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Petrobras deve manter preços de gasolina e diesel congelados

A Petrobras (PETR4) parece disposta a manter os preços da gasolina e do diesel inalterados, mesmo após ter aumentado o preço médio do querosene de aviação em 3,2%, ou R$ 0,12 por litro, na segunda-feira (01). Esse reajuste no preço do querosene de aviação reflete as variações do mercado internacional. Enquanto isso, os preços da gasolina e do diesel seguem congelados, aumentando a defasagem em relação ao mercado global, influenciados pela alta do petróleo e pela desvalorização do real. Receba gratuitamente todas as manhãs a newsletter mais lida do mercado financeiro, ajudando mais de 850 mil brasileiros a investir melhor. Inscreva-se clicando aqui. Com o dólar em alta, chegando a R$ 5,70, e o aumento do preço do petróleo, a gasolina nas refinarias brasileiras está, em média, 19% mais barata em comparação com os preços internacionais, segundo a Associação Brasileira dos Importadores de Combustíveis (Abicom). Desde o ano passado, a Petrobras não altera os preços da gasolina e do diesel, e, de acordo com analistas que participaram de uma reunião com a CEO Magda Chambriard na terça-feira (02), mudanças na política de preços não estão previstas. O preço da gasolina vai subir? Em nota, a XP Investimentos, que esteve presente no encontro, destacou que Chambriard reafirmou a continuidade do atual plano de negócios da Petrobras. “Acreditamos que a Petrobras continuará a evitar repassar aumentos de preços da gasolina e do diesel, segurando a volatilidade”, comentaram os analistas. Conforme apontado pelo BTG Pactual, não são esperadas mudanças na política de preços dos combustíveis. Chambriard mencionou que a análise combinada do custo marginal de produção da empresa e das melhores alternativas para os clientes tem sido eficaz para alinhar os preços às tendências internacionais e manter margens saudáveis, evitando repassar a volatilidade aos consumidores. “Estimamos que os preços do diesel e da gasolina estão com um desconto de 13% e 25% em relação ao Preço de Paridade de Importação (PPI), respectivamente. Com base nas recentes tendências dos preços do petróleo e das taxas de câmbio, acreditamos que a política será novamente testada em breve”, avaliam Pedro Soares e equipe. Com informações de Infomoney.

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Deputados pedem urgência na votação de projeto que amplia fiscalização sobre combustíveis

Deputados de três frentes parlamentares estão se mobilizando para acelerar a votação de um projeto que visa intensificar a fiscalização sobre combustíveis, com o objetivo de prevenir fraudes. A proposta, de autoria do deputado Júlio Lopes (PP-RJ), sugere a criação de um Operador Nacional de Sistema de Combustíveis, inspirado no modelo do setor elétrico, e prevê a implementação de um monitoramento eletrônico desde a saída do caminhão da refinaria até a entrega no posto de gasolina. Atualmente, o projeto encontra-se na primeira fase de tramitação, na Comissão de Minas e Energia da Câmara dos Deputados. No entanto, membros das frentes parlamentares da Agropecuária, do Biodiesel e de Empreendedorismo protocolaram um pedido de urgência, o que poderia permitir que a proposta seja votada diretamente no plenário. A expectativa, segundo Júlio Lopes, é que a votação ocorra no segundo semestre deste ano. Apresentado este ano, o projeto propõe não só a criação de um novo órgão regulador para o setor de combustíveis, mas também a implementação de um Sistema Eletrônico de Informações do Setor de Combustíveis. O intuito é realizar um monitoramento em tempo real dos estoques e da movimentação de combustíveis no Brasil, abrangendo atividades de refino e produção, importação, exportação, armazenagem, estocagem, transporte, transferência, distribuição, revenda e comercialização. De acordo com o deputado, o projeto foi inspirado em estudos da Fundação Getúlio Vargas (FGV), que indicam uma evasão de R$ 40 bilhões no setor de combustíveis, causada principalmente pela pirataria e pelo desvio de mercadorias por caminhões de abastecimento para evitar o pagamento de tributos. Outro problema destacado no estudo é a adulteração de combustíveis e a mistura inadequada de diesel e álcool. Atualmente, o percentual de biodiesel no diesel é de 14% e de álcool na gasolina é de 27%, mas a fiscalização dessas misturas é insuficiente, observa o parlamentar. Lopes também salientou que a Agência Nacional de Petróleo (ANP) não possui estrutura adequada para fiscalizar os 40.834 postos existentes no país, devido à falta de pessoal e investimentos em sistemas. — Sem a presença do Estado, quadrilhas e o crime organizado estão ocupando espaço no setor de combustíveis — enfatizou o deputado. Além de gerar uma concorrência desleal para aqueles que cumprem as regras, a falta de fiscalização prejudica os consumidores, pois combustíveis adulterados resultam em desempenho abaixo do esperado dos veículos e danos às peças. O novo órgão seria financiado com os recursos obtidos a partir da fiscalização, e a indicação da diretoria seria feita em parceria com agentes privados. — Será um mecanismo moderno que não vai onerar o Estado — afirmou Júlio Lopes. Com informações de O Globo

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Relatório ABICOM – PPI X Preço Doméstico – 04/07/2024

Premissas: O preço de paridade de importação (PPI) foi calculado com base nos valores da gasolina, óleo diesel, câmbio, RVO e frete marítimo, considerando os fechamentos de mercado do dia 03/07/2024. Cenário: Com a estabilidade no câmbio e nos preços de referência da gasolina e do óleo diesel no mercado internacional no fechamento do último dia útil, os preços médios estão abaixo da paridade para o óleo diesel e gasolina. A defasagem média é de -16% no óleo diesel e -18% na gasolina. Câmbio: O Ptax encerrou a última sessão operando em nível elevado, pressionando os preços domésticos dos produtos importados, com fechamento em R$5,59/US$. Petróleo: A oferta restrita continua pressionando os preços futuros. Atualmente, os futuros do Brent são negociados acima de US$87/barril. Óleo Diesel A S10 Gasolina A Com informações de ABICOM.

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Ibama nega pressão de Lula sobre exploração de petróleo na Bacia da Foz do Amazonas

Rodrigo Agostinho, presidente do Ibama, declarou que não interpreta as recentes falas do presidente Luiz Inácio Lula da Silva como uma tentativa de pressionar a instituição a autorizar a exploração de petróleo na Bacia da Foz do Amazonas. Essa área de potencial exploração petrolífera está situada a 175 km da costa do Amapá e 500 km da foz do Rio Amazonas, no mar. A Petrobras estima que a região pode conter até 14 bilhões de barris de petróleo. No entanto, o Ibama negou a licença no ano passado, alegando que a Petrobras não forneceu as informações necessárias para garantir a segurança ambiental. Em entrevista ao g1 e à TV Globo, Agostinho afirmou que a análise dos projetos para essa bacia, localizada entre o Amapá e parte do Pará, será realizada com “muita tranquilidade”. “A equipe do Ibama nunca interpretou isso como uma pressão. É legítimo que a sociedade pleiteie licenças junto aos órgãos ambientais. É legítimo que a sociedade e os gestores públicos busquem o desenvolvimento do país. O setor de licenciamento ambiental trabalhará para conciliar essas demandas, tentando permitir que a atividade econômica ocorra preservando o meio ambiente”, disse Agostinho. Em junho, durante entrevistas em suas viagens pelo Brasil, Lula voltou a abordar o impasse entre a Petrobras e o Ibama sobre a exploração de petróleo na região. “Enquanto a transição energética não resolve o nosso problema, o Brasil precisa ganhar dinheiro com esse petróleo”, declarou Lula à CBN em 18 de junho. “O problema é que o Ibama tem uma posição, e o governo pode ter outra. Em algum momento, vou reunir o Ibama, a Petrobras e o Meio Ambiente na minha sala para tomar uma decisão”, completou. Agostinho não estabeleceu um prazo para a conclusão da análise do pedido da Petrobras e negou haver pressão para sua demissão ou troca de comando no órgão ambiental. “De forma alguma. O governo federal pode, obviamente, a qualquer momento, mudar qualquer um desses cargos. Estou bastante tranquilo, sabendo que os servidores do Ibama estão fazendo o melhor trabalho possível”, afirmou. Pedido negado Em maio do ano passado, o Ibama negou um pedido da Petrobras para perfurar a bacia da foz do rio Amazonas visando a exploração de petróleo. A decisão gerou divergências entre os ministros Marina Silva (Meio Ambiente) e Alexandre Silveira (Minas e Energia). A Petrobras recorreu da decisão do Ibama. Na época, o órgão ambiental apontou diversos ajustes que a estatal deveria adotar para obter a licença. Uma das principais críticas do Ibama ao plano da Petrobras era o tempo de resposta em caso de acidente, que seria de cerca de 48 horas, aumentando o risco de que o óleo atingisse a costa brasileira. “A proposta apresentada pela Petrobras foi considerada inadequada pelos servidores do Ibama devido à grande biodiversidade, sensibilidade ambiental da área, fortes correntes marinhas e falta de estrutura. Por isso, a licença não foi concedida naquele momento”, explicou Agostinho. Segundo ele, a situação é desafiadora, mas o órgão realizará a análise técnica com muita tranquilidade. “As equipes do Ibama e da Petrobras estão dialogando para avançar nesse impasse, mas com muita tranquilidade. Ainda não há consenso ou decisão sobre isso, nem prazo, mas as equipes estão buscando um acordo sobre a utilização da área para exploração e produção de petróleo”, concluiu. Com informações da CNN Brasil.

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O elusivo “pico do petróleo” – Por Adriano Pires

Em junho, a IEA (Agência Internacional de Energia) publicou o seu relatório anual sobre o mercado de petróleo, o Oil 2024. O estudo traz as previsões de médio prazo da instituição, utilizadas como referências pelos agentes do setor. A última edição trouxe entre as previsões a expectativa de decréscimo do consumo em países desenvolvidos e seu avanço em países em desenvolvimento. Assim, voltaram a emergir debates sobre o iminente “pico do petróleo” e o valor estratégico de novos empreendimentos em Exploração e Produção (E&P) de Óleo e Gás (O&G). A ideia de que o suprimento de petróleo atingiria um pico, que ficou popularmente conhecido como “pico do petróleo” , começou a circular por volta da década de 1880, com previsões de esgotamento iminente nos Estados Unidos por causa do declínio dos campos de petróleo da Pensilvânia. No entanto, tanto a produção de petróleo nos EUA quanto a global continuaram a crescer por anos. Em 1956, a teoria ganhou força na academia com o geólogo Marion King Hubbert (1903-1989). Ele previu um pico global na produção de petróleo bruto por volta do ano 2000, com um nível de cerca de 34 milhões de barris por dia (mb/d). Esse nível foi alcançado em 1967, só 11 anos após a previsão, ultrapassando os 65 mb/d no final do século, mais do que o dobro do “pico” de Hubbert. Nos anos 1990 e 2000, o debate sobre o pico do petróleo ressurgiu. O geólogo Colin Campbell afirmou que a produção global atingiria seu pico de 2004 a 2005, e que depois disso o mundo dependeria de um petróleo cada vez mais escasso e caro, com enormes consequências para a economia global. Em 2006, o banqueiro Matthew Simmons sugeriu que a produção global teria atingido o pico em 2005. No entanto, as previsões de pico da oferta de petróleo mostraram-se equivocadas consecutivamente, influenciadas por suposições errôneas sobre a base de recursos recuperáveis, avanços tecnológicos e engenhosidade da indústria. Até 2024, a oferta de petróleo continuou a crescer, impulsionada por melhorias econômicas e contínuos avanços tecnológicos que ajudaram a reduzir custos, abrir novas fronteiras e adicionar novas reservas. Com isso, o foco de autoridades mudou do pico da oferta para o pico da demanda de petróleo, sob a premissa de excluir os combustíveis fósseis de um futuro sustentável. No entanto, assim como foi feito no passado, essas previsões frequentemente ignoram o papel das tecnologias na redução das emissões de gases poluentes e a importância global do petróleo como um recurso seguro e disponível. Atualmente, autoridades do setor divergem em suas projeções. A Opep+ (Organização dos Países Exportadores de Petróleo e seus Aliados), por exemplo, não vê um pico de consumo de petróleo em nenhum dos cenários trabalhados em seus estudos, sejam no curto, médio ou longo prazo. Já a IEA, em seu estudo anual de 2023, sugeriu que a demanda pelo hidrocarboneto chegaria ao seu auge, de 105,7 mb/d, até 2030. No meio-termo entre os 2 órgãos, a S&P Global prevê que o consumo global de petróleo, incluindo biocombustíveis, alcançará seu ponto máximo em 2034, no patamar de 109 mb/d. O fato em comum entre todas as análises é de que o consumo continuará crescendo de forma expressiva nos próximos anos. Diversos fatores contribuem para essa continuidade, como: As melhorias tecnológicas também têm permitido não só a descoberta de novos recursos, mas também grandes avanços na redução das emissões, exemplificadas por combustíveis mais limpos e tecnologias de captura e armazenamento de carbono (CCUS). Assim como o pico da oferta de petróleo nunca se concretizou, as previsões de pico da demanda seguem um caminho semelhante. O petróleo tem repetidamente desafiado as expectativas de analistas, e, se a história é algo a se considerar, tudo sugere que continuará a fazê-lo. Isso ressalta a necessidade de os stakeholders reconhecerem a importância de investimentos contínuos na indústria do petróleo, hoje, amanhã e por muitas décadas no futuro. Enquanto a IEA vem intensificando seus alertas, alegando que não são necessários novos campos de petróleo e gás para abastecer a demanda, dentro de um cenário de aumento de temperatura média do planeta de 1,5ºC, a realidade do setor é outra. A U.S. Energy Information Administration (EIA), por exemplo, indica que a produção de petróleo da Bacia do Permiano quadruplicou de 2011 a 2019, reforçando a crescente demanda por fósseis observada no período, que deve ainda ser mais impulsionada pela Indústria 4.0, conhecida como A 4ª Revolução Industrial. As divergências nas previsões de pico da demanda por petróleo têm implicações significativas para o planejamento de novos poços exploratórios. A previsão da IEA de que a demanda por petróleo atingirá seu pico em 2029, reduzindo em seguida, pode desencorajar os investimentos em novos projetos de E&P. Por outro lado, a expectativa de crescimento da demanda por petróleo, tal como o previsto pela Opep, pode justificar investimentos em novos poços exploratórios. A busca por novos ativos de E&P não significa o abandono das metas ambientais. Pelo contrário, é possível identificar um crescimento expressivo não só de esforços associados a fontes renováveis, como também relacionados a tecnologias como CCUS, hidrogênio verde (H2V), sistemas de armazenamento, entre outras. Frente à crescente demanda por uma transição energética rápida, segura e justa, as decisões do presente devem ser estratégicas e consistentes. A antecipação do fim da era do petróleo é prematura e leviana, na medida que reduz a oferta de energia trazendo inflação. Este recurso é uma matéria-prima estratégica, cuja importância vai além da produção de combustível e energia, dado que ele é, e ainda será por muito tempo, o principal insumo da indústria mundial. Como resolver a produção em escala de amônia, concreto, plástico e fertilizantes sem os combustíveis fósseis? Adriano Pires é Sócio-fundador e diretor do Centro Brasileiro de Infraestrutura (CBIE). Fonte: Poder 360

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Preço do etanol reduz em 17 estados, informa ANP

Os preços médios do etanol hidratado diminuíram em 17 estados na última semana, enquanto cinco estados e o Distrito Federal registraram aumento, e outros quatro estados mantiveram os valores estáveis. Os dados são da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) e foram compilados pelo AE-Taxas. Em âmbito nacional, o preço médio do etanol se manteve estável em R$ 3,83 por litro em comparação com a semana anterior. Em São Paulo, o maior produtor e consumidor de etanol do país, onde há mais postos avaliados, o preço médio subiu 0,55%, chegando a R$ 3,66. Alagoas teve o maior aumento percentual da semana, de 0,88%, com o preço do litro atingindo R$ 4,58. Por outro lado, a maior queda percentual foi observada no Amapá, com uma redução de 7,06%, fazendo o preço do litro cair para R$ 4,61. O menor preço registrado na semana foi de R$ 2,99 por litro em um posto de São Paulo. Já o preço mais alto foi encontrado no Rio Grande do Sul, a R$ 5,99 por litro. Em termos de preço médio estadual, Mato Grosso teve o menor valor, de R$ 3,53, enquanto Roraima apresentou o maior preço médio, de R$ 4,81 por litro. Na análise mensal, o preço médio do etanol no país aumentou 0,52%. Alagoas registrou o maior aumento no período, de 4,33%, com o preço do litro alcançando R$ 4,58 nesta semana. A maior redução mensal foi no Amapá, com uma queda de 7,62%, resultando no preço de R$ 4,61 por litro. Com informações de O Dia.

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Aumento do Biodiesel no Diesel sem Testes de Viabilidade Gera Prejuízos no Brasil

O aumento da proporção de biodiesel misturado ao diesel utilizado no Brasil tem causado problemas crescentes no sistema de transporte do país. Com percentuais de mistura superiores a 10%, as empresas de transporte relatam perda de potência nos motores, maior necessidade de manutenção e limpeza de peças, além de um aumento no consumo de combustível em veículos de carga e passageiros. Desde março deste ano, a mistura de biocombustível no diesel atingiu 14%, muito acima do praticado em outros países. Caso esse percentual chegue a 20%, o impacto financeiro para o setor de transporte pode ser de R$ 20 bilhões. “Temos um posicionamento relevante e conhecemos o insumo que consumimos. Por isso, nossa reivindicação é por equidade nas mudanças da mistura, garantindo investimentos justos para todos os setores que utilizam o combustível, não apenas para os produtores de biodiesel”, destaca Vander Costa, presidente do Sistema Transporte. Para a Confederação Nacional dos Transportes (CNT), é crucial que o aumento do biodiesel no diesel seja condicionado a testes representativos, visando aprimorar o percentual da mistura. Dos cerca de sete bilhões de litros produzidos anualmente no Brasil, 82% são consumidos pelos transportadores rodoviários. Em 2008, a mistura começou com 2% e subiu para 7% até 2018. Desde então, esse percentual aumentou sem a realização de testes adequados. Em 2021, com a mistura a 10%, uma sondagem da CNT revelou que 60,3% dos transportadores perceberam problemas operacionais devido à mistura, com consequências socioambientais significativas. Relatos indicaram falhas nos sistemas de injeção eletrônica (77,1%) e maior frequência na troca de filtros (82,7%) e peças automotivas. Além disso, 48,4% das empresas reportaram aumento no consumo de combustível e na emissão de poluentes, devido à ineficiência energética do biodiesel. Um estudo da Universidade de Brasília (UnB) revelou que veículos com a mistura de biodiesel consomem 15% mais combustível para percorrer a mesma distância, além de emitirem mais gases de efeito estufa, como CO2. Testes com dois caminhões mostraram que, com diesel B20 (20% de biodiesel), os motores perderam até 10% de potência em comparação ao B7 (7% de biodiesel). Na frota nacional de transporte rodoviário de cargas, esse aumento percentual pode resultar em três bilhões de litros de diesel a mais por ano, com um custo adicional de mais de R$ 20 bilhões e emissão extra de 8,78 milhões de toneladas de CO2. Os problemas são evidentes nas operações diárias de transporte. A empresa paulista Sambaíba, ao testar o B15, registrou perda de potência nos veículos e aumento nos custos de manutenção e limpeza de tanques, conforme relatado pelo diretor Marcos Araújo. Com a mistura de biodiesel superior a 10%, observou-se a formação de borras em tanques, filtros e outras peças automotivas, elevando os custos operacionais. A frequência de limpezas nos tanques dobrou e os filtros precisaram ser trocados com maior frequência, como observado por Marcos Araújo e Isaias Corinto, gerente de manutenção da Auto Viação Urubupungá. Eduardo Falabella, professor da Escola de Química da UFRJ, explica que a aceleração no teor de biodiesel, com suas limitações técnicas, pode causar graves problemas de eficiência energética e outros contratempos mecânicos, ambientais e de segurança. Outro problema é a heterogeneidade na produção do biodiesel brasileiro, utilizando diversas fontes como sebo, soja e óleo de fritura, que comprometem a pureza do produto e aumentam o risco de contaminação. Em temperaturas baixas, o combustível pode cristalizar, como ocorrido em 2021 no inverno de Santa Catarina e Paraná, quando caminhões pararam na pista devido à solidificação do biodiesel. Os problemas não se restringem ao transporte, afetando também postos de abastecimento, máquinas agrícolas e geradores movidos a diesel, com relatos de entupimentos e formação de borras. Em outros países, a mistura de biodiesel varia entre 2% e 7%. A União Europeia adota o B7, enquanto Japão, Argentina e Índia utilizam o B5, e no Canadá e EUA as variações estão entre 2% e 5%. A preocupação do setor de transportes é com a aprovação do Projeto de Lei 4.516, que prevê o aumento da mistura de biodiesel para 20% até 2030. A atuação da CNT condicionou o aumento a testes de viabilidade técnica, e o projeto está sob análise do Senado Federal. A Confederação busca também a inclusão do HVO (óleo vegetal hidrotratado) na matriz energética, reduzindo significativamente as emissões de gases de efeito estufa sem os efeitos colaterais do biodiesel. A CNT continua dialogando com congressistas e representantes do governo federal para assegurar medidas justas e eficazes para o setor. Com informações da Agência Infra.

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Redução na pesquisa de preços dos combustíveis pela ANP devido a cortes no orçamento

A ANP (Agência Nacional do Petróleo, Gás e Biocombustíveis) anunciou uma redução significativa no número de postos e cidades incluídos em sua pesquisa semanal de preços dos combustíveis, citando limitações financeiras após cortes no orçamento. Esta pesquisa semanal monitora os preços da gasolina, diesel, etanol, botijão de gás e GNV (gás natural veicular) em todo o Brasil, sendo essencial para detectar possíveis fraudes e crimes contra a concorrência. Em comunicado divulgado nesta segunda-feira (1º), a ANP revelou que firmou um aditivo contratual com a empresa responsável pela coleta de dados, reduzindo o número de cidades monitoradas de 459 para 358 e diminuindo o número de postos visitados de 10.920 para 6.255, representando um corte de 43%. “A decisão sobre as localidades que deixarão de ser monitoradas foi baseada em critérios específicos, visando minimizar os impactos negativos das perdas de unidades amostrais e locais pesquisados”, informou a agência. As capitais foram preservadas na pesquisa, e para as demais localidades, o corte levou em conta os volumes de venda de combustíveis, buscando manter a representatividade da coleta. O contrato prevê um restabelecimento parcial da pesquisa em 2025, com a inclusão de 417 cidades e 8.988 coletas. A possibilidade de redução na pesquisa havia sido antecipada em uma entrevista do diretor-geral da ANP, Rodolfo Saboia, à Folha em maio. Saboia afirmou que a agência se encontra em uma situação onde é necessário “amputar os primeiros dedos”. “O orçamento atual é um terço do que tínhamos há dez anos, sem considerar a inflação. Ajustando pela inflação, chega a um quinto”, criticou. “Isso causou um impacto devastador em nosso planejamento de contratos já assumidos.” Saboia também mencionou a possível necessidade de cortes no programa de monitoramento da qualidade dos combustíveis, que possui cobertura nacional, embora ainda não tenham sido feitos anúncios a esse respeito. Este programa é crucial para a fiscalização de adulterações ou fraudes em bombas, por exemplo. “Controle de combustível é um assunto extremamente importante. Monitoramos um mercado muito sensível e suscetível a interesses fraudulentos”, afirmou o diretor-geral da ANP na entrevista de maio. A ANP tem enfrentado uma redução no número de servidores ao longo dos anos. No final de 2023, contava com 638 funcionários, uma queda de 7,5% em relação a uma década atrás. Saboia tem solicitado, sem sucesso, a realização de concursos, especialmente diante da necessidade de regulamentar o novo mercado de gás. Em resposta aos cortes orçamentários, trabalhadores de agências reguladoras decidiram, na sexta-feira (28), realizar uma paralisação no próximo dia 4 de julho. A decisão foi aprovada por 95% da categoria em assembleia. A paralisação visa pressionar o governo, com uma negociação com o Ministério da Gestão marcada para 11 de julho. O sindicato denuncia um processo de sucateamento e desvalorização das agências reguladoras. Com informações de Folha de S.Paulo.

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RELATÓRIO ABICOM – PPI X PREÇO DOMÉSTICO – 02/07/2024

Mercado Internacional Pressiona Preços do Óleo Diesel e Gasolina no Brasil Premissas: O preço de paridade de importação (PPI) foi calculado com base nos valores de referência para gasolina, óleo diesel, câmbio, RVO e frete marítimo, utilizando as cotações do mercado no fechamento de 01/07/2024. Cenário: Apesar da estabilidade cambial, os preços de referência da gasolina e, principalmente, do óleo diesel registraram valorização no mercado internacional no fechamento do último dia útil. O cenário médio de preços ainda está abaixo da paridade, com uma defasagem média de -16% no óleo diesel e -18% na gasolina. Câmbio: O Ptax encerrou a última sessão em um nível elevado, pressionando os preços domésticos dos produtos importados, com fechamento em R$ 5,58/USD. Petróleo: A oferta limitada continua a pressionar os preços futuros. Atualmente, os futuros do Brent são negociados acima de US$ 86/bbl. Óleo Diesel S10: Gasolina A:

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Vazamento de petróleo afeta rio Napo na Amazônia Equatoriana

Um vazamento de petróleo recente contaminou o rio Napo, um dos importantes afluentes do rio Amazonas, na região leste do Equador. A Petroecuador confirmou que o incidente ocorreu no bloco 16 da província de Orellana, sem especificar a data exata do vazamento. Segundo relatos, as fortes chuvas na região contribuíram para que parte do hidrocarboneto alcançasse o rio Napo, obrigando a instalação de barreiras adicionais para conter a contaminação. A Petroecuador está em contato direto com as comunidades afetadas e continua a implementar medidas preventivas para proteger os corpos hídricos ao redor do rio Napo. No entanto, a precipitação intensa exacerbou os impactos ambientais neste importante curso d’água, que atravessa várias fronteiras sul-americanas. O advogado Pablo Fajardo, defensor dos direitos humanos, destacou a gravidade do incidente, compartilhando vídeos que mostram o rio com manchas de óleo e moradores locais lamentando a impossibilidade de pescar. Este não é o primeiro desastre ambiental relacionado a hidrocarbonetos na região, com históricos anteriores de vazamentos que impactaram severamente o ecossistema local. Fonte: Com informações de G1 3.5

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