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No RS, infraestrutura, combustível, energia e telefonia não têm previsão de restabelecimento

As fortes enchentes no Rio Grande do Sul (RS) afetam em cheio o abastecimento de combustíveis, serviços de telecomunicações e energia elétrica. Apesar da mobilização conjunta entre empresas e governos, não há previsão para o reestabelecimento dos serviços. Entre os postos de combustíveis, o cenário é de falta de produto e racionamento em diversos locais. Para João Dal’Aqua, vice-presidente da Fecombustíveis e presidente do Sulpetro, que reúne as empresas do RS, não há previsão de quando a situação será normalizada. — A dificuldade de logística afeta todo o estado. A Petrobras produz e entrega para as bases de distribuição. Mas há bases debaixo de água e unidades que não têm funcionários para trabalhar porque eles não conseguem chegar. Estamos longe de saber quando o abastecimento vai voltar ao normal. A previsão é de mais chuvas. Em 1941, foram mais de 15 dias para baixar a água. Há uma preocupação com a Região Sul do estado porque há alagamentos ocorrendo lá. Dal’Aqua lembra que há postos interditados e outros com falta de combustível e baixos estoques: — Temos uma campanha para priorizar veículos oficiais. A orientação é que os postos tenham estoque mínimo para isso. Para a venda ao consumidor final, a gente sugere uma limitação. Mas isso é uma orientação — diz Dal’Aqua. Segundo Ernesto Pousada, CEO da Vibra, a companhia está empenhada em manter as suas atividades na Região Sul para garantir o abastecimento e fornecimento de combustíveis. Embora suas bases de distribuição estejam operacionais, há dificuldades logísticas para abastecer o mercado local, devido à inundação, fechamento de rodovias e circulação da frota. — Nossos colaboradores da Banoas (a base em Canoas) estavam desde a última quinta-feira com dedicação exclusiva, sem sair da base. Sem eles não haveria combustível para as operações de resgate. Hoje (ontem) um time de voluntários de outras bases chegou para assumir a operação. É um processo árduo, o nosso parque de bombas ficou submerso durante algumas horas — disse ele, lembrando que a companhia está doando combustível para suportar as operações de resgates no Rio Grande do Sul. A Agência Nacional do Petróleo (ANP) disse que “foi identificada ausência de produtos” por causa da falta de acesso. A ANP autorizou a redução das misturas de etanol anidro na gasolina de 27% para 21%; e de 14% para 2% do biodiesel no diesel. A agência explicou que o etanol e o biodiesel chegam ao estado por via rodoviária ou ferroviária. No segmento de telefonia, a situação também é caótica. Segundo dados do Ministério das Comunicações, da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) e operadoras, cinco cidades no estado estão completamente sem serviços de telecomunicações: Arroio do Meio, Encantado, Estrela, Pouso Novo e Progresso. Fontes do setor afirmam que ainda não há previsão para que o sistema seja totalmente restabelecido no estado. CHUVAS NO RIO GRANDE DO SUL:O governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite (PSDB), declarou estado de calamidade pública devido aos municípios impactados pelo temporal no estado.Número de mortos em tragédia no RS chega a 95 uma semana após confirmação da primeira vítimaOs temporais, que começaram em 27 de abril, ganharam força no dia 29 e já afetaram mais de 1,3 milhão de pessoas em território gaúcho, de acordo com o último boletim da Defesa Civil.Eduardo Leite fez um alerta na noite deste domingo (5) contra golpistas que aproveitam o momento da tragédia causada pela chuva no estado para tentar ganhar dinheiro. Segundo fontes do setor, embora algumas localidades já tenham rede, ela ainda é limitada. Para isso, foram disponibilizadas 34 antenas de emergência da Telebras. As operadoras Oi, Algar, Vivo, Claro e TIM, por sua vez, habilitaram suas redes de forma que, onde há apenas uma das redes disponíveis, automaticamente os clientes de qualquer operadora possam acessar a infraestrutura disponível. A TIM, por exemplo, criou dois grupos de trabalho para lidar com a situação de crise, disse Alberto Griselli, CEO da operadora: Juros: Selic cai 0,25 ponto e divide Copom entre indicados de Lula e Bolsonaro. Veja como votou cada um dos diretores do BC— As equipes estão em campo para garantir a recuperação da infraestrutura e a continuidade dos serviços na região, em condições extremas de inacessibilidade e cortes de energia. No setor elétrico, a RGE, da CPFL, diz que as chuvas afetaram 381 municípios de sua área de concessão. Como resultado, 212 mil clientes estão sem energia nesse momento. “A maioria está em áreas alagadas ou em locais com impedimento de acesso das equipes”, disse. A concessionária lembra que, mesmo com bloqueios e alagamentos, que não permitem acesso às redes elétricas para atendimento às ocorrências, as equipes da RGE “seguem mobilizadas para restabelecer o fornecimento de energia no menor prazo possível, respeitando as condições técnicas e de segurança”. Autor/Veículo: O Globo

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RELATÓRIO ABICOM – PPI X PREÇO DOMÉSTICO – 09/05/2024

Premissas: o preço de paridade de importação (ppi) foi calculado usando como referência os valores para gasolina, óleo diesel, câmbio, RVO e frete marítimo nas cotações, considerando os fechamentos do mercado no dia 08/05/2024. Cenário: com a estabilidade no câmbio, nos preços de referência do óleo diesel e da gasolina no mercado internacional no fechamento do dia útil anterior, o cenário médio de preços está abaixo da paridade para o óleo diesel e na paridade para gasolina. Defasagem média de -4% no Óleo Diesel e de -6% para a Gasolina. Câmbio: Ptax fechou na última sessão, operando em patamar elevado e pressionando os preços domésticos dos produtos importados. Fechamento em R$5,09U$. Petróleo: A oferta apertada segue pressionando os preços futuros. No momento, futuros do Brent são negociados acima dos U$83/bbl. ÓLEO DIESEL A S10  135º Dia de Vigência do Redução Linear Médio de R$ 0,30/L nos preços Petrobras (27/12/23). Na última quarta a Acelen, no Polo Aratu-BA, reduziu o preço do óleo diesel A em R$ 0,1541/L O mercado internacional e o câmbio pressionam os preços domésticos. PPI acumula redução de R$0,12/L desde o último reajuste nos preços da Petrobras. Arbitragem considerando os 6 principais polos descritos no quadro abaixo encontra-se: desfavorável na média de:-R$0,13/L, variando entre -R$0,19/L a -R$0,05/L, a depender do polo de operação. 135 Dias de janelas fechadas, na média, para o óleo diesel A Os preços médios do Óleo Diesel A operam abaixo da paridade em todos os polos analisados. GASOLINA A 202º Dia de Vigência da Redução Linear Média R$ 0,12/L nos preços Petrobras (21/10/23). Na última quarta a Acelen, no Polo Aratu-BA, reduziu o preço da gasolina A em R$ 0,2334/L O mercado internacional e o câmbio pressionam os preços domésticos. PPI acumula redução de R$0,06/L desde o último reajuste nos preços da Petrobras. Arbitragem considerando os 6 principais polos descritos no quadro abaixo encontra-se: desfavorável na média de:-R$0,17/L, variando entre -R$0,27/L a R$0,01/L, a depender do polo de operação. 94 Dias de janelas fechadas, na média, para a gasolina A Os preços médios da Gasolina A, exceto em Aratu, operam abaixo da paridade nos demais polos analisados.

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Sindipetro-RO e Fecombustíveis unem-se para auxiliar vítimas das chuvas no Rio Grande do Sul

Diante da situação de emergência vivenciada pelo Rio Grande do Sul, o Sindipetro-RO, em conjunto com a Fecombustíveis e seus sindicatos associados em todo o país, manifesta sua solidariedade e apoio às iniciativas de auxílio promovidas pelo Sulpetro, coirmão sindical no estado gaúcho. Com o intuito de amenizar o sofrimento das famílias afetadas pelas intensas chuvas, estamos lançando uma campanha de arrecadação de recursos. Para viabilizar essa ação, o Sulpetro – Sindicato Intermunicipal do Comércio Varejista de Combustíveis e Lubrificantes do Estado do Rio Grande do Sul – disponibilizou a chave PIX: 92.946.334/0001-70, destinada a todos que desejam contribuir. Ao efetuar sua doação, solicitamos que identifique no campo de descrição que se trata de uma “doação para as vítimas das chuvas no Rio Grande do Sul”. Comprometemo-nos a fornecer prestações de contas detalhadas sobre todos os valores arrecadados e sua efetiva destinação. Até o início desta sexta-feira (3), o Rio Grande do Sul contabilizou 32 mortes e 74 desaparecidos em decorrência dos temporais que assolam o estado desde a última segunda-feira (29). Diferentemente do ocorrido em 2023, quando as chuvas se concentraram em algumas regiões, como o Vale do Taquari, desta vez o impacto se estende por todo o território gaúcho. A Defesa Civil alerta para o risco de elevação das águas acima da cota de inundação em grande parte das bacias hidrográficas do estado, exigindo precaução em diversas localidades. “Não é só para quem está à margem do Rio Jacuí, à margem do Rio Taquari, enfim. Outros rios, arroios e canais também sofrem essa interferência, e é importante tomar cuidado nessas diversas localidades”, enfatiza o governador Eduardo Leite (PSDB), que descreve o temporal como “o maior desastre do estado” e declara que o Rio Grande do Sul enfrenta uma “situação de guerra”.

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Petróleo fecha em queda, mas segue a atenção com invasão israelense a Rafah

Os preços do petróleo recuaram nesta terça-feira, 7, com foco nas tensões no Oriente Médio, e em meio ao fortalecimento do dólar contra moedas desenvolvidas. As cotações oscilaram perto da estabilidade durante o dia, e chegou a operar no azul, mas recuou perto do fechamento, em meio ao impulso do dólar e às notícias de que Israel vai limitar as operações em Rafah. Na New York Mercantile Exchange (Nymex), o petróleo WTI para junho fechou em queda de 0,13% (US$ 0,10), a US$ 78,38 por barril. Na Intercontinental Exchange (ICE), o Brent para julho caiu 0,20% (US$ 0,17), a US$ 83,16 por barril. Após a invasão terrestre israelense a Rafah, autoridades palestinas continuam pressionando os EUA a intervir contra o movimento. Enquanto isso, o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, reforçou que o domínio na região será “um passo importante” para derrotar o Hamas. Durante a madrugada, o exército israelense tomou controle de uma passagem para o Egito em Rafah. Logo depois, os EUA adiaram o envio de alguns armamentos a Israel, após serem reportados bombardeios em Gaza. A decisão foi interpretada como uma mensagem política para o país, que anunciou mais perto do fim do pregão que vai limitar sua operação em Rafah. Em meio às tensões, o City Index aponta que a tendência no curto prazo ainda é de queda, visto que os riscos de interrupções no fornecimento da commodity são cada vez menores, “mesmo quando uma trégua entre Israel e Hamas permaneça ilusória”.Também nesta terça investidores acompanharam o comunicado que o Departamento de Energia (DoE, na sigla em inglês) dos EUA solicitou a compra de 3,3 milhões de barris de petróleo para ajudar a recompor a Reserva Estratégica (SPR, na sigla em inglês) em outubro. (Estadão Conteúdo) Autor/Veículo: InfoMoney

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Petrobras quer flexibilizar regras de licitações

A Petrobras está levando a órgãos de controle como o Tribunal de Contas da União (TCU) um pleito para flexibilizar suas regras de licitações, disse o presidente da estatal, Jean Paul Prates, em entrevista ao estúdio epbr durante a Offshore Technology Conference (OTC) 2024, em Houston (Texas), nesta terça-feira (7/5). “O que é necessário é que a gente tenha mais flexibilidade, sem perder governança, sem perder a checagem, a contra-checagem e a possibilidade de punir eventualmente má gestão ou más práticas”, disse. “Não é a intenção atropelar nada, nem facilitar nada escuso, nada errado, é o contrário”, acrescentou. Segundo o executivo, as discussões não envolvem alterações na Lei das Estatais, mas sim a redução da padronização prevista nas regras de controle. A lei foi aprovada em 2016 com mecanismos de transparência e governança para as empresas públicas, como reflexo dos casos de corrupção descobertos na Operação Lava Jato. “A Lei das Estatais tem mais componentes em relação à estruturação da gestão da empresa. Então não é exatamente disso que estamos falando. Estamos falando de uma coisa abaixo disso, com um cunho muito prático, muito pragmático, que vai nos facilitar fazer a transição energética e evitar a inflação estrutural”, explicou. O executivo argumenta que essas alterações são necessárias porque o número de fornecedores do setor está se tornando mais escasso, devido à adaptação do mercado para a transição energética. O cenário está afetando de forma global as empresas que atuam na indústria e tem contribuído para uma inflação estrutural de serviços e equipamentos, argumentou. No caso específico do Brasil, Prates afirmou que ainda existem fornecedores que sofrem com a redução das contratações na década passada e com os efeitos da Operação Lava Jato. Ele lembrou que a Petrobras está entre os maiores contratadores do mundo em itens como o de plataformas e que, por isso, o mercado nacional não consegue suprir toda a demanda. O executivo lembrou que, apesar de ser estatal, a Petrobras compete globalmente e que precisa se adaptar também para a nova realidade da indústria com a transição energética. “As contratações vão ter que ser modernizadas. E isso em consonância com o TCU, com órgãos controladores, com ministérios, com o governo federal em geral, com os nossos próprios parceiros, para que não haja disputas, eventualmente judicialização imotivadas pelo fato de não entender por que aquilo mudou”, disse. Prates ressaltou que a vigilância à qual a estatal está submetida é saudável, mas disse que é necessário não “enclausurar” a criatividade e a inovação nos editais de contratação. “Tem várias coisas que são incluídas hoje nos editais, para descarbonizar, induzir descarbonização, induzir preço, como também por razões técnicas, que são diferentes na forma de comprar e que têm que mudar”, explicou. Com essas mudanças, a expectativa é que as contratações foquem mais nos resultados finais dos serviços e produtos entregues. “Eu não preciso necessariamente dizer ao meu fornecedor como exatamente ele tem que fazer aquilo ali. Claro que eu vou checar parâmetros técnicos, segurança, a própria emissão de carbono, metano”, explicou. Ele citou como exemplo a possibilidade de licitações para barcos de apoio sem especificar o tipo de combustível que precisa ser usado, o que abriria a possibilidade de contratar navios a bunker ou a gás natural liquefeito. Além de ajudar a adotar soluções para descarbonizar as operações, o executivo acredita que o relaxamento das regras pode ajudar a dar mais eficiência, rapidez e agilidade às contratações da companhia. “A gente prefere padronizar as coisas. Há uma tendência normal a fazer isso, e é correta. O problema é que quando você exagera, passa do ponto, passa a receber coisas meio embotadas, já meio em pacotes. E isso elimina a possibilidade do operador de ser criativo e maleável”, disse. (Exclusivo EPBR) Autor/Veículo: EPBR

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RELATÓRIO ABICOM – PPI X PREÇO DOMÉSTICO – 08/05/2024

No cenário atual, o mercado de combustíveis enfrenta pressões significativas tanto no preço do óleo diesel quanto na gasolina. Com base nas últimas informações disponíveis, a estabilidade no câmbio e nos preços de referência do óleo diesel contrasta com uma leve redução nos preços de referência da gasolina no mercado internacional. Esta situação resulta em uma defasagem média de -2% para o óleo diesel e de -4% para a gasolina em relação à paridade de importação. O câmbio, com o Ptax fechando em R$5,06/U$, permanece em um patamar elevado, exercendo pressão nos preços domésticos dos produtos importados. Além disso, a oferta apertada de petróleo mantém os preços futuros do Brent negociados acima dos U$83/bbl. No que diz respeito ao óleo diesel, observou-se a 134ª dia de vigência da redução linear média de R$ 0,30/L nos preços da Petrobras, com a última redução ocorrendo na Acelen, no Polo Aratu-BA, em R$ 0,0649/L. Apesar disso, os preços domésticos continuam sendo pressionados pelo mercado internacional e pelo câmbio, resultando em uma defasagem acumulada de R$0,15/L desde o último reajuste. A arbitragem mostra uma média desfavorável de -R$0,08/L, variando entre -R$0,16/L a R$0,07/L, dependendo do polo de operação. Já no caso da gasolina, estamos no 201º dia de vigência da redução linear média de R$ 0,12/L nos preços da Petrobras, com um aumento registrado na Acelen, no Polo Aratu-BA, de R$ 0,0369/L. Assim como o óleo diesel, os preços domésticos da gasolina são afetados pelo mercado internacional e pelo câmbio, resultando em uma defasagem acumulada de R$0,07/L desde o último reajuste. A arbitragem indica uma média desfavorável de -R$0,13/L, variando entre -R$0,27/L a R$0,25/L, dependendo do polo de operação. Em resumo, tanto o óleo diesel quanto a gasolina enfrentam desafios semelhantes devido às pressões do mercado internacional e do câmbio, resultando em defasagens em relação à paridade de importação.

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Posicionamento IBP — Enchentes no Rio Grande do Sul

O Instituto Brasileiro de Petróleo e Gás (IBP), principal representante do setor de combustíveis no país, vem, em conjunto com as empresas associadas, atuando ininterruptamente para minimizar os impactos no abastecimento de combustíveis na região atingida pelas fortes chuvas no Rio Grande do Sul. Desde o dia 2 de maio, o IBP abriu uma sala de crise com suas associadas, para mapear os impactos, as medidas de contingência e de apoio mútuo e organizar a comunicação diária do cenário aos órgãos competentes. Neste sentido, o Instituto participa das reuniões das Salas de Situação, coordenadas pelo MME, que reúne os demais órgãos e entidades envolvidas no enfrentamento da situação, a fim de garantir celeridade nas ações necessárias para manutenção do abastecimento. O estado de calamidade pública prejudica a logística de transporte em toda a região e altera a estrutura de consumo dos diversos combustíveis nas diferentes localidades, com impactos na programação das unidades operacionais. As operações das refinarias locais e das bases de distribuição seguem com suas contingências, visando ao atendimento dos clientes, o funcionamento dos serviços essenciais à população e o suporte às ações de resgate das vítimas, que estão sendo desenvolvidas pelas forças de segurança pública e defesa civil. Neste momento, o IBP e suas empresas associadas reforçam o comprometimento de envidar os esforços necessários por meio da revisão contínua das suas operações e logística e pela atuação integrada com os órgãos públicos e outros agentes privados para enfrentamento da crise. O IBP produz diariamente um boletim mostrando a evolução dos impactos das chuvas nas operações e nos fluxos logísticos e as medidas que estão sendo tomadas pelas empresas e os órgãos competentes. Clique aqui para acessar o boletim. Autor/Veículo: Instituto Brasileiro de Petróleo e Gás

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Enchentes afetam oferta de combustíveis no RS; acesso à refinaria Refap é limitado

A Refap (Refinaria Alberto Pasqualini), da Petrobras, no Rio Grande do Sul, enfrenta dificuldades para escoar combustíveis como o diesel, devido a problemas logísticos decorrentes das enchentes, deixando desabastecidas várias regiões, enquanto distribuidoras ainda lidam com os impactos das fortes chuvas. “A única refinaria que produz diesel no Estado está sem acesso. Por conta disso… as cidades e regiões do Estado começaram a ficar sem diesel, as prefeituras não conseguem trabalhar na limpeza porque não tem mais diesel”, afirmou nesta terça-feira (7) o ministro da Secretaria de Comunicação da Presidência, Paulo Pimenta. Procurada, a Petrobras não respondeu imediatamente a pedidos de comentários. Em nota na véspera, o Instituto Brasileiro do Petróleo (IBP) afirmou que a refinaria, com capacidade para processar 32 mil m³/dia de petróleo, estava operando em carga mínima, com retirada de produtos, como diesel e gasolina, abaixo do normal. As retiradas de gás liquefeito de petróleo (GLP), o chamado gás de cozinha, estavam perto de “zero”. Nesta terça-feira, o IBP —que representa as petroleiras no Brasil— publicou um boletim atualizado sobre o cenário apontando que houve melhora “significativa” das retiradas de GLP na refinaria, mas sem detalhar. Além disso, apontou uma reprogramação de carretas de óleo combustível para os clientes e a abertura de nova rota de escoamento, via BR-101, para incremento de saída de produtos escuros. O presidente da Federação da Agricultura do Estado do Rio Grande do Sul (Farsul), Gedeão Silveira Pereira, relatou à Reuters a dificuldade para conseguir abastecer. “O grande problema que está acontecendo é falta de combustível, não tem logística para trazer combustível, eu que estou no município de Bagé, chega no posto ele só vende 20 litros, porque não sabe quando vai ter, este é um drama que estamos passando hoje”, afirmou, em entrevista por telefone. A Refap, localizada no município gaúcho de Canoas, atende principalmente ao mercado regional, com foco na maximização da produção de óleo diesel. O diretor institucional da Brasilcom —federação que representa mais de 40 distribuidoras regionais de combustíveis instaladas em quase todos os Estados brasileiros—, Sergio Massillon, afirmou que “a situação está muito complicada com imensas dificuldades logísticas, postos revendedores sem produtos”. “O maior problema é o da movimentação de GLP”, afirmou Massillon. “As distribuidoras têm produtos, mas não conseguem atender a todos os pedidos da revenda por não ter como entregar, principalmente na área da Grande Porto Alegre, mas com reflexos também no interior.” (Reuters) Autor/Veículo: Folha de São Paulo

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Governo revê oferta de áreas petrolíferas para reduzir conflitos ambientais

A ANP (Agência Nacional do Petróleo, Gás e Biocombustíveis) decidiu rever a oferta de áreas para exploração e produção de petróleo no país, com o objetivo de reduzir conflitos ambientais e sociais que têm provocado protestos de grupos ambientalistas e povos indígenas nos últimos anos. Segundo o diretor-geral da agência, Rodolfo Saboia, o objetivo é fazer um “pente-fino” nos blocos em oferta para retirar aqueles com potencial de conflitos, seja por sobreposições com áreas indígenas seja pela proximidade com áreas de proteção ambiental. Esses blocos, diz, “geralmente geram muito ruído e pouca atratividade”. Em dezembro, a Justiça Federal do Amazonas avaliou que três blocos concedidos em leilão de petróleo realizado semanas antes estão sobrepostos a seis áreas ambientalmente sensíveis, inclusive locais que abrigam espécies em risco. A decisão abrangeu blocos com potenciais conflitos sobre Flota (floresta estadual), Flona (floresta nacional), APA (área de proteção ambiental) e zona de amortecimento —como é chamado o entorno de uma unidade de conservação. Ao todo, foram sete ações judiciais para suspender 77 blocos leiloados no fim de 2023. Uma das ações questionou blocos na região de Fernando de Noronha e foi protocolada em Pernambuco. O juiz responsável, no entanto, questionou a competência e remeteu o processo para o Rio Grande do Norte, que indeferiu o pedido. A reavaliação das áreas foi iniciada após suspensão do edital da oferta permanente de blocos para exploração e produção de petróleo para incluir novas determinações sobre conteúdo obrigatório para compras de bens e serviços no país. Saboia disse que, a partir desse momento, a ANP decidiu fazer uma revisão mais ampla no edital incluindo a questão das áreas com potencial conflito. Diante do risco de não obter licença ambiental, empresas evitam fazer ofertas para as áreas mais sensíveis. Saboia conversou com a imprensa durante a OTC (Offshore Tecnology COnference), em Houston, nos Estados Unidos, pouco antes de representantes brasileiros reforçarem uma campanha pela liberação da atividade petrolífera na margem equatorial brasileira. O Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis) tem resistido a conceder licenças para a perfuração de poços em novas fronteiras daquela região, como as bacias de Barreirinhas, no Maranhão, e da Foz do Amazonas, em frente ao Amapá. Irmão do senador Davi Alcolumbre, o Presidente do Conselho Deliberativo Estadual do Sebrae no Amapá, Josiel Alcolumbre, defendeu que a exploração de petróleo pode contribuir para o desenvolvimento econômico do estado. “Não é justo com o povo do Amapá que não tenhamos a possibilidade de conhecer as riquezas da região”, afirmou, em palestra na abertura do pavilhão do Brasil, que reúne empresas nacionais do setor. Em palestra no evento, o presidente da Petrobras voltou a dizer que a empresa tem condições de explorar a região sem prejudicar o meio ambiente e reforçou o argumento sobre os impactos do petróleo sobre a economia da região. “A Amazônia também tem gente, não tem só gente, só macaco, só animais…”, afirmou. “Estamos dez anos atrasados”, continuou, lembrando que países vizinhos como Guiana e Suriname começaram a explorar a região em 2015 e hoje têm grandes descobertas de petróleo. Prates disse que a estrutura de segurança preparada para a perfuração do primeiro poço no litoral do Amapá é maior do que toda a disponível para a bacia de Campos, na região sudeste, a segunda maior produtora de petróleo do país e que ainda confia em obter o licenciamento. Autor/Veículo: Folha de São Paulo

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Venda de petróleo pelo governo pode bater R$ 15 bilhões em 2025

Responsável por gerenciar a fatia da produção do petróleo destinada à União, a estatal PPSA (Pré-Sal Petróleo SA) anunciou para o fim de julho um novo leilão que pode render aos cofres públicos entre R$ 10 bilhões e R$ 15 bilhões em 2025. No leilão, a empresa vai oferecer petróleo de dois grandes campos do pré-sal, Mero e Búzios. Serão quatro lotes com 33 milhões de barris, que deverão ser retirados pelos compradores diretamente nas plataformas de produção em alto-mar. Será o maior volume de petróleo a que o governo terá direito em um único ano. No último leilão, em 2021, a estatal vendeu à Petrobras 57 milhões de barris em um prazo de três anos. A União tem direito a parcela do produção dos campos contratados sob o regime de partilha, criado pelo governo Dilma Rousseff após a descoberta do pré-sal. O volume é calculado após desconto dos custos para produzir as reservas. Em Mero, o primeiro campo do pré-sal leiloado pelo regime de partilha, a União tem direito a 41,65% da receita com a venda de petróleo, após o desconto dos custos. Em Búzios, são 23,24%. A presidente da PPSA, Tabita Loureiro, diz que, como parte dos custos iniciais já foi amortizada, a tendência é de forte crescimento na parcela da União nos próximos anos. Em 2029, deve chegar a 500 mil barris por dia, dez vezes superior ao volume atual, com estimativa de arrecadação de R$ 70 bilhões. São, ao todo, 23 contratos de partilha da produção, a maior parte deles ainda sem operação. Em alguns, a produção é pequena e, por isso, a PPSA realiza vendas no mercado de curto prazo. Os leilões da PPSA são geralmente disputados pela Petrobras ou por petroleiras que já têm participação nos campos produtores, pois a busca do petróleo nas plataformas demanda navios especializados. A refinaria privada Acelen é outra cliente esporádica. A PPSA planeja um novo leilão no início de 2025 para vender a produção de 2026 e negocia com o MME (Ministério de Minas e Energia) um calendário de ofertas do petróleo da União para garantir previsibilidade aos compradores. A União tem também direito a parcela do gás natural produzido nos campos contratados sob o regime de partilha, mas neste momento, vende tudo à Petrobras, por falta de capacidade disponível para trazer a produção ao continente. O governo tem planos de usar esse gás para fomentar a indústria nacional, como parte de um programa lançado em 2023 e chamado “Gás para Empregar”, que ainda não teve grandes avanços. Autor/Veículo: Folha de São Paulo

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