21 de maio de 2025

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Caminhões e ônibus a diesel lideram, e modelos a gás e elétricos crescem

O mercado brasileiro de caminhões e ônibus é dominado pelos veículos a diesel. Mas entre janeiro e abril de 2025, os números indicam que opções mais sustentáveis, como elétricos e veículos a gás, começam a conquistar seu espaço, ainda que de forma tímida. Dessa forma, neste primeiro quadrimestre do ano, a indústria licenciou 44.230 unidades a diesel. O que representa 98,7% do total de veículos pesados vendidos no País, conforme dados divulgados pela Anfavea (Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores). Todavia, apesar da hegemonia, o segmento de caminhões e ônibus elétricos mostra sinais de crescimento. No mesmo período, 383 unidades elétricas foram emplacadas. Ou seja, o equivalente a 0,9% do mercado. Seja como for, o número já supera o volume registrado durante o mesmo período em 2024, quando foram comercializados 275 caminhões e ônibus com a tecnologia. Crescimento é discreto, mas constante Assim, o destaque positivo fica para os veículos elétricos, cuja participação no mercado vem oscilando positivamente ao longo dos meses. Em janeiro de 2025, por exemplo, os elétricos responderam por 1,2% dos licenciamentos — o maior índice mensal registrado até agora. A expansão, embora modesta, reflete o interesse crescente de empresas de logística e prefeituras por soluções de transporte mais limpas. Especialmente para frotas urbanas e transporte coletivo. Já os veículos a gás mantêm um desempenho estável. De janeiro a abril de 2025, foram 219 unidades licenciadas, com participação de 0,5%. Em 2024, o total foi de 291 veículos (0,2%) durante todo o ano. Transição energética no transporte pesado Apesar dos números modestos, o setor começa a se mover em direção a alternativas ao diesel. Nesse sentido, a adoção de veículos elétricos e a gás deve se acelerar nos próximos anos. Afinal, políticas ambientais aumentam a demanda de grandes empresas por soluções sustentáveis. Porém, para impulsionar as vendas por entre os desafios que ainda precisam ser superados estão a ampliação da infraestrutura de recarga para veículos elétricos, o custo inicial elevado e a maior oferta de modelos no mercado nacional. Além disso, no gás os corredores azuis ainda estão em expansão. Confira as marcas de caminhões elétricos mais vendidos no acumulado 1. JAC Motors – 49 2. VW Caminhões e Ônibus – 39 3. Tesla – 16 4. Foton – 8 5. Nanjing – 6 6. Higer – 1 Confira as marcas de ônibus elétricos mais vendidos no acumulado 1. Induscar – 94 2. BYD – 76 3. Mercedes-Benz – 50 4. Higer – 10 5. Ankai – 9 6. Volkswagen Caminhões e Ônibus – 3 7. Scania – 1 Fonte: Fenabrave Autor/Veículo: O Estado de São Paulo (Estradão)

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Senado aprova incentivo à pesquisa na exploração de petróleo

O Senado aprovou nesta terça-feira (20/5) o Projeto de Lei 5.066/2020, que estabelece que os contratos de concessão para exploração, desenvolvimento e produção de petróleo e gás natural deverão ter uma cláusula para o investimento mínimo em pesquisa, desenvolvimento e inovação. O texto estabelece que ao menos 50% desses valores devem ser destinados às universidades e aos centros de pesquisa credenciados pela Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP). Agora, o projeto segue para a Câmara. A proposta recebeu parecer favorável do senador Chico Rodrigues (PSB-RR). Antes da votação do projeto no Senado, o senador Plínio Valério (PSDB-AM), autor da proposição, defendeu o equilíbrio no repasse de recursos de pesquisa em petróleo. Segundo ele, os recursos estão majoritariamente concentrados nas regiões Sul e Sudeste, enquanto as demais carecem dessas verbas. Em sua redação, o PL 5.066 determina que os contratos de concessão à pesquisa devem promover a aquisição de dados geológicos, geoquímicos e geofísicos, além da perfuração de poços estratigráficos e de avaliação do potencial petrolífero em áreas terrestres não contratadas no território nacional. No prazo de 5 anos, a contar da entrada em vigor da norma, o texto prevê a garantia permanente a cada uma das regiões geográficas, Norte, Nordeste, Centro Oeste, Sudeste e Sul, de ao menos 10% do montante total dos recursos, relativos aos respectivos contratos de concessão, partilha e cessão onerosa. Em relação aos recursos que serão destinados às universidades e aos centros de pesquisa, o projeto estabelece que até 30% do percentual poderão ser utilizados para incubadoras de empresas e empresas fornecedoras da cadeia de petróleo e gás natural, para consecução dos objetos dos termos de cooperação das referidas instituições de ciência e tecnologia com as operadoras. Autor/Veículo: JOTA

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Até 24% do diesel usado em caminhões é adulterado em estados; ação do crime organizado é investigado

Em alguns estados brasileiros até 24% do diesel utilizado em caminhões teve algum tipo de adulteração em 2024. A prática se tornou frequente no mercado de combustíveis, gerando impactos significativos na economia, no meio ambiente e na segurança dos veículos. O problema tem sido alvo de investigações por parte das autoridades, que apuram a atuação de organizações criminosas em esquemas de adulteração de combustíveis. O levantamento foi organizado pelo ICL (Instituto Combustíveis Legal) com base nos dados do PMQC (Programa de Monitoramento da Qualidade dos Combustíveis) da ANP (Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis). O PMQC verifica a qualidade dos combustíveis (gasolina, etanol e diesel) comercializados nos postos por meio de laboratórios especializados e credenciados, que realizam coletas aleatórias de amostras nos postos. Segundo os dados, Alagoas (24%), Mato Grosso do Sul (18%), Amapá (15%), Rio Grande do Sul (15%), Bahia (13%) e São Paulo (11%) registraram os maiores índices de adulteração do diesel. No caso da gasolina, os estados com maior incidência de irregularidades foram Alagoas (12%), Paraíba (6%), Pernambuco (4%), Rio de Janeiro (4%), Goiás (4%) e Maranhão (3%). A adulteração afeta um volume estimado de 5,42 bilhões de litros de combustível, o que, segundo cálculo do ICL, representa um impacto equivalente a 72,1 mil abastecimentos, considerando veículos de passeio com tanques de 30 litros e caminhões com tanques de 100 litros. Apesar desses números, o programa aponta que, em média, o índice de conformidade no mercado nacional alcançou 98,1% em 2024, superando os 97,4% registrados em 2023. A adulteração de combustíveis geralmente envolve a adição ou retirada de componentes com valor comercial diferente, com o objetivo de obter vantagem financeira por meio da manipulação do preço final do produto. No caso da gasolina, a prática mais comum é a adição de etanol. Isso permite ao fraudador vender uma quantidade maior de etanol ao preço da gasolina, gerando lucro. Outra forma de adulteração é a adição de metanol, um tipo de solvente cujo uso como combustível é proibido no Brasil, devido à sua alta toxicidade e aos riscos à saúde humana e ao meio ambiente. No caso do diesel, a adulteração mais frequente é a redução do percentual de biodiesel na mistura. Atualmente, o diesel comercializado no país deve conter 14% de biodiesel. No entanto, geralmente há a diminuição da proporção, o que reduz os custos e aumenta o ganho financeiro. “A adulteração no setor ocorre hoje em diferentes etapas da cadeia, desde as usinas até os postos de combustíveis. Ela causa danos e perda de eficiência nos veículos dos consumidores, gera impacto no meio ambiente e favorece a concorrência desleal no setor. Inclusive, isso tem atraído o crime organizado, que atua em toda a cadeia”, afirmou Carlo Faccio, diretor do Instituto Combustível Legal. Como revelou a Folha, autoridades federais e estaduais investigam a infiltração do crime organizado em 941 postos de combustíveis localizados em ao menos 22 estados. O mapeamento revela indícios de domínio em parte desses postos por parte de facções como PCC, Comando Vermelho e Família do Norte. Milícias também atuariam no setor. O mapa, produzido a partir de informações do setor, está no Núcleo Estratégico de Combate ao Crime Organizado, coordenado pelo Ministério da Justiça. O grupo conta com representantes da Polícia Federal, Receita Federal, Coaf (Conselho de Controle de Atividades Financeiras) e Ministério de Minas e Energia. Marivaldo Pereira, secretário Nacional de Assuntos Legislativos do Ministério da Justiça e Segurança Pública e membro do núcleo, afirmou que a pasta tem avaliado medidas para estabelecer um melhor fluxo de informações entre os agentes da cadeia de combustíveis e os órgãos reguladores, com o objetivo de aumentar a transparência e coibir a adulteração. Entre as propostas, ele citou o cruzamento de dados sobre a entrada e saída de combustíveis nos postos como forma de identificar possíveis irregularidades. Também mencionou que está em avaliação apoiar os projetos de lei do senador Alessandro Vieira (MDB-SE) e do deputado Júlio Lopes (PP-RJ), que tratam do controle e monitoramento do setor. “Temos mantido um diálogo com o Ministério de Minas e Energia para avaliar, do ponto de vista legislativo, medidas que ampliem a transparência na cadeia de combustíveis. Há diversas propostas normativas em discussão que preveem a criação de um fluxo estruturado de informações entre os agentes do setor e os órgãos reguladores”, disse. Estudo do Fórum Brasileiro de Segurança Pública mostra que o crime organizado lucra mais com combustível do que com cocaína. A receita gerada pelo crime na área de combustíveis e lubrificantes equivale a R$ 61,5 bilhões, segundo o estudo. O lucro com cocaína é estimado em R$ 15 bilhões. Investigações recentes também apontam a atuação de organizações criminosas na adulteração de combustíveis, como revelou a Operação Boyle —deflagrada pelo Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado) do Ministério Público de São Paulo, em parceria com a Polícia Federal. A segunda fase da operação identificou a presença de grupos ligados à facção PCC envolvidos na adulteração de etanol e gasolina com metanol. O esquema incluía ainda a criação de empresas de fachada para lavagem de dinheiro e a corrupção de agentes públicos, com o objetivo de garantir a continuidade das atividades ilícitas no setor. Autor/Veículo: Folha de São Paulo

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