7 de novembro de 2024

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Petróleo fecha em alta à espera de decisão nos EUA e preocupação com oferta

O petróleo fechou em alta nesta terça-feira (5) em sua quinta sessão consecutiva de ganhos, enquanto investidores aguardam os resultados das eleições presidenciais dos EUA – mas que não deve sair tão cedo. A commodity também segue se beneficiando da decisão da Organização dos Países Exportadores de Petróleo e aliados (Opep+) de adiar o aumento de sua oferta para início de 2025. Na New York Mercantile Exchange (Nymex), o petróleo WTI para dezembro fechou em alta de 0,72% (US$ 0,52), a US$ 71,99 o barril, enquanto o Brent para janeiro, negociado na Intercontinental Exchange (ICE), teve ganhos de 0,59% (US$ 0,45), a US$ 75,53 o barril. No geral, o movimento de alta reflete as preocupações do mercado sobre uma menor oferta de petróleo para os próximos meses e também o enfraquecimento do dólar frente às incertezas sobre o resultado das eleições americanas, diz Bruno Cordeiro, analista de inteligência de mercado para petróleo da StoneX. Os preços do petróleo do Irã vendidos para a China estão em seu nível mais alto em cinco anos, com descontos que se estreitaram devido à queda nas exportações e preocupações sobre tensões no Oriente Médio, segundo a Reuters. Ainda em território iraniano, o governo aprovou ontem um plano para aumentar a produção de petróleo em 250 mil barris por dia (bpd) em apoio à economia, de acordo com o site do Ministério do Petróleo do país. Em temporada de balanços, a Saudi Aramco, petrolífera nacional da Arábia Saudita, teve lucro menor no terceiro trimestre em função de quedas nos preços da commodity e nas margens de refino, mas superou a previsão de analistas consultados pela Visible Alpha. Também permanece no radar dos traders as tensões no Oriente Médio, já que a possibilidade de uma nova retaliação a Israel por parte do Irã não é descartada. (Estadão Conteúdo) Com informações de: CNN.

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Shell diz a ministro que explorar petróleo no Brasil tem emissão menor

Em reunião nesta terça-feira (5/11) com o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, executivos da petroleira Shell apresentaram um estudo sobre a emissão de carbono por barril de petróleo produzido no Brasil. A empresa mostrou a Silveira que o país aparece liderando as iniciativas de neutralidade de emissões de carbono. Os números da multinacional petrolífera vão na linha defendida pelo auxiliar do presidente Lula (PT), que advoga pela continuidade da exploração do petróleo como forma de bancar a transição energética. Silveira vê demanda e procura por petróleo como aliadas aos compromissos em abaixar os níveis de emissões de carbono e destaca que é preciso equilibrar as necessidades do mercado com os desafios climáticos mundiais. De acordo com o presidente da Shell no Brasil, Cristiano Pinto da Costa, a média brasileira atual de produção é de 10 kg de carbono por barril produzido, enquanto no mundo o número é de 15 kg de CO²/barril. O estudo da companhia, ao qual o Metrópoles teve acesso, sustenta que a produção de petróleo e gás do Brasilapresenta “novas oportunidades em um mundo ainda fortemente dependente de combustíveis fósseis” e indica uma janela de oportunidade para a exploração de recursos naturais que têm o potencial de levar ao desenvolvimento econômico e à distribuição de riqueza para o povo brasileiro. “Para isso, serão necessárias decisões políticas rápidas e estratégicas, proporcionando estabilidade fiscal e regulatória para a continuidade das rodadas de licitações de petróleo e gás, assim como exploração e investimento em novas fronteiras”, diz o documento. Na reunião, segundo apurou a reportagem, Silveira defendeu segurança jurídica para investidores do setor de petróleo e gás e garantiu que sua equipe e o Palácio do Planalto não permitirão “sobressaltos” no setor produtivo do país. O ministro também reforçou sua visão de que o Brasil deve continuar explorando os recursos naturais de que dispõe ao mesmo tempo em que trabalha pela transição energética. Ele apontou ainda para a existência de um “protecionismo econômico”. A possibilidade de conciliar exploração de petróleo e preservação do meio ambiente é questionada por ambientalistas. Por outro lado, cenários indicam que os hidrocarbonetos estarão presentes na economia mundial por mais 40 ou 50 anos. Em resposta às críticas, o governo federal tem ressaltado que, ao longo de quase dois anos, foram adotadas medidas em prol dessa transição para uma economia de baixo carbono, com o combustível do futuro, o hidrogênio verde e o Combustível Sustentável de Aviação (SAF, na sigla em inglês). Além disso, o governo frisa que têm sido realizados investimentos em aumento de energias renováveis no Nordeste brasileiro, em especial a eólica e a solar. O Brasil se comprometeu a alcançar zero emissões líquidas de gases de efeito estufa até 2050, considerando que a pegada de carbono do sistema energético nacional já está entre as mais baixas do mundo, graças à grande oferta de recursos renováveis. O país também pactuou em âmbito internacional o fim do desmatamento até 2030. EPE diz que há potencial para descarbonização Segundo estudo da Empresa de Pesquisa Energética (EPE) — empresa pública federal que presta serviços ao MME na área de estudos e pesquisas destinadas a subsidiar o planejamento do setor energético —, a exploração e produção (E&P) de petróleo e gás natural apresentam um potencial para a descarbonização. O documento, de abril deste ano, indicou que as decisões com impacto de longo prazo precisam ser tomadas agora, pois há riscos associados à escassez de oferta, que incluem, por exemplo, necessidade de aumento da importação. Com informações de: Metrópoles.

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Selic deve subir hoje a 11,25%, e mercado já conta com novas altas

É praticamente unânime no mercado a expectativa de que o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central vai anunciar hoje um aumento de 0,5 ponto porcentual para a Selic, para 11,25%, conforme pesquisa do Projeções Broadcast. Mas, em meio ao aumento das desconfianças em relação ao risco fiscal – que fez, por exemplo, o dólar disparar nas últimas semanas –, há muitas dúvidas sobre os próximos passos da política monetária. Analistas têm falado em juros cada vez mais altos para que o BC consiga trazer a inflação para a meta. Enquanto o mercado espera por um pacote de cortes de gastos (mais informações na pág. B3), o temor fiscal levou a uma piora nas variáveis observadas pelo Copom desde a última reunião, em setembro. O dólar, por exemplo, saltou de R$ 5,60 para a casa de R$ 5,80. No relatório Focus, uma compilação do BC das principais previsões do mercado financeiro, a mediana para a taxa Selic no fim do ciclo de alta passou de 11,5%, em 13 de setembro, para 12,5% no boletim divulgado na última segunda-feira. Mesmo assim, a projeção para a inflação acumulada em quatro trimestres até o segundo trimestre de 2026 continua em trajetória ascendente: de 3,81% para 3,86% – distante do centro da meta de inflação, de 3%. “A grande questão nesta reunião (do Copom) é entender até onde o BC vai”, diz o ex-diretor de Política Monetária do BC Luiz Fernando Figueiredo, hoje chairman da Jive Investments. “Antes, se imaginava que ele iria até 12% ou 12,5% (para a Selic). Mas, com esse cenário de desemprego muito baixo, crescimento forte e dólar alto, parece que talvez a gente tenha de ir para 13% ou 13,5%. Ele (BC) provavelmente vai deixar claro, no comunicado, que vai ter de ir mais longe do que se pensava inicialmente.” A explicação para esse ciclo mais longo, segundo Figueiredo, é a política fiscal expansionista e a incerteza sobre quando o crescimento dos gastos públicos vai desacelerar. Nas últimas semanas, o presidente do BC, Roberto Campos Neto, e outros membros do Copom deixaram claro em eventos públicos que o ceticismo do mercado quanto ao futuro das contas públicas tem adicionado prêmios nas expectativas e nos preços de ativos, e que será necessário um “choque fiscal positivo” para reverter esse movimento. “O BC só reage. O BC não é protagonista, ele é passageiro”, diz Figueiredo. COMUNICADO. O estrategistachefe da Warren Investimentos, Sergio Goldenstein, espera que o BC suba o tom dos seus comentários sobre a importância da política fiscal no comunicado de hoje. Ele explica que, desde que o Copom começou a aumentar a Selic, o movimento tem sido o oposto do que se espera em um ciclo de aperto: inclinação da curva de juros no mercado futuro, desvalorização do real e aumento das inflações implícitas (a expectativa de inflação futura embutida nos juros dos títulos vendidos no mercado). Sem o auxílio da política fiscal, a política monetária fica impotente para reverter essa situação. “Se vier um pacote (de corte de gastos) muito bom, ao longo do tempo isso levaria a um ciclo muito menor do que o precificado pela curva (de juros futuros)”, diz o analista, lembrando que os juros futuros indicam hoje um aumento da Selic para patamar entre 13,75% e 14% no fim do ciclo de alta. A Warren espera uma taxa de 12,5% no fim do ciclo, contando com uma desaceleração da economia e redução dos prêmios de risco ao longo do ano que vem. Já o economista-chefe do Banco BV, Roberto Padovani, diz que toda a evolução do cenário nos últimos 45 dias aponta para aceleração do ritmo de aperto monetário a 0,5 ponto hoje. Ele espera um ciclo total de 2 pontos porcentuais de alta, o que levaria a Selic a 12,5%. Mas também defende que o BC evite sinalizar um teto para a taxa, em meio às incertezas no cenário. • “A grande questão nesta reunião é entender até onde o BC vai. Antes, se imaginava que ele iria até 12% ou 12,5%. Mas, com esse cenário de desemprego muito baixo, crescimento forte e dólar alto, parece que talvez a gente tenha de ir para 13% ou 13,5%” Luiz Fernando Figueiredo, Ex-diretor de Política Monetária do BC e chairman da Jive Investments Ex-diretora do Banco Central, Fernanda é chefe de pesquisa macroeconômica para América Latina do BNP Paribas “Não vemos notícias positivas para o Banco Central até o final do ano, com a grande exceção do possível anúncio do pacote de contenção de gastos” Ex-diretora do Banco Central e hoje chefe de pesquisa macroeconômica para América Latina do BNP Paribas, Fernanda Guardado calcula que a taxa básica de juros terá de ir a 12,75% ao ano para que o BC consiga levar a inflação à meta de 3% “em meados de 2026”. Na revisão de cenário divulgada na semana passada, o banco passou a prever quatro altas seguidas de 0,50 ponto porcentual para a Selic. Hoje, a taxa está em 10,75% ao ano. Em seu último encontro, o Comitê de Política Monetária (Copom) promoveu uma alta de 0,25 ponto porcentual – no primeiro aumento do terceiro mandato do governo Lula. A seguir, os principais trechos da entrevista: Como a sra. analisa a economia brasileira no atual momento? O crescimento surpreende, mas os ativos estão bastante deteriorados. A economia tem apresentado um dinamismo surpreendente. Começamos 2024 com uma projeção de crescimento de 2%, e revisamos para 3%. Esse é o quarto ano consecutivo em que não apenas nós, mas a maior parte dos analistas econômicos – e até o próprio BC –, estamos revisando para cima as projeções. Os indicadores mais recentes que temos recebido mostram que esse dinamismo persiste. É uma notícia muito positiva ver o Brasil crescendo dessa maneira, mas há um lado preocupante, porque é um crescimento que se dá acima do potencial de crescimento da economia. E isso tem o potencial de manter acesos os riscos inflacionários. E a preocupação com a questão fiscal e a expectativa pelas medidas

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