21 de outubro de 2025

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O que muda com corte dos preços da gasolina? XP destaca impacto para Petrobras e IPCA

A Petrobras (PETR3;PETR4) anunciou a queda dos preços da gasolina em 4,9% (ou 14 centavos) após muitas teorias sobre a manutenção os valores altos do combustível em relação à paridade internacional. Contudo, em nota, a XP Investimentos destaca que continua vendo o preço da gasolina com um prêmio de cerca de 15% em relação à paridade do Golfo dos EUA (antes do ajuste, o prêmio era de cerca de 20%). Os preços do diesel se mantiveram e estão com um prêmio de cerca de 3% após a recente queda nos preços internacionais, segundo as estimativas dos analistas Régis Cardoso e João Rodrigues. Os analistas apontam que a visão é neutra para a Petrobras. “A redução de preço era amplamente esperada e ficou na faixa inferior das possíveis reduções de preço. Observamos também que as estimativas para os custos de paridade de importação divergiram bastante nos últimos períodos”, avaliam. A Associação Brasileira de Comerciantes de Combustíveis (Abicom) estima um prêmio muito menor, de cerca de +3% para a gasolina após a redução de preço, e o diesel ainda com um desconto de cerca de -3%. A XP ressalta que a redução de preço também tem implicações para os distribuidores de combustíveis e produtores de etanol. “Para os distribuidores, isso gerará perdas de estoque no 4T25. Observamos, no entanto, que esse efeito é transitório e não tem impacto além do quarto trimestre”, conclui. O Itaú BBA avalia que a medida era esperada, embora a magnitude tenha ficado abaixo das expectativas do mercado. A diferença entre os preços domésticos da gasolina e o preço de paridade internacional (IPP) aumentou e se manteve nas últimas cinco semanas, levando o mercado a antecipar uma revisão de preços, confirmada pelo anúncio de hoje, destacam os analistas. Segundo as estimativas, os preços domésticos da Petrobras estavam 11% acima da paridade, sugerindo que o ajuste (-5%, ou R$ 0,14 por litro) foi menor do que o esperado. “Vale destacar que um aumento do imposto estadual (ICMS) sobre a gasolina está previsto para entrar em vigor em 1º de janeiro de 2026”, aponta. “Após o ajuste de hoje, os preços domésticos da gasolina ficarão 6% acima do IPP, segundo nossas estimativas. É importante notar que a empresa pode avaliar os parâmetros de sua estratégia comercial de forma diferente das nossas estimativas”, conclui o BBA. Já a equipe macroeconômica da XP avalia que a redução do preço da gasolina tem impacto baixista de 9 pontos-base (bps) no IPCA (8 bps na gasolina e 1 bp por efeito indireto sobre o etanol), sendo -3 bps em outubro e -6 bps em novembro. Por fim, incorporando o efeito, a estimativa é de revisão nas projeções do IPCA entre 4,5% e 4,6% (hoje em 4,7%). Autor/Veículo: Infomoney

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Ibama libera Petrobras para buscar petróleo na Foz do Amazonas

O Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) concedeu na segunda-feira (20) à Petrobras a licença para a estatal perfurar um poço na Bacia da Foz do Amazonas (AP) na Margem Equatorial. A decisão pôs fim a um período de quase 12 anos de espera e abre espaço para estudos técnicos sobre aquela que é considerada a nova fronteira petrolífera de maior potencial desde a descoberta do pré-sal, em meados dos anos 2000. No setor de petróleo, a exploração é uma fase de pesquisa que inclui a perfuração de poços para avaliar se existe óleo no local. Clique aqui para continuar a leitura. Autor/Veículo: Valor Econômico

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Após onda de eletrificação, montadoras voltam a apostar na gasolina

Apesar de investir bilhões de dólares em veículos elétricos, uma grande parte da indústria automobilística está se adaptando rapidamente —e com satisfação— a uma nova realidade para o tradicional ICE (sigla em inglês para motor de combustão interna). O CEO da Ford, Jim Farley, chamou a mudança de “uma oportunidade de bilhões de dólares”, enquanto a rival General Motors está apostando US$ 900 milhões em um V8 mais limpo, que pode ser usado em caminhões e SUVs. No entanto, analistas alertam que essa mudança traz grandes riscos, considerando a rápida ascensão da China em veículos elétricos. O foco em veículos a gasolina e híbridos segue uma desaceleração na demanda por veículos elétricos nos EUA após o presidente Donald Trump cancelar créditos fiscais para compras no setor e propor a revogação de regras sobre emissões de gases de efeito estufa. Ford e GM não estão sozinhas. A Stellantis também ressuscitou o motor V8 Hemi nas picapes RAM e no Dodge Charger. A japonesa Honda adiou um investimento de US$ 11 bilhões em uma fábrica de veículos elétricos no Canadá por dois anos, enquanto a sul-coreana Hyundai anunciou planos para uma nova picape de tamanho médio nos EUA. Mesmo na Europa e no Reino Unido, onde as vendas de veículos elétricos representaram 20% dos novos registros em agosto, uma reviravolta pode acontecer. Executivos pedem que a proibição de motores a gasolina em 2035 seja flexibilizada para permitir outras tecnologias, como os veículos híbridos. Apenas a China avançou em sua transição verde com veículos elétricos, que devem superar as vendas de carros a gasolina em base anual pela primeira vez este ano. “A cauda do ICE agora é mais gorda e longa do que qualquer um pensou que seria”, disse o diretor financeiro da GM, Paul Jacobson, em uma conferência recente, mesmo enquanto a empresa continua a investir em novos carros elétricos. A significativa perda de participação de mercado na China por marcas estrangeiras também deixa a indústria com pouca escolha a não ser buscar mais vendas nos EUA. “Em dez anos, as empresas poderiam acordar e ser muito regionais, relevantes apenas nos EUA, e isso seria bastante limitante para seu potencial de longo prazo”, disse Mark Wakefield, líder global de mercado automotivo da AlixPartners. Apesar do recente declínio nos preços das baterias, os carros elétricos são menos lucrativos do que seus equivalentes a gasolina. No ano passado, a Ford registrou um prejuízo operacional de US$ 5 bilhões em seu negócio eletrificado, mas obteve US$ 5,3 bilhões de sua divisão a combustão. A AlixPartners reduziu quase pela metade sua previsão de veículos eletrificados para os EUA e agora espera que os elétricos representem 7% das vendas de carros em 2026, com os automóveis a gasolina chegando a 68% e os híbridos, a 22%. Mesmo em 2030, espera-se agora que os veículos eletrificados representem apenas 18% nos EUA, significativamente menor que os 40% na Europa e 51% na China. Entre os poucos perdedores da reversão no ambiente regulatório dos EUA estão marcas focadas em elétricos como a Tesla, que na semana passada alertou que mudanças nas regras de emissões “privariam os consumidores de escolha e extensos benefícios econômicos” e “teriam efeitos negativos na saúde humana”. Outra perdedora é a alemã Porsche, que recentemente alertou sobre um impacto de 1,8 bilhão de euros no lucro operacional anual como resultado do custo de expandir sua linha de gasolina e híbridos. “A morte do motor de combustão interna não vai acontecer em nossa vida”, disse Joseph McCabe, presidente da AutoForecast Solutions. O CEO da BMW, Oliver Zipse, disse recentemente que a montadora sempre seguiu uma estratégia flexível, e que ignorar a demanda contínua por carros a gasolina foi um erro. As fortes vendas de híbridos nos EUA ajudaram a impulsionar os resultados globais da japonesa Toyota para um recorde nos primeiros oito meses do ano, com 7,4 milhões de unidades vendidas. Os híbridos representaram cerca de 40%, e o estoque desses veículos nos EUA era de apenas cinco dias em maio. A visão da China, agora o maior mercado automotivo do mundo, é drasticamente diferente, e analistas alertam sobre os perigos de as montadoras tradicionais, particularmente os grupos americanos, desacelerarem a eletrificação para investir novamente em motores a combustão. A China produziu 18,6 milhões de carros a gasolina no ano passado —dos quais mais de 4 milhões foram exportados— em comparação com um pico de 28,1 milhões em 2017, de acordo com dados da Automobility. O mercado chinês responde por dois terços das vendas globais de carros elétricos, em comparação com apenas 9% nos EUA. A China também tem cerca de 70% da participação no mercado mundial de baterias, além do domínio no processamento de níquel, cobalto e grafite e na produção de cátodos e ânodos. Enquanto tarifas de 100% significam que a BYD e outras montadoras chinesas estão excluídas do mercado americano, elas estão fazendo incursões agressivas na Europa. “O mercado de carros elétricos não está apenas crescendo rapidamente, sua própria natureza está mudando”, disse Tanya Sinclair, CEO da Electric Vehicles UK. “É por isso que é decepcionante ver atrasos [em modelos eletrificados].” Autor/Veículo: Folha de São Paulo

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Fiscalização do abastecimento: ANP firma acordo com o Ipem-SP

Foi publicado ontem (20/10), no Diário Oficial da União, o acordo de cooperação técnica e operacional celebrado entre a ANP e o Instituto de Pesos e Medidas do Estado de São Paulo (Ipem-SP), vinculado à Secretaria da Justiça e Cidadania do Estado de SP. O acordo está voltado para a fiscalização de agentes econômicos que atuam no transporte, revenda e comercialização de derivados do petróleo e biocombustíveis. Prevê a atuação conjunta entre os órgãos para a repressão de condutas irregulares no setor. Inclui também ações visando à educação e à orientação do respeito às normas da ANP e à legislação em vigor no exercício dessas atividades. A parceria compreende ainda o georreferenciamento (registro da localização geográfica de agentes econômicos), com objetivos de contextualização espacial e atualização do cadastro de empresas junto à ANP. Isso aumenta a confiabilidade sobre os dados das empresas do setor de combustíveis, contribuindo para a segurança do abastecimento, bem como para o planejamento das ações de fiscalização. A partir da celebração do acordo, será operacionalizado o respectivo plano de trabalho com a sistemática de cooperação técnica e operacional entre os dois órgãos, visando à fiscalização do mercado de combustíveis, na região de competência do Ipem-SP, que envolve todo o estado de São Paulo. A parceria estabelece que o Ipem-SP poderá fiscalizar essas atividades, em nome da ANP, através de seu quadro de pessoal capacitado pela Agência e mediante ordens de serviço por ela emitidas. O acordo não prevê a transferência de recursos financeiros e terá duração de 60 meses, podendo ser prorrogado. A ANP mantém acordos de cooperação técnica com órgãos públicos de todo o país para atuação conjunta no mercado brasileiro de combustíveis. Autor/Veículo: Assessoria de imprensa da ANP

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Painel sobre evolução automotiva destaca papel do etanol na descarbonização e na mobilidade

O 5º painel da 25ª Conferência Internacional DATAGRO sobre Açúcar e Etanol, realizado nesta segunda-feira (20), em São Paulo, trouxe à tona um dos temas mais atuais e estratégicos para o futuro da mobilidade: “Evolução da Tecnologia Automotiva: do carro a álcool, ao flex, ao híbrido flex, em direção ao etanol”. Moderado por Pedro Robério de Melo Nogueira, presidente do Sindaçúcar-AL e vice-presidente da COAGRO/CNI, o debate reuniu Henry Joseph Jr., assessor especial da presidência da ANFAVEA e conselheiro da Associação Brasileira de Engenharia Automotiva (AEA), e João Irineu Medeiros, vice-presidente de Assuntos Regulatórios da Stellantis, para discutir a trajetória e o futuro da tecnologia automotiva nacional voltada ao etanol. Abrindo o painel, Pedro Robério destacou a importância da evolução tecnológica que permitiu ao Brasil sair dos primeiros carros a álcool, criados na esteira do Proálcool, para o desenvolvimento dos veículos flexfuel, símbolo da engenharia automotiva nacional. Em seguida, Henry Joseph Jr. fez um resgate histórico da trajetória do etanol como combustível automotivo. Segundo ele, o uso do álcool nos motores remonta à década de 1930, mas foi com a criação do Programa Nacional do Álcool (Proálcool), em 1975, que o país iniciou uma transição efetiva. “Naquele período, as conversões de veículos eram simples, mas funcionais. Os centros de apoio tecnológico criados para isso enfrentaram muitos desafios. Com o tempo, surgiram marcos regulatórios, como o comércio de álcool automotivo em 1977 e a criação do Conselho Nacional do Álcool em 1979, que estabeleceu padrões técnicos e financeiros para viabilizar a produção e o uso de veículos a álcool hidratado”, explicou. Henry lembrou que o entusiasmo inicial deu lugar à retração nos anos 1980 e 1990, mas o cenário mudou radicalmente em 2003, com o nascimento do carro flexfuel — tecnologia 100% brasileira que devolveu a confiança ao consumidor e reposicionou o etanol como um combustível competitivo e sustentável. “O avanço do Proconve, o programa de controle das emissões veiculares, caminhou lado a lado com o desenvolvimento dos motores flex, reforçando o compromisso ambiental do país. O etanol é a peça-chave para reduzir gases de efeito estufa com a frota que já está nas ruas — um ativo que poucos países possuem”, concluiu. Representando a indústria automotiva, João Irineu Medeiros, da Stellantis, trouxe uma visão estratégica sobre o futuro da mobilidade e o papel do etanol na descarbonização. “A Stellantis responde por 30% do mercado automotivo da América do Sul e tem o desafio de liderar o processo de descarbonização com investimentos de 32 bilhões de reais em tecnologias locais. O etanol caminha lado a lado com essa meta, pois o Brasil já possui uma das maiores frotas de veículos flex do mundo”, afirmou. O executivo destacou ainda que, embora os carros elétricos sejam uma tendência global, os altos custos de produção e infraestrutura ainda limitam sua expansão. Nesse contexto, as soluções híbridas flex e os bio-hybrids — veículos que combinam eletricidade e etanol — despontam como alternativas sustentáveis e economicamente viáveis. “O ciclo de vida do etanol é mais equilibrado que o do elétrico puro, e o híbrido flex representa o melhor dos dois mundos. O Brasil está à frente do seu tempo nessa transição energética, conciliando inovação, baixo custo e redução de emissões”, pontuou. Autor/Veículo: Datagro

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