Os contratos futuros do petróleo fecharam em alta nesta quinta-feira (20), pelo terceiro dia consecutivo, à medida que o mercado segue preocupado com o fornecimento global da commodity, após um ataque a um importante oleoduto no Cazaquistão. Além disso, a Opep+ está considerando adiar o aumento na produção que estava previsto para abril. No fechamento, o futuro do petróleo tipo Brent (referência mundial) com vencimento em abril subiu 0,57%, cotado a US$ 76,48 por barril, na Bolsa Intercontinental (ICE). Já o petróleo WTI (referência americana) com entrega prevista para março teve alta de 0,44%, a US$ 72,57 por barril, na Bolsa Mercantil de Nova York (Nymex). Mais cedo, os dados do Departamento de Energia (DoE) dos Estados Unidos mostraram que os estoques de petróleo subiram mais do que o esperado na semana passada, mas isso não interferiu no desempenho da commodity durante o pregão. Houve um avanço de 4,63 milhões de barris, ante consenso de alta de 2,4 milhões dos analistas. Por outro lado, as reservas de gasolina e destilados caíram. Com informações de: Valor Invest.
22 de fevereiro de 2025
Marcelo Gasparino renuncia ao Conselho da Petrobras
A Petrobras informou, nesta quinta-feira (20), a renúncia de Marcelo Gasparino ao cargo de conselheiro de administração da estatal. Sua saída será efetivada em 20 de março de 2025 ou antes, caso o Conselho de Administração nomeie um substituto. Gasparino, que ocupava uma cadeira como membro independente do conselho, também é conselheiro da Vale, uma das maiores mineradoras do mundo. Com sua saída, a Petrobras precisará recompor seu o quadro do colegiado. A saída de Gasparino pegou de surpresa parte dos conselheiros, segundo fontes ouvidas pelo GLOBO. O próprio Conselho de Administração da estatal poderá nomear um substituto, segundo o artigo 25 do Estatuto Social da empresa., até a próxima Assembleia Geral de Acionistas da estatal, prevista para 16 de abril de 2025. Além da renúncia de Gasparino, a Petrobras também se prepara para outra mudança em sua governança: Pietro Mendes, atual presidente do Conselho de Administração, pode deixar a companhia após ter sido indicado para assumir uma diretoria na Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP). Mendes depende de sabatina pelo Senado Federal e posterior nomeação pelo presidente Lula. Se confirmado, ele terá de deixar a cúpula da estatal. Com informações de: O Globo.
Cadeia de combustíveis quer bancar fiscalização da ANP contra o crime organizado
Empresas de todos os segmentos da cadeia de combustíveis, dos fósseis aos renováveis, uniram-se à ANP (Agência Nacional de Petróleo) nesta semana e propuseram bancar o combate ao crime organizado, que já fatura mais com o setor do que com a cocaína, segundo o Fórum Brasileiro de Segurança Pública. Outra medida aventada é a criação de um operador nacional de controle semelhante ao ONS (Operador Nacional do Sistema Elétrico), que coordene o monitoramento de dados dos combustíveis em todo o território nacional. Mas diferentemente do ONS, que é um órgão apartado da Aneel, a ideia é que esse operador nacional fique sob o guarda-chuva da ANP, dando suporte às tarefas de fiscalização. O Fórum Brasileiro de Segurança Pública estima que as facções criminosas faturaram cerca de R$ 146,8 bilhões com combustíveis, ouro, cigarros e bebidas em 2022, quase 10 vezes mais do que a receita com cocaína, que somou R$ 15 bilhões. Esse avanço do crime organizado no setor acontece em um momento de aperto fiscal, em que os recursos públicos enviados para fiscalização estão sendo cada vez mais escassos. Operadores do mercado afirmam que a ANP sofreu com um recuo de 20% a 25% dos recursos enviados do Orçamento federal de outubro do ano passado a janeiro deste ano. Preocupado com essa situação, o setor quer enviar recursos privados para dar suporte à ANP em sua atividade de fiscalização. Além do envio de dinheiro, essas empresas se comprometeram a doar aparelhos que viabilizem a fiscalização instantânea do produto no próprio posto —isso para flagrar possíveis adulterações. Hoje, a ANP coleta as amostras nos postos e as leva para laboratórios. Os resultados só saem após um mês. Enquanto isso, dizem as distribuidoras, organizações criminosas têm tempo de agir para se proteger, mudando de endereço, por exemplo. Paralelamente, as empresas também pressionam o Congresso para aprovar o projeto de lei que facilita a punição dos devedores contumazes. Também pedem aos parlamentares medidas que garantam efetividade nas punições aos fraudadores no setor. Com informações de: Folha de São Paulo (Painel S.A.)