12 de agosto de 2025

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São Martinho investirá R$ 1,1 bilhão para dobrar usina de etanol de milho

A aposta da São Martinho no etanol de milho demonstrou dar tanto resultado que a companhia decidiu agora dobrar a aposta. Em reunião do conselho de administração nesta segunda-feira (11), a companhia deu aval para um novo investimento de R$ 1,1 bilhão na ampliação da planta localizada em Quirinópolis (GO), anexa à sua usina de cana Boa Vista. O projeto prevê ampliar a capacidade de processamento de milho em 635 mil toneladas anuais, mais do que duplicando a capacidade atual, de 500 mil toneladas. Apenas a nova fase da fábrica permitirá que a companhia produza 270 milhões de litros de etanol ao ano, o que elevará a capacidade total de etanol de milho da companhia para 485 milhões de litros. Há tempos que a São Martinho vem “namorando” com o projeto de ampliação de sua usina de etanol de milho, mas o negócio precisou se provar viável. No primeiro trimestre desta safra, o negócio de milho contribuiu, sozinho, com 30% de todo o lucro antes de juros e impostos (Ebit) da companhia. Segundo Fábio Venturelli, CEO da companhia, foi fundamental para destravar o projeto a possibilidade de usar a energia cogerada do bagaço da cana da Usina Boa Vista. “Nós já temos a biomassa, diferentemente dos concorrentes que fazem planta autônoma, que têm que pensar em comprar e plantar eucalipto”, disse. A companhia calcula que economiza R$ 120 milhões ao ano ao deixar de comprar cavaco de madeira no mercado, pelos preços atuais, para utilizar a energia que já gera em sua caldeira na planta de cogeração, afirmou o diretor financeiro Felipe Vicchiato. A decisão sai em meio a uma melhora do cenário de mercado do etanol, com o aumento da mistura do anidro à gasolina para 30% (E30), perspectivas de demanda para a produção de combustível sustentável de aviação (SAF), além das boas projeções para a produção de milho, e com a oferta de instrumentos de crédito com fomento. “Pelo contorno do projeto, saímos na frente em pegada de carbono, pela biomassa da cana. Qualquer que seja o mercado, a gente está preparado para atender as normas de certificação”, ressaltou Venturelli. Financiamento Mas o fator determinante para destravar o investimento foi a obtenção das linhas de crédito de fomento. A companhia acertou R$ 728 milhões em financiamentos, sendo R$ 500 milhões via BNDES Fundo Clima, R$ 125 milhões via BNDES Finem e R$ 100 milhões via Finep. No conjunto, essas linhas têm um prazo de 12 anos, com dois de carência, e custo médio de 8,5% ao ano. Apesar do montante, o investimento será dividido em três safras. Neste ciclo 2025/26, a companhia vai desembolsar 40% do valor orçado. A maior parte do investimento (55%) será feito na próxima safra (2026/27), e o restante será investido em 2027/28. A previsão é de que no segundo semestre de 2027 a unidade comece a operar. Boa parte dos investimentos será para a integração com a usina de cana em Quirinópolis. Segundo Vicchiato, a possibilidade de ter, ao fim do projeto, uma usina com capacidade de moagem de mais de 1 milhão de toneladas de milho só é possível porque a Usina Boa Vista também é grande, com capacidade de moagem de 5,2 milhões de toneladas de cana por safra. Ainda segundo o diretor financeiro, a taxa interna de retorno (TIR) do projeto é esperada é de mais de 25%, considerando projeções “conservadoras” para preços de petróleo, etanol e milho. Novos mercados O novo projeto também permitirá a produção adicional de 170 mil toneladas de DDGS e 13 mil toneladas de óleo de milho anuais, além de prever melhorias na caldeira da unidade de cogeração a partir do bagaço da cana, o que permitirá maior geração de vapor. O investimento potencializa a atuação da São Martinho em “novos mercados”. “Para nós é muito importante ter diversidade de origem de Ebitda [lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização]. Quando trabalhamos com base agrícola e produzindo energia, quanto mais diverso for o portfólio, mais resiliente [a empresa] fica diante dos ciclos de cada commodity”, disse. Além dos negócios de cana e milho, a São Martinho concluiu recentemente a construção da planta de biometano, que agora está em fase de testes. Balanço do 1º trimestre No primeiro trimestre da safra atual, somente a receita do negócio de milho (que inclui vendas de etanol, DDGS, óleo de milho e Créditos de Descarbonização, os CBios, do etanol de milho) teve um salto de 94%, a R$ 265,8 milhões. Essa receita representou 14% da receita líquida total da São Martinho no trimestre, que alcançou R$ 1,8 bilhão, um aumento de 6,8%. A operação de milho ainda contribuiu com Ebitda de R$ 95,5 milhões, ou 12% do Ebitda ajustado do período, de R$ 805 milhões. Um ano atrás, o negócio de milho registrou um Ebitda marginal, de apenas R$ 6 milhões. A companhia teve no primeiro trimestre um bom desempenho nas vendas de etanol, aproveitando preços mais altos para comercializar volumes maiores. Porém, o lucro líquido caiu 40,2%, afetado principalmente pela depreciação de seus ativos biológicos, dada a queda do preço do açúcar. No primeiro trimestre deste ciclo, o lucro líquido ficou em R$ 62,8 milhões. Já o lucro caixa cresceu 3,3 vezes, para R$ 157 milhões no trimestre, impulsionado pelo ambiente favorável no mercado de etanol, que compensou os preços em baixa do açúcar. Autor/Veículo: Globo Rural

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Produtores querem levar biodiesel para ônibus e geradores da COP30

Produtores de biodiesel querem aproveitar a COP30 para divulgar o biocombustível como solução de baixo carbono no abastecimento de veículos e geração de energia elétrica. Na última sexta (8/8), a Frente Parlamentar do Biodiesel (FPBio) e três associações do setor — Aprobio, Abiove e Ubrabio — entregaram um documento ao Enviado Especial para a Agricultura, Roberto Rodrigues, oferecendo o combustível renovável. As propostas incluem viabilizar o uso de 100% de biodiesel (B100) em geradores estacionários durante a cúpula climática marcada para novembro, em Belém (PA). Além de propor a mistura 25% (B25) para abastecer a frota de transporte coletivo durante a organização, realização e desmonte do evento. “A participação na COP30 é uma oportunidade concreta de demonstrar ao mundo o potencial brasileiro em produção de biodiesel, reiterando seu compromisso de fomentar a integração de setores comprometidos com um futuro de baixo carbono”, diz a FPBio, em nota. Autor/Veículo: Eixos

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Vibra avança em market share e projeta crescimento

A Vibra encerrou o segundo trimestre com um cenário positivo no Market share, avançando 0,3 p.p versus o primeiro trimestre de 2025, puxado pela entrada de 43 novos postos em sua rede, totalizando um acréscimo de 92 unidades este ano. A notícia refletiu o dinamismo e a resiliência da operação frente aos desafios do período que foi complexo para o setor de combustíveis. Especialmente a volatilidade nos preços internacionais, reflexo direto de tensões geopolíticas e dos ajustes praticados internamente. “O ganho de 0,3 p.p. em market share no trimestre confirma nossa estratégia de fortalecer a revenda e os parceiros na ponta, com foco e sinergia”, afirma Ernesto Pousada, CEO da Vibra. Entre os meses de abril a junho de 2025, a companhia alcançou um EBITDA ajustado de R$ 1,5 bilhão e uma margem EBITDA ajustada de R$ 143/m³. Ao desconsiderar o impacto da perda de estoque, a margem da Companhia apresentou crescimento sequencial, refletindo o sucesso da estratégia de priorizar a rentabilidade mesmo em um cenário adverso. Essa performance de margens foi complementada por um crescimento estratégico na participação de mercado. A Vibra encerrou o 2T25 com um market share consolidado de 23,7% em junho, o que representa um crescimento de 0,3 ponto percentual em relação ao trimestre anterior, reforçando a trajetória de recuperação e a eficácia de sua atuação comercial. Esse avanço na participação de mercado foi sustentado pela disciplina na gestão de margens, com destaques para o market share de 30,6% na Rede Embandeirada e 6,5% na Bandeira Branca no 2T25. A gestão disciplinada permitiu que a empresa encerrasse o trimestre com um fluxo de caixa operacional de R$ 0,8 bilhão. Por outro lado, motivado por efeitos financeiros pontuais, como a perda de estoques e maior liberação de capital de giro, a Companhia alcançou o seu maior patamar de alavancagem do ano, 1,8x ao considerar LCs e 2,9x sem considerar tal efeito. Apesar das pressões externas, a Vibra avançou em assuntos estratégicos para sua transformação e que fazem parte das avenidas de crescimento da companhia. Os lubrificantes atingiram o maior volume trimestral desde 2020, com crescimento de 6% contra o mesmo período do ano anterior, enquanto o segmento de renováveis registrou EBITDA @stake de R$ 274 milhões, um aumento de 21% ante o mesmo período de 2024. Avanços regulatórios, como a estratégia regionalizada para a monofasia do etanol — que resultou em ganho de 0,7 p.p. de market share desde o início da Monofasia — e os progressos no RenovaBio, reforçaram o posicionamento da Companhia em um mercado em transformação. Cenário favorável no segundo semestre Para o segundo semestre de 2025, as perspectivas são positivas. A expectativa é de aumento na demanda por diesel, impulsionada pela sazonalidade e pela força do agronegócio, além da continuidade da captura de sinergias com a Comerc. A Companhia segue confiante no seu modelo de gestão, garantindo ritmo e intensidade na execução dos nossos projetos transformacionais que reforçarão o seu compromisso com o crescimento de volume e rentabilidade, buscando excelência operacional e disciplina. Autor/Veículo: Assessoria de Imprensa da Vibra Energia

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Petróleo fecha estável antes de negociações entre EUA e Rússia

O petróleo fechou praticamente estável nesta segunda-feira, depois de cair mais de 4% na semana passada, com os investidores atentos às negociações desta semana entre os Estados Unidos e a Rússia sobre a guerra na Ucrânia. Os contratos futuros do petróleo Brent fecharam com alta de 0,06%, a US$66,63 por barril. Os contratos futuros do petróleo West Texas Intermediate (WTI) dos Estados Unidos subiram 0,13%, a US$63,96. O presidente dos EUA, Donald Trump, disse na sexta-feira que se reuniria com o presidente russo, Vladimir Putin, em 15 de agosto, no Alasca, para negociar o fim da guerra na Ucrânia. As negociações seguem o aumento da pressão dos EUA sobre a Rússia, aumentando a perspectiva de penalidades mais rígidas sobre Moscou se um acordo de paz não for alcançado. Trump disse nesta segunda-feira que tanto a Ucrânia quanto a Rússia teriam que ceder terras uma à outra para acabar com a guerra e que suas conversas com Putin teriam como objetivo medir a temperatura em um possível acordo. “A recente liquidação do petróleo foi interrompida enquanto os mercados aguardam a reunião de alto risco de sexta-feira”, disse o analista Alex Hodes, da StoneX, em uma nota nesta segunda-feira. Trump estabeleceu um prazo até a última sexta-feira para que a Rússia, que invadiu a Ucrânia em fevereiro de 2022, concorde com a paz ou seus compradores de petróleo enfrentarão sanções secundárias. Ao mesmo tempo, Washington está pressionando a Índia a reduzir as compras de petróleo russo. (Reuters) Autor/Veículo: InfoMoney

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