22 de março de 2025

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Especialistas esclarecem quatro dúvidas dos consumidores sobre maior mistura de etanol

O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, anunciou na segunda-feira, 17, que a pasta vai propor o aumento da mistura de etanol anidro na gasolina dos atuais 27% para 30%. A proposta será levada ao Conselho Nacional de Política Energética (CNPE) ainda este ano. O anúncio foi feito durante a apresentação dos resultados de testes feitos pelo Instituto Mauá de Tecnologia (IMT), que comprovaram que a mudança não prejudica o desempenho dos veículos. Segundo Silveira, o aumento da parcela de etanol na mistura da gasolina traz várias vantagens, entre elas: Redução de preço de até R$ 0,13 por litro da gasolina, o que também contribuiria para o controle da inflaçãoO Brasil deixaria de importar 760 milhões de litros de gasolina por ano e poderia até vir a exportar o combustívelAumento de 1,5 bilhão de litros por ano na demanda por etanolPara atender a essa demanda, seriam necessários R$ 9 bilhões em investimentos no setor, que resultariam na geração de mais 25 mil empregos diretos e indiretosAumento do uso de combustível renovável geraria uma redução de 1,7 milhão de toneladas nas emissões de gases do efeito estufa por ano, o que equivaleria a retirar 720 mil veículos das ruasMas faz sentido falar em redução de preços quando o etanol anidro nas usinas de São Paulo está saindo a uma média de R$ 3,25 o litro, enquanto a gasolina nas refinarias custa R$ 3 por litro? E por que o Brasil segue importando gasolina até hoje, se é exportador de petróleo, matéria-prima do combustível? A reportagem conversou com especialistas para esclarecer essas e outras dúvidas sobre o plano do governo de aumentar a mistura de etanol na gasolina para 30%. Por que o Brasil adiciona etanol à gasolina?Tudo começou em 1975, quando a ditadura militar criou o Programa Nacional do Álcool (Proálcool), com o objetivo de diminuir a dependência brasileira das importações de petróleo, em meio a uma grave crise no setor, iniciada dois anos antes. Em protesto contra o apoio dos Estados Unidos a Israel durante a Guerra do Yom Kippur, os países árabes reunidos na Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) limitaram a produção de petróleo, levando à escassez e a uma explosão no preço da matéria-prima. A partir da criação do Proálcool, desde 1976, o governo tornou obrigatória a mistura de etanol anidro à gasolina, oscilando inicialmente entre 10% e 22%. O percentual da mistura foi sendo elevado gradualmente ao longo dos anos e, desde 2014, a lei prevê um mínimo de 18% e um máximo de 27,5% de etanol anidro na gasolina. Em outubro do ano passado, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) sancionou a lei do Combustível do Futuro, que estabeleceu que o governo pode elevar a mistura de etanol à gasolina para até 35%, desde que haja viabilidade técnica para isso. A elevação do percentual dos atuais 27% para 30% é então um primeiro passo nesse sentido. Críticos ao aumento da mistura citam a menor autonomia dos veículos com o uso do etanol, devido ao menor poder calorífico do combustível em relação à gasolina, e afirmam que o etanol compete com a produção de alimentos no campo, reduzindo a oferta e tornando a comida mais cara para os brasileiros – o que é refutado pelos representantes do setor sucroenergético. Com mais etanol, vai cair o preço da gasolina?“Com o E30 [mistura de 30% de etanol anidro à gasolina], o preço da gasolina na bomba vai cair. Isso é redução da inflação”, disse o ministro Alexandre Silveira, na segunda-feira, estimando uma queda de preço de até R$ 0,13 por litro da gasolina com a mudança. Mas, para a analista de combustíveis da consultoria StoneX, Isabela Garcia, o avanço da safra de cana-de-açúcar e seu impacto sobre o preço do etanol devem ser o maior fator na queda de preço dos combustíveis esperada à frente – e não o aumento da mistura. Garcia observa que, atualmente, o etanol anidro está sendo vendido a uma média de R$ 3,2449 por litro nas usinas de São Paulo, segundo o indicador de referência do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea) da Esalq-USP. O valor está acima do preço de referência da gasolina A isenta de etanol, vendida a R$ 3,0308 na Refinaria de Paulínia, em São Paulo. “É porque estamos no momento de entressafra [da cana], mas entendemos que, nos próximos meses, com a nova safra, os preços do etanol anidro devem voltar a ficar em patamares mais baixos, inclusive abaixo da gasolina, o que seria um fator a diminuir os preços naturalmente”, diz Garcia. A analista observa que outro fator relevante na formação do preço da gasolina C – mistura da gasolina A com o etanol anidro – é a incidência de impostos. Isso porque há uma parcela grande de impostos cobrada na gasolina A e uma parcela reduzida para o etanol anidro. “Então uma maior mistura de etanol anidro implica uma incidência menor de imposto”, observa. Mesmo com uma alta esperada para a carga tributária do etanol anidro a partir de maio, de R$ 0,13 para R$ 0,19 por litro, a diferença entre o etanol e a gasolina é tão grande que a carga tributária seguirá sendo menor com o aumento da mistura, diz a analista. Para a gasolina, considerando a incidência de PIS/Pasep, Cofins e Cide, a carga tributária federal sobre a gasolina A chega a R$ 0,89 por litro. “Mas é importante ter cautela quando se fala de diminuição de preços por conta da mistura, porque, novamente, já é uma tendência nos próximos meses a queda do etanol anidro, isso já baratearia a gasolina, independente se tiver aumento da mistura ou não”, destaca a analista. A qualidade da gasolina vai piorar?Segundo o diretor de combustíveis da Associação Brasileira de Engenharia Automotiva (AEA), Rogério Gonçalves, o grupo de trabalho criado pela entidade para discutir possíveis problemas decorrentes do aumento da parcela de etanol na gasolina levantou algumas preocupações. Para carros flex – aqueles preparados para rodar a gasolina ou etanol hidratado,

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Petróleo sobe com demanda por combustível nos EUA, decisão sobre taxa do Fed limita ganhos

Os preços do petróleo subiram nesta quarta-feira, depois que dados do governo dos Estados Unidos mostraram uma redução nos estoques de combustíveis. Entretanto, a decisão do Federal Reserve de manter as taxas de juros estáveis limitou os ganhos. Os contratos futuros do petróleo Brent subiram 0,31%, a US$70,78 por barril. O petróleo West Texas Intermediate (WTI) nos EUA fechou em alta de 0,39%, a US$67,16. Os estoques de petróleo dos EUA aumentaram em 1,7 milhão de barris na semana passada, para 437 milhões de barris, segundo dados do governo dos EUA, superando o aumento de 512.000 barris esperado pelos analistas. Entretanto, os estoques de refinados, que incluem diesel e óleo para aquecimento, caíram 2,8 milhões de barris na semana passada, para 114,8 milhões de barris, superando em muito as expectativas de uma queda de 300.000 barris. “A AIE mostrou uma retirada líquida, incluindo produtos, o que é incrementalmente otimista”, disse Josh Young, diretor de investimentos da Bison Interests. (Reuters) Autor/Veículo: Terra

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Novas regras do Pix: o que mudou e o que você precisa estar atento

No início de março de 2025, o Banco Central anunciou novas regras para o sistema de pagamento instantâneo Pix, com o objetivo de aumentar a segurança e combater fraudes. Essas mudanças foram implementadas através da Resolução 457, que altera o regulamento do Pix para garantir que as informações de CPF e CNPJ estejam em conformidade com as bases de dados da Receita Federal. Uma das principais alterações é a exclusão de chaves Pix de pessoas físicas e jurídicas que não estejam regularizadas na Receita Federal. No caso de pessoas físicas, as chaves serão excluídas se o CPF estiver suspenso, cancelado, se o titular estiver falecido ou se o CPF for nulo. Isso ocorre quando há informações erradas ou incompletas no cadastro, duplicidade de número, ou quando há fraude ou erro grave no registro. Já para as empresas, as chaves serão excluídas se o CNPJ estiver suspenso, inapto, baixado ou nulo. A suspensão de CNPJ ocorre por descumprimento de obrigações legais, enquanto a inaptidão é aplicada a empresas que não apresentam demonstrativos financeiros por dois anos. CNPJs baixados são aqueles de empresas encerradas, e CNPJs nulos são resultado de erros ou duplicidades no cadastro. Autor/Veículo: Terra

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