Author name: Junior Albuquerque

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Do poço ao posto: Petrobras planeja voltar a vender gás de botijão e combustível

Do poço ao posto. É com essa máxima que a Petrobras quer retomar sua atuação original, depois de ter vendido uma série de ativos nos últimos anos, que resultaram na saída da empresa de áreas como venda de combustíveis e de gás de botijão ao consumidor final. Na noite de quinta-feira, a estatal anunciou que seu Conselho de Administração aprovou o retorno ao setor de distribuição. Segundo fontes, a investida atende a um pedido de Lula, que, por diversas vezes, já reclamou que reduções de preços anunciadas pela estatal na refinaria não chegam nas bombas e está de olho na popularidade para 2026. Além de já vender diesel a grandes consumidores, como indústrias e empresas de transporte, e gás natural no mercado livre, a Petrobras planeja o retorno ao setor de distribuição de gás de botijão (GLP) já no início do próximo ano, por meio de aquisição ou parceria com alguma empresa do setor, segundo fonte ouvida pelo GLOBO. Hoje, a estatal vende GLP apenas para as distribuidoras. A Petrobras já esteve presente no segmento com a Liquigás, empresa vendida para a Copagaz em 2021, no governo de Jair Bolsonaro. ‘Portas abertas’O novo posicionamento da Petrobras para o segmento de distribuição também mira a venda de combustíveis líquidos em postos. Ao vender a BR Distribuidora (hoje Vibra), durante o governo Bolsonaro, a Petrobras assinou contrato de não competição até 2029. Ou seja, até lá a estatal não pode vender gasolina e diesel em postos ao consumidor final. Segundo essa fonte, o aval do Conselho permite que a empresa comece, agora, a preparar seu retorno ao setor. Não estaria descartada uma rodada de negociações com a Vibra. Magda Chambriard, presidente da Petrobras, afirmou querer “portas abertas” para a distribuição, em teleconferência com analistas para tratar dos resultados do segundo trimestre. — O que não podemos ter é limitação para fazer esses esforços e avanços. Tudo o que for necessário, seja no B2B (venda de empresa para empresa), para o grande consumidor, seja uma venda para o consumidor final em postos de combustíveis, seja na direção do gás. Nós queremos portas abertas para optar pela empresa para a melhor agregação de valor possível e a forma mais eficiente de colocar esse nosso produto no mercado. Quando entendemos que a Petrobras, ao longo do tempo, se posicionou pela obrigação de sair de alguns mercados, a gente diz assim: “Por que vamos ter obrigação de sair e por que não podemos deixar essa porta aberta para que seja usada da melhor maneira possível?” — Em conversa com analistas e imprensa, Fernando Melgarejo, diretor financeiro e de Relações com Investidores, afirmou que “o compromisso de não competição (com a Vibra) será cumprido”. No comunicado divulgado pela estatal, o posicionamento para a atuação em distribuição prevê a entrada em “negócios rentáveis e de parcerias nas atividades de distribuição, observadas as disposições contratuais vigentes”. Além disso, a companhia destacou três direcionamentos: “atuar na distribuição de GLP”, “integrar com demais negócios no Brasil e no mundo” e “oferecer soluções de baixo carbono a clientes”. — Somos uma empresa que nasceu integrada, uma empresa do poço ao posto. Quando olhamos o aumento de produção de gás, temos um produto que vai ter uma produção crescente e, se isso for bom e lucrativo e tiver atratividade, por que não exercer essa sinergia? Mas não há projeto de aquisição de GLP na carteira da Petrobras, apenas a garantia de que as portas estejam abertas para uma eventual possibilidade, caso o projeto seja bom e rentável — disse Magda. Caminho difícilSegundo ela, com a produção aumentando, o desafio é colocar os produtos no mercado. Ela destacou a mesma estratégia para o diesel. Hoje, a estatal só pode vender diesel a grandes consumidores: — A produção é crescente e deságua na ampliação do refino. Temos a pretensão de aumentar o diesel S10 até 2029 em mais 200 mil barris por dia. E isso gera uma pressão por ampliação de mercado. Estamos indo direto na porta dos grandes consumidores, como o do agronegócio, e buscando colocar GLP industrial e GLP residencial, com a ampliação do mercado de gás natural. Entenda: Qual é o peso da Rússia na importação de diesel pelo Brasil? A importação pode virar novo alvo de Trump? Vitor Sousa, analista da Genial Investimentos, avalia que o retorno da Petrobras à distribuição poderia pressionar os preços para baixo, no geral. No entendimento do analista, o cenário é exatamente o mesmo no mercado de gás. — Parece ser um pouco de pressão do presidente, do governo — diz Sousa. — No limite, olhando para o futuro (e para eleições 2026), pode ser isso. A Petrobras sempre investe pouco abaixo do prometido. Agora, estão querendo mudar, investir um pouco mais, mas investir pior. Reforçaram o desejo de voltar a ser uma empresa integrada. Para Felipe Feres, sócio na área de Infraestrutura e Energia do Mattos Filho Advogados, diz que voltar ao posto não será tarefa fácil: — Se o acordo é vinculante, dificilmente a Petrobras poderia questionar. E o setor de distribuição é baseado em infraestrutura. Como vai voltar a distribuir sem essa infra? Teria de fazer parceria ou comprar uma grande distribuidora. Margem na revendaLevantamento feito por Eric Gil Dantas, economista do Instituto Brasileiro de Estudos Políticos e Sociais (Ibeps), antecipado pela Folha de S.Paulo, aponta que a margem na revenda de combustíveis nos postos subiu muito acima da inflação nos últimos anos. Desde 2021 e até junho deste ano, a alta na margem da gasolina alcançou 97%, enquanto no diesel foi de 89%. Para o GLP, o aumento foi de 58%. Nesse mesmo período, a inflação geral medida pelo IBGE ficou em 31,5%. No recorte de 2025, o aumento no caso da gasolina é de 13% e o do diesel, 32%, enquanto o GLP ficou estável. Já a inflação subiu 2,99%. James Thorp Neto, presidente da Fecombustíveis, evitou fazer comentário sobre a Petrobras, mas destacou que quanto mais concorrência, melhor. Ele refutou, porém, o levantamento de preços: — A margem bruta,

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Sabe quantos carros elétricos e híbridos já foram vendidos no Brasil?

Dados divulgados pela Associação Brasileira do Veículo Elétrico (ABVE) indicaram que, em julho de 2025, o Brasil superou a marca de 500 mil carros eletrificados em circulação. Nesse bolo estão veículos totalmente elétricos (BEV), híbridos plug-in (PHEV), híbridos convencionais (HEV) e híbridos com motores flexíveis (HEV Flex). A associação aponta, ainda, que o mês passado foi o melhor da série histórica na comercialização de carros movidos 100% por energia elétrica, com 7.010 emplacamentos. No total, as vendas de veículos eletrificados (excluindo os híbridos leve, mild hybrid, que a ABVE não leva em conta) foi de 19.016 no Brasil, em julho. Não é tanto, comparado com o número total de carros comercializados no País (230 mil unidades) no mesmo período. São menos de 9% do geral, mas é expressivo. Afinal, quando teve início a série histórica, a entidade havia registrado apenas 117 emplacamentos no ano todo. Cabe recordar que em todo o ano de 2024, o volume de emplacamentos de veículos eletrificados no Brasil atingiu 177.358 unidades. Na ocasião, o número resultou em crescimento de 89% na comparação com 2023 – quando foram vendidas 93.927 unidades. Ademais, no primeiro semestre de 2025, os veículos eletrificados já somaram 111.095 emplacamentos. A alta foi de 41,9% na comparação ao mesmo período de 2024. Daqui para frente, no entanto, esse número tende a aumentar, afinal, as fábricas da BYD e da GWM (que promete começar a produção pré-série a partir do dia 15), por exemplo, devem alavancar ainda mais as vendas de modelos elétricos e híbridos. Autor/Veículo: O Estado de S.Paulo

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ANP atualiza normas para querosene de aviação, SAF e diesel verde

A diretoria da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) aprovou na quinta-feira (7/8) a abertura de consulta e audiência públicas para revisar a Resolução ANP nº 856/2021, que define as especificações e os padrões de qualidade do querosene de aviação (QAV) comercializado no país. De acordo com a agência, a proposta visa atualizar a terminologia relacionada à mistura do querosene fóssil com o querosene alternativo, alinhando a nomenclatura nacional à usada internacionalmente. Atualmente, a mistura entre querosene fóssil (JET A ou JET A-1) e o alternativo é designada como JET C. A modificação proposta pela ANP padroniza essa mistura para JET A ou JET A-1, conforme já adotado globalmente, garantindo compatibilidade com as especificações técnicas das aeronaves. Segundo a agência, essa adequação é necessária porque as documentações internacionais das aeronaves, como as da Associação Internacional de Transporte Aéreo (Iata, na sigla em inglês) e da entidade estadunidense que normatiza técnicas e métodos de ensaio American Society for Testing and Materials (ASTM), não preveem o uso do JET C, autorizando somente o JET A ou JET A-1. Em nota, a ANP destaca que a alteração regulatória pode incentivar a importação de querosene “que já contenha parcela renovável misturada”, e, assim, estimular “o uso dos combustíveis sustentáveis de aviação (SAF) no Brasil”. Isso ocorre porque ainda não há produção nacional significativa desses combustíveis e a oferta global permanece limitada, o que torna o acesso a esses produtos uma prioridade para a transição energética no setor aéreo. Além da mudança de nomenclatura, a revisão também inclui atualizações nas rotas de produção, métodos de análise e notas técnicas do regulamento para manter a harmonia com os padrões internacionais. A agência ressalta que essas medidas buscam garantir a segurança do abastecimento e a adequação do combustível às exigências das aeronaves que operam no território brasileiro. A Petrobras, que planejava colocar no mercado brasileiro o seu SAF coprocessado ainda no primeiro semestre de 2025, segundo nota da companhia enviada à agência eixos em abril, promete começar a entregar o produto antes dos prazos para descarbonização do setor estipulados pelo Corsia, disse Magda Chambriard, presidente da companhia. O Brasil ainda não produz o biocombustível, mas está cada vez mais perto. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) participou do anúncio de expansão dos investimentos da estatal na Refinaria Duque de Caxias (Reduc), no Rio de Janeiro, onde estão previstas a produção de 10 mil barris por dia de SAF coprocessado, contendo 1,2% de óleo vegetal nas cargas de petróleo, e a comercialização de diesel coprocessado com 7% de conteúdo renovável (diesel R7). ANP atualiza regras para biocombustíveis A ANP também aprovou na quinta-feira (7/8) uma nova resolução que atualiza as regras para a produção de biocombustíveis no Brasil, incluindo oficialmente o SAF e o diesel verde no programa RenovaBio, que concede créditos de descarbonização (CBIOs) para esses combustíveis. Segundo a ANP, “foram introduzidas todas as atividades que decorrem da produção de novos biocombustíveis — como o diesel verde e o SAF, ampliando o leque de biocombustíveis autorizados a gerar CBIOs. A nova norma, que substituirá a Resolução ANP nº 734/2018, traz aprimoramentos que abrangem a segurança operacional das instalações, mecanismos para garantir o fornecimento contínuo de biocombustíveis e atualizações para contemplar produtos alinhados à Política Nacional dos Biocombustíveis, diz a agência em nota. Pelas regras, os produtores que ficarem inativos por dois anos poderão ter sua autorização revogada, enquanto a comercialização e armazenamento ficam proibidos em locais com produção suspensa por um ano. A resolução estabelece que produtores de biocombustíveis devem possuir autorização para atuar no segmento em geral (não mais especificamente para determinado tipo de biocombustível), evitando limitações para futuros produtos. Além disso, a ANP reforça a exigência de que produtores de etanol mantenham atualizados e disponíveis na instalação documentos como o Auto de Vistoria do Corpo de Bombeiros (AVCB) ou equivalente, exceto em casos de alteração da planta ou da área de armazenamento, quando o documento será obrigatório. Passa a ser exigido também um processo formal de gestão de mudanças para modificações na instalação. Segundo a ANP, regras já existentes foram ajustadas para maior clareza. O texto esclarece que a atividade de produção de biocombustíveis requer CNPJ próprio para a atividade de biocombustíveis e CNAE compatível, mesmo para agentes já autorizados pela ANP em outras áreas — exceto refinarias e UPGNs, que podem usar o mesmo CNPJ. Por fim, a resolução proíbe produtores de biodiesel de comercializar metanol e os responsabiliza por qualquer uso inadequado do produto adquirido. De acordo com a ANP, todo o processo de revisão contou com ampla participação pública, incluindo consultas, workshops e audiências Autor/Veículo: Eixos

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Tarifa de 100% para o Brasil? Entenda ameaça dos EUA por comércio com a Rússia

O governo dos Estados Unidos voltou a sinalizar que pode impor tarifas pesadas, possivelmente próximas de 100%, a países que mantêm relações comerciais com a Rússia, especialmente na compra de petróleo, combustíveis e fertilizantes. A ameaça, feita pelo presidente Donald Trump em evento na Casa Branca na terça-feira (5), pretende exercer pressão sobre Moscou para encerrar a guerra contra a Ucrânia. O movimento pode atingir diretamente o Brasil, que figura entre os maiores compradores mundiais de diesel e fertilizantes do país de Vladimir Putin. “Vamos tomar uma decisão sobre sanções a países que compram energia russa após a reunião de amanhã com a Rússia”, disse Trump, sem citar o Brasil, mas indicando que a sobretaxa ficaria “próxima de 100%”. Dados da consultoria StoneX mostram que, no primeiro semestre, 39,1% do diesel importado pelo Brasil veio da Rússia, à frente dos EUA, que responderam por 32,8%. O risco também se estende ao agronegócio, altamente dependente dos fertilizantes russos. Segundo o Ministério da Agricultura, mais de 90% dos insumos usados no país são importados, sendo 30% originários da Rússia. “O mercado de fertilizantes tem visto uma alta de preços desde o começo do ano, muito por uma falta de produto a nível internacional. A China era o grande exportador, e eles vêm segurando essas explorações, criando barreiras para tentar controlar os preços internos de fertilizantes na China e com isso vem aumentando a dependência do Brasil, da Rússia, por exemplo”, explica Samuel Isaak, analista de commodities agrícolas da XP. Segundo ele, os fertilizantes, por estarem ligados à segurança alimentar, normalmente ficam de fora de barreiras e sanções. Então, mesmo sancionada, a Rússia continua exportando. “É bastante difícil a gente substituir 100% [dos fertilizantes importados pelo Brasil da Rússia]”, avalia Isaak, que vê uma incerteza sobre esse tipo de comércio que até então era protegido pela OMC, devido às atitudes erráticas de Trump. Mercado teme punição Representantes do setor agroindustrial alertaram o Itamaraty para os impactos potenciais de novas sanções. “Se o cenário evoluir para o ponto em que o Brasil seja taxado por manter relações comerciais com a Rússia, o Brasil vai continuar comprando os produtos russos”, afirmou Sérgio Araújo, presidente da Associação Brasileira dos Importadores de Combustíveis (Abicom), ao Estadão/Broadcast. “Não é simples tirá-los do mercado e encontrar fornecedores alternativos.” Parlamentares brasileiros que estiveram recentemente em Washington também saíram com a percepção de que uma nova frente de atrito pode se abrir nos próximos 90 dias. “Há outra crise pior que pode nos atingir”, disse o senador Carlos Viana (Podemos-MG), na última semana, acrescentando que congressistas republicanos e democratas defenderam a aprovação de uma lei prevendo sanções automáticas a países que mantêm negócios com Moscou. A senadora Tereza Cristina (PP-MS), que integrou a comitiva, reforçou que, na visão americana, essas transações ajudam a prolongar o conflito. “Eles acham que quem compra da Rússia dá munição para a guerra continuar”, afirmou.Além de sobretaxas, o presidente da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Ricardo Alban, advertiu que os EUA poderiam impor restrições diretas à compra de produtos brasileiros como forma de retaliação. Autor/Veículo: InfoMoney

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Compra de petróleo russo é motivo de preocupação para negociações com EUA, dizem senadores a Alckmin

Senadores da Comissão de Relações Exteriores levaram a preocupação com a compra de derivados de petróleo da Rússia, no âmbito das negociações de tarifas com os Estados Unidos, ao vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin. Na terça-feira, 5, o presidente americano, Donald Trump, voltou a ameaçar sanções comerciais contra países que importam petróleo da Rússia. Trump não citou especificamente o Brasil, mas o País é um tradicional comprador de diesel russo. A reunião dos senadores com o vice-presidente, no fim da tarde desta quarta-feira, 6, tinha o objetivo de fazer um balanço das agendas da comitiva aos EUA, realizada na semana passada, para discutir a sobretaxa aplicada aos produtos brasileiros. O senador Nelsinho Trad (PSD-MS), presidente da comissão, disse que ele e os colegas fizeram um relato de todas as agendas que tiveram nos EUA. “Viemos com alguns recados importantes, a questão do comércio de petróleo e de óleo diesel com a Rússia. Foi algo muito marcante falado por democratas e republicanos com que a gente conversou”, destacou Trad. Questionado se o comércio do Brasil de óleo e também fertilizantes com a Rússia poderia impactar o País com a aplicação de mais sanções dos EUA, o senador disse que a comitiva sentiu que isso é “uma possibilidade real”. “Por incrível que pareça, une republicanos com democratas no âmbito do Congresso. Foi dito claramente para nós isso”, prosseguiu Trad. Apesar disso, ele disse vislumbrar “um horizonte para se fazer um gesto” e disse ter ouvido que esse assunto está no radar do governo brasileiro para poder ser resolvido. Plano de contingência Os senadores disseram que Alckmin não sinalizou uma data para apresentação do plano de contingência para socorrer os setores brasileiros afetados pelo tarifaço. O plano é esperado para ser anunciado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva ainda nesta semana. “A luta continua, tanto para esclarecer adequadamente, precisamente, o que faz parte das exclusões. Isso tem que ser bem esclarecido e a luta continua, ou seja, a negociação, eu acho que nós ajudamos a iniciar, com nossa presença lá”, afirmou o senador Esperidião Amin (PP-SC). Os senadores também relataram que os parlamentares e os empresários americanos receberam a comitiva brasileira “com receptividade” e disseram ter ouvido de um interlocutor americano que o governo Donald Trump está “fazendo um gol contra”. “Não podemos nos acomodar no que a partir de hoje vai ser uma realidade e procurar buscar alternativas para reverter determinados produtos que para eles também são caros. Eles não têm uma carne para fazer hambúrguer com a qualidade da nossa, o nosso café, a questão da madeira e outros produtos que com certeza a sociedade americana vai sentir”, concluiu Trad. Autor/Veículo: O Estado de São Paulo

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É preciso pensar novas formas de financiar fiscalização, diz diretora da ANP

A diretora da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), Symone Araújo, afirmou que o orçamento do órgão para 2026 está com um referencial menor do que o aprovado em 2025 e destacou a necessidade de encontrar novas formas de financiar a fiscalização. “Após o contingenciamento que tivemos, o Congresso, a agência e o setor deram as mãos para retomarmos as atividades com certa regularidade. Tivemos um fôlego e já trouxemos de volta o PMQC [Programa de Monitoramento da Qualidade dos Combustíveis], que é um programa que vai além da estatística, e cumpre um papel pedagógico para a indústria”, disse a diretora na Biodiesel Week, promovida pela Ubrabio nesta quarta-feira (6/8). O programa de monitoramento foi suspenso em julho devido à falta de verba na autarquia. Araújo também pontuou que será necessário dar continuidade à mobilização para a ampliação do novo PMQC, modelo já consolidado em Goiás e no Distrito Federal e com planos para ser expandido para o Tocantins e Mato Grosso. Diferentemente da versão anterior, o novo modelo prevê o acompanhamento de 100% dos postos revendedores da região monitorada, assim como de todas as distribuidoras, que também passarão a ter os produtos monitorados em suas bases, e os TRRs. “Qual será o PMQC que conseguiremos construir, agregando o programa e os nossos desafios orçamentários e financeiros? Não podemos abrir mão deste programa. Estamos agora, em agosto, ascendendo ao mandato de 15% [de biodiesel no diesel]“, reforçou Symone. Segundo ela, o reforço na fiscalização é essencial, sobretudo ante o aumento na mistura de biocombustíveis aos combustíveis. Histórico de dados da ANP mostra que a fraude cresce após ampliação da mistura. Passou a valer no começo de agosto o aumento na mistura de etanol à gasolina para 30% (E30), assim como a elevação para 15% do teor de biodiesel no diesel (B15). Segundo o superintendente de Fiscalização do Abastecimento da ANP, Júlio Nishida, quando houve a elevação do B12 para o B14, caiu o grau de conformidade do diesel B. A situação foi agravada com a interrupção do programa de monitoramento em 2024. ”Quando houve o aumento [da mistura], teve uma queda [na conformidade], mas conseguimos voltar ao patamar histórico. Depois que suspendeu o PMQC, a gente perdeu metade deste trabalho, que voltou acima dos 98% após a retomada do programa”, disse Nishida. Crise do orçamento A ANP teve um alívio no orçamento no fim de junho, quando foram liberados R$ 10 milhões de antecipação de limites de movimentação de empenho, que ampliou o limite global até julho de R$ 57,5 milhões para R$ 67,5 milhões. Na sequência, o governo anunciou o descontingenciamento de R$ 20 bilhões, zerando a contenção determinada em maio pela equipe econômica em razão da frustração de receitas e aumento das despesas, em relação ao previsto no orçamento. Essa operação só foi possível graças às estimativas de arrecadação com as receitas do petróleo, que incluíram: Equipamentos para detecção de fraudes Fiscais da ANP já estão utilizando os equipamentos doados por um consórcio de distribuidoras e associações do setor de biodiesel para detectar fraudes na composição do diesel B in loco. Os espectrofotômetros (nome técnico do aparelho) estão nas ruas há dez dias e resultaram em pelo menos uma dezena de interdições. Além dos aparelhos que a agência já recebeu, a Trinamix doará dois novos aparelhos, que utilizam de outro tipo de tecnologia, com menor custo e “mais portátil”. A companhia é subsidiária da Basf. Uma demonstração foi feita pelo diretor de manômeros da Basf, Alejandro Bossio, à ANP nesta terça (5). “Ele é capaz de descobrir moléculas misturadas a outras moléculas, por exemplo, biodiesel misturado no diesel e água no etanol”, explicou Bossio. Autor/Veículo: Eixos

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Veículos 1.0 têm alta nas vendas após lançamento do programa “Carro Sustentável”

As vendas de veículos com motor 1.0 aumentaram 13% em julho na comparação com junho, segundo dados apresentados pela Fenabrave (Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores), informou o Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC). O avanço ocorre menos de um mês após o lançamento do programa Carro Sustentável, que reduz tributos para modelos mais leves e eficientes e com menor impacto ambiental. Em relação a julho de 2024, o crescimento foi de 11,35%. As informações foram repassadas ao vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), Geraldo Alckmin (PSB), durante visita a concessionárias em Brasília no sábado (2/8). Durante a visita, Alckmin ouviu de concessionários que as vendas praticamente dobraram no último mês. Em uma revenda da Fiat, o modelo Argos teve alta de 40 para 76 unidades vendidas; o Mobi passou de 25 para 40 unidades. “O programa é um sucesso. O presidente Lula zerou o IPI. E as montadoras também ajudam com um bom desconto. É a indústria e o comércio no Brasil gerando emprego e renda para a população”, afirmou Alckmin. Além da Fiat, o vice-presidente também passou por lojas da Renault e da Chevrolet. Em semanas anteriores, ele já havia visitado revendas da Volkswagen e da Hyundai. O programa prevê cortes no IPI para automóveis movidos a energia limpa que cumpram critérios de eficiência energética, reciclabilidade e segurança. Para modelos compactos fabricados no Brasil e com desempenho ambiental elevado, a alíquota do IPI foi zerada. Com isso, os preços de veículos populares caíram até R$ 13 mil, de acordo com o governo. Montadoras como GM, Renault, Volkswagen, Hyundai e Stellantis encaminharam ao MDIC no início de julho solicitações para incluir cinco modelos de carros populares no programa Carro Sustentável: Pelo decreto nº 12.549/2025 que regulamentou o programa, carros com emissão inferior a 83g de CO2 por quilômetro — considerado o ciclo poço a roda — compostos por mais de 80% de materiais recicláveis e montados no país (com etapas como soldagem, pintura, fabricação do motor e montagem no país) terão IPI zerado. Atualmente, a alíquota mínima para esses carros é de 5,27%. Autor/Veículo: Eixos

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Trump diz que EUA cobrarão tarifa de 100% sobre importação de semicondutores

Os Estados Unidos vão impor uma tarifa de cerca de 100% sobre chips semicondutores importados para o país, disse o presidente Donald Trump nesta quarta-feira (6). Trump afirmou a repórteres na Casa Branca que a nova taxa será aplicada a “todos os chips e semicondutores que entram nos Estados Unidos”, mas não se aplicará a empresas que se comprometeram a fabricar esses componentes nos Estados Unidos. O Brasil exportou US$ 8,5 milhões (R$ 46,6 milhões) em semicondutores no ano passado, uma queda em comparação aos US$ 9,2 milhões (R$ 50 milhões) registrados em 2023, de acordo com dados do MDIC (Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços). A maior parte da produção brasileira exportada tem destino a países da América do Sul. Em 2024, o país teve de importar US$ 6,3 bilhões (R$ 34,5 bilhões) em semicondutores para suprir a demanda interna. O principal parceiro comercial do Brasil no setor de produtos eletroeletrônicos, que inclui também a indústria elétrica, é os Estados Unidos. No ano passado, os americanos exportaram US$ 4,2 bilhões (R$ 23 bilhões) em itens dessa pauta para o Brasil e importaram US$ 1,9 bilhões (R$ 10,4 bilhões), resultando em um superávit de US$ 2,3 bilhões (R$ 12,6 bilhões) para o país de Trump. Contudo, a produção de semicondutores envolve uma cadeia de suprimentos complexa, e, por isso, a medida tende a ter reflexos nos preços globais dos chips e processadores, usados em computadores, smartphones e carros. A empresa taiwanesa TSMC concentra 67,6% do mercado de impressão de microchips e atende Apple, Nvidia, AMD, Qualcomm, entre outras empresas americanas, de acordo com dados da consultoria TrendForce. As maiores concorrentes da TSMC são a chinesa Semiconductor Manufacturing International, com 6% da produção, a taiwanesa United Microelectronics (4,7%) e a americana GlobalFoundries (4,2%). Os chips são impressos com uma técnica chamada de fotolitografia, feita com equipamentos produzidos pela empresa holandesa ASML, que domina mais de 80% do mercado, também de acordo com dados da TrendForce. APPLE PROMETEU INVESTIR US$ 100 BI EM FÁBRICAS NOS EUANa mesma ocasião, o presidente Trump anunciou que a Apple prometeu investir mais US$ 100 bilhões (R$ 548 bilhões) nos Estados Unidos, no mais recente movimento da empresa para comprar mais componentes de fornecedores americanos e evitar a ameaça do presidente de impor tarifas aos iPhones. Ao lado do CEO da Apple Tim Cook no Salão Oval da Casa Branca, Trump destacou a criação do Programa de Manufatura Americana da Apple, cujo objetivo é trazer mais componentes da cadeia de suprimentos e manufatura da empresa para os Estados Unidos. Em fevereiro, a Apple anunciou que planejava gastar US$ 500 bilhões (US$ 2,7 trilhões) e contratar 20 mil pessoas nos Estados Unidos nos próximos quatro anos, incluindo a inauguração der uma fábrica no Texas para produzir as máquinas que impulsionam seu braço de inteligência artificial. O investimento, segundo o que Trump deu a entender, livraria a Apple da tarifa sobre semicondutores. O anúncio ainda não atende à exigência de Trump de que a Apple comece a fabricar iPhones nos Estados Unidos. A fabricante do iPhone fez promessas semelhantes, porém de menor escala, durante o governo Biden e o primeiro mandato de Trump. No entanto, ainda não cumpriu algumas desses compromissos. Apesar de uma década de pressão de Trump para começar a “construir seus malditos computadores e coisas neste país”, a Apple continuou a fabricar a maior parte do que vende —iPhones, iPads e Macs— na Ásia. A China é a principal base de fabricação da empresa desde os anos 2000. A empresa americana transferiu parte da produção para o Vietnã, Tailândia e Índia nos últimos anos, mas nunca investiu na construção de uma fábrica para um produto importante nos Estados Unidos. De acordo com o New York Times, Apple diz que apoia mais de 450 mil empregos americanos com milhares de fornecedores e parceiros em 50 estados. Ela depende de mais de três milhões de trabalhadores em sua rede de fornecimento na China e recentemente tem expandido a produção na Índia, o que irritou o presidente. COREIA DO SUL NÃO SERÁ AFETADAO principal encarregado de comércio da Coreia do Sul nos Estados Unidos, Yeo Han-koo, disse nesta quinta-feira (7, no fuso horário da sul-coreano), que as fabricantes de chip Samsung Electronics 005930.KS e SK Hynix 000660.KS não estarão sujeitas as tarifas de 100% mencionadas por Trump. Em entrevista a uma rádio local, Yeo disse que, entre vários países, a Coreia do Sul enfrentará as taxas mais favoráveis dos EUA sobre chips sob o acordo comercial entre Washington e Seul. Autor/Veículo: Folha de S.Paulo

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GWM testa primeiro caminhão a hidrogênio no País

A GWM acaba de trazer ao Brasil o If You Changzheng Q1H, seu primeiro caminhão elétrico equipado com célula a combustível a hidrogênio. O modelo desembarcou no porto de Santos (SP) no fim de julho e seguiu para a sede da empresa em Iracemápolis (SP), onde passará por testes preliminares antes de entrar na fase de avaliação em rodovias. De acordo com Thiago Sugahara, gerente de ESG da GWM Brasil, o caminhão pesado da divisão If You do grupo chinês será o ponto de partida para uma série de estudos técnicos e institucionais no País. “O caminhão vem para coroar esse primeiro ciclo de trabalho e iniciar os testes de pesquisa e desenvolvimento aqui no Brasil”, disse o executivo em entrevista ao portal Estradão. Baixo impacto ambiental Objetivo da empresa é demonstrar o potencial do hidrogênio como opção ao diesel no transporte Com isso, a empresa começa a explorar o potencial do hidrogênio como alternativa ao diesel, especialmente no transporte pesado. “Atualmente, mais de 2 mil caminhões como esse rodam na China, mas esse é o primeiro do tipo aqui no Brasil”, afirma Sugahara. PARCERIAS LOCAIS Em 2024, a GWM firmou um memorando de entendimento com o governo do Estado de São Paulo para explorar a viabilidade do hidrogênio veicular. Além disso, a empresa prepara parcerias com universidades brasileiras. A primeira fase dos testes será conduzida em Iracemápolis, com foco em familiarização técnica e transferência de tecnologia. Depois, o caminhão será levado à USP, onde a empresa utilizará uma estação de abastecimento de hidrogênio produzido a partir do etanol. “É uma tecnologia 100% brasileira para esse universo do hidrogênio”, diz Sugahara. “Vai transformar o etanol em hidrogênio de baixa intensidade de carbono, que será usado para abastecer o nosso caminhão, a partir de setembro”, diz. Dessa forma, o projeto busca validar o desempenho do caminhão e também promover soluções tecnológicas brasileiras para o abastecimento com baixo impacto ambiental. Segundo o especialista da GWM Brasil, a produção local de hidrogênio, com etanol como matéria-prima, pode ampliar a utilização da infraestrutura já existente nos postos de combustíveis do País. VEÍCULO ELÉTRICO. O cavalomecânico If You Changzheng Q1H tem motor elétrico com potência equivalente a 539 cv, que gera eletricidade a bordo por meio de célula a combustível. Nesse sistema, a reação entre o hidrogênio armazenado em cilindros (até 40 kg) e o oxigênio do ar produz eletricidade. Como resultado do processo, o caminhão emite apenas vapor d’água pelo escapamento. O conjunto inclui pacote de baterias de 105 kWh, que também armazena a energia gerada durante as frenagens. Além disso, é possível recarregar as baterias por meio de um carregador do tipo DC, de acordo com informações da GWM. “O caminhão é um Fuel Cell Electric Vehicle (Veículo Elétrico com Célula de Combustível). Ele tem um sistema de célula a hidrogênio que reduz o tamanho necessário da bateria, mas ainda depende dela para armazenar energia recuperada, por exemplo, durante frenagens”, explica Sugahara. Inicialmente, os testes no Brasil serão feitos com o caminhão vazio. Porém, a GWM também testará o cavalomecânico carregado, em diferentes regiões do País. “Vamos avançar gradualmente até poder fazer o transporte com carga”, afirma o executivo. • Autor/Veículo: O Estado de S.Paulo

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Prisão de Bolsonaro coloca mais pressão na negociação das tarifas

A prisão domiciliar do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), determinada na segunda-feira pelo ministro do STF Alexandre de Moraes, eleva a pressão das negociações sobre o tarifaço de 50% imposto pelos EUA a produtos brasileiros, que entra em vigor nesta quarta-feira (6). Especialistas ouvidos pelo Valor não descartam novas sanções por parte de Donald Trump e veem risco de recuo na lista com cerca 700 exceções divulgada pelo governo americano junto com o decreto que oficializou a taxação ao Brasil. O especialista em tributação internacional José Andrés Lopes da Costa, professor da FGV, considera que a decisão se deu em um momento de “extrema sensibilidade diplomática” entre Brasil e EUA.“A decisão eleva a tensão política, que já estava bem alta. Os canais diplomáticos estão todos fechados e até agora não se viu nada concreto para desarmar o maior dos problemas, que é o fundamento jurídico das tarifas.” Para ler esta notícia, clique aqui. Autor/Veículo: Valor Econômico

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