11 de outubro de 2024

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Qual o impacto da Lei do Combustível do Futuro nos veículos pesados? Entenda

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva sancionou na última terça-feira (8) a chamada Lei do Combustível do Futuro. A regulamentação traz uma série de iniciativas para promover a mobilidade de baixo carbono, por meio dos biocombutíveis. Para o setor de transportes, a norma vai criar programas nacionais de diesel verde e biometano. Além de viabilizar o desenvolvimento de programas já existentes e aumentar a mistura de biodiesel no óleo diesel. A nova Lei destrava investimentos que somam R$ 260 bilhões. Assim, deverá criar oportunidades como a geração de empregos e mais pesquisas. “Estamos tornando realidade uma verdadeira revolução agroenergética, que vai colocar o Brasil na dianteira da ‘economia verde’. Estamos aliando a força da agricultura brasileira com a nossa capacidade de produção de biocombustíveis”, exaltou o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira. Biodiesel é o combustível do Brasil O texto estabelece que será acrescentado um ponto percentual de mistura de biodiesel ao diesel de origem fóssil anualmente, a partir de 2025. A intenção é atingir 20% em março de 2030. Desde março deste ano, o percentual saiu de 12% para 14%. Por causa disso, movimentos começam a aparecer no mercado com a nova lei. Por exemplo, o Grupo Potencial, um dos maiores fabricantes de biodiesel do mundo, anunciou investimento de R$ 600 milhões para acelerar o projeto de expansão. Com isso, a intenção é chegar à produção de 1 bilhão e 620 milhões de litros de biodiesel por ano no Brasil. O projeto para a ampliação deve ser concluído em 2026. E, em seguida, a intenção é iniciar a produção do biocombustível. Além disso, o Grupo Potencial, bem como o maior produtor de soja do País, a Amaggi, rodam com uma frota de caminhões movidos 100% com biodiesel. Entre os modelos estão caminhões de Volvo e Scania já preparados para rodar com o combustível. Biodiesel e diesel verde Conforme já contamos no Estradão, o biodiesel traz desafios, sobretudo relacionados à armazenagem. Por exemplo, o biodiesel é mais suscetível à oxidação, o que pode levar à formação de compostos indesejados que degradam o combustível com o tempo. E isso pode ocorrer durante o armazenamento prolongado e será um desafio para os fabricantes. A Anfavea, que representa as montadoras de veículos no País, comemora a Lei do Combustível do Futuro, mas lembra que, no caso da mistura do biodiesel ao diesel ultrapassar os 15%, serão necessários testes e ensaios da mistura, sobretudo em veículos mais antigos. Volvo e Scania, por sua vez, avançaram no desenvolvimento de veículos mais resistentes a qualquer tipo de desgaste. Todavia, fabricantes como a Mercedes-Benz defendem o diesel verde, que nascerá a partir da nova lei. Isso ocorre porque o diesel verde apresenta vantagens frente ao biodiesel. É um hidrocarboneto puro, sendo mais estável. Além disso, sua composição química o torna totalmente compatível com os atuais motores a diesel. Portanto, sem a necessidade de modificações nos sistemas atuais. Biometano Do mesmo modo, a Lei do Combustível do Futuro vai ajudar a fomentar o desenvolvimento do biometano. Ou seja, gás obtido a partir do processamento do biogás. Por sua vez, o biogás é originário da decomposição da matéria orgânica por ação de bactéria. Sendo o composto principalmente de metano e dióxido de carbono (CO2). Nesse sentido, foi apresentado no início deste mês um estudo que detectou um grande potencial para a cadeia do biometano no estado de São Paulo. Além da geração de 20 mil oportunidades de trabalho direto e indireto, a pesquisa realizada pela Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo) e pelo Governo de São Paulo, ainda destaca que a capacidade instalada ou em instalação atualmente no estado é de 0,4 milhão de m³ por dia. Com o desenvolvimento da cadeia de biometano, a oferta potencial é estimada em 6,4 milhões de m³ por dia – ou seja, 16 vezes da capacitada atual. Mas assim como em São Paulo, já há outras iniciativas para o desenvolvimento do biometano. A cidade do Rio de Janeiro é um exemplo. Na região há empresas desenvolvendo o biocombustível. E os fabricantes de caminhões Scania e Iveco já oferecem caminhões e ônibus a gás/biometano. A Scania, que começou a vender o caminhão a gás em 2019, deve encerrar este ano somando 1,5 mil modelos emplacados desde o início das vendas. A Iveco começou a produção e vendas do S-Way neste ano. E conta com 28 unidades vendidas. Todavia, o ônibus a gásfoi apresentado em agosto durante a Latbus. O modelo, direcionado ao transporte urbano, está em fase de homologação. E deve ter vendas iniciadas em 2025. Com informações de: O Estado de S.Paulo.

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O que é mais econômico: gasolina ou álcool?

A disputa entre gasolina e etanol no tanque de veículos está longe de ser apenas uma questão de preferência. Com a instabilidade dos preços dos combustíveis e a variabilidade de desempenho dos carros, muitos motoristas enfrentam a dúvida: o que é mais econômico, abastecer com gasolina ou com álcool? Conforme afirma o Jornal do Carro, para muitos motoristas de carro flex, uma regra prática amplamente conhecida ajuda a calcular o que é mais vantajoso: se o preço do etanol for inferior a 70% do preço da gasolina, ele é a escolha mais econômica. Caso contrário, a gasolina passa a ser mais competitiva em termos de custo-benefício. Essa fórmula é derivada da proporção média de consumo entre os dois combustíveis. Se, por exemplo, a gasolina custa R$ 6,00 e o etanol R$ 4,00, basta dividir o valor do álcool pelo da gasolina. Nesse caso, R$ 4,00 dividido por R$ 6,00 resulta em 0,66, ou seja, 66%. Como está abaixo de 70%, o etanol seria a melhor escolha naquele cenário. Clayton Barcelos Zabeu, doutor e professor de engenharia mecânica do Instituto Mauá de Tecnologia, explicou ao portal: “Isso acontece porque o etanol tem 70% da energia disponível na gasolina para realizar a combustão”. O especialista reforça que, em média, o etanol exige de 30% a 40% mais combustível para rodar a mesma distância que a gasolina. Além do preço e consumo, há outros fatores que influenciam essa escolha. Quem busca mais potência e um menor impacto ambiental, com menor emissão de poluentes, pode optar pelo etanol. Já quem valoriza maior autonomia e não quer reabastecer com tanta frequência, a gasolina é a melhor alternativa. Outro ponto importante é a composição da gasolina no Brasil, que contém 27% de etanol anidro, o que afeta o desempenho do combustível em comparação com tempos anteriores, quando essa porcentagem era menor, informa o portal Jornal do Carro. O desempenho do carro também pode variar conforme o combustível utilizado. Muitos veículos flex são projetados para otimizar o consumo de acordo com o combustível escolhido. Contudo, em regiões mais frias, o etanol pode apresentar dificuldades de ignição, o que leva alguns motoristas a preferirem a gasolina nessas condições. Já em áreas mais quentes, o etanol tende a ter uma performance mais estável. Para quem quer calcular com precisão qual combustível é mais vantajoso, a recomendação é simples: faça testes. Abasteça o carro com gasolina, zere o hodômetro e verifique o consumo médio. Depois, repita o processo utilizando etanol. Só assim será possível descobrir qual dos combustíveis rende mais, de acordo com o estilo de condução de cada motorista. Outro ponto que entra na balança para alguns motoristas é o impacto ambiental. O etanol, por ser um combustível renovável derivado da cana-de-açúcar, tem uma pegada de carbono menor que a gasolina, que é um combustível fóssil. Quem está preocupado com emissões de gases de efeito estufa pode considerar o etanol uma opção mais sustentável, mesmo que o custo não seja tão vantajoso. Lei do Combustível do FuturoNa última terça-feira (8), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva assinou a Lei do Combustível do Futuro, que promete revolucionar o setor energético brasileiro. A legislação, resultado de intensos debates e aprovada por unanimidade no Congresso, visa impulsionar a transição para uma matriz de transportes mais sustentável, com foco na redução de emissões de carbono e no fortalecimento da economia verde. Conforme afirma o portal do Governo, o anúncio foi marcado pela presença de líderes do setor empresarial, que firmaram compromissos de investimentos de R$ 21 bilhões em novos projetos voltados à produção de biocombustíveis. Segundo estimativas do Ministério de Minas e Energia, o total de investimentos deverá atingir R$ 260 bilhões nos próximos anos, colocando o Brasil na vanguarda da transição energética global. A nova legislação estabelece uma série de programas e medidas para promover o uso de combustíveis renováveis. Entre as iniciativas, está o desenvolvimento de programas nacionais para a produção de diesel verde e combustível sustentável para aviação, além do incentivo ao uso de biometano. Também foi estabelecido um aumento gradual na mistura de etanol à gasolina, que poderá chegar a 35%, e de biodiesel ao diesel, com previsão de atingir 20% até 2030. O marco regulatório para captura e estocagem de carbono também foi incluído na lei, com a meta de evitar a emissão de 705 milhões de toneladas de dióxido de carbono até 2037, reforçando o compromisso do Brasil com o combate às mudanças climáticas. Entre os programas instituídos pela nova lei, o Programa Nacional de Combustível Sustentável de Aviação (ProBioQAV) se destaca, ao exigir, a partir de 2027, que operadores aéreos reduzam as emissões de gases do efeito estufa em voos domésticos, começando com uma redução de 1% e chegando a 10% em 2037. Outro programa importante é o Programa Nacional de Diesel Verde (PNDV), que definirá metas anuais para a adição de diesel verde ao diesel fóssil. Além disso, o Programa Nacional de Descarbonização do Produtor e Importador de Gás Natural e de Incentivo ao Biometano visa estimular o uso do biometano na matriz energética, com metas que começam em 2026. Sendo assim, a escolha entre gasolina e etanol não é tão simples quanto parece. A economia depende de uma série de fatores, como o preço dos combustíveis, o rendimento do veículo, as condições climáticas e até mesmo a consciência ambiental do motorista. Portanto, antes de abastecer, é sempre bom fazer as contas e avaliar o que faz mais sentido para o seu bolso e suas necessidades. Com informações de: e-investidor.

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Petróleo sobe 4% com tempestade nos EUA e temores sobre Israel e Irã

Os preços do petróleo subiram cerca de 4% nesta quinta-feira (10) devido ao aumento no uso de combustível nos Estados Unidos antes do furacão Milton passar pela Flórida, riscos na oferta do Oriente Médio e sinais de que a demanda por energia pode crescer nos EUA e na China. Os futuros do petróleo Brent subiram US$ 2,82, ou 3,7%, para fechar a US$ 79,40 o barril, enquanto o petróleo West Texas Intermediate (WTI) dos EUA subiu US$ 2,61, ou 3,6%, a US$ 75,85. Nos EUA, o maior produtor e consumidor de petróleo do mundo, o furacão Milton atingiu a Flórida, onde cerca de um quarto dos postos de combustível ficaram sem gasolina e a tempestade deixou mais de 3,4 milhões de residências e empresas sem energia. “Fechamentos de vários terminais de produtos, atrasos nas entregas de caminhões-tanque e interrupção no movimento de oleodutos provavelmente afetarão o fornecimento até a próxima semana, devido às amplas quedas de energia”, disseram analistas da empresa de consultoria energética Ritterbusch and Associates em nota. “Essa vasta incerteza na infraestrutura de petróleo da Flórida geralmente tem apoiado os valores da gasolina”, disse Ritterbusch. Os futuros de gasolina dos EUA estavam liderando o complexo energético, fechando com alta de cerca de 4,1% nesta quinta. Os contratos de referência do petróleo dispararam no início deste mês depois que o Irã lançou mais de 180 mísseis contra Israel em 1º de outubro, aumentando a perspectiva de retaliação contra as instalações de petróleo iranianas. Com Israel ainda sem responder, os contratos do petróleo diminuíram mais uma vez e permaneceram relativamente estáveis durante a semana. Mas os investidores permaneceram cautelosos, já que o Ministro da Defesa israelense, Yoav Gallant, prometeu que qualquer ataque contra o Irã seria “letal, preciso e surpreendente”. Em uma medida que pode impulsionar a demanda por petróleo no segundo maior consumidor de petróleo do mundo, a China publicou um projeto de lei com o objetivo de promover o desenvolvimento do setor privado, a mais recente medida do país para aumentar a confiança dos investidores em meio à desaceleração econômica. Nos EUA, os mercados ficaram mais confiantes de que o Federal Reserve cortaria as taxas de juros em novembro, depois que dados mostraram um aumento nos pedidos semanais de auxílio-desemprego e um aumento anual na inflação. (Reuters) Com informações de: Folha de São Paulo.

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