12 de novembro de 2025

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Brasil assina acordo que exclui caminhões movidos a biocombustíveis a partir de 2040

O Brasil, por meio do Ministério dos Transportes, aderiu nesta terça-feira (11) a uma coalizão de 42 países que busca eletrificar todos os veículos médios e pesados até 2040, em direção contrária à defesa do próprio governo brasileiro ao uso de biocombustíveis para descarbonizar o setor de transportes. O anúncio foi feito durante a COP30, em Belém. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) pediu na semana passada, durante a Cúpula do Clima, a adesão de países a um compromisso lançado pelo Brasil para o mundo quadruplicar a produção de combustíveis sustentáveis até 2035, incluindo os biocombustíveis. A agenda é estratégica para o agronegócio brasileiro, que vê oportunidade de alavancar suas exportações de etanol, biodiesel e biometano. O memorando de entendimento assinado nesta terça pelo Brasil diz que até 2040 todos os veículos médios e pesados vendidos no país, como ônibus e caminhões, precisarão ser totalmente livres de emissões. Em 2030, a meta é alcançar 30% das vendas. A contabilização da pegada de carbono feita pela iniciativa, no entanto, considera apenas os gases emitidos durante o uso dos veículos, o que favorece apenas a eletrificação e o hidrogênio verde –esta última indústria ainda engatinha. Os biocombustíveis são considerados limpos quando se analisa todo o seu ciclo de vida, incluindo a absorção de carbono das plantações das matérias-primas desses combustíveis. Assim, eles estão fora do escopo considerado pela coalizão que o governo brasileiro aderiu, a Drive to Zero, liderada pelo governo da Colômbia. A adesão do Brasil, além de ir em direção contrária ao pleito do próprio presidente Lula, contrasta com o interesse crescente da indústria brasileira pelo biometano como um substituto do diesel nas frotas de caminhão do país. O BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social), por exemplo, é um dos maiores financiadores dessa indústria no país. Nos últimos meses, houve disparada nos emplacamentos de caminhões a gás no Brasil, que podem usar o biometano. No primeiro semestre, segundo a Anfavea (Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores), foram 356, mais do que o dobro do que o ano passado inteiro. Entre as empresas que já usam o biometano em sua frota estão a Natura e a L’oreal. Além disso, algumas fabricantes de caminhões no Brasil, como Scania e Iveco, também optaram por produzir veículos capazes de rodar com biometano. A tecnologia ainda é incipiente, mas é vista como promissora pela indústria, já que o combustível pode ser feito tanto por meio de resíduos orgânicos da agricultura quanto de aterros sanitários. Outros biocombustíveis também são defendidos pelo governo nesta indústria. No final de outubro, Lula, o vice-presidente, Geraldo Alckmin, e o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, participaram de uma cerimônia de lançamento do Bevan, um combustível feito a partir de gordura animal e óleo de soja e que pode substituir o diesel em caminhões e ônibus. O memorando de entendimento assinado não é deliberativo, mas aponta para os caminhos que os países assinantes querem adotar para descarbonizar seu setor de transportes. Apesar de o documento não citar biocombustíveis diretamente, a diretora global da Drive to Zero, Stephanie Kodish, foi categórica quanto ao objetivo da iniciativa. “Emissões zero significa zero emissões do escapamento. Portanto, não inclui basicamente nada, exceto baterias elétricas e hidrogênio”, afirmou à Folha, durante cerimônia de adesão do Brasil na COP30, que também contou com a presença de executivos da Volkswagen no Brasil. “O memorando de entendimento é agnóstico em termos de tecnologia, mas o que não está aberto para discussão é que nenhuma poluição saia do escapamento; emissão zero significa emissão zero. Então não é uma certa porcentagem que te aproxima de zero, é zero”, acrescentou quando questionada sobre os biocombustíveis. A Folha apurou que a decisão de aderir à iniciativa partiu do Ministério dos Transportes —a presença do ministro Renan Filho na cerimônia era cogitada até segunda (10). Dentro do Itamaraty, que participa de discussões globais sobre o uso de combustíveis no setor rodoviário, técnicos desconheciam a iniciativa. A adesão também pegou de surpresa o próprio setor de biometano. “Eu vou conversar com o ministério, que sempre reconheceu a importância do biometano. Não consigo imaginar o ministério fazendo algo diferente do que ele sempre defendeu”, diz Renata Isfer, presidente da Abiogás (Associação Brasileira do Biogás e Biometano). Questionado sobre a aparente contradição entre a adesão do Brasil à iniciativa e as políticas gerais do governo Lula, o secretário de Sustentabilidade do Ministério dos Transportes, que participou da cerimônia, disse que a entrada do país é para promover o diálogo dentro da Drive to Zero. “O que o Ministério dos Transportes tem feito é dialogar com todos os segmentos, aderir a todas as estratégias e conciliar essas estratégias com a estratégia de transição energética brasileira”, afirmou. “Nas ambições do memorando nossa contribuição est´á alinhada com todas as políticas que já estamos desenvolvendo.” Autor/Veículo: Folha de São Paulo

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COP-30: ‘Se mundo usar etanol na gasolina, queda de carbono será significativa’, diz Renan

O ministro dos Transportes, Renan Filho, afirmou nesta segunda-feira, 10, que se o mundo utilizasse etanol misturado na gasolina, como faz o Brasil, as emissões de carbono teriam uma redução significativa. Segundo ele, que conversou com o Estadão/Broadcast ao chegar na abertura da Cúpula do Clima das Nações Unidas (COP-30) em Belém (PA), o setor de transportes do Brasil é um exemplo de transição energética. “Nós somos o País que mais usa etanol, que emite muito menos carbono do que a gasolina. Mesmo na gasolina tem um porcentual grande de etanol, isso reduz emissão. Se o mundo fizesse isso, colocasse um pequeno porcentual de etanol na gasolina, já seria significativa a redução de emissões, mas eles [os outros países] também não desejam isso, não fazem”, afirmou. Para o ministro, o Brasil é referência na transição energética e não o contrário quando comparado ao resto do mundo. Ele foi a Belém em um caminhão do ministério para ouvir a população e avaliar a qualidade das estradas. Segundo ele, o formato foi aprovado e deve ser repetido. “O Brasil ele tem grandes exemplos, a gente é referência, não o contrário, a gente emite muito menos do que as grandes potências. Além disso, a gente tem uma matriz energética praticamente 100% limpa hoje”, completou. Autor/Veículo: Terra

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Preço do frete tem 3ª queda seguida ajudado por diesel estável e maior fiscalização

O preço médio do frete por quilômetro rodado no Brasil registrou a terceira queda mensal consecutiva em outubro, com o valor médio nacional passando de R$ 7,25 em setembro para R$ 7,23 em outubro, uma retração de 0,28%, segundo o Índice de Frete Rodoviário da Edenred (IFR). O resultado indica certa estabilidade nos preços, após meses de variações mais intensas no setor, avaliou a Edenred Frete. O IFR é um índice do preço médio do frete e sua composição é levantada com base nos dados exclusivos das 8 milhões de transações anuais de frete e vale-pedágio administradas pela Edenred Repom. “De um lado, o agronegócio mantém boas perspectivas com a projeção de safra recorde para 2025, o que tende a sustentar a demanda de transporte. Por outro, a desaceleração da atividade industrial observada nos últimos meses reduziu o ritmo de embarques, pressionando levemente os preços para baixo”, explicou em nota. A estabilidade do preço do combustível também contribuiu para conter variações. De acordo com o Índice de Preços Edenred Ticket Log (IPTL), o diesel S-10 manteve o valor médio de R$ 6,21 em outubro, sem alterações em relação à média registrada em setembro. Além das variáveis econômicas, a intensificação da fiscalização da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) sobre o cumprimento da Tabela de Preço Mínimo de Frete tem influenciado o comportamento do mercado. “A fiscalização mais rigorosa da ANTT contribuiu para manter a média do frete em níveis estáveis. Com mais empresas buscando se adequar às regras, observa-se uma menor dispersão nos valores praticados e uma tendência de equilíbrio entre oferta e demanda”, disse em nota o diretor da Edenred Frete, a Vinicios Fernandes. Autor/Veículo: Jornal de Brasília

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Encontro do Norte do Brasil reúne revenda do país em Palmas

O XX Encontro de Revendedores de Combustíveis e Lojas de Conveniência do Norte do Brasil, que será realizado amanhã (13) e sexta-feira (14), em Palmas (TO), vai encerrar o ciclo de eventos da revenda, promovido nas cinco regioões do país, que contam com apoio da Fecombustíveis. O evento acontecerá na Prince Eventos e promete movimentar o segmento com feira de negócios e programação de palestras variada, desde cenário político e econômico do país ao combate às irregularidades do setor. O encontro vai reunir autoridades locais, especialistas do setor e revendedores de todo o país. Confira a programação completa, clique aqui. Autor/Veículo: Assessoria de Comunicação da Fecombustíveis

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