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MGI libera e associações já podem doar equipamentos para fiscalização de biodiesel pela ANP

O Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos (MGI) emitiu uma parecer afirmando que não há conflito de interesses na doação de espectrofotômetros de modelo FTIR por parte de entidades representativas do setor de combustíveis, à Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP). O equipamento permite que fiscais da agência verifiquem, durante as ações em campo, se a mistura obrigatória de biodiesel está sendo cumprida. A opinião do MGI foi necessária pois a doação será feita por empresas reguladas pela ANP e que também estão sujeitas ou têm histórico de autuações por descumprimento da mistura obrigatória. Para dar segurança jurídica às doações, o Ministério de Minas e Energia (MME) estabeleceu um protocolo junto ao MGI. Sem o espectrofotômetro, as amostras coletadas durante a fiscalização seguem para análise de laboratórios que identificam o percentual de mistura de biodiesel. O procedimento impossibilita, por exemplo, a apreensão do combustível fora das especificações no ato da fiscalização. Os ensaios laboratoriais continuarão a ser realizados, mas com o equipamento é possível identificar in loco se o diesel está sendo comercializado na forma pura, 100% fóssil — um indicativo de fraude com dolo e não apenas problemas operacionais na mistura com o biodiesel. Atualmente, a agência dispõe de apenas um equipamento do tipo, fruto de uma doação realizada em janeiro pelo Ministério Público do Estado de Sergipe (MP-SE). Em fevereiro, o ICL (Instituto Combustível Legal) manifestou interesse em doar outras cinco unidades. No grupo de doadores, além do ICL, que é responsável pela compra por parte das distribuidoras associadas, estão o Sindicom (Sindicato Nacional das Empresas Distribuidoras de Combustíveis e de Lubrificantes), a Ubrabio (União Brasileira do Biodiesel e Bioquerosene), a Aprobio (Associação dos Produtores de Biocombustíveis do Brasil) e a Abiove (Associação Brasileira das Indústrias de Óleos Vegetais). O MGI entendeu que, como não cabe à ANP fiscalizar as entidades em si, não há impeditivos. “A situação retratada indica muito mais a existência de interesses comuns, e não conflito de interesses”, afirma nota técnica produzida pelo órgão. Em abril, o MGI e o Ministério de Minas e Energia definiram os procedimentos para a doação, mas a ANP ainda aguardava o aval da pasta comandada por Esther Dweck para dar andamento ao processo internamente. Reforço na fiscalização A manifestação de interesse por parte de entidades do setor de combustíveis na doação dos equipamentos à ANP se insere em um contexto de demanda pelo aumento da fiscalização em campo e combate às fraudes. Em março, o Sindicom chegou a pedir a suspensão, por 90 dias, da obrigatoriedade de adição de 14% de biodiesel ao diesel B, sob o argumento da disparada dos casos de fraudes. O pedido foi rejeitado pela diretoria da agência, que ainda proibiu a comercialização do biocombustível entre distribuidoras (congêneres) entre 1º de maio e 31 de dezembro deste ano. Autor/Veículo: Eixos

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Consignado para trabalhador CLT já pode ser contratado nos bancos

Desde sexta-feira, os bancos estão oferecendo diretamente o empréstimo consignado CLT em suas plataformas. Batizada de Crédito do Trabalhador, a modalidade foi lançada pelo governo em março e, até então, estava disponível apenas por meio da Carteira de Trabalho Digital (CTPS). A linha contempla empregados com carteira assinada, inclusive domésticos, rurais e contratados por Microempreendedores Individuais (MEIs). Nesse tipo de empréstimo, as parcelas são descontadas na folha do trabalhador mensalmente. Os descontos em folha, contudo, não podem ultrapassar o limite máximo de 35% do salário do profissional. Como garantia, é utilizado até 10% do saldo do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS), além da totalidade da multa de 40% em caso de demissão sem justa causa. Apresentada pelo governo como uma alternativa de crédito com taxas de juros mais atrativas, a modalidade pode esconder “pegadinhas” que exigem atenção redobrada dos trabalhadores, especialmente na leitura dos contratos oferecidos pelas instituições financeiras. O primeiro cuidado consiste em verificar se a contratação do empréstimo é realmente necessária. “O consignado vai comprometer boa parte de uma renda que pode já não ser suficiente para pagar despesas cotidianas. Mesmo que a taxa de juros do empréstimo seja baixa, é preciso verificar se vale a pena ter esse endividamento”, diz Juliana Mendonça, sócia do Lara Martins Advogados e especialista em Direito e Processo do Trabalho. O problema se agrava se o trabalhador contrata a operação para bancar despesas recorrentes. Utilizá-la para fechar o orçamento mensal significa “empurrar” o problema para frente, na visão de Júlio César Leandro, pesquisador do Centro de Estudos em Microfinanças e Inclusão Financeira da Fundação Getulio Vargas (FGV). “Isso é um erro, porque no futuro, além de ter a renda comprometida, o trabalhador também se tornará um pagador de juros”, destaca. O pesquisador ainda aponta um outro problema: contratar o crédito e, diante de dificuldades financeiras, não conseguir quitar a dívida. “Nesse caso, ele entra em um ciclo de empréstimos sucessivos. O que era para ser uma solução pontual acaba se transformando em um endividamento crônico, comprometendo a renda do consumidor por um longo período.” Se o empréstimo consignado CLT for realmente necessário, é importante tomar uma série de cuidados antes de assinar contrato com o banco. Uma das recomendações é verificar o chamado Custo Efetivo Total (CET) – indicador que mostra o custo real do empréstimo, incluindo não apenas os juros cobrados, mas também eventuais taxas e encargos. Segundo Leandro, da FGV, em alguns casos, o CET pode ser quase o dobro da taxa de juros inicialmente apresentada. Além de checar o custo total da operação, o cliente deve comparar a taxa entre diferentes instituições, pois os valores podem variar de banco pa ra banco. “Outro ponto fundamental é verificar no contrato se todas as taxas estão claramente discriminadas”, diz Jorge Ferreira dos Santos Filho, professor do curso de Administração de Empresas da ESPM. ‘PEGADINHA’. O trabalhador também precisa estar atento a mais uma “pegadinha”. Existe a possibilidade de os bancos descontarem o valor do empréstimo direto da conta corrente do profissional que ficar desempregado, caso as garantias do FGTS e da multa rescisória não forem suficientes. “As instituições podem fazer isso se estiver previsto em contrato. É uma cláusula padrão”, explica Juliana Mendonça, sócia do Lara Martins Advogados e especialista em Direito e Processo do Trabalho. A Caixa Econômica Federal – maior instituição financeira do País em número de clientes – tem, em seu contrato de concessão do Crédito do Trabalhador, uma cláusula desse tipo. “O cliente se compromete a pagar à Caixa todos os valores que o empregador não descontou ou descontou parcialmente em sua folha de pagamento. Caso o pagamento não seja realizado, o cliente autoriza a Caixa a debitar o valor da parcela na conta indicada no momento da contratação como preferencial para débito e, em caso de insuficiência de fundos, em quaisquer contas de titularidade do cliente, ainda que sejam contas conjuntas, pelo prazo do contrato”, diz o contrato da Caixa. Domingos, da Abefin, ressalta que isso representa um risco para o trabalhador. “Se as garantias não forem suficientes, é muito provável que o banco venha com a pressão de fazer a dedução na conta corrente. Por isso, o trabalhador precisa ficar muito atento e analisar todos os prós e contras para a tomada de decisão de buscar por esse crédito consignado.” Entre as “armadilhas” há ainda a chamada venda casada, uma prática irregular. Essa situação acontece quando, junto ao empréstimo, a instituição obriga o consumidor a aceitar um seguro ou outro produto que, em regra, ele não precisaria acatar. • Autor/Veículo: O Estado de S.Paulo

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Petróleo cai 2% após fontes dizerem que Opep+ vai avaliar aumento de produção

Os preços do petróleo caíram 2% nesta quarta-feira, com fontes dizendo que a Opep+ consideraria acelerar seus aumentos de produção de petróleo em junho. Mas as perdas foram contidas após uma reportagem de que o presidente dos EUA, Donald Trump, pode cortar tarifas sobre importações chinesas. O Brent fechou em baixa de US$1,32, ou 1,96%, a US$66,12 o barril, enquanto o petróleo West Texas Intermediate dos EUA terminou em queda de US$1,40, ou 2,2%, a US$62,27. O petróleo de referência global Brent atingiu a máxima da sessão em US$68,65, o maior valor desde 4 de abril, antes das notícias da Opep+. Vários membros da Opep+ sugerirão que o grupo acelere os aumentos na produção de petróleo pelo segundo mês consecutivo em junho, disseram à Reuters três fontes familiarizadas com as negociações. Houve tensões recentes entre os membros da Opep+ sobre o cumprimento das cotas de produção. “Não me surpreenderia que a Opep queira aumentar a produção. Isso poderia levantar preocupações sobre a coesão do cartel. Talvez eles estejam cansados de conter aumentos de produção”, disse Phil Flynn, analista do Price Futures Group. Ambas as referências do petróleo reduziram algumas perdas no início do pregão da tarde depois que o Ministério da Energia do Cazaquistão emitiu uma declaração dizendo que o país, que não é membro da Opep, mas um aliado no grupo Opep+, é um participante responsável na comunidade energética internacional e está interessado na previsibilidade e no equilíbrio entre demanda e oferta. O Cazaquistão irritou outros membros da Opep+ ao produzir mais do que sua cota atribuída. Notícias sobre tarifas também ajudaram a conter algumas perdas no preço do petróleo. O governo do presidente dos EUA, Donald Trump, estudaria a redução de tarifas sobre produtos chineses importados, aguardando negociações com Pequim, disse uma fonte familiarizada com o assunto na quarta-feira, acrescentando que nenhuma ação seria tomada unilateralmente. As tarifas sobre a China provavelmente cairão para entre 50% e 65%, de acordo com uma reportagem do Wall Street Journal, citando um funcionário da Casa Branca. O secretário do Tesouro dos EUA, Scott Bessent, disse acreditar que tarifas excessivamente altas entre os EUA e a China terão que cair antes que as negociações comerciais possam prosseguir. (Reuters) Autor/Veículo: Notícias Agrícolas

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Carros cada vez mais velhos e ainda com poucos elétricos: como está a frota brasileira de veículos

Após quatro anos seguidos de crescimento abaixo de um dígito, a frota brasileira de veículos aumentou 2% no ano passado em relação a 2023, o melhor desempenho desde o período pré-pandemia. Circulam pelo País atualmente 48 milhões de automóveis, comerciais leves, caminhões e ônibus. Descontado o porcentual que deixou de rodar por perda total em acidentes ou desmanches, as cidades brasileiras receberam mais 5,1 milhões de veículos em uma década. Entre os automóveis, que representam 82% desse total, destaca-se a alta da participação dos modelos híbridos e elétricos, de menos de 0,1% em 2019, quando apareceram pela primeira vez nas estatísticas, para quase 1% em 2024. Embora seja uma fatia ainda pequena, a evolução desses modelos tem sido constante. Em uma década, os eletrificados em circulação pelo País passaram de 2,9 mil para 388,2 mil, um crescimento médio anual de 71,3%. Em razão dessa demanda, sobretudo por modelos elétricos que ainda não são produzidos no País, houve significativa aceleração nas importações, especialmente da China, maior fabricante mundial de veículos eletrificados. Da frota brasileira, 7 milhões de veículos são importados, o equivalente a 14,7% do total. É a maior participação desde 2018, segundo relatório anual feito pelo Sindicato Nacional da Indústria de Componentes para Veículos Automotores (Sindipeças), antecipado pelo Estadão. Sustentável e econômico Na conta está o , que o diretor de produtos Bruno Calais Christians, de 34 anos, passou a usar no início de março, em sua primeira experiência com um carro elétrico. Nesse pouco tempo, ele relata as vantagens do novo veículo. “É confortável, gostoso de dirigir, silencioso e sustentável”, diz Christians. Ele também calcula uma economia de cerca de R$ 1 mil por mês com uso de energia em relação ao consumo de gasolina do outro carro da família, uma picape Toro. Christians instalou uma tomada específica na garagem da casa, na zona Oeste da capital paulista, onde carrega a bateria à noite. Como o carro tem 400 km de autonomia e é usado principalmente para ir ao trabalho e em viagens não muito longas com a família aos finais de semana, o carregamento ocorre em média uma vez a cada dez dias. “E ainda tem a vantagem de não precisar parar várias vezes no posto para abastecer.” Mais velha Atribuído à expansão da atividade econômica, à queda do desemprego e ao aumento da renda da população, o crescimento da frota não significa, contudo, uma renovação dos veículos que circulam pelo País nem uma melhora importante, por enquanto, no processo de descarbonização com a chegada mais forte dos eletrificados. A frota atual tem idade média de 10 anos e 11 meses, a maior desde 1992. Separada, a de automóveis é ainda mais velha, com idade média recorde de 11 anos e 2 meses. “A introdução de novos veículos ainda não é suficiente para promover uma renovação e, por isso, a frota continua envelhecendo”, diz George Rugitsky, diretor de Economia e Mercado do Sindipeças. Automóveis com até cinco anos de uso, chamados de seminovos, tiveram sua participação reduzida de 37,6% em 2015 para 20,6% no ano passado. Em contraponto, a de modelos com 11 a 15 anos passaram de 15,2% para 31%. Nos últimos três anos, é nessa faixa que está a maioria dos carros de passeio que rodam pelo Brasil. O estudo sobre a frota circulante tem como foco justamente a avaliação potencial de mercado para fabricantes de peças de reposição para os modelos mais antigos. Segundo o Sindipeças, a participação maior na frota de veículos com idade superior a dez anos pode ser explicada pelos preços mais altos dos automóveis, em parte justificados pela introdução de novas tecnologias e mais itens de segurança. A classe média com poder de compra migrou para os utilitários esportivos (SUVs), que responderam por 48% das vendas de carros novos em 2024. Já o consumidor de baixa renda, antes comprador de carro popular em várias prestações, buscou as motocicletas como alternativa. A frota dos veículos de duas rodas, que registrou quedas consecutivas por seis anos a partir de 2016, iniciou movimento de alta em 2022, quando cresceu 1,3%. Manteve a trajetória no ano seguinte, com alta de 1,7%, e em 2024 teve um salto de 5,7%, chegando a 14 milhões de unidades. A idade média é de 8 anos. Antes do ciclo de queda, em 2015, era de 6 anos e 5 meses. Além da questão econômica e das condições não muito propícias para o financiamento − que dificultam para muitas pessoas a troca por um carro mais novo −, o Brasil não tem estruturado um programa de reciclagem dos veículos velhos, ressalta Carolina Godoy, sócia e líder do setor automotivo da PWC Brasil. “Não adianta, por exemplo, trocar um veículo de 15 anos por um mais novo se ele não for para a reciclagem, pois não se estimula a renovação da frota.” Segundo Carolina, só os Estados de São Paulo e Rio Grande do Sul estão começando a discutir legislações para reciclagem de veículos. Para ela, se o País não tiver uma evolução nesse tema, os próximos relatórios do Sindipeças devem continuar mostrando um envelhecimento da frota. “Será mais fácil observar uma mudança no mix entre veículos a combustão e elétricos, que devem aumentar sua participação, do que a renovação da frota.” Pessoas x carros A relação entre o número de habitantes por veículo, que vem apresentando decréscimo há uma década, fechou 2024 em 4,4 pessoas por carro, número que envolve toda a população. Se for levada em conta somente as pessoas economicamente ativas, a relação cai para 2,3. O comparativo é sempre decrescente porque a taxa de crescimento da frota é maior do que a da população, explica Rugitsky. “Desde que o crescimento populacional começou a estagnar e a população está envelhecendo, a tendência é que essa curva continue decrescendo.” Em relação a outros países, que só fazem o comparativo pela população total, o Brasil está bem próximo da China, que tem 4,3 habitantes por veículo, atrás de países como Argentina (2,6) e França (1,4) e bem à frente

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Diesel mais barato, gasolina mais cara: o que dizem os dados da Abicom

Após recente redução no preço do diesel pela Petrobras, o mercado brasileiro de combustíveis apresenta um cenário misto, com o diesel operando abaixo das cotações internacionais, enquanto a gasolina se mantém mais cara. As informações são do relatório divulgado nesta terça-feira (22/4) pela Associação Brasileira dos Importadores de Combustíveis (Abicom), em parceria com a StoneX. Segundo o levantamento, com dados coletados até esta segunda (21/4), o preço médio do diesel no Brasil estava 1% abaixo dos preços praticados no mercado externo e a gasolina, 2% acima nos polos de importação no país. Em polos de importação como Paulínia (SP) e Araucária (PR), a gasolina registra paridade com o preço internacional, enquanto no polo de Itacoatiara (AM) o valor do combustível está 5% mais caro nas refinarias da Petrobras. No polo de Aratu (BA), que baliza os preços da Acelen, controladora da Refinaria de Mataripe na Bahia, a gasolina está 2% mais cara e o diesel opera em paridade com o mercado internacional. A gasolina está há 287 dias sem reajuste nas refinarias da Petrobras, enquanto Mataripe muda seus preços semanalmente. O petróleo vem se recuperando nos últimos dias e, nesta terça-feira (22/4), até o fechamento desta matéria, operava em alta de 2,94%, cotado a US$ 67,54 o barril. A valorização do petróleo é atribuída a estoques baixos nos Estados Unidos e a uma demanda maior do que o esperado. A Abicom ressalta ainda que o mercado de petróleo tem demonstrado grande volatilidade desde a posse de Donald Trump como presidente dos Estados Unidos, devido às incertezas geradas por possíveis tarifas comerciais. Com informações de: Correio Braziliense

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75% das empresas apoiam mudar para energia verde até 2035, indica pesquisa

Cerca de 750 líderes empresariais de médias e grandes empresas planejam realocar suas operações dentro de cinco anos para melhorar o acesso a fontes renováveis, revelou uma pesquisa realizada em 15 países, e quase todos eles apoiaram uma mudança de longo prazo para abandonar os combustíveis fósseis. As descobertas foram baseadas em entrevistas com cerca de 100 executivos de alto escalão de cada um dos países desde que Donald Trump foi eleito de volta à Casa Branca, o que desencadeou preocupações sobre empresas recuando de seus compromissos com uma transição verde. Os países incluíram os EUA, Reino Unido, Alemanha, Brasil e Índia. Liz Minné, diretora e chefe de sustentabilidade global da empresa de revestimentos Interface, afirmou que a pesquisa mostrou que “as empresas globais entendem a urgência de mudar dos combustíveis fósseis para as energias renováveis.” Embora a participação na pesquisa tenha sido anônima, Iberdrola, Natura e Schneider Electric estavam entre as que apoiaram as descobertas. “Uma rápida mudança dos combustíveis fósseis para energia renovável e eletrificação faz forte sentido comercial e garante segurança energética e resiliência”, comentou o diretor global de mudanças climáticas e alianças da Iberdrola, Gonzalo Sáenz de Miera. Mais de 75% das empresas pesquisadas apoiaram uma mudança para um sistema de eletricidade baseado em renováveis até 2035 ou antes, de acordo com a pesquisa, que foi realizada entre dezembro e fevereiro. Um número semelhante disse que as energias renováveis estão ligadas a uma maior segurança energética, enquanto a maioria queria contornar o fornecimento de gás na transição do carvão, para passar diretamente para renováveis e sistemas de armazenamento de eletricidade. Cerca de 52% dos entrevistados disseram que mudariam suas operações e 49% alterariam as cadeias de suprimentos para facilitar o acesso a sistemas de energia baseados em renováveis dentro de cinco anos, se seu mercado doméstico não tivesse energia verde. Este número saltou para 89% dos executivos seniores para um plano de dez anos. “Se implementadas, tais medidas poderiam ter enormes ramificações para a competitividade internacional dos países e receitas domésticas”, indicou a pesquisa. Além disso, segundo o levantamento, nove em cada dez disseram que o acesso à eletricidade baseada em renováveis era uma “prioridade máxima” ao avaliar possíveis destinos para novos investimentos. Mais de 80% disseram que a questão também influenciava onde optariam por localizar suas operações comerciais e quais países recorreriam para a aquisição de bens e serviços. Até 93% dos entrevistados disseram que estavam considerando investir em suas próprias instalações renováveis no local. Os resultados mostraram que, apesar da incerteza política e econômica, os executivos “apoiam fortemente uma rápida transição para energia renovável”, comentou Nick Mabey, diretor executivo da E3G, uma think-tank verde que encomendou a pesquisa junto com os grupos focados no clima Beyond Fossil Fuels e We Mean Business Coalition. A pesquisa apontou que, embora a política dos EUA enfatize a expansão de combustíveis fósseis, 97% dos executivos americanos entrevistados queriam ver o governo expandir a eletricidade renovável na rede. Desde que assumiu o cargo em janeiro, Trump lançou um amplo ataque às políticas climáticas nos EUA, enquanto suas tarifas ameaçadas despertaram temores de uma guerra comercial global que poderia elevar o custo da transição energética. Na semana passada, sua administração emitiu uma ordem para interromper a construção de um grande projeto de energia eólica offshore em Nova York. Também há preocupações com retrocessos verdes na Europa, à medida que o continente se apressa para pagar pelo rearmamento após as ameaças de Trump de deixar a Otan. Mas 78% dos líderes empresariais da Alemanha na pesquisa disseram que uma transição acelerada para renováveis reduziria a exposição do país a importações voláteis de energia. No Reino Unido, 55% dos executivos disseram que as renováveis ajudariam a impulsionar o crescimento econômico, mas destacaram preocupações sobre os altos custos iniciais da mudança para energia renovável como um obstáculo à transição. Na Índia, 84% dos executivos apoiaram uma mudança dos combustíveis fósseis para geração de eletricidade baseada em renováveis na próxima década, apesar da forte dependência do país em energia a carvão. No geral, pelo menos 75% dos entrevistados vincularam as energias renováveis ao crescimento econômico e como cruciais para a criação de empregos. (Financial Times) Com informações de: Folha de São Paulo

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Sindicato dos petroleiros cobra maior fiscalização nas plataformas de petróleo

O recente incêndio na plataforma PCH1 na Bacia de Campos, destaca os riscos enfrentados por trabalhadores em estruturas offshore. Em menos de um mês, dois incidentes graves ocorreram, incluindo uma explosão que deixou 10 hospitalizados. O Sindicato dos Petroleiros do Norte Fluminense exige mais fiscalização e manutenção. A Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis do Brasil (ANP) interditou a plataforma P-53 devido a danos críticos. A Petrobras está em tratativas para resolver as questões. O Sindipetro NF levará os casos às entidades responsáveis pela segurança na indústria do petróleo. Com informações de: R7

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Ministro aponta ambiente favorável para queda no preço de combustíveis

O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, disse nesta quarta-feira (16/4) ter “extrema convicção” de que haverá “boas notícias” na questão dos preços dos combustíveis no país. “Todos sabem que o meu maior foco é sempre apontar para o caminho do menor preço na bomba para o consumidor brasileiro. Eu tenho extrema convicção de que nós teremos boas notícias na questão dos combustíveis nos próximos dias, por questões objetivas: queda do [barril do petróleo] Brent, estabilidade do dólar. Então, nós temos um ambiente muito favorável à redução do preço”, disse ele a jornalistas. Ele disse que sua defesa é a mesma da política liderada pelo presidente Lula no setor energético. Na semana passada, os preços internacionais do petróleo caíram para os menores valores registrados nos últimos 4 anos, em meio à escalada da guerra comercial entre Estados Unidos e China. Na última quarta-feira (9/4), a diretora executiva de Exploração e Produção da Petrobras, Sylvia Anjos, disse que esse movimento “assusta”, mas a empresa tem resiliência. Segundo ela, os projetos permitem passar pela cotação de até US$ 28 o barril. “Temos uma resiliência econômica e ambiental”, disse a diretora da Petrobras durante participação em painel no Fórum Brasileiro de Líderes em Energia, Oil & Gas 2025, realizado no Centro Cultural da FGV, no Rio de Janeiro. O evento é realizado pela Dominium Group. “O [preço do petróleo tipo] Brent caindo assusta, mas todos os nossos projetos são resilientes e suportam um barril a US$ 28 para aguentar esses altos e baixos. A crise não é exceção, é uma regra”, disse Sylvia. Com informações de: Metrópoles

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Substituição do diesel, um combustível caro, no transporte de cargas ainda requer desafios

O preço do diesel é uma das maiores preocupações do setor de cargas rodoviárias. O combustível, que representa cerca de 35% dos custos, é difícil de ser substituído, levando as transportadoras a repassar os aumentos ao valor do frete. Em fevereiro, a Petrobras elevou nas refinarias o litro do diesel em R$ 0,22, para R$ 3,72 em média – dois meses depois, em abril, reduziu o litro em R$ 0,17. “O diesel, junto com a mão de obra, é um dos dois maiores custos da atividade de transporte. Qualquer aumento tem impacto, especialmente porque a margem de lucro do setor é baixa”, ressalta Lauro Valdivia, assessor técnico da Associação Nacional do Transporte de Carga e Logística (NTC&Logística). Para ler esta notícia, clique aqui. Com informações de: Valor Econômico

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Brasil aposta em veículos flex e hidrogênio em cenários para transição

O governo brasileiro está enxergando nos veículos flex uma vantagem para o país na corrida global pela transição energética e nos biocombustíveis de segunda geração uma rota de menor custo para o setor de transporte, indica o Plano Decenal de Energia 2034 (PDE 2034). Divulgado esta semana pela Empresa de Pesquisa Energética (EPE), o estudo traz três cenários para a descarbonização da matriz brasileira, a partir da visão do Plano Nacional de de Transição Energética (PTE), com simulações de como será a penetração de novas tecnologias para que o país cumpra suas ambições climáticas até 2050. Veja a íntegra (.pdf) Veículos flex e etanol de segunda geração saem na frente em dois cenários: Transição Brasil (TB), que seria custo-eficiente em relação aos compromissos da Contribuição Nacionalmente Determinada (NDC) do Brasil; e Transição Global (TG), que considera a contribuição do país aos esforços globais para limitar o aumento médio da temperatura da Terra em até 1,5 °C em 2100. Apenas no cenário de Transição Alternativa (TA), a eletrificação ganha uma tração maior – ainda assim, há participação relevante dos biocombustíveis. Neste cenário, entram na conta questões como impactos da mudança climática no setor energético e as incertezas de novas tecnologias. É coerente com as decisões políticas dos últimos anos. De um lado, a frota elétrica vem conquistando cada vez mais o consumidor brasileiro. De outro, governo e Congresso Nacional têm avançado com políticas para incentivar a expansão dos biocombustíveis. A lei do Combustível do Futuro é um exemplo: prevê aumento da adição de etanol à gasolina e biodiesel ao diesel, além de inserir mandatos para biometano e diesel verde. Esses aumentos, no entanto, estão pendentes e enfrentam questões como impacto no preço final do combustível e inflação de alimentos. Hidrogênio acelera a partir de 2040 “Na década de 2030, a produção brasileira de hidrogênio é baixa, se acelerando nas décadas seguintes. Nos cenários de TG e TA em 2040, ultrapassam 0,7 EJ”, estima o PDE. O relatório observa que o energético é considerado uma das tecnologias-chave da transição no contexto global, dada sua capacidade de armazenar energia renovável – o que pode viabilizar o avanço da eletrificação –, além da aplicação em em setores altamente dependentes de combustíveis fósseis, como produção de cimento, aço e fertilizantes. E cita projeções de agências internacionais para o Brasil que apontam o potencial de aumento de até 57% na demanda interna do hidrogênio. “O estudo do PTE discute o hidrogênio à luz das tecnologias de baixa emissão, visando à aplicação em setores de difícil descarbonização ou como vetor para armazenamento de energia, e permitindo maior entrada das renováveis intermitentes como a eólica e a solar”, explica. A partir de 2040, o PTE prevê um ganho de fôlego na produção, com a maior parcela destinada a uso indireto, como células a combustível alimentadas por etanol. No armazenamento de renováveis, o cenário de maior eletrificação (TA) considera a entrada de baterias eletroquímicas para atender o aumento significativo da eólica. Já nos cenários TB e TG, os biocombustíveis se apresentam como tecnologia de menor custo frente às baterias de veículos elétricos. Com informações de: Eixos

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