30 de setembro de 2025

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‘Combustível do Futuro’ impulsiona mercado de biometano, que atrai investimentos

O mercado brasileiro de biometano, gás renovável idêntico ao gás natural, que pode ser usado tanto nos veículos, como GNV, quanto na indústria, vive um momento de otimismo. A publicação, neste mês, do decreto que regulamenta a Lei do Combustível do Futuro anima o setor e deverá estimular investimentos. Uma das maiores produtoras de biometano da América Latina, a Gás Verde, dona da usina instalada no Aterro Sanitário de Seropédica, que recebe os resíduos do Rio, planeja aumentar sua produção de 160 mil metros cúbicos por dia (m3/d) para 650 mil m3/d, até 2028, com novas plantas em seis estados. Marcel Jorand, CEO da empresa, explica que a companhia espera ampliar a oferta de biometano para outras regiões e apoiar a transição energética de indústrias e do transporte rodoviário no país: — Também estamos prontos para apoiar o setor de gás natural fóssil no atendimento das metas colocadas pela Lei do Combustível do Futuro, seja com o biometano certificado ou com o CGOB (Certificado de Garantia de Origem do Biometano). A nova regulamentação prevê a adição do biometano ao gás natural no país — num modelo mais ou menos semelhante à mistura de etanol anidro na gasolina —, começando com 1%, a partir de 2026, até chegar a 10%. — Além do biometano, vamos começar a produzir, em breve, o CO2 verde, oriundo da corrente de biometano, fechando um ciclo completo de circularidade — conta Jorand. A Gás Verde fornece biometano para grandes indústrias como Ambev, Saint Gobain e Nestlé, entre outras. Já o CO2 é usado, principalmente, na indústria de bebidas. — Também abastecemos veículos e frotas de empresas, como, por exemplo, o do Grupo L’Oréal, para quem montamos o primeiro ponto de abastecimento dedicado para atender toda a frota da empresa, possibilitando a descarbonização dos transportes — completa Jorand. Renata Isfer, presidente da ABiogás, destaca que a chamada pública da Petrobras, lançada em janeiro, para o fornecimento de 600 mil m3/d de biometano atraiu um grande volume de oferta, o que demonstra o apetite dos investidores. Ela explica que o Brasil tem hoje uma capacidade instalada para produção de biometano de 1 milhão de m3/d, mas o potencial no curto prazo é de até 34 milhões de m3/d: — Podemos crescer até oito vezes em apenas cinco anos. Segundo Renata, a maior parte desse crescimento virá do aproveitamento de resíduos da produção de açúcar e etanol, cuja decomposição gera o biogás. — Além de fornecer maior potencial de aproveitamento energético, a maior parte da produção de cana se concentra em São Paulo, onde está a maior demanda, com clientes industriais que buscam a descarbonização — explica a presidente da ABiogás. — É onde também se concentra a maior infraestrutura para o transporte e a distribuição do biometano. Faltam postos Para que as expectativas se concretizem, ainda será preciso vencer alguns desafios, como a instalação de postos com o combustível, diz Renata. Gasolina terá mais etanol? O diesel vai mudar? Entenda o ‘combustível do futuro’ A operadora de gasodutos TBG desenvolve um projeto de Hub de Biometano, para incrementar a oferta do biocombustível — como o biometano é idêntico ao gás natural, pode ser injetado nos gasodutos. Segundo Jorge Hijjar, diretor-presidente da TBG, o plano é construir um ou dois hubs, com capacidade de 200 mil m3/d cada um. — O transporte pode ser por meio de caminhões-tanque de GNC (Gás Natural Comprimido), GNL (Gás Natural Liquefeito) ou por meio de conexão entre o hub e a rede de gasodutos — diz Hijjar. Autor/Veículo: O Globo

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Aporte na Cosan deixa a situação da Raízen mais indefinida

A Cosan anunciou na última semana um aporte bilionário de investidores institucionais. A cifra é alta e os investidores são pesados: R$ 10 bilhões injetados por BTG Pactual, Perfin e Aguassanta (family office de Rubens Ometto, presidente do conselho de administração da Cosan). Se por um lado a injeção de capital ajuda a aliviar a pressão sobre a alavancagem da companhia, por outro, o aporte coloca em xeque o futuro da Raízen – joint-venture criada pela Cosan em parceria com a Shell e que também busca dinheiro no mercado. Isso porque o capital levantado pela Cosan não será destinado a capitalizar a Raízen. A controladora já informou que os recursos irão reforçar sua própria estrutura de capital. Ao fim do segundo trimestre, a Cosan registrava dívida líquida de R$ 17,5 bilhões, com alavancagem próxima de 3,4 vezes a geração de caixa. Com o aporte, a Cosan consegue limpar quase 60% de sua dívida. O movimento de captação também vai permitir que a empresa reduza sua despesa financeira anual com a holding. No caso da Raízen, os números não são nada triviais. A dívida líquida da companhia somava cerca de R$ 49,2 bilhões no mesmo período, com alavancagem em torno de 4,5 vezes. O aporte na Cosan coloca a Raízen em compasso de espera. É pouco provável que o BTG Pactual – que vinha sendo especulado como potencial investidor na Raízen – coloque mais dinheiro na mesa após ter entrado no capital da holding. No que diz respeito a uma captação, restam ainda algumas opções. A japonesa Mitsubishi, sócia minoritária na Raízen, poderia ampliar sua posição. Outros potenciais investidores estratégicos, como fundos soberanos árabes ou canadenses, também são cogitados, embora a janela de mercado não ajude: o setor sucroenergético enfrenta margens pressionadas, e a percepção de risco sobre a companhia está elevada. Além de buscar por capital externo, a Raízen também adotou um plano de enxugar o negócio. Em março, a companhia contratou o banco americano JPMorgan para auxiliá-la na negociação de venda de ativos, principalmente na Argentina. Até julho, contando os ativos também no Brasil, a empresa já tinha liberado R$ 2,7 bilhões em desinvestimentos. A tendência é de que essa cifra aumente até o fim do ano. No ano, as ações da Cosan acumulam queda de 22%. A desvalorização, no entanto, acelerou após o aporte: as ações cedidas aos investidores tiveram desconto agressivo. O preço fechado foi de R$ 5,00 por ação, enquanto os papéis beiravam R$ 8,00 no mercado. Já os papéis da Raízen amargam perda de 50% em 2025. A queda está ligada à frustração de investidores com a desalavancagem lenta, à dificuldade em monetizar ativos de energia renovável e ao ambiente de juros altos, que pressiona empresas muito endividadas. Autor/Veículo: Times Brasil

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Projeto de Boulos constrange postos que não baixarem preço

Prestes a se tornar ministro de Lula, o deputado federal Guilherme Boulos (Psol-SP) protocolou um projeto de lei na Câmara que, na prática, constrange postos de combustíveis que não repassarem a redução de preço dos combustíveis pelas refinarias da Petrobras para as bombas. O assunto interessa o presidente. O projeto exige que as revendas exibam na nota fiscal toda a composição do preço da gasolina e do diesel automotivo. A regra também passa a valer para quem vende o gás liquefeito de petróleo (GLP) dos botijões de cozinha. Para Boulos, a medida é uma forma de enfrentar a “caixa-preta” que se tornaram os preços desses segmentos, já que atualmente o consumidor paga o valor exibido na bomba ou no painel sem saber o que corresponde às margens de lucro ou custo de produção. Lula reclamou publicamente diversas vezes sobre o não repasse para as bombas das quedas de preços feitas pela Petrobras. O texto prevê que as empresas mostrem, em valores nominais, o preço praticado pela Petrobras ou pelo importador; custo do biocombustível (etanol anidro ou biodiesel) adicionado à gasolina ou diesel; tributos federais (Cide, PIS/Pasep e Cofins); tributo estadual (ICMS); e margem bruta de comercialização, com os custos e as margens de lucro dos setores de distribuição e revenda. O projeto também exige que a nota tenha o percentual de participação de cada um desses itens na composição do preço final. SançõesEm caso de descumprimento, o texto prevê punições, que vão de advertência e multa até suspensão das atividades ou cassação da autorização pela ANP (Agência Nacional de Petróleo e Gás). O texto altera e amplia a Lei nº 12.741, que já obriga os postos a mostrarem na nota fiscal o valor dos tributos embutidos no preço final. “A referida lei representou um avanço significativo ao exigir a discriminação da carga tributária nos documentos fiscais. Contudo, no setor de combustíveis, a complexidade da cadeia de preços demanda um nível de detalhamento superior para que o consumidor compreenda, de fato, o que está pagando”, escreve Boulos no projeto. O texto altera e amplia a Lei nº 12.741, que já obriga os postos a mostrarem na nota fiscal o valor dos tributos embutidos no preço final. “A referida lei representou um avanço significativo ao exigir a discriminação da carga tributária nos documentos fiscais. Contudo, no setor de combustíveis, a complexidade da cadeia de preços demanda um nível de detalhamento superior para que o consumidor compreenda, de fato, o que está pagando”, escreve Boulos no projeto. PressãoO projeto foi apresentado na última sexta (26), no momento em que o presidente Lula e seu ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, pressionam os postos de gasolina a acompanharem a redução de preços aos distribuidores feitos pela Petrobras. Em 2 junho, a Petrobras cortou em 5,6%, ou R$ 0,17 por litro, o preço da gasolina vendida por suas refinarias aos distribuidores. No fim do mesmo mês, a ANP chegou a registrar uma alta semanal no preço médio do combustível nos postos. A demora nos repasses de cortes de preços foi alvo de críticas do governo e da própria estatal. A presidente da petroleira, Magda Chambriard, pediu que os consumidores pressionassem os donos de postos a baixar os preços. Autor/Veículo: Folha de São Paulo

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Metanol fatal em bebidas é sobra de etanol apreendido com PCC, diz especialista

Os recentes episódios de pessoas intoxicadas por causa de bebidas alcoólicas adulteradas com metanol vêm chamando a atenção de autoridades. Em três semanas, três pessoas morreram na Grande São Paulo. Foram duas mortes em São Bernardo e uma na capital paulista. Outros 10 casos estão sendo investigados por suspeita de intoxicação por consumo de bebida adulterada. O metanol (CH₃OH) é altamente inflamável, tóxico e de difícil identificação. Mas qual é a origem dessa substância que está fazendo vítimas em São Paulo? Para o diretor de comunicação da Associação Brasileira de Combate À Falsificação, Rodolpho Ramazzini, o metanol utilizado nas bebidas clandestinas vem das “sobras” de etanol dos postos do PCC lacrados; Para continuar a leitura, clique aqui. Autor/Veículo: Exame

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Brasil pode atender 15% da demanda marítima global com biocombustíveis

Relatório do Boston Consulting Group (BCG) estima que o Brasil pode atender 15% da demanda de transporte marítimo global com biocombustíveis até 2050 e atrair investimento de US$ 90 bilhões. Segundo maior produtor de etanol e biodiesel do mundo, o país pode alavancar sua liderança em biocombustíveis para atender às exigências da estrutura regulatória do IMO Net Zero, mecanismo da Organização Marítima Internacional para atingir emissões líquidas zero no transporte marítimo até meados da década. O mecanismo foi aprovado em abril de 2025 e passará por uma rodada final de votações em outubro. A expectativa é que entre em vigor a partir de 2028. “Com as embarcações necessitando reduzir drasticamente a intensidade de suas emissões de gases de efeito estufa (GEE), com penalidades que variam de US$ 100 a US$ 380 por tonelada de CO2e para o não cumprimento, haverá uma crescente demanda por combustíveis marítimos de baixa emissão”, aponta Arthur Ramos, diretor executivo e sócio do BCG. “Neste cenário, os biocombustíveis brasileiros, como o biodiesel e etanol, oferecem alternativas de rápida implementação, competitivas em custo e escaláveis, cujo aumento da oferta será apoiado na restauração de terras degradadas”, afirma. De acordo com o relatório do BCG, o biodiesel brasileiro (B100) apresenta um custo de abatimento de US$ 220-230/tCO2e em portos brasileiros e US$ 280-300/tCO2e em portos como Roterdã e Cingapura, ambos significativamente menores que as penalidades da IMO. Da mesma forma, o etanol brasileiro mostra custos de abatimento de US$ 205-210/tCO2e em portos brasileiros e US$ 265-275/tCO2e em portos globais, reforçando sua atratividade econômica. “Esta vantagem pode gerar uma redução de aproximadamente 170 milhões de toneladas de CO2e por ano e atender a 15% da demanda de energia do transporte marítimo até 2050″, calcula Ramos. A estimativa é de uma oportunidade de investimento em cerca de US$ 90 bilhões especificamente para a cadeia de valor de biocombustíveis marítimos. No entanto, o relatório aponta que a consolidação do arcabouço regulatório da IMO, a efetividade de mecanismos de incentivo claros (com a IMO visando finalizar as recompensas até março de 2027) e os avanços tecnológicos, especialmente para motores a metanol compatíveis com etanol, são cruciais. Recuperação de terras degradadasO estudo também destaca o potencial brasileiro na produção de biocombustíveis para a restauração de terras degradadas. Como líder global em agricultura regenerativa, com até 100 milhões de hectares dedicados à integração lavoura-pecuária-floresta e plantio direto, o país pode dedicar cerca de 25 milhões de hectares para culturas que permitam utilização com biocombustíveis, em adição à promoção do reflorestamento e aumento da produção de alimentos. Para o BCG, a implementação de corredores verdes e a recuperação de pastagens degradadas também podem contribuir para desbloquear a escala da produção de biocombustíveis e fortalecer ainda mais a liderança brasileira. Autor/Veículo: Eixos

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Expopetro 2025 reúne 1,5 mil visitantes

Ativação de marcas, novos negócios e apresentação de produtos, serviços e sistemas de mais de 40 empresas. A Expopetro 2025, promovida no Centro de Eventos do BarraShoppingSul, em Porto Alegre, nos dias 25 e 26 de setembro, pelo Sulpetro, registrou cerca de 1,5 mil visitantes, empresários, agentes públicos e profissionais do segmento da revenda de combustíveis. A abertura do evento contou com a participação de autoridades e personalidades do setor. O presidente, João Carlos Dal’Aqua, falou sobre a revenda ser o elo final de uma enorme cadeia de fornecedores, agentes e órgãos. “E temos a missão de entregar esta conta, com saldo positivo, ao consumidor, que desconhece a complexidade de todo este processo”, afirmou. O dirigente destacou fatos relevantes sobre fiscalização e regulação do mercado, transição energética e dificuldades de gestão, como a busca constante por mão-de-obra. “Desafios não nos faltam. Precisamos saber enfrentá-los com informações corretas e ações concretas. Reforçar a necessidade e importância de associativismo.” As boas práticas de mercado foram reforçadas pelo presidente da Fecombustíveis, James Thorp Neto. Ele saudou a Operação Carbono Oculto, que investiga fraudes no ramo de combustíveis, em diversos estados brasileiros. “A gente como cidadão, como empresário e revendedor não pode desistir. Temos que continuar cobrando das autoridades para que isso não cesse, não pare”, alertou. Segundo ele, a Operação “tem números estrondosos, assustadores”. “Fala-se em mais de mil postos na mão do crime organizado, na mão de pessoas que falam errado. Mas não me canso e não vou deixar de falar: temos 44 mil postos no Brasil. E a sua grande maioria é de pessoas que estão aqui nesta sala, de pessoas honestas. São essas que nós representamos”, declarou. Conhecimento e percepções De forma paralela à feira, o 22º Congresso de Revendedores de Combustíveis da Região Sul expôs ideias e o repasse de conhecimento por meio de palestras e painéis. O piloto de testes da indústria automobilística César Urnhani abriu o ciclo com dados sobre transição energética, apontando que muitos pensam que seria muito simples a implementação, em pouco tempo. “Isso é impossível, pois existem barreiras intransponíveis com as tecnologias que temos hoje”, frisou. “O carro elétrico acompanha a desenvolvimento automobilístico desde que carro existe”, comentou Urnhani, ao falar do longo processo de evolução. Ele também mostrou dados de emissões globais de gases de efeito estufa, apontando que os veículos não estão no topo da lista. “A energia elétrica emite 73% desses gases globalmente”, disse, ao mostrar pontos sensíveis da eletrificação. O especialista também abordou os desafios com baterias, carregadores e outros pontos. “O mundo não será 100% elétrico. O motor elétrico é muito mais eficiente que o térmico, mas como fazer essa eletricidade chegar lá?”, questionou. Na palestra magna do primeiro dia, o comentarista político Caio Coppolla fez um apanhado sobre o cenário político-econômico do país, apontando opiniões sobre o tema e partindo da afirmação de que o Brasil está condenado ao sucesso. “O que minimiza risco é conhecimento”, alertou. Coppolla ressaltou as “externalidades” nas quais o setor de combustíveis é exposto, exemplificando com alterações no dólar, preço do petróleo, política externa e até conflitos religiosos. Um dos temas de debate foi “O futuro da mobilidade e dos combustíveis no Brasil”. O painel contou com a participação do presidente da Ipiranga, Leonardo Linden; da vice-presidente Executiva de Varejo e Marketing da Vibra, Vanessa Gordilho, do vice-presidente Comercial da Raízen VP Comercial, Marcelo Besteiro; e da diretora-executiva da Confederação Nacional do Transporte (CNT), Fernanda Rezende. O especialista em gestão Jonathan Rocha palestrou sobre “Alta performance na linha de frente: como o gerente transforma o posto”. Para ele, gestão é comunicação, feedback e liderança. “A venda deve ter propósito. A cultura do negócio não é o que você escreve, é o que você tolera”, resumiu. Rocha ainda esclareceu sobre os fundamentos de liderança, padrão, metas e acompanhando de vendas. O ex-jogador de futebol Paulo César Tinga encerrou os encontros palestrando sobre “Gestão além da planilha: propósito, disciplina e pessoas no centro dos resultados”. Com uma história de 20 anos como atleta em sete clubes, ele falou sobre a importância da tomada de decisão, coragem e confiança. “Antes de vestir as camisas do Grêmio e do Internacional, estava vestindo o meu sonho”, disse, ao recomendar dedicação aos projetos Autor/Veículo: Assessoria de Comunicação do Sulpetro

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