). Na última quarta a Acelen, no Polo Aratu-BA, aumentou o preço da gasolina A em R$ 0,0962/L O mercado internacional e o câmbio pressionam os preços domésticos. PPI acumula aumento de R$0,40/L desde o último reajuste nos preços da Petrobras. Arbitragem considerando os 6 principais polos descritos no quadro abaixo encontra-se: desfavorável na média de:-R$0,61/L, variando entre -R$0,74/L a -R$0,33/L, a depender do polo de operação. 63 Dias de janelas fechadas, na média, para a gasolina A Os preços médios da Gasolina A operam abaixo da paridade em todos polos analisados. Obs.: As defasagens indicadas nos quadros abaixo refletem as comparações dos preços das refinarias nacionais de hoje com o PPI calculado considerando importações negociadas no dia útil anterior. Os estoques atuais estão precificados em bases diferentes que podem ser mais altas ou baixas.

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Petróleo bate US$ 90 pela primeira vez desde outubro

O petróleo disparou na última hora da sessão desta quinta-feira (4) no mercado futuro e levou o barril do Brent a um fechamento acima de US$ 90 pela primeira vez desde outubro de 2023. O mercado segue focado em riscos à oferta da commodity diante do recrudescimento das tensões no Oriente Médio e Leste Europeu. O petróleo WTI – referência americana – com entrega prevista para junho fechou em alta de 1,42%, a US$ 85,81 por barril. Já o Brent – referência global – avançou 1,45%, a US$ 90,65 por barril. Ambos registraram seus maiores fechamentos desde a sessão de 20 de outubro do ano passado. De acordo com veículos da imprensa internacional, oficiais da CIA, a agência de inteligência dos Estados Unidos, alertaram que o Irã deve atacar Israel nas próximas 48 horas em retaliação ao assassinato de um comandante do exército iraniano após um bombardeio israelense ao consulado do Irã na Síria. O episódio elevou as tensões no Oriente Médio e o mercado teme que a escala do conflito amplie além do confronto entre Israel e o Hamas. Já no Leste Europeu, diversos ataques de drones ucranianos a instalações de energia da Rússia afetaram a produção do país, e consequentemente a sua oferta ao mercado global. Autor/Veículo: Valor Investe

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Combustíveis fósseis têm papel a cumprir e precisam financiar transição, diz Rafael Dubeux

Indicado pelo governo Lula (PT) para o conselho da Petrobras em meio à crise entre o comando da empresa, acionistas e ministros, Rafael Dubeux defende que o petróleo deve financiar a transição energética, mas faz ressalvas. Segundo ele, “boa parte da transição é autofinanciável” e há “demandas sociais urgentes de curto prazo” a resolver, como saúde e educação. “É um desafio equilibrar todos esses fatores e encontrar a melhor solução”, afirma. Secretário-executivo-adjunto do Ministério da Fazenda, ele lidera o Plano de Transformação Ecológica do Brasil, que cria as diretrizes do desenvolvimento sustentável do país. Dubeux conversou com a Folha no escritório da Fazenda, em São Paulo. Evitou falar sobre sua provável nova função na Petrobras, já que a nomeação ao cargo ainda precisa tramitar. Segundo ele, a distribuição de dividendos da empresa precisará em breve ter “solução definitiva”. A secretária de Mudança do Clima do Ministério do Meio Ambiente, Ana Toni, disse que falta ao Brasil planejamento sobre o que fazer com o dinheiro do petróleo se o país continuar explorando. Essa também é sua preocupação?Esse é um debate super-relevante que já foi feito lá atrás, na época da descoberta do pré-sal, com a criação do fundo social, e acho que em algum momento vai ter que se voltar ao assunto para discutir qual vai ser o arranjo do fundo social e das distribuições de royalties. Precisamos discutir onde é que a gente vai alocar isso para garantir uma transição energética e ao mesmo tempo uma transição justa. O Ministério de Minas e Energia chegou a preparar um projeto que foi levado em algum momento ao CNPE (Conselho Nacional de Política Energética), criando um programa de transição energética, então esse é um debate que está colocado no governo. E por que não avançou?Acho que optaram por fazer a votação na outra reunião e essa reunião ainda não aconteceu. Mas o fato de não ter um plano formalmente aprovado com esse nome não quer dizer que o país não esteja fazendo um esforço de transição energética. O sr. concorda com a ideia de utilizar dividendos extraordinários de empresas que exploram recursos naturais para financiar a transição energética, como propôs o ministro da Economia da Noruega no G20?A Noruega] é um país desenvolvido que tem, de certa maneira, outras demandas sociais razoavelmente atendidas, e aí você pode focar o recurso quase que todo na transição energética. O Brasil é um país em que a matriz energética já é comparativamente mais limpa do que a dos países ricos, e nós temos uma série de demandas sociais urgentes de curto prazo que a gente precisa endereçar, de saúde, de educação, de vários temas. Então é um desafio equilibrar todos esses fatores e encontrar a melhor solução. Não há dúvida de que parte da transição precisa ser viabilizada com os combustíveis fósseis, que ainda têm um papel a cumprir por vários anos e, de alguma maneira, auxiliam a transição. Se não for necessariamente em energia limpa, é às vezes viabilizando a adaptação à mudança do clima, mitigando os impactos causados pela própria emissão. O recurso tem que ir todo para a transição energética? Acredito que não, até porque boa parte da transição energética é, por assim dizer, autofinanciável. Essa alteração nos dividendos extraordinários teria que vir por lei?A alteração é por meio de lei, está fixada em lei a distribuição. Eu não estou propondo isso. A lei que estabelece hoje a alíquota e os critérios de repartição […]. É tema judicializado e em algum momento precisará ter solução definitiva. Sua presença no conselho da Petrobras ajuda nesse cenário?Eu fiquei muito honrado com o convite de participar do conselho da Petrobras, mas, por enquanto, há uma indicação do governo que está tramitando ainda pelas instâncias da Petrobras. Vai ter ainda uma assembleia-geral, marcada para o final do mês, e, enquanto não há uma deliberação formal, prefiro não falar. Qual é o real tamanho do plano de transformação ecológica do Brasil? Organizações dizem algo entre US$ 130 bilhões e US$ 160 bilhões anualmente.Eu vi esse número recentemente, mas não fomos nós que divulgamos. Tem vários estudos sendo feitos sobre quanto de capital o conjunto das ações que estão sendo tomadas mobiliza. A grande maioria é de capital privado. Os projetos de energia no Brasil param de pé sem nenhum apoio público adicional, como eólica, solar e biocombustíveis. Em algumas áreas desses novos mercados promissores de longo prazo, existe uma discussão sobre se faz sentido ter algum tipo de subsídio, como é o caso do hidrogênio e de baixo carbono, mas isso não está colocado. O grosso do recurso hoje no plano são medidas regulatórias para estimular e canalizar recursos privados para a descarbonização. Do que tem de recurso público propriamente é uma valor comparativamente menor; não tem um número exato. O valor do plano inclui os investimentos feitos pelas próprias empresas? Não é como os planos dos EUA e da Europa…O nosso plano não é diretamente comparável com o dos EUA […], são investimentos privados que você está estimulando com esse processo. O mercado de carbono, por exemplo, é feito por investimento privado, já que você cria um sistema de incentivo que estimula uma siderúrgica ou uma indústria de cimento ou de vidro a descarbonizar o seu processo. É uma medida regulatória, sem impacto orçamental. O espaço fiscal que a gente tem é exatamente o que está no arcabouço fiscal; não tem nenhum real além do que está fixado dentro dos limites. Mas e os títulos lançados no exterior para esse financiamento?Na emissão dos títulos e na alocação do Fundo Clima, que tem algum aporte público, é dinheiro para crédito. Vamos emprestar para as empresas, então não é orçamento de despesa. A ideia é que se tenha US$ 2 bilhões todo ano e a gente vai alocando esses recursos no Fundo Clima para viabilizar o financiamento com a taxa competitiva. Os investidores dizem que o país precisa focar poucas áreas se quiser ser competitivo. O governo federal já as selecionou?Em termos de rotas tecnológicas para mobilidade

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Brasil pode se beneficiar da sobrevida do motor a combustão

Ao mesmo tempo em que se preparam para fornecer componentes para as futuras linhas de montagem de modernos veículos híbridos e elétricos, os fabricantes de autopeças percebem a oportunidade de aproveitar o conhecimento brasileiro em carros e motores a combustão para fazer do país um polo exportador para mercados que ainda usarão esse tipo de veículo, como vizinhos da América Latina e países do Oriente Médio e África. Essa chance se tornou ainda mais real com a recente regulamentação do Mover, programa de incentivos do governo federal para o setor automotivo. O Mover permite a importação de linhas de montagem com impostos reduzidos. Para Claudio Sahad, presidente do Sindicato Nacional da Indústria de Componentes (Sindipeças), o benefício traz a oportunidade de o Brasil trazer da Europa e Estados Unidos linhas que começam a ser desativadas para dar lugar às que produzem carros elétricos. Segundo ele, isso não significa deixar de investir nos projetos dos carros mais modernos. “São ações paralelas, que podem ajudar a incrementar as exportações”, afirma o dirigente. “O mundo produz 80 milhões de veículos por ano. Desse total, cerca de 30 milhões são modelos a combustão ainda fabricados nos Estados Unidos e Europa. Se o Brasil pegar 10% disso estamos bem”, destaca Sahad. Há poucas semanas, representantes do setor automotivo encaminharam ao governo um estudo mostrando que o Brasil não está sozinho nessa disputa. Outros sete grandes produtores de veículos estão de olho nesse filão: Índia, China, Tailândia, Turquia, República Tcheca, Japão e México. O objetivo de compartilhar essas informações com o Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, além de outros órgãos do Executivo, é levar as preocupações do setor em relação à desvantagem brasileira em custos de produção. Segundo Sahad, o estudo, organizado pela McKinsey, fez uma análise de competitividade. Entre os oito países com potencial para disputar o fornecimento global de veículos a combustão, o Brasil fica no sétimo lugar na comparação de custos, no sexto em incentivos fiscais e aparece em último lugar no quesito acordos comerciais. “Temos um bom campo para evoluir. Por isso estamos conversando tanto com o governo”, destaca o dirigente. Nas conversas, os fabricantes de autopeças têm pedido medidas que os ajudem a vencer a concorrência externa, como facilidades na exportação. O mesmo estudo, destaca Sahad, mostrou o risco de perda de participação no mercado externo. Em 2022, a receita obtida com exportações da indústria de veículos mais a de componentes alcançou US$ 15 bilhões. Segundo Sahad, o estudo mostrou que se o atual quadro de competitividade for mantido a exportação anual do setor tende a cair para US$ 10 bilhões em 2035. Por outro lado, se o Brasil alcançar pelo menos a média da competitividade de seus concorrentes, destaca Sahad, as vendas anuais do setor ao mercado externo poderão chegar a US$ 56 bilhões em pouco mais de dez anos. “Se isso der resultado haverá aumento de volume e um resultado que será a força motriz de investimentos em novas tecnologias”, afirma Sahad. Autor/Veículo: Valor Econômico

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Minaspetro alerta para alta nos preços do etanol

O etanol hidratado está mais caro nos postos de combustível de Minas Gerais. E o motivo, segundo o Sindicato do Comércio Varejista de Derivados de Petróleo no Estado de Minas Gerais (Minaspetro), está na elevação de preço praticado pelas usinas. A entidade destaca que só neste ano o biocombustível registrou um aumento de mais de 20% nas usinas produtoras. E o anidro, que compõe a gasolina em 27%, também apresentou alta de 16% em 2024. O presidente do Minaspetro, Rafael Macedo, disse que está preocupado com o comportamento do preço do etanol. “Não adianta culpar os postos pelo aumento nas bombas, porque simplesmente estamos repassando um aumento no custo”, justifica. Ele ressalta que o etanol tem se mostrado como um protagonista na transição de matriz energética, e os postos estavam vendendo muito o biocombustível. “A gente esperava que os produtores de etanol fizessem esforços suficientes para manter o produto competitivo, especialmente agora que está no momento de início de safra”, diz. Levantamento – A alta é confirmada pela Síntese Semanal do Comportamento dos Preços dos Combustíveis divulgada pela Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP). O combustível na última semana de março (24 a 30) ficou 1,70% mais caro no Estado. O valor médio do litro ficou em R$ 3,58. No primeiro trimestre a elevação foi de 5,6% em Minas. A gasolina também ficou mais cara no período, só que subiu menos, com alta de 2,75%. De acordo com dados do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea)/ Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (Esalq/USP), o preço à vista do etanol hidratado no estado de São Paulo, entre os dias 18 e 22 de março, foi de R$ 2,1684 o litro, alta de 5,04% em relação à semana anterior. Segundo o instituto de pesquisas mencionado, “neste período final de safra 2023/24 de cana-de-açúcar na região Centro-Sul, os preços dos etanóis hidratado e anidro voltaram a subir com certa força no estado de São Paulo. […] o impulso aos valores dos biocombustíveis veio sobretudo da demanda. Distribuidoras consultadas pelo Cepea estiveram mais ativas no spot paulista ao longo da semana passada, mas a oferta nas usinas não aumentou na mesma proporção. Do lado vendedor, boa parte seguiu firme nos valores pedidos em novas negociações”. Produtores destacam que preços do etanol continuam competitivos O presidente da Associação das Indústrias Sucroenergéticas de Minas Gerais (Siamig), Mário Campos, ressalta que o preço do etanol continua competitivo para o motorista na hora de abastecer. “O preço de hoje é 20% mais barato que março de 2023”, diz. O dirigente acrescenta que as usinas estão iniciando a safra e, logo, a oferta no mercado do combustível vai aumentar. Ele ressalta que para se falar em preço é necessário avaliar todo um contexto de produção, que contempla custos, que estão mais altos nos últimos anos, com destaque para o impacto dos fertilizantes, além do aumento nos preços de máquinas equipamentos. “Vale ressaltar que no segundo semestre do ano passado chegamos a vender etanol abaixo do custo de produção”, pontua. Autor/Veículo: Diário do Comércio

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Prates ironiza notícias sobre demissão e sindicatos falam em ‘espancamento’

O presidente da Petrobras, Jean Paul Prates, ironizou na tarde desta quinta-feira (4) notícias sobre possível troca no comando da companhia. Ao mesmo tempo, recebeu apoio de sindicatos, que reclamam de “espancamento público” do executivo. Em publicação na rede social X (ex-Twitter) por volta das 15h30, Prates reproduziu uma suposta troca de mensagens de WhatsApp que dizia que ele sairia, sim, da Petrobras, mas para jantar. E estaria de volta no dia seguinte cedo, com a agenda cheia. “Jean Paul vai sair da Petrobras?”, pergunta uma mensagem. “Acho que após às 20h02. Vai pra casa jantar… E amanhã às 7h09 estará de volta na empresa, porque sempre tem a agenda cheia.” A saída de Prates foi alvo de uma série de rumores nesta quinta, depois de entrevista publicada nesta Folha em que o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, admite conflitos com o presidente da estatal. Em Brasília, o nome do presidente do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social), Aloizio Mercadante, passou a circular como uma opção para comandar a estatal. A fritura de Prates é vista na Petrobras como uma tentativa de Silveira e do ministro da Casa Civil, Rui Costa, forçarem a troca no comando da empresa. Não há entre o círculo mais próximo do executivo, porém, a percepção de que ele teria interesse em deixar o cargo. Aliada de Prates desde o início da gestão, a FUP (Federação Única dos Petroleiros), divulgou comunicado nesta quinta criticando “o processo de espancamento público que o presidente da Petrobras” está sofrendo. “A FUP reconhece a atuação da gestão Prates em busca do fortalecimento da Petrobras como promotora de investimentos capazes de contribuir para a geração de emprego e renda dos brasileiros”, afirma o texto, destacando ainda que o executivo restabeleceu o diálogo com os petroleiros. Ainda segundo a FUP, ele “promoveu o início da implementação de uma nova e importante política de melhoria das condições de vida do trabalhador brasileiro, como o fim da nociva política de preço de paridade de importação”. No mercado financeiro, a possibilidade de demissão de Prates também não é bem vista. As ações da empresa tiveram um dia de grande volatilidade nesta quinta, com um momento de forte queda, recuperando-se depois com notícias sobre pagamento de dividendos. Para a Ativa Investimentos, a saída de Prates, “sobretudo por motivos políticos”, seria negativa para a empresa. Eles lembram, porém, que Prates vem sendo alvo de rumores de demissão desde o início do mandato. “O mandatário vem se mostrando equilibrado e conduzindo Petrobras de modo a equilibrar seus anseios corporativos e políticos”, diz a Ativa. “Se a sua saída se concretizasse, dificilmente teríamos um substituto com a expertise e know-how do atual CEO.” Para a corretora, a principal preocupação é sobre os efeitos do embate político em sua capacidade de manobra para executar a política de preços dos combustíveis, como em 2023. Em 2024, por exemplo, a estatal vem operando com elevadas defasagens em relação às cotações internacionais. Autor/Veículo: Folha de São Paulo

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