1 de julho de 2025

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Brasil pode voltar a ser importador de petróleo até 2035, diz Shell

Sem a exploração de novas reservas, o Brasil deve voltar à condição de importador líquido de petróleo até 2035, conforme projeções da Shell. “É um cenário que me preocupa”, resume o presidente da multinacional britânica no país, Cristiano Pinto da Costa, alertando que as bacias de Santos e de Campos já são sinais de exaustão. O executivo afirma que, na década de 2000, o Brasil chegou a perfurar mais de 150 poços por ano. Em 2024, foram apenas seis novas perfurações. “Se não revertermos esse declínio, a tendência é de esgotamento”, diz Costa. Para isso, segundo ele, há necessidade de abrir novas fronteiras exploratórias e de fazer “um ou dois” leilões por ano da Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP). Costa afirma que, apesar do frisson sobre o fim do uso de combustíveis fósseis por causa das mudanças climáticas, a perspectiva mais provável é de aumento do consumo de petróleo. Isso ocorre, de acordo com o executivo, por três razões: Costa afirma que tem tido interlocução frequente com “big techs” — como Meta, Opean AI e Alphabet — que procuram a Shell em busca de fornecimento. “Antes, elas perguntavam se tínhamos energia renovável para fornecer. Depois, passaram a perguntar se tínhamos energia segura. Hoje, perguntam apenas se temos energia. Qualquer que seja.” Para o CEO da Shell, isso não diminui os esforços para a transição energética e nem significa um mundo com menos emissões de gases-estufa. Ele enfatiza, porém, que o mercado de créditos de carbono deve ser valorizado e se mostra otimista com o desenvolvimento de projetos de captura/armazenamento de CO2. Autor/Veículo: CNN Brasil

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Petróleo fecha em queda com possível aumento da produção pela Opep+ no radar

Os contratos futuros de petróleo fecharam em baixa nesta segunda-feira (30), enquanto o mercado segue mudando seu foco para outros fatores para além da escalada das tensões geopolíticas no Oriente Médio. A possibilidade de aumento da produção por parte da Organização dos Países Exportadores de Petróleo e aliados (Opep+), uma possibilidade para a reunião de agosto do grupo, é um dos destaques do mercado. Além disso, sinalizações da demanda, especialmente com a atividade chinesa, são destaque. Ao final do semestre, as cotações acabaram apresentando um recuo na comparação com o fim de 2024. Na New York Mercantile Exchange (Nymex), o petróleo WTI para agosto fechou em baixa de 0,62% (US$ 0,41), a US$ 65,11 o barril. O WTI caiu 9,22% no semestre. Já o Brent para setembro, negociado na Intercontinental Exchange (ICE), recuou 0,09% (US$ 0,06), a US$ 66,74 o barril. O Brent teve queda de 10,70% no semestre. Os acordos para redução de tensões entre Israel e Irã deram “algum espaço para as expectativas de inflação e permitiu que os investidores se concentrassem nos fundamentos em vez dos riscos geopolíticos extremos”, disse o estrategista-chefe de investimentos da Saxo, Charu Chanana. Por sua vez, o Irã diz ter “sérias dúvidas” sobre o compromisso de Israel com o cessar-fogo, segundo afirmou o chefe do Estado-Maior das Forças Armadas do país, Abdolrahim Mousavi. De acordo com ele, o país respondeu ao ataque que sofreu e, caso o cessar-fogo não seja cumprido, responderão novamente. Enquanto isso, a atividade manufatureira na China – o maior importador de petróleo bruto do mundo – encolheu pelo terceiro mês em junho. Os últimos índices de gerentes de compras (PMI, na sigla em inglês) oficiais da China sugerem que a segunda maior economia do mundo reconquistou algum ímpeto em junho, graças a uma recuperação na manufatura e no setor de construção, avalia a Capital Economics. A consultoria britânica, no entanto, segue cautelosa em relação à perspectiva do país, uma vez que o avanço mais fraco das exportações e o menor impulso fiscal provavelmente desacelerarão a atividade no segundo semestre deste ano. Autor/Veículo: E-investidor

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ANP confirma demissão de terceirizados em resposta a congelamento de recursos

A Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) determinou o corte de 50% dos cargos de secretárias e de estagiários a partir de terça, 1º de julho. A informação foi confirmada oficialmente pela agência e envolveu 41 profissionais que prestavam serviço no escritório do Rio de Janeiro. “Nesse contexto [da crise orçamentária], o contrato de prestação de serviços de apoio administrativo do Escritório Central do Rio de Janeiro teve redução de 41 postos, o que representa cerca de R$ 1,8 milhões até o final deste ano”, informou. Anteriormente, a agência eixos publicou que o corte deveria alcançar 50 pessoas. As demissões afetam todas as superintendências. As demissões afetam funções administrativas de apoio às atividades finalísticas. “A agência está tomando uma série de medidas emergenciais diante dos impactos causados pelos recentes cortes orçamentários (…) Diante desse cenário, todos os contratos da ANP passarão por análise e eventuais ajustes”, disse a agência, em nota enviada nesta segunda (30/6). O corte vem na esteira do pacote de contenção anunciado na semana passada, que incluiu a suspensão integral do Programa de Monitoramento da Qualidade dos Combustíveis (PMQC) durante o mês de julho. Além da paralisação do PMQC — principal ferramenta de fiscalização da qualidade de combustíveis como gasolina, diesel e etanol — a ANP também reduziu o escopo do Levantamento Semanal de Preços de Combustíveis (LPC), único indicador oficial de preços do país. A agência afirmou ter cortado recursos destinados à fiscalização e suspendeu diárias, passagens e transmissões de eventos, incluindo as reuniões da diretoria. A agência eixos está transmitindo gratuitamente as reuniões, ação não oficial e sem quaisquer vínculos com a ANP. Em razão dos bloqueios e contingenciamentos promovidos pelo governo federal, a agência perdeu R$ 35 milhões (25%) do seu orçamento discricionário, agora reduzido de R$ 140,6 milhões para R$ 105,7 milhões este ano. A decisão da ANP ocorre dias após a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) confirmar a demissão de 145 funcionários terceirizados pelos mesmos motivos. Crise orçamentária da ANP abala investidoresAs principais entidades dos setores de petróleo e gás afirmaram nesta segunda (30/6) que a crise orçamentária da ANP “enfraquece a confiança dos investidores, coloca em risco a integridade dos mercados e prejudica o consumidor brasileiro”. Em um manifesto (veja a íntegra, em .pdf) assinado por produtores (IBP, Abpip), consumidores de gás e energia (Abrace, Firjan) e pelas transportadoras de gás natural (ATGás). Para as instituições signatárias, a ANP é “essencial para o funcionamento do mercado, responsável por garantir um ambiente de negócios estável e previsível, promover a concorrência leal, proteger os consumidores e contribuir para a segurança energética do país”. Nos últimos anos, as atribuições da agência foram ampliadas, incluindo a implementação e fiscalização do RenovaBio e a abertura do mercado de gás natural — tarefas que exigem estrutura técnica e orçamento compatíveis. A verba discricionária da ANP foi reduzida de R$ 140,6 milhões para R$ 105,7 milhões no Projeto de Lei Orçamentária de 2025. O corte de 25% foi feito pelo governo federal em maio, em razão da frustração de receitas. Desencadeou uma crise com o Congresso Nacional que levou à derrubada do decreto de elevação das alíquotas do IOF. Na semana passada, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT), defendeu em entrevista à Folha de S. Paulo que o governo recorra ao Supremo Tribunal Federal (STF). A decisão cabe ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), em um momento em que o governo negocia diversas medidas provisórias, entre elas a Medida Provisória 1303, editada pela Fazenda para elevar impostos e cortar algumas despesas, com forte oposição do setor produtivo. Autor/Veículo: Eixos

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PCC lava dinheiro em 13 setores; legislação antimáfia não avança

Um grupo diferente se postou para assistir a uma palestra no Auditório Safra, da Faculdade de Economia e Administração (FEA), da Universidade de São Paulo (USP). Eram policiais militares sem suas fardas. Não traziam nenhuma arma ostensivamente, mas estavam ali em razão de um homem jurado de morte: o promotor de Justiça Lincoln Gakiya, do Grupo de Atuação Especial e Combate ao Crime Organizado (Gaeco). Ele detalhou como PCC lava dinheiro em 13 setores da economia do País, enquanto o governo federal ainda atrasa a criação de uma lei antimáfia. Mais de uma centena de pessoas aguardavam ali o começo da apresentação de Gakiya – e difícil encontrar uma associação empresarial, embaixada estrangeira, ou administração pública que não tenha ouvido nos últimos anos o que o promotor tem a dizer sobre a atuação do crime organizado no País, particularmente, do maior de todos os grupos, o único já considerado um cartel da droga, o Primeiro Comando da Capital, o PCC. Ali estavam especialistas americanos, italianos e brasileiros para ouvir o promotor no seminário Crime Organizado e Mercados Ilícitos no Brasil e na América Latina, promovido pela Cátedra Oswaldo Aranha, do Instituto da Escola de Segurança Multidimensional (ESEM), da USP. “Não há nenhuma dúvida de que o PCC pratica atos de natureza terrorista. O PCC se tornou hegemônico no Estado de São Paulo, não há nenhuma outra facção que faça frente ao PCC hoje no Estado”, disse o promotor ao descrever a facção. TRAJETÓRIA. Lincoln fez um histórico da organização. Tratou dos ataques às forças policiais, do massacre promovido pelo PCC em maio de 2006 e da “pax mafiosa” que criou nas comunidades pobres do Estado. “Quando você se torna hegemônico no tráfico de drogas dentro do Estado, você faz com que a taxa de homicídio diminua, porque, é evidente, a maioria dos homicídios é ligada à disputa de tráfico de drogas, no Brasil todo.” Segundo Gakiya, após deixar os presídios e se expandir para as ruas, o PCC mudou a realidade criminal no Estado. “Nós não temos hoje nenhum ponto de venda de droga neste Estado que não seja do PCC. Foi essa segurança que levou a facção à sua terceira fase: a da internacionalização, que começou em 2008, quando o grupo passou a comprar drogas na Bolívia e no Paraguai.” Foi quando passou a manter relações com as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) e com o Ejército del Pueblo Paraguayo (EPP), “O PCC é um componente importante da ameaça criminal dentro da dimensão transnacional da criminalidade organizada. Essa é a dimensão mais perigosa: a capacidade de afetar a sociedade. Isso impõe às instituições que têm a responsabilidade de combater a criminalidade a união de seus esforços” Giovanni Melillo Procurador nacional antimáfia da Itália dois grupos insurgentes de extrema-esquerda, que usavam o tráfico de drogas para se financiarem. Os grupos vendiam drogas e davam treinamento paramilitar aos integrantes do PCC. “Hoje, nós não temos nenhum integrante que não saiba usar um fuzil, explosivo etc. E veja, o PCC também cresceu no Paraguai. Em 2008, ninguém diria que o PCC ia dominar o Paraguai.” De acordo com o promotor, não há no país vizinho atualmente nenhuma organização que “faça frente ao PCC”. “E começou por onde? Dentro do sistema prisional. É lá que eles são mestres, é lá que eles são bons no que eles fazem. Nenhuma organização criminosa que eu conheço, que eu tenho estudado no mundo, tem maior atuação e melhor atuação dentro do sistema prisional do que o PCC”, afirmou o promotor. INTERNACIONALIZAÇÃO. Agora, a facção investe na Ásia, chegando a ter integrantes na Turquia, no Líbano e no Japão. “Porque o quilo de cocaína na Ásia chega a US$ 150 mil. Estão comprando a produção ( na Bolívia) a US$ 1 mil o quilo – às vezes, US$ 800 o quilo – e essa cocaína chega em Hong Kong, na Ásia, a US$ 150 mil o quilo. Não há nenhum negócio que dê mais dinheiro do que a cocaína hoje”, afirmou. Foi em razão do lucro astronômico do mercado da droga que o PCC passou, há dez anos, a começar a lavar o dinheiro. E hoje está presente em 13 setores da economia, conforme o promotor mostrou. Tudo começou com a compra de postos de gasolina, de agências de automóveis e de imóveis. Passaram em seguida a investir em empresas de construção e em casas de câmbio no Paraguai. Após a pandemia de covid-19 e com a desregulamentação bancária no País, a facção também começou a atuar em bancos digitais, fintechs e fundos de investimentos em participações, além de criptomoedas. A facção também se infiltrou em empresas de ônibus do setor de transporte público, igrejas, organizações sociais da saúde pública, na coleta de lixo e limpeza urbana, além da mineração e nas empresas de apostas e de jogos de azar, bem como em empresas ligadas ao futebol. Há aqui uma diferença do que acontecia no passado, quando o PCC explorava mercados ilícitos, como os garimpos ilegais e os contrabando de cigarros, cigarros eletrônicos, armas e agrotóxicos, além de executar grandes roubos a bancos. “O que eu diria para vocês é que o PCC está na economia formal. As empresas que eles estão administrando não são mais empresas de fachada como há alguma década atrás. São empresas que existem, que estão prestando serviço, às vezes até prestando um bom serviço. Mescla-se nelas o dinheiro do tráfico de entorpecentes, do tráfico internacional, com o efetivo lucro que as empresas dão por ano”, disse o promotor. LEGISLAÇÃO. É nesse contexto que Gakiya procura convencer o governo e o Congresso a adotar um projeto da lei antimáfia que crie uma agência federal de combate ao crime organizado, que centralize o combate à lavagem de dinheiro. Além disso, uma lei antimáfia deve criar a figura da organização criminosa de tipo mafioso. E permitir que os bancos sejam obrigados a bloquear preventivamente os recursos suspeitos de origem mafiosa, como acontece nos casos de suspeita de terrorismo. Por fim, a lei antimáfia

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Dependência de diesel na Amazônia ainda é significativa

Na comunidade de São Francisco do Caribi, em Itapiranga (AM), a vida da produtora Elizangela Cavalcante gira em torno do combustível fóssil – em lugar de natureza exuberante na Reserva de Desenvolvimento Sustentável (RDS) do Uatumã, de onde retira o sustento. Além de pagar R$ 375 semanais no transporte de barco para vender tucumã e outros frutos nativos na cidade, são gastos R$ 600 mensais com diesel para operar a movelaria familiar que processa madeira do manejo florestal. Longe da rede elétrica, ela ainda paga a cota de R$ 80 por mês para o óleo do gerador de energia comunitário, e outros R$ 40 para a bomba puxar água do poço e abastecer a residência. No fim das contas, 40% da renda são consumidos pela dependência do petróleo, agravada na região devido à mudança climática. Para ler esta notícia, clique aqui. Autor/Veículo: Valor Econômico

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Pressão global contra o petróleo cresce com a crise climática

Reunidos em Bonn, Alemanha, nas últimas duas semanas, na chamada “pré-COP”, os negociadores dos países que fazem parte da Convenção do Clima na ONU tiveram uma amostra do que devem enfrentar durante a COP30, em Belém, em novembro. O encontro de Bonn foi marcado por protestos da sociedade civil e de cientistas contra a exploração de combustíveis fósseis, apontados como os vilões do aquecimento global. Também foram apresentadas novas evidências científicas da elevação da temperatura mundial. Relatório dos Indicadores da Mudança Global Climática (IGCC, na sigla em inglês), grupo que reúne mais de 60 cientistas, divulgado no encontro, alertou que é cada vez mais improvável estancar a elevação da temperatura global em 1,5ºC, objetivo primordial do Acordo de Paris. Os cientistas afirmam que os planos de extração de combustíveis fósseis existentes esgotarão o chamado orçamento de carbono, quantidade máxima de gases de efeito estufa que podem ser emitidos para limitar o aquecimento da Terra a 1,5°C. Para que a temperatura média global permaneça abaixo desse limiar, as emissões devem cair 48% até 2030, segundo o Painel Intergovernamental de Mudanças Climáticas (IPCC) da ONU. Desmatamento na Amazônia O Brasil, como anfitrião da COP30, foi pressionado a defender um plano de eliminação dos combustíveis fósseis na conferência de Belém. O embaixador André Corrêa do Lago, presidente da COP30, recebeu carta assinada por mais de 250 cientistas de 27 países, que cobra uma liderança mais enfática do Brasil no chamado phase-out, o abandono gradual do petróleo. Climatologistas brasileiros, como Carlos Nobre, Mercedes Bustamante e Paulo Artaxo, assinam o documento. A substituição dos combustíveis fósseis esbarra na dependência global dessa fonte de energia e na força dessa indústria, que responde por cerca de 3% do PIB global e movimentou US$ 3 trilhões em 2023. No entanto, projeções indicam que a inação em relação às mudanças climáticas pode custar pelo menos 18% do PIB até 2040, por perdas com extremos climáticos. Nos países do G20, que respondem por mais de 80% do consumo de energia do mundo — incluindo geração de eletricidade e o setor de transporte — a dependência dos fósseis é de 70%. No Brasil, é de 50%. O país, quinto maior emissor de gases de efeito estufa, tem perfil de emissões diferente em relação ao mundo. Aqui, a agropecuária responde por 37% das emissões brutas; o desmatamento e mudanças no uso da terra, por 29% e, em seguida, o setor de energia, com 24%, segundo o Sistema de Estimativas de Emissões e Remoções de Gases de Efeito Estufa (SEEG) do Observatório do Clima. No ano passado, o desmatamento caiu no Brasil, de acordo com a MapBiomas. A área total desmatada recuou 32,4% em relação a 2023, no segundo ano seguido de queda. Mas este ano, segundo o Ministério do Meio Ambiente, o desmatamento na Amazônia voltou a subir. Foram desmatados 960 Km2 em maio, área 92% maior do que no mesmo mês de 2024. É o segundo pior resultado para o mês da série histórica, iniciada em 2016. O Brasil assumiu o compromisso de reduzir as emissões entre 59% e 67% até 2035 e há metas específicas de zerar o desmatamento ilegal e recuperar áreas degradadas. O aumento deste ano dificulta ainda mais cumprir as metas. Para especialistas, o país também precisa traçar um cronograma para a transição energética. Karen Oliveira, diretora de políticas públicas da The Nature Conservancy (TNC) Brasil, faz um paralelo entre o momento atual e a crise do petróleo dos anos 1970, que impulsionou a busca por soluções, como o Proálcool: — Naquele momento, ficou claro que havia limites para o crescimento e alternativas foram viabilizadas. Se o Brasil é potência em biocombustíveis, é fruto dessa crise. O processo do afastamento dos fósseis deve ser gradual, para não gerar um colapso na economia, mas precisa ser acelerado. Ação no setor de transporte Com a predominância (acima de 80%) de energia renovável na matriz elétrica, experiência consolidada em biocombustíveis e produção de petróleo com menor intensidade de carbono, como é o caso do pré-sal, o Brasil parte de uma posição singular para a descarbonização da economia e o alcance das metas climáticas. — Essa combinação oferece ao país uma base robusta para liderar uma transição energética ambiciosa e viável, desde que haja coordenação entre o setor público e privado — afirma Marina Grossi, enviada especial da COP30 para o setor empresarial e presidente do Conselho Empresarial Brasileiro para o Desenvolvimento Sustentável (Cebds). A pedido da presidência da COP30, a organização está liderando coalizões para acelerar a descarbonização de seis setores: transportes, energia, agropecuária, florestas, mineração e indústria. A primeira coalizão, com foco no setor de transportes, fez um plano com 90 medidas que podem reduzir em até 70% as emissões até 2050. O setor representa 47% da demanda de energia no Brasil e, globalmente, por quase 25% das emissões de carbono relacionadas à energia. Segundo o plano, a descarbonização deve acontecer na eletrificação de frotas urbanas; maior uso de biocombustíveis e de ferrovias e hidrovias. Autor/Veículo: O Globo

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Sonda da Petrobras deve chegar à Foz do Amazonas na segunda-feira

O navio sonda da Petrobras designado para a perfuração na Foz do Amazonas, região da Margem Equatorial, deve chegar ao local da atividade na segunda-feira (30), segundo a companhia. Neste sábado (28), a embarcação se aproximava do Estado do Maranhão, conforme ferramenta de monitoramento de navios, a caminho do chamado poço Morpho, na bacia da Foz do Amazonas, onde devem iniciar os trabalhos quando houver autorização do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente (Ibama). O navio ODN II, da fornecedora Foresea, deixou a Baía de Guanabara em 7 de junho, segundo a Petrobras informou ao Ibama, depois de passar por serviços de limpeza do casco. A embarcação fez uma parada em Cabo Frio, Região dos Lagos do Rio, para carregamento de materiais antes de seguir para o norte do país.A Petrobras ainda aguarda que o Ibama confirme uma data para realização da Avaliação Pré-Operacional (APO), a última etapa dentro do processo de licenciamento. Para ler esta notícia, clique aqui. Autor/Veículo: Valor Econômico

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Impacto dos cortes orçamentários é destacado em reunião da Diretoria da ANP

Diretor-Geral em exercício da ANP, Bruno Caselli, destacou ontem (26/6) os impactos negativos que os recentes cortes orçamentários vêm causando à Agência. A declaração foi feita ao final da Reunião de Diretoria nº 1.162, que teve transmissão ao vivo pela plataforma Teams. Caselli observou que o 5º Ciclo da Oferta Permanente de Concessão, que resultou na arrecadação de R$ 989,2 milhões em bônus de assinatura, foi realizado em meio a um quadro de severa restrição orçamentária e de pessoal da Agência: “Graças aos esforços e à competência dos técnicos da ANP, esses recursos serão integralmente destinados à União, revertendo em benefícios para a população”, afirmou. Segundo Caselli, não há dúvidas quanto à importância dos leilões de oferta de blocos, não somente para a economia nacional, tendo em vista os investimentos que resultam desses certames, mas também para as contas públicas. O Diretor lembrou que, além das licitações e de outras atividades desempenhadas pela ANP desde sua implantação, em 1998, a Agência vem recebendo novas atribuições, como a regulação do hidrogênio de baixa emissão de carbono e de captura e estocagem geológica de dióxido de carbono. “No entanto, o limite de despesas discricionárias autorizado à Agência tem sido progressivamente reduzido ao longo dos últimos anos”, frisou. Caselli mencionou ainda os resultados positivos obtidos pela Agência na fiscalização do abastecimento de combustíveis, mesmo em meio a sucessivos cortes orçamentários. “O ano de 2024 foi marcado pelo aprimoramento nos procedimentos e metodologias para aumentar a efetividade das ações de fiscalização da Agência. Como resultado, a taxa de identificação de não conformidades de qualidade nas ações de fiscalização em postos de combustíveis aumentou em aproximadamente 40% em 2024, na comparação com 2023”, informou. De acordo com o Diretor, o percentual de ações realizadas que resultaram em autuações aumentou de 23%, em 2023, para 27%, em 2024, o que demonstra um aumento de 17% na taxa de acerto do planejamento da fiscalização. O volume de recursos autorizados para a Agência caiu de R$ 397 milhões, em 2013, para R$ 162 milhões, em 2023. Além disso, se levada em conta correção pelo IPCA, o orçamento da ANP em 2024, de R$ 134,7 milhões, foi correspondente a 18% do montante autorizado em 2013. Para este ano, do total de R$ 140,6 milhões de despesas discricionárias autorizadas pela Lei Orçamentária Anual de 2025 (LOA 2025), a Agência contará com apenas R$ 105,7 milhões para execução. O bloqueio e contingenciamento orçamentários da ANP foram estabelecidos pelo Decreto nº 12.477, de 30 de maio de 2025. A partir desse cenário, a ANP vem adotando medidas emergenciais. Entre elas, encontra-se a redução da abrangência do Levantamento de Preços de Combustíveis. Veja a gravação da reunião na íntegra, no canal da ANP no YouTube. Autor/Veículo: Assessoria de Imprensa da ANP

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