28 de agosto de 2024

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Petróleo Registra Queda Superior a 2% Após Correção de Ganhos Recentes

Os principais contratos futuros de petróleo encerraram a terça-feira, 27 de agosto, com uma queda acentuada, refletindo as preocupações em relação às projeções de demanda e como uma correção após dois dias consecutivos de fortes altas. Na New York Mercantile Exchange (Nymex), o petróleo WTI com entrega em outubro recuou 2,44% (US$ 1,89), fechando a US$ 75,53 por barril. Já o Brent para novembro, negociado na Intercontinental Exchange (ICE), caiu 2,12% (US$ 1,70), fechando a US$ 78,66 por barril. Os receios sobre a oferta da commodity aumentaram, especialmente após a interrupção da produção em dois campos na Líbia, o que havia impulsionado os preços na segunda-feira. No entanto, com uma agenda macroeconômica mais tranquila e sem novos desdobramentos significativos no cenário geopolítico, o mercado passou por um movimento de correção nesta terça-feira. De acordo com o Commerzbank, as incertezas geopolíticas no Oriente Médio contribuíram para a recente elevação nos preços do petróleo. Contudo, as preocupações com a demanda permanecem em foco entre os investidores, o que limita o potencial de alta dos preços. Além disso, há apreensão quanto ao aumento planejado na produção pela Organização dos Países Exportadores de Petróleo e seus aliados (Opep+) a partir de outubro, fator que pode restringir ainda mais a valorização da commodity. O banco alemão também destaca que o impacto da paralisação na Líbia sobre o mercado pode ter sido “limitado”, dado que a produção do país frequentemente enfrenta grandes flutuações de curto prazo devido à instabilidade política. O TD Securities apontou que outro fator limitante para a alta do petróleo foi a diminuição dos riscos de um conflito mais amplo no Oriente Médio, o que contribuiu para a interrupção do movimento de alta nos preços. Com informações de InfoMoney.

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Operação Desarticula Grupo que Desviava Derivados de Petróleo na Bahia

Um sofisticado esquema de desvio de nafta, um derivado de petróleo, foi desmantelado na madrugada desta terça-feira (27) na região metropolitana de Salvador (BA). Segundo informações da Polícia Civil, o líder da organização criminosa, juntamente com um intermediário das transações e um comprador do produto, foi preso em flagrante na rodovia BR-523, transportando 126 mil litros de nafta em três caminhões-tanques. A operação policial, que interrompeu um esquema em funcionamento há aproximadamente um ano e meio, revelou um complexo método de subtração do material. Conforme a polícia, o esquema funcionava da seguinte maneira: ao se aproximarem do porto de Aratu, em Candeias, os navios carregados com nafta eram abordados pela quadrilha, que pagava cerca de R$ 250 mil aos responsáveis pela embarcação para desviar o material ainda em alto-mar, utilizando uma balsa clandestina. Ainda de acordo com as investigações, a balsa carregada com o produto atracava discretamente na lateral do porto, onde os caminhões-tanques eram abastecidos. A maior parte da nafta era então transportada para um galpão localizado no bairro de Caroba, com parte sendo distribuída para armazéns em cidades próximas como Camaçari e Dias d’Ávila. O diretor do Departamento de Polícia Metropolitana, Arthur Gallas, declarou que “há indícios substanciais de que o local utilizado pela quadrilha também é alugado por narcotraficantes para o envio de drogas ao exterior, via navios”. A operação é parte de uma investigação mais ampla, desencadeada pela prisão de um membro de uma organização criminosa na última terça-feira (20) em Feira de Santana, a 100 km de Salvador. O suspeito, ligado a homicídios, roubos, tráfico de drogas e desvios de combustíveis, controlava uma cooperativa na Caroba, dominando as transações ilícitas no porto de Aratu. Com informações da CNN.

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Aneel Aprova Repasse de R$ 451,4 Milhões para Amazonas Energia, Alvo de Negociações pela J&F

A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) formalizou nesta terça-feira, 27, o repasse de R$ 451,4 milhões à distribuidora Amazonas Energia. Esse montante será coberto pela tarifa de energia elétrica de todos os consumidores do país. A medida foi viabilizada pela Medida Provisória nº 1.232, editada em junho pelo governo federal, que favorece a Âmbar, empresa dos irmãos Joesley e Wesley Batista, que estão em negociações para adquirir a endividada empresa na Região Norte. Esses repasses fazem parte de um esforço para reduzir o impacto de obrigações financeiras e regulatórias nos balanços da companhia, tornando-a mais atrativa para investidores. A Âmbar, pertencente ao grupo J&F, apresentou uma proposta para assumir o controle da Amazonas Energia em 28 de junho. A Aneel está atualmente avaliando esse pedido. O grupo J&F não comentou sobre o assunto até o momento. A proposta da Âmbar foi apresentada poucos dias após a edição da Medida Provisória, que retirou diversas obrigações do balanço da Amazonas Energia. Entre as mudanças, a MP exonerou a empresa da responsabilidade de pagar pela energia adquirida de usinas termoelétricas da J&F, transferindo esses custos para a Conta de Energia de Reserva, repassada a todos os consumidores. Os R$ 451,4 milhões serão repassados à distribuidora por meio da Conta de Consumo de Combustíveis (CCC), um encargo que subsidia os custos de geração de sistemas isolados e que é pago por todos os consumidores. O repasse será feito em duas parcelas ao longo de quatro meses: a primeira, referente a R$ 39,06 milhões por mês, cobre custos operacionais flexibilizados; a segunda, no valor de R$ 73,8 milhões mensais, está relacionada ao afastamento de critérios de eficiência regulatória. Privatizada em 2018, a Amazonas Energia passou para o controle do consórcio Oliveira Energia. Durante o governo Temer (2016-2019), a aplicação de parâmetros de eficiência econômica e energética foi postergada por cinco anos, transformando esses custos em créditos a receber pela empresa. O governo Lula estendeu esse alívio por mais 120 dias. A operação da Amazonas Energia tem um histórico de déficits sucessivos, sem caixa suficiente para cobrir os gastos operacionais, realizar investimentos ou honrar suas dívidas. A continuidade de suas operações foi garantida por meio de empréstimos recorrentes e aportes da Eletrobras, então sua controladora. O governo federal justificou a medida como necessária para evitar o agravamento da situação econômico-financeira da concessão durante o período de transferência do controle acionário e garantir a continuidade do serviço público. Litigância de Má-Fé Simultaneamente, o procurador-geral da Aneel, Raul Lisboa, informou nesta terça-feira, 27, que a agência está buscando a condenação da Amazonas Energia por litigância de má-fé em um caso relacionado a uma liminar da Justiça Federal do Amazonas. A Aneel foi instruída a regulamentar a MP dentro de 72 horas. A procuradoria da Aneel observou que o processo foi distribuído quatro vezes em um intervalo de 20 minutos, o que foi interpretado como uma tentativa da concessionária de “escolher” o magistrado que julgaria a ação contra o órgão regulador. “Infelizmente, essa é uma prática comum em outros casos”, afirmou Lisboa, em conversa com jornalistas na Aneel. “Estamos buscando a condenação da Amazonas Energia por litigância de má-fé”, acrescentou. A liminar judicial argumenta que a Aneel teria sido omissa na análise do processo sobre a flexibilização regulatória da Amazonas Energia. No entanto, o tema já estava incluído na pauta da reunião desta terça-feira. “Foi ainda mais surpreendente que tudo isso tenha sido fundamentado no ofício 368 do MME (enviado pelo ministro Alexandre Silveira na semana passada), alegando alguns processos atrasados, o que, a meu ver, não corresponde à realidade”, disse o diretor Ricardo Tili. O diretor-geral da Aneel, Sandoval Feitosa, classificou como “indesejável” qualquer interferência do Poder Judiciário ou do Poder Executivo nas agências, caso essa interferência ocorra de forma “exógena” ao processo regulatório. Com informações de O Estado de São Paulo.

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Incêndios em Canaviais Podem Impactar Preço do Café, Mas Combustíveis Devem Permanecer Estáveis

Plantações de cana-de-açúcar e pastagens, áreas fundamentais para o setor agropecuário, concentraram 81,29% dos 2,6 mil focos de incêndio registrados no estado de São Paulo entre 22 e 24 de agosto, conforme análise do Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia (Ipam). Embora parte dessas queimadas seja atribuída a atividades criminosas, o impacto nos preços dos combustíveis parece ser limitado, ao menos por enquanto. Contudo, o café diário do brasileiro pode sofrer consequências amargas. Segundo Marcus D´Elia, sócio da Leggio Consultoria, especializada em petróleo, gás e energias renováveis, os incêndios em áreas canavieiras do Sudeste ocorrem em meio à colheita da cana-de-açúcar, mas isso não deve impactar significativamente a produção de etanol nesta safra, e sim potencialmente na próxima, 2024/25. Portanto, no curto prazo, não há expectativa de aumento nos preços do etanol. “A estimativa preliminar é de que as perdas cheguem a cerca de 2%, o que não deve afetar os preços do etanol de forma imediata. No entanto, outros fatores ainda podem influenciar os volumes da próxima safra”, afirma D’Elia. Amance Boutin, especialista em combustíveis da Argus, empresa focada em relatórios e análises de preços no mercado de combustíveis e agricultura, compartilha opinião semelhante. Ele acredita que, apesar dos incêndios, não haverá impacto nos preços dos combustíveis. “Os estoques nas distribuidoras estão equilibrados, e o preço da gasolina, por exemplo, está alinhado com as cotações internacionais, o que descarta uma alta repentina. Porém, o preço do café pode ser afetado, já que os danos nos canaviais tendem a influenciar o custo do açúcar”, explica Boutin. Agosto é o período de pico da colheita da cana-de-açúcar no Centro-Sul do Brasil, e os incêndios podem agravar uma safra já prejudicada pela escassez de chuvas e a idade avançada dos canaviais. A Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) revisou suas estimativas, ajustando para 42 milhões de toneladas a previsão de produção de açúcar no Centro-Sul para a safra 2024/25, uma redução de 700 mil toneladas em relação à projeção anterior. Essas revisões já estão pressionando os preços do açúcar no mercado internacional. Os contratos futuros de açúcar na bolsa de Nova York registraram alta de 3,53% na segunda-feira, alcançando 19,04 centavos de dólar por libra-peso. Ontem (27), os preços avançaram mais 2,94%, negociados a 19,60 centavos de dólar por libra-peso. O açúcar branco de outubro também subiu 4,2%, chegando a US$ 548 por tonelada. Embora ainda seja cedo para medir os impactos completos dos incêndios, analistas como Leonardo Alencar, Pedro Fonseca e Samuel Isaak, da XP, avaliam que o mercado pode estar reagindo de forma exagerada às notícias. Marcelo Filho, analista de inteligência de mercado da StoneX, também acredita que é precipitado afirmar que os incêndios terão um impacto significativo na oferta de açúcar, mas ressalta que algumas plantas podem reconsiderar a porcentagem de cana destinada à produção de derivados. Por outro lado, as empresas do setor, como São Martinho e Raízen, iniciaram uma “corrida contra o tempo” para colher e processar a cana rapidamente. A cana afetada pelos incêndios não pode ser usada para a indústria de alimentos, mas ainda pode ser aproveitada na produção de etanol. Esse esforço pode comprometer a eficiência industrial, conforme alertam analistas do BTG Pactual. Raízen informou que 1,8 milhão de toneladas de cana foram afetadas pelo fogo, enquanto na São Martinho as queimadas atingiram 20 mil hectares, resultando em uma perda estimada de 110 mil toneladas de açúcar. Apesar disso, analistas consideram que as duas empresas ainda têm potencial de ganhos para os investidores. “Enquanto a Raízen representa uma oportunidade de investimento de alto risco e alta recompensa, a São Martinho oferece uma opção mais segura, com um rendimento de fluxo de caixa livre de 8% previsto para o ano fiscal de 2026”, destaca o relatório do BTG Pactual, que mantém recomendação de compra para ambas as ações. Com informações do Valor PRO, serviço de notícias em tempo real do Valor Econômico.

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Posto de combustíveis é interditado por comercializar etanol adulterado

Um posto de combustíveis em Indaiatuba (SP) foi interditado nesta terça-feira (27) após uma fiscalização conjunta da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) e da Polícia Civil. Durante a inspeção, foi detectada a presença de etanol misturado com metanol no combustível comercializado pelo estabelecimento. De acordo com informações da ANP, o posto, situado na região central de Indaiatuba, estava armazenando e vendendo o combustível com uma concentração irregular de metanol, o que contraria as normas vigentes. A ANP esclareceu que o estabelecimento poderá enfrentar multas que variam de R$ 5 mil a R$ 5 milhões, além de outras penalidades previstas na legislação. No entanto, as sanções serão aplicadas apenas após a conclusão do processo administrativo. Com informações do G1.

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Suspeitos de Incêndio em Canaviais de SP Teriam Ligações com o PCC, Afirma Secretário

Alguns dos cinco indivíduos detidos por suspeita de provocar incêndios em canaviais no Estado de São Paulo declararam ser membros da facção criminosa PCC, e suas ações teriam sido motivadas por uma tentativa de retaliação contra as medidas de combate ao crime implementadas pelo governo paulista, conforme informou o secretário estadual de Agricultura, Guilherme Piai, nesta terça-feira à Reuters. “A motivação ainda não é totalmente clara. Alguns dos suspeitos afirmaram estar ligados ao PCC, enquanto outros parecem ter agido de forma ingênua, buscando se vingar do agronegócio, que é, de fato, um dos grandes pilares da economia brasileira,” disse Piai durante uma pausa em um evento do setor em São Paulo. Os incêndios devastaram milhares de hectares de canaviais em São Paulo na última semana, causando prejuízos de milhões de reais aos produtores. A Polícia Federal está investigando o caso em conjunto com as autoridades paulistas. De acordo com o secretário, há evidências de que alguns focos de incêndio começaram simultaneamente, o que descarta a hipótese de um acidente, sendo essa conclusão baseada em imagens de satélite. Segundo Piai, os atos criminosos podem ser uma forma de retaliação do crime organizado ao governo paulista, que tem intensificado a luta contra a comercialização de combustíveis adulterados. “O governo de São Paulo, por meio da Secretaria de Segurança Pública e da Secretaria da Fazenda, está combatendo fortemente os combustíveis adulterados,” destacou Piai. Ele ainda mencionou que o crime organizado adquiriu usinas em recuperação judicial e centenas de postos de combustíveis, e os incêndios podem ser uma resposta a essa repressão. Mais cedo, o secretário ressaltou que as queimadas causaram prejuízos bilionários ao agronegócio paulista, com perdas de 400 milhões de reais apenas no setor de cana-de-açúcar. Ele fez essas declarações na abertura de um evento da Associação Nacional para Difusão de Adubos (Anda). Durante seu discurso, Piai classificou os incêndios da semana passada como “criminosos” e anunciou que um quinto suspeito foi preso em São José do Rio Preto. O secretário também mencionou que o governo paulista vai disponibilizar crédito para pequenos produtores e pessoas que tiveram suas casas destruídas pelo fogo. No total, 150 municípios foram afetados. Segundo a Organização de Associações de Produtores de Cana do Brasil (Orplana), os prejuízos das queimadas da última semana nos canaviais paulistas foram estimados em 350 milhões de reais, com o fogo atingindo mais de 1% das plantações do estado. O ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, que também participou do evento, classificou os incêndios como criminosos, mas não forneceu mais detalhes. A Secretaria da Segurança Pública (SSP) foi procurada, mas não se manifestou até o momento. A União da Indústria de Cana-de-açúcar (Unica), que representa as usinas do centro-sul do Brasil, preferiu não comentar as investigações em andamento. Com informações da Udop Notícias.

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Mudanças no Mercado de Gás Natural Dividem Setores: Indústria Apoia, Petroleiras Criticam

Dois decretos assinados na última segunda-feira (26) pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva introduziram novas regras para o mercado de gás natural, com a intenção, segundo o governo, de reduzir os preços do produto. Enquanto a medida foi bem recebida pela indústria, o setor petrolífero expressou insatisfação, levantando a possibilidade de judicialização. As novas diretrizes foram reveladas durante uma cerimônia do Ministério de Minas e Energia (MME). O decreto que gerou maior desconforto entre as empresas privadas é aquele que impõe novas regulamentações para as petroleiras envolvidas na exploração e comercialização de gás natural. Essa medida altera o Decreto 10.712, de 2021, que regulamentava a nova Lei do Gás, também de 2021, abordando aspectos como transporte, escoamento, armazenamento e comercialização do gás. A principal mudança proposta pelo governo é a limitação da reinjeção do gás natural, extraído durante a exploração de petróleo, obrigando as empresas a disponibilizarem o produto no mercado. Executivos do setor afirmam que o gás é utilizado para melhorar a eficiência na extração de petróleo e alertam que a nova regulamentação pode resultar em uma redução da produção de petróleo no Brasil. Eles também criticam a intervenção governamental, alegando que isso quebra contratos e compromete os planos de negócios e exploração das petroleiras. Por outro lado, diversos setores da indústria que consomem gás natural, presentes na cerimônia de anúncio, manifestaram apoio à iniciativa, vislumbrando a possibilidade de acessar o gás a preços mais baixos. O governo projeta uma redução de 35% a 40% nos custos. O decreto também concede à Agência Nacional do Petróleo (ANP) o poder de revisar os planos de desenvolvimento dos campos de produção das petroleiras, com o objetivo de aumentar a produção de gás. Além da Petrobras, multinacionais como Shell, BP, Galp e Equinor também operam nesse segmento no Brasil. Durante o evento, o presidente Lula criticou a prática de queimar o gás ainda nas plataformas. “O gás é barato. A Petrobras não tem o direito de queimar gás. Ela tem o direito de trazer o gás e colocá-lo à disposição do povo, para que o povo pobre possa cozinhar, senão vai ter que voltar a usar lenha”, afirmou Lula. Nos bastidores, executivos do setor de óleo e gás reclamaram de uma intervenção governamental por meio da ANP e mencionaram o risco de judicialização e de desestímulo ao investimento futuro. Para atenuar o desconforto com as petroleiras, que não foram convidadas para o anúncio – com exceção de um diretor da Petrobras –, o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, afirmou que a ANP conduzirá estudos técnicos para embasar a exigência de cessar a reinjeção de gás nos campos de petróleo. “É o fortalecimento da regulação para buscar políticas efetivas que ampliem a oferta”, declarou Silveira. Quatro Pontos Críticos A Genial Investimentos avaliou o decreto como negativo para as empresas petroleiras, destacando quatro pontos principais. Primeiro, a possível queda na produção de petróleo. A Genial questiona como a proibição de reinjetar o gás natural impactará as curvas de produção das petroleiras. Segundo, a alocação de capital, com retornos regulados na cadeia de valor do petróleo possivelmente inferiores aos segmentos de Exploração & Produção e Refino. Terceiro, a instabilidade regulatória. Os analistas apontam a criação de um comitê específico para o acompanhamento da indústria de gás natural e a alteração nos contratos das empresas com a ANP como fatores negativos. Por último, os investimentos. Embora nenhum valor tenha sido divulgado, a Genial acredita que os investimentos necessários serão expressivos e que, na prática, a Petrobras deverá ser a principal financiadora desse processo. A Genial avalia que, embora o aumento da oferta de gás natural para a indústria e o consumidor final seja necessário, essa ampliação pode ocorrer às custas da rentabilidade de toda a indústria de petróleo. Isso torna a proposta pouco atraente. O banco considera essencial acompanhar o próximo Planejamento Estratégico 2025-2029 para entender o impacto financeiro deste decreto sobre a Petrobras em termos de novos investimentos. Com informações do InfoMoney.

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Relatório Aponta Diferenças entre PPI e Preços Domésticos de Combustíveis

O último relatório da Abicom, divulgado em 28 de agosto de 2024, apresenta uma análise detalhada da relação entre o Preço de Paridade de Importação (PPI) e os preços domésticos dos combustíveis no Brasil. As estimativas para o PPI foram calculadas com base nos valores internacionais da gasolina e do óleo diesel, taxa de câmbio, frete marítimo e cotações de RVO, utilizando como referência os fechamentos de mercado do dia 27 de agosto de 2024. Cenário Atual: Com a estabilidade na taxa de câmbio e uma leve redução nos preços de referência da gasolina e do óleo diesel no mercado internacional, o cenário aponta para uma defasagem média de -2% no preço do óleo diesel em relação ao PPI, enquanto a gasolina se mantém alinhada com a paridade. A taxa de câmbio PTAX fechou a última sessão em R$5,50 por dólar, mantendo-se em um nível elevado e pressionando os preços internos dos produtos importados. Petróleo: A oferta limitada continua a pressionar os preços futuros, com o Brent sendo negociado acima de US$79 por barril. Óleo Diesel A S10: O óleo diesel A S10 está em seu 246º dia de vigência de uma redução linear média de R$0,30 por litro nos preços da Petrobras, que começou em 27 de dezembro de 2023. Na última quarta-feira, a Acelen, localizada no Polo Aratu-BA, reduziu o preço do diesel A em R$0,0973 por litro. O mercado internacional, combinado com a pressão cambial, contribuiu para uma redução acumulada de R$0,14 por litro desde o último ajuste de preços da Petrobras. A arbitragem, considerando os seis principais polos de operação, revela uma média desfavorável de -R$0,08 por litro, com variações entre -R$0,15 e R$0,00 por litro. Gasolina A: A gasolina A está no 51º dia de vigência de um aumento linear médio de R$0,20 por litro, implementado pela Petrobras em 9 de julho de 2024. Na última quarta-feira, a Acelen também reduziu o preço da gasolina A em R$0,1631 por litro no Polo Aratu-BA. Pressionados pelo mercado internacional e pela taxa de câmbio, os preços domésticos da gasolina acumulam uma redução de R$0,47 por litro desde o último reajuste da Petrobras. A arbitragem para a gasolina A nos seis principais polos analisados mostra uma média favorável de R$0,07 por litro, variando entre R$0,00 e R$0,15 por litro, dependendo do polo. Os preços médios da gasolina A continuam operando acima ou dentro da paridade, de acordo com os polos considerados. Com informações de Abicom.

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