6 de abril de 2024

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Petróleo bate US$ 90 pela primeira vez desde outubro

O petróleo disparou na última hora da sessão desta quinta-feira (4) no mercado futuro e levou o barril do Brent a um fechamento acima de US$ 90 pela primeira vez desde outubro de 2023. O mercado segue focado em riscos à oferta da commodity diante do recrudescimento das tensões no Oriente Médio e Leste Europeu. O petróleo WTI – referência americana – com entrega prevista para junho fechou em alta de 1,42%, a US$ 85,81 por barril. Já o Brent – referência global – avançou 1,45%, a US$ 90,65 por barril. Ambos registraram seus maiores fechamentos desde a sessão de 20 de outubro do ano passado. De acordo com veículos da imprensa internacional, oficiais da CIA, a agência de inteligência dos Estados Unidos, alertaram que o Irã deve atacar Israel nas próximas 48 horas em retaliação ao assassinato de um comandante do exército iraniano após um bombardeio israelense ao consulado do Irã na Síria. O episódio elevou as tensões no Oriente Médio e o mercado teme que a escala do conflito amplie além do confronto entre Israel e o Hamas. Já no Leste Europeu, diversos ataques de drones ucranianos a instalações de energia da Rússia afetaram a produção do país, e consequentemente a sua oferta ao mercado global. Autor/Veículo: Valor Investe

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Combustíveis fósseis têm papel a cumprir e precisam financiar transição, diz Rafael Dubeux

Indicado pelo governo Lula (PT) para o conselho da Petrobras em meio à crise entre o comando da empresa, acionistas e ministros, Rafael Dubeux defende que o petróleo deve financiar a transição energética, mas faz ressalvas. Segundo ele, “boa parte da transição é autofinanciável” e há “demandas sociais urgentes de curto prazo” a resolver, como saúde e educação. “É um desafio equilibrar todos esses fatores e encontrar a melhor solução”, afirma. Secretário-executivo-adjunto do Ministério da Fazenda, ele lidera o Plano de Transformação Ecológica do Brasil, que cria as diretrizes do desenvolvimento sustentável do país. Dubeux conversou com a Folha no escritório da Fazenda, em São Paulo. Evitou falar sobre sua provável nova função na Petrobras, já que a nomeação ao cargo ainda precisa tramitar. Segundo ele, a distribuição de dividendos da empresa precisará em breve ter “solução definitiva”. A secretária de Mudança do Clima do Ministério do Meio Ambiente, Ana Toni, disse que falta ao Brasil planejamento sobre o que fazer com o dinheiro do petróleo se o país continuar explorando. Essa também é sua preocupação?Esse é um debate super-relevante que já foi feito lá atrás, na época da descoberta do pré-sal, com a criação do fundo social, e acho que em algum momento vai ter que se voltar ao assunto para discutir qual vai ser o arranjo do fundo social e das distribuições de royalties. Precisamos discutir onde é que a gente vai alocar isso para garantir uma transição energética e ao mesmo tempo uma transição justa. O Ministério de Minas e Energia chegou a preparar um projeto que foi levado em algum momento ao CNPE (Conselho Nacional de Política Energética), criando um programa de transição energética, então esse é um debate que está colocado no governo. E por que não avançou?Acho que optaram por fazer a votação na outra reunião e essa reunião ainda não aconteceu. Mas o fato de não ter um plano formalmente aprovado com esse nome não quer dizer que o país não esteja fazendo um esforço de transição energética. O sr. concorda com a ideia de utilizar dividendos extraordinários de empresas que exploram recursos naturais para financiar a transição energética, como propôs o ministro da Economia da Noruega no G20?A Noruega] é um país desenvolvido que tem, de certa maneira, outras demandas sociais razoavelmente atendidas, e aí você pode focar o recurso quase que todo na transição energética. O Brasil é um país em que a matriz energética já é comparativamente mais limpa do que a dos países ricos, e nós temos uma série de demandas sociais urgentes de curto prazo que a gente precisa endereçar, de saúde, de educação, de vários temas. Então é um desafio equilibrar todos esses fatores e encontrar a melhor solução. Não há dúvida de que parte da transição precisa ser viabilizada com os combustíveis fósseis, que ainda têm um papel a cumprir por vários anos e, de alguma maneira, auxiliam a transição. Se não for necessariamente em energia limpa, é às vezes viabilizando a adaptação à mudança do clima, mitigando os impactos causados pela própria emissão. O recurso tem que ir todo para a transição energética? Acredito que não, até porque boa parte da transição energética é, por assim dizer, autofinanciável. Essa alteração nos dividendos extraordinários teria que vir por lei?A alteração é por meio de lei, está fixada em lei a distribuição. Eu não estou propondo isso. A lei que estabelece hoje a alíquota e os critérios de repartição […]. É tema judicializado e em algum momento precisará ter solução definitiva. Sua presença no conselho da Petrobras ajuda nesse cenário?Eu fiquei muito honrado com o convite de participar do conselho da Petrobras, mas, por enquanto, há uma indicação do governo que está tramitando ainda pelas instâncias da Petrobras. Vai ter ainda uma assembleia-geral, marcada para o final do mês, e, enquanto não há uma deliberação formal, prefiro não falar. Qual é o real tamanho do plano de transformação ecológica do Brasil? Organizações dizem algo entre US$ 130 bilhões e US$ 160 bilhões anualmente.Eu vi esse número recentemente, mas não fomos nós que divulgamos. Tem vários estudos sendo feitos sobre quanto de capital o conjunto das ações que estão sendo tomadas mobiliza. A grande maioria é de capital privado. Os projetos de energia no Brasil param de pé sem nenhum apoio público adicional, como eólica, solar e biocombustíveis. Em algumas áreas desses novos mercados promissores de longo prazo, existe uma discussão sobre se faz sentido ter algum tipo de subsídio, como é o caso do hidrogênio e de baixo carbono, mas isso não está colocado. O grosso do recurso hoje no plano são medidas regulatórias para estimular e canalizar recursos privados para a descarbonização. Do que tem de recurso público propriamente é uma valor comparativamente menor; não tem um número exato. O valor do plano inclui os investimentos feitos pelas próprias empresas? Não é como os planos dos EUA e da Europa…O nosso plano não é diretamente comparável com o dos EUA […], são investimentos privados que você está estimulando com esse processo. O mercado de carbono, por exemplo, é feito por investimento privado, já que você cria um sistema de incentivo que estimula uma siderúrgica ou uma indústria de cimento ou de vidro a descarbonizar o seu processo. É uma medida regulatória, sem impacto orçamental. O espaço fiscal que a gente tem é exatamente o que está no arcabouço fiscal; não tem nenhum real além do que está fixado dentro dos limites. Mas e os títulos lançados no exterior para esse financiamento?Na emissão dos títulos e na alocação do Fundo Clima, que tem algum aporte público, é dinheiro para crédito. Vamos emprestar para as empresas, então não é orçamento de despesa. A ideia é que se tenha US$ 2 bilhões todo ano e a gente vai alocando esses recursos no Fundo Clima para viabilizar o financiamento com a taxa competitiva. Os investidores dizem que o país precisa focar poucas áreas se quiser ser competitivo. O governo federal já as selecionou?Em termos de rotas tecnológicas para mobilidade

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Brasil pode se beneficiar da sobrevida do motor a combustão

Ao mesmo tempo em que se preparam para fornecer componentes para as futuras linhas de montagem de modernos veículos híbridos e elétricos, os fabricantes de autopeças percebem a oportunidade de aproveitar o conhecimento brasileiro em carros e motores a combustão para fazer do país um polo exportador para mercados que ainda usarão esse tipo de veículo, como vizinhos da América Latina e países do Oriente Médio e África. Essa chance se tornou ainda mais real com a recente regulamentação do Mover, programa de incentivos do governo federal para o setor automotivo. O Mover permite a importação de linhas de montagem com impostos reduzidos. Para Claudio Sahad, presidente do Sindicato Nacional da Indústria de Componentes (Sindipeças), o benefício traz a oportunidade de o Brasil trazer da Europa e Estados Unidos linhas que começam a ser desativadas para dar lugar às que produzem carros elétricos. Segundo ele, isso não significa deixar de investir nos projetos dos carros mais modernos. “São ações paralelas, que podem ajudar a incrementar as exportações”, afirma o dirigente. “O mundo produz 80 milhões de veículos por ano. Desse total, cerca de 30 milhões são modelos a combustão ainda fabricados nos Estados Unidos e Europa. Se o Brasil pegar 10% disso estamos bem”, destaca Sahad. Há poucas semanas, representantes do setor automotivo encaminharam ao governo um estudo mostrando que o Brasil não está sozinho nessa disputa. Outros sete grandes produtores de veículos estão de olho nesse filão: Índia, China, Tailândia, Turquia, República Tcheca, Japão e México. O objetivo de compartilhar essas informações com o Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, além de outros órgãos do Executivo, é levar as preocupações do setor em relação à desvantagem brasileira em custos de produção. Segundo Sahad, o estudo, organizado pela McKinsey, fez uma análise de competitividade. Entre os oito países com potencial para disputar o fornecimento global de veículos a combustão, o Brasil fica no sétimo lugar na comparação de custos, no sexto em incentivos fiscais e aparece em último lugar no quesito acordos comerciais. “Temos um bom campo para evoluir. Por isso estamos conversando tanto com o governo”, destaca o dirigente. Nas conversas, os fabricantes de autopeças têm pedido medidas que os ajudem a vencer a concorrência externa, como facilidades na exportação. O mesmo estudo, destaca Sahad, mostrou o risco de perda de participação no mercado externo. Em 2022, a receita obtida com exportações da indústria de veículos mais a de componentes alcançou US$ 15 bilhões. Segundo Sahad, o estudo mostrou que se o atual quadro de competitividade for mantido a exportação anual do setor tende a cair para US$ 10 bilhões em 2035. Por outro lado, se o Brasil alcançar pelo menos a média da competitividade de seus concorrentes, destaca Sahad, as vendas anuais do setor ao mercado externo poderão chegar a US$ 56 bilhões em pouco mais de dez anos. “Se isso der resultado haverá aumento de volume e um resultado que será a força motriz de investimentos em novas tecnologias”, afirma Sahad. Autor/Veículo: Valor Econômico

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Minaspetro alerta para alta nos preços do etanol

O etanol hidratado está mais caro nos postos de combustível de Minas Gerais. E o motivo, segundo o Sindicato do Comércio Varejista de Derivados de Petróleo no Estado de Minas Gerais (Minaspetro), está na elevação de preço praticado pelas usinas. A entidade destaca que só neste ano o biocombustível registrou um aumento de mais de 20% nas usinas produtoras. E o anidro, que compõe a gasolina em 27%, também apresentou alta de 16% em 2024. O presidente do Minaspetro, Rafael Macedo, disse que está preocupado com o comportamento do preço do etanol. “Não adianta culpar os postos pelo aumento nas bombas, porque simplesmente estamos repassando um aumento no custo”, justifica. Ele ressalta que o etanol tem se mostrado como um protagonista na transição de matriz energética, e os postos estavam vendendo muito o biocombustível. “A gente esperava que os produtores de etanol fizessem esforços suficientes para manter o produto competitivo, especialmente agora que está no momento de início de safra”, diz. Levantamento – A alta é confirmada pela Síntese Semanal do Comportamento dos Preços dos Combustíveis divulgada pela Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP). O combustível na última semana de março (24 a 30) ficou 1,70% mais caro no Estado. O valor médio do litro ficou em R$ 3,58. No primeiro trimestre a elevação foi de 5,6% em Minas. A gasolina também ficou mais cara no período, só que subiu menos, com alta de 2,75%. De acordo com dados do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea)/ Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (Esalq/USP), o preço à vista do etanol hidratado no estado de São Paulo, entre os dias 18 e 22 de março, foi de R$ 2,1684 o litro, alta de 5,04% em relação à semana anterior. Segundo o instituto de pesquisas mencionado, “neste período final de safra 2023/24 de cana-de-açúcar na região Centro-Sul, os preços dos etanóis hidratado e anidro voltaram a subir com certa força no estado de São Paulo. […] o impulso aos valores dos biocombustíveis veio sobretudo da demanda. Distribuidoras consultadas pelo Cepea estiveram mais ativas no spot paulista ao longo da semana passada, mas a oferta nas usinas não aumentou na mesma proporção. Do lado vendedor, boa parte seguiu firme nos valores pedidos em novas negociações”. Produtores destacam que preços do etanol continuam competitivos O presidente da Associação das Indústrias Sucroenergéticas de Minas Gerais (Siamig), Mário Campos, ressalta que o preço do etanol continua competitivo para o motorista na hora de abastecer. “O preço de hoje é 20% mais barato que março de 2023”, diz. O dirigente acrescenta que as usinas estão iniciando a safra e, logo, a oferta no mercado do combustível vai aumentar. Ele ressalta que para se falar em preço é necessário avaliar todo um contexto de produção, que contempla custos, que estão mais altos nos últimos anos, com destaque para o impacto dos fertilizantes, além do aumento nos preços de máquinas equipamentos. “Vale ressaltar que no segundo semestre do ano passado chegamos a vender etanol abaixo do custo de produção”, pontua. Autor/Veículo: Diário do Comércio

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Prates ironiza notícias sobre demissão e sindicatos falam em ‘espancamento’

O presidente da Petrobras, Jean Paul Prates, ironizou na tarde desta quinta-feira (4) notícias sobre possível troca no comando da companhia. Ao mesmo tempo, recebeu apoio de sindicatos, que reclamam de “espancamento público” do executivo. Em publicação na rede social X (ex-Twitter) por volta das 15h30, Prates reproduziu uma suposta troca de mensagens de WhatsApp que dizia que ele sairia, sim, da Petrobras, mas para jantar. E estaria de volta no dia seguinte cedo, com a agenda cheia. “Jean Paul vai sair da Petrobras?”, pergunta uma mensagem. “Acho que após às 20h02. Vai pra casa jantar… E amanhã às 7h09 estará de volta na empresa, porque sempre tem a agenda cheia.” A saída de Prates foi alvo de uma série de rumores nesta quinta, depois de entrevista publicada nesta Folha em que o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, admite conflitos com o presidente da estatal. Em Brasília, o nome do presidente do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social), Aloizio Mercadante, passou a circular como uma opção para comandar a estatal. A fritura de Prates é vista na Petrobras como uma tentativa de Silveira e do ministro da Casa Civil, Rui Costa, forçarem a troca no comando da empresa. Não há entre o círculo mais próximo do executivo, porém, a percepção de que ele teria interesse em deixar o cargo. Aliada de Prates desde o início da gestão, a FUP (Federação Única dos Petroleiros), divulgou comunicado nesta quinta criticando “o processo de espancamento público que o presidente da Petrobras” está sofrendo. “A FUP reconhece a atuação da gestão Prates em busca do fortalecimento da Petrobras como promotora de investimentos capazes de contribuir para a geração de emprego e renda dos brasileiros”, afirma o texto, destacando ainda que o executivo restabeleceu o diálogo com os petroleiros. Ainda segundo a FUP, ele “promoveu o início da implementação de uma nova e importante política de melhoria das condições de vida do trabalhador brasileiro, como o fim da nociva política de preço de paridade de importação”. No mercado financeiro, a possibilidade de demissão de Prates também não é bem vista. As ações da empresa tiveram um dia de grande volatilidade nesta quinta, com um momento de forte queda, recuperando-se depois com notícias sobre pagamento de dividendos. Para a Ativa Investimentos, a saída de Prates, “sobretudo por motivos políticos”, seria negativa para a empresa. Eles lembram, porém, que Prates vem sendo alvo de rumores de demissão desde o início do mandato. “O mandatário vem se mostrando equilibrado e conduzindo Petrobras de modo a equilibrar seus anseios corporativos e políticos”, diz a Ativa. “Se a sua saída se concretizasse, dificilmente teríamos um substituto com a expertise e know-how do atual CEO.” Para a corretora, a principal preocupação é sobre os efeitos do embate político em sua capacidade de manobra para executar a política de preços dos combustíveis, como em 2023. Em 2024, por exemplo, a estatal vem operando com elevadas defasagens em relação às cotações internacionais. Autor/Veículo: Folha de São Paulo

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Petróleo perto dos US$ 90 amplia pressão por reajustes dos combustíveis

O repique das cotações internacionais do petróleo nos últimos dias joga ainda mais pressão sobre a Petrobras. A petroleira opera desde o início do ano com elevadas defasagens nos preços da gasolina e do diesel. Nesta quarta-feira (3), o barril do tipo Brent, referência internacional negociada em Londres, opera perto dos US$ 90 por barril, patamar atingido pela última vez em outubro de 2023. A alta reflete o aumento das tensões no Oriente Médio e melhores perspectivas para a economia global. “A fotografia hoje é de uma pressão grande para reajuste [no preço dos combustíveis]”, diz Bruno Pascon, sócio da consultoria CBIE (Centro Brasileiro de Infraestrutura). O governo, por outro lado, vem enfrentando problemas de popularidade, com mais brasileiros considerando que a economia brasileira e sua situação econômica pessoal pioraram, cenário que poderia ser agravado com o efeito inflacionário do aumento no preço da gasolina. A Petrobras está prestes a completar seis meses sem mexer no preço da gasolina em suas refinarias. A última alteração foi um corte de R$ 0,12 por litro no dia 20 de outubro de 2023, acompanhando queda da cotação internacional do petróleo. Na abertura do mercado desta quarta, o preço da gasolina nas refinarias da estatal estava R$ 0,62 por litro abaixo da paridade de importação calculada pela Abicom (Associação Brasileira dos Importadores de Combustíveis). Já são quase três semanas com defasagem acima dos R$ 0,50 por litro, de acordo com esse indicador. Na média nacional, a defasagem bateu R$ 0,58 por litro nesta quarta. A Petrobras diz em sua nova política de preços que não segue mais de perto o conceito de paridade de importação, mas que não se afastará totalmente do mercado internacional. Em 2024, a cotação do Brent subiu quase 18%, considerando o fechamento desta terça-feira (2), ou US$ 13 por barril. O mercado de combustíveis está ainda mais pressionado, com estoques em baixa diante de paradas para manutenção em refinarias ao longo do mundo. O mercado de gasolina entra ainda em um período de alta com a proximidade do verão no hemisfério Norte, quando o consumo é impulsionado pela temporada de viagens de carro nos Estados Unidos. No caso do diesel, o preço das refinarias da Petrobras está R$ 0,44 por litro abaixo da paridade calculada pela Abicom —na média nacional, a diferença é de R$ 0,43 por litro. O último reajuste foi promovido no fim de dezembro, com corte de preço na véspera da retomada da cobrança de impostos federais. “A expectativa é que em algum momento a Petrobras tenha de revisar os preços no mercado doméstico”, diz Pascon, do CBIE. A consultoria estima que, na média do ano, os preços da gasolina e do diesel subirão 3,2% no país, em comparação à média de 2023. Em um comunicado padrão sobre o tema, a Petrobras diz que segue “acompanhando com atenção os fundamentos do mercado internacional e nacional”. “Por questões concorrenciais, não podemos antecipar as nossas decisões de reajuste”, afirma a empresa. O texto diz que a nova estratégia comercial da empresa considera, além da paridade de importação, “as nossas melhores condições de refino e logística para a prática de preços competitivos e mitigação da volatilidade externa, proporcionando períodos de estabilidade de preços aos nossos clientes”. Autor/Veículo: Folha de S.Paulo

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Sindicombustíveis critica Chico Vigilante por fala sobre aumento da gasolina

O presidente do Sindicato dos Combustíveis e Derivados de Petróleo do Distrito Federal (Sindicombustíveis-DF), Paulo Tavares, criticou o deputado distrital Chico Vigilante (PT-DF) por suas falas sobre o aumento de combustíveis no DF. Nas redes sociais, o deputado realizou uma publicação em que afirma ter acionado a defesa do consumidor e a polícia para investigar a elevação dos preços da gasolina e do álcool. Para o presidente do Sindicombustíveis, o deputado se utilizou de sua imunidade parlamentar para “emitir críticas infundadas e desrespeitosas sobre os postos de combustíveis”. “O deputado divulgou inverdades, alegando ter votado contra os referidos ajustes, numa tentativa de desinformar seus seguidores”, afirmou Tavares por meio de nota à imprensa. O Sindicombustíveis ainda informou que os reajustes recentes nos preços de revenda não foram determinados pelos postos de gasolina, mas são ajustes decorrentes de aumentos aplicados pelas distribuidoras. A afirmação é um contraponto à fala de Vigilante, que afirmou que “a tarifa abusiva praticada por vários postos configura a prática de cartel, o que é considerado crime”. “Diante deste contexto, urge que o deputado direcione suas críticas aos verdadeiros responsáveis pelas variações nos preços de combustíveis, que são as distribuidoras”, conclui Paulo Tavares. Autor/Veículo: Correio Braziliense

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Abastecer o carro com etanol só vale a pena em 10 estados; veja quais

Diferença do preço médio da gasolina comum para o etanol foi de R$ 2,15 no Brasil na última semana Nos últimos 20 anos, mais de 40 milhões de carros equipados com motor flex chegaram às ruas do Brasil. Nesses casos, os donos podem optar por abastecer seus veículos com gasolina ou com etanol. Mas qual deles será que é mais vantajoso e quando vale a pena? Tudo depende do preço de cada combustível. Na última semana, mais especificamente durante o período de 24 de março a 30 de março, o preço médio da gasolina comum no Brasil foi de R$ 5,74, de acordo com a Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP). Por outro lado, o litro do etanol foi encontrado pelo valor médio de R$ 3,59. Com a diferença de R$ 2,15, o biocombustível parece ser mais vantajoso para o bolso do consumidor. No entanto, a conta não é tão simples. Isso porque ainda é preciso considerar que o consumo dos carros é maior quando abastecidos com etanol. De acordo com Everton Lopes, engenheiro e mentor de Energia a Combustão da SAE Brasil, a conta para saber qual dos dois combustíveis vale mais a pena está na composição deles. “A gasolina tem mais conteúdo energético do que o etanol. Significa que a gasolina tem 30% mais energia por litro do que o etanol. Isso resulta em uma autonomia maior do veículo quando você abastece com gasolina. Em tese, se fossemos comparar reais por conteúdo energético, a gasolina deveria ser 30% mais cara do que o etanol. Essa é uma relação adequada”, diz. Portanto, é simples saber qual dos dois vale a pena: basta dividir o preço do litro etanol pelo valor da gasolina. Se o resultado for menor do que do 0,70, é mais vantajoso abastecer com etanol. Caso contrário, compensa pagar pela gasolina. Fazendo esse cálculo e considerando os preços médios dos dois combustíveis, abastecer com etanol só vale a pena em 10 estados brasileiros: Acre, Amazonas, Distrito Federal, Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Paraná, Rio de Janeiro e São Paulo. Se você mora nos demais locais, opte pela gasolina. Veja abaixo: Fonte: Autoesporte

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Gasolina fecha 1º tri em alta de 2,7% e diesel em queda de 1,2%, aponta pesquisa

A gasolina e seu concorrente mais próximo, o etanol, foram os grandes vilões entre os combustíveis no primeiro trimestre do ano, segundo o “Panorama Veloe de Indicadores de Mobilidade”, desenvolvido em parceria com a Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe). A gasolina comum subiu 2,7% nos primeiros três meses do ano e a aditivada 2,8%, o mesmo porcentual de alta do etanol no período. Já o diesel S-10, o menos poluente, registrou queda 1,2%, enquanto o preço do diesel comum caiu 0,7%, e do Gás Natural Veicular (GNV) 0,5% no período. “Importante notar que, nesse horizonte temporal, os resultados analisados ainda refletem, em alguma medida, as últimas mudanças efetivadas na tributação dos combustíveis”, disse o Veloe em nota nesta quarta-feira (3). Este ano foram retomadas a cobrança de Pis/Cofins sobre o diesel e o biodiesel, em janeiro, e o reajuste do ICMS – Imposto sobre a Circulação de Mercadorias e Serviços -, sobre a gasolina e o diesel, em fevereiro. Março e 12 meses Levando em conta apenas o mês de março, o cenário é semelhante. Na comparação com fevereiro, tanto o etanol quanto as gasolinas aditivada e comum registraram aumentos de preço, de 1% e 0,5%, respectivamente, enquanto o GNV caiu 0,7%, o diesel S-10 recuou 0,5%. O diesel comum cedeu 0,1%. Continua depois da publicidade Já na comparação dos últimos 12 meses encerrados em março, o etanol registrou queda de 4,5% e o GNV de 7,4%. A gasolina comum subiu 5,1% nessa comparação, e o diesel S-10 teve leve alta, de 0,3%, enquanto o diesel comum subiu 0,8%. “Na análise comparada do custo-benefício entre etanol e gasolina, não houve alterações significativas na paridade de preços entre gasolina e etanol no período, de modo que a alternativa renovável manteve sua margem de preferência para boa parte dos brasileiros, especialmente em estados de Centro-Oeste e Sudeste, como: Mato Grosso, São Paulo, Mato Grosso do Sul, Distrito Federal, Goiás, Minas Gerais e Paraná [além de suas respectivas capitais]”, informou o Veloe. Segundo o Indicador de Custo Benefício-Flex, que relaciona os preços médios do etanol hidratado e da gasolina comum em março de 2024, o porcentual calculado foi de 67,2%, na média dos estados, e de 66,9%, na média das capitais – ambos abaixo do patamar de 70%, que sinaliza preferência pelo etanol. Fonte:

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