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OPEP Mantém Previsão de Demanda de Petróleo para 2024 e Prevê Alta nas Viagens

A Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP) manteve sua previsão de crescimento robusto na demanda global de petróleo para 2024 e 2025. Segundo o relatório divulgado nesta quarta-feira (10), a entidade destacou que o crescimento econômico resiliente e o aumento das viagens aéreas impulsionarão o consumo de combustível durante os meses de verão. No relatório mensal, a OPEP projetou um aumento na demanda mundial de petróleo em 2,25 milhões de barris por dia (bpd) em 2024 e em 1,85 milhão de bpd em 2025, mantendo as previsões inalteradas em relação ao mês anterior. “A alta mobilidade e o aumento das viagens aéreas no hemisfério Norte durante as férias de verão deverão impulsionar a demanda por combustíveis de transporte e estimular o crescimento nos Estados Unidos”, afirmou a OPEP no relatório. Os analistas estão divididos quanto à força do crescimento da demanda de petróleo, especialmente devido às divergências sobre o ritmo da transição para combustíveis mais limpos. Mais cedo nesta quarta-feira, a BP anunciou que a demanda de petróleo deverá atingir seu pico no próximo ano. A OPEP+, que inclui a OPEP e aliados como a Rússia, vem implementando cortes na produção desde o final de 2022 para sustentar o mercado. Em 2 de junho, o grupo concordou em estender o corte de 2,2 milhões de bpd até o final de setembro, com a eliminação gradual a partir de outubro. A OPEP também revisou sua previsão de crescimento econômico global para 2023, de 2,8% para 2,9%, mencionando um viés positivo devido ao impulso observado fora dos países desenvolvidos da Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE). “O crescimento econômico nas principais economias manteve-se resiliente no primeiro semestre, sustentando uma trajetória geral de crescimento positivo no curto prazo”, declarou a OPEP. Após a divulgação do relatório, o preço do petróleo permaneceu estável, com o Brent sendo negociado abaixo de US$ 85 por barril. Com informações de Reuters.

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Preços do petróleo aumentam após queda inesperada nos estoques dos EUA

Nesta quarta-feira, os preços do petróleo registraram uma alta após uma significativa redução nos estoques de gasolina e petróleo nos Estados Unidos, resultado de um aumento na atividade de refino na última semana. Contudo, os ganhos foram moderados devido às mínimas interrupções no fornecimento causadas pelo furacão Beryl. Os contratos futuros do petróleo Brent encerraram o dia com um aumento de 0,42 dólar, ou 0,5%, atingindo 85,08 dólares por barril. Já o petróleo West Texas Intermediate (WTI) subiu 0,69 dólar, ou 0,85%, fechando a 82,10 dólares por barril. Durante a sessão, o WTI chegou a subir até 1 dólar após a divulgação dos dados pela Administração de Informação de Energia dos EUA (AIE), que revelaram uma queda nos estoques de petróleo de 3,4 milhões de barris, totalizando 445,1 milhões de barris na semana encerrada em 5 de julho. Esta redução superou amplamente as expectativas dos analistas, que previam uma queda de 1,3 milhão de barris em uma pesquisa da Reuters. Os estoques de gasolina também apresentaram uma redução significativa de 2 milhões de barris, totalizando 229,7 milhões de barris, muito acima da expectativa de consumo de 600 mil barris durante a semana do feriado de 4 de julho nos EUA. “O que mais impulsiona os preços neste momento são os dados da AIE”, comentou Phil Flynn, analista do Price Futures Group. Nas três sessões anteriores, ambos os contratos futuros de petróleo haviam registrado quedas, refletindo a recuperação relativamente rápida da indústria energética do Texas após a passagem do furacão Beryl. Com informações de Reuters / InfoMoney

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Inflação desacelera para 0,21% em junho, aponta IBGE

A queda nos preços das passagens aéreas, aliada a um menor aumento nos custos dos alimentos, contribuiu para a desaceleração da inflação oficial no Brasil em junho. O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) fechou o mês em 0,21%, uma redução em comparação com a alta de 0,46% registrada em maio, conforme dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta quarta-feira, 10 de julho. Este resultado surpreendeu positivamente, ficando abaixo das previsões dos analistas consultados pelo Projeções Broadcast, que esperavam uma variação entre 0,27% e 0,38%, com uma mediana de 0,32%. Segundo André Valério, economista-sênior do Banco Inter, esta desaceleração diminui os riscos de um aumento na taxa básica de juros, a Selic, pelo Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central ainda este ano. Valério também prevê que a taxa Selic se mantenha no patamar atual de 10,5% ao ano até o final de 2024, com possíveis cortes no início de 2025. A inflação acumulada em 12 meses subiu para 4,23% em junho, acelerando pelo segundo mês consecutivo, mas ainda dentro do limite de tolerância da meta de 3,0% estabelecida pelo Banco Central para 2024. Análise de Bancos e Economistas Economistas do Banco Bradesco e do Itaú Unibanco consideraram a dinâmica da inflação em junho positiva. Luciana Rabelo, do Itaú, espera uma reaceleração dos preços dos serviços devido ao mercado de trabalho aquecido e uma possível alta dos bens industriais devido à depreciação cambial. Já o Bradesco prevê que os reajustes dos preços administrados pelo governo, incluindo a cobrança extra na conta de luz e os aumentos nos combustíveis pela Petrobras, terão impacto relevante no próximo mês. Preços dos Alimentos e Outros Itens Os alimentos continuaram a influenciar a inflação em junho, embora de forma mais moderada em comparação a maio. O grupo Alimentação e bebidas teve um aumento de 0,44% em junho, contra 0,62% no mês anterior, contribuindo com quase metade do IPCA. Segundo André Almeida, do IBGE, itens como leite longa vida, batata-inglesa e gasolina puxaram os preços para cima, enquanto passagens aéreas e alguns alimentos, como mamão e cebola, ajudaram a segurar a inflação. Os preços dos combustíveis subiram 0,54%, com a gasolina aumentando 0,64% e o etanol 0,34%. Em contrapartida, houve queda nos preços do óleo diesel (-0,64%) e do gás veicular (-0,61%). Variação Regional Na região metropolitana de Porto Alegre, a coleta de preços voltou ao normal em junho após ter sido intensificada remotamente devido a um desastre climático no Rio Grande do Sul. A inflação na região passou de 0,87% em maio para uma deflação de 0,14% em junho, impulsionada pela queda nos preços das passagens aéreas (-9,62%), gás de botijão (-5,02%) e alimentos para consumo no domicílio (-0,88%). Com informações de O Estado de São Paulo

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Trava de 26,5% entrará em vigor em 2033

Os deputados incluíram na regulamentação da reforma tributária, cujo texto-base foi aprovado ontem à noite na Câmara dos Deputados, uma medida para evitar que a alíquota padrão do novo Imposto sobre Valor Agregado (IVA) ultrapasse 26,5%, conforme antecipado pelo Estadão/Broadcast. Essa limitação será válida a partir de 2033, após o período de transição que começa em 2026. De acordo com a proposta aprovada, caso a alíquota padrão do IVA exceda 26,5%, o governo terá que elaborar, em conjunto com o Comitê Gestor do Imposto sobre Bens e Serviços (IBS), um projeto de lei complementar para reduzir a carga tributária. A emenda constitucional da reforma tributária já estabelece um mecanismo para evitar o aumento da carga tributária em comparação com a atual. O novo dispositivo, entretanto, se refere especificamente à alíquota média do IVA. Segundo os deputados envolvidos, o governo poderá rever desonerações, compensações e incentivos fiscais para acionar essa trava do IVA. Essas ações, conhecidas como “gatilhos”, são comparadas às regras do arcabouço fiscal, que prevê cortes de despesas em caso de descumprimento da meta de resultado primário. Na terça-feira, o deputado Claudio Cajado (PP-BA) afirmou que a alíquota de 26,5% do IVA, como inicialmente proposto pela equipe econômica, tornou-se um “dogma” e qualquer alteração deveria manter esse percentual. A resistência da Câmara em elevar a alíquota média do IVA estava no centro do debate sobre a inclusão da carne na cesta básica com imposto zero. A medida, apoiada pela Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA) e pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, aumentaria a alíquota em 0,53 ponto percentual, segundo cálculos do Ministério da Fazenda. A bancada do agronegócio, utilizando outra metodologia, estima um impacto de 0,2 ponto. A reforma estabelece um IVA dual: um do governo federal e outro dos Estados e municípios. Esse novo modelo tributário visa eliminar a “tributação em cascata”, que sobrecarrega consumidores e empresas. Serão criados três novos tributos: o IBS, substituindo o ICMS dos Estados e o ISS dos municípios; a Contribuição sobre Bens e Serviços (CBS), substituindo PIS, Cofins e IPI, que são federais; e o Imposto Seletivo, que incidirá sobre produtos prejudiciais à saúde e ao meio ambiente. A reforma também desloca a cobrança de tributos da origem (onde a mercadoria é produzida) para o destino (onde é consumida), prometendo acabar com a guerra fiscal entre Estados, onde governadores oferecem incentivos fiscais para atrair investimentos. O presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), formou dois grupos de trabalho, com sete membros cada, para analisar os dois projetos de lei complementar enviados pelo governo para regulamentar a reforma. O primeiro grupo tratou da lei geral do IBS e CBS. O segundo analisou a proposta sobre o Comitê Gestor e a distribuição das receitas do IBS entre Estados e municípios. Com informações do Estado de S.Paulo

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Câmara diminui impostos sobre petróleo e aumenta para carvão

A Câmara dos Deputados aprovou uma redução no imposto seletivo sobre petróleo e gás natural. O texto da regulamentação segue agora para análise do Senado Federal. Durante as negociações, o setor mineral obteve sucesso ao garantir a diminuição do teto da alíquota de 1% para 0,25%. A medida também incluiu o óleo e o gás, em resposta a parte das demandas dos envolvidos nas negociações. O texto aprovado mantém a possibilidade de incidência do imposto seletivo sobre exportações, algo que o setor de óleo tentará evitar no Senado, após a vitória parcial na Câmara. A aprovação contou com 336 votos a favor e 142 contrários. Ao final da sessão, apenas uma modificação foi aprovada pelo plenário, incluindo carnes e outras proteínas de origem animal na cesta básica, com alíquota zero. Por outro lado, o projeto inclui o carvão mineral na incidência do imposto seletivo, mantendo a alíquota de até 1%. Inicialmente, o projeto enviado pelo governo federal e as propostas iniciais na Câmara excluíam o carvão da cobrança, restringindo-se ao minério de ferro. A Câmara também aprovou o aumento do cashback para consumidores de baixa renda em contas de gás natural, energia elétrica, água e esgoto. O cashback é uma medida proposta pela equipe econômica do governo para aliviar a carga tributária sobre os contribuintes mais pobres nos serviços essenciais. Com informações de EPBR

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RELATÓRIO ABICOM – PPI X PREÇO DOMÉSTICO – 11/07/2024

Premissas: o preço de paridade de importação (ppi) foi calculado usando como referência os valores para gasolina, óleo diesel, câmbio, RVO e frete marítimo nas cotações, considerando os fechamentos do mercado no dia 10/07/2024. Cenário: com a estabilidade no câmbio e nos preços de referência da gasolina e do óleo diesel no mercado internacional no fechamento do dia útil anterior, o cenário médio de preços está abaixo da paridade para o óleo diesel e para gasolina. Defasagem média de -10% no Óleo Diesel e de -7% para a Gasolina. Câmbio: Ptax fechou na última sessão, operando em patamar elevado e pressionando os preços domésticos dos produtos importados. Fechamento em R$5,40U$. Petróleo: A oferta apertada segue pressionando os preços futuros. No momento, futuros do Brent são negociados acima dos U$84/bbl. ÓLEO DIESEL A S10  198º Dia de Vigência do Redução Linear Médio de R$ 0,30/L nos preços Petrobras (27/12/23). Na última quarta a Acelen, no Polo Aratu-BA, reduziu o preço do óleo diesel A em R$ 0,1277/L O mercado internacional e o câmbio pressionam os preços domésticos. PPI acumula aumento de R$0,19/L desde o último reajuste nos preços da Petrobras. Arbitragem considerando os 6 principais polos descritos no quadro abaixo encontra-se: desfavorável na média de:-R$0,37/L, variando entre -R$0,49/L a -R$0,14/L, a depender do polo de operação. 198 Dias de janelas fechadas, na média, para o óleo diesel A Os preços médios do Óleo Diesel A operam abaixo da paridade em todos os polos analisados. GASOLINA A 3º Dia de Vigência da Redução Linear Média R$ 0,20/L nos preços Petrobras (09/07/24). Na última quarta a Acelen, no Polo Aratu-BA, aumentou o preço da gasolina A em R$ 0,0065/L O mercado internacional e o câmbio pressionam os preços domésticos. PPI acumula redução de R$0,10/L desde o último reajuste nos preços da Petrobras. Arbitragem considerando os 6 principais polos descritos no quadro abaixo encontra-se: desfavorável na média de:-R$0,24/L, variando entre -R$0,36/L a -R$0,04/L, a depender do polo de operação. 155 Dias de janelas fechadas, na média, para a gasolina A Os preços médios da Gasolina A operam abaixo da paridade em todos os polos analisados.

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Reforma Tributária Inclui Veículos Elétricos no ‘Imposto do Pecado’ e Isenta Caminhões

O Projeto de Lei Complementar (PLP 68) que regulamenta o Imposto Seletivo (IS) agora abrange toda a Nomenclatura Comum do Mercosul (NCM) dos veículos de passageiros, incluindo os elétricos. Por outro lado, caminhões são isentos dessa cobrança, devido ao impacto potencial no custo dos fretes. As alíquotas do IS para veículos serão graduadas com base nos critérios estabelecidos na proposta original, que considera o ciclo de vida do poço à roda para medir as emissões de carbono e a reciclabilidade dos veículos. Os critérios incluem potência, eficiência energética, desempenho estrutural, tecnologias assistivas à direção, reciclabilidade de materiais, pegada de carbono, densidade tecnológica, produção nacional e categoria do veículo. “O carro elétrico polui do berço ao túmulo, especialmente no túmulo. Não poderia ser diferente na sua tributação em relação aos carros a combustão. Estaríamos cometendo um crime contra o princípio da neutralidade tecnológica (…) estaríamos tratando de forma diferente os iguais”, explicou Hildo Rocha (MDB/MA). Diferentemente da Lei do Mover (14.902/2024) e do PL do Combustível do Futuro (PL 528/2020), a proposta da reforma não adota o ciclo de vida do berço ao túmulo, mencionado por Rocha. A gradação poderia ser determinada, eventualmente, pela reciclabilidade, além dos outros critérios de internalização das cadeias de produção. Disputa entre Elétricos e Biocombustíveis A mudança no IS atende ao Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC) e ao setor de etanol, devido à concorrência com os veículos elétricos. A disputa pelo mercado ‘verde’ de veículos agora chega à reforma tributária. Na última semana, produtores de etanol defenderam o governo Lula após críticas da montadora chinesa BYD à proposta do MDIC de incluir carros elétricos no rol de bens e serviços sujeitos ao IS, uma inovação da reforma tributária. Em entrevista ao Estadão, Alexandre Baldy, presidente do Conselho da BYD Brasil, criticou a abordagem do MDIC, classificando-a como “retrógrada” e sugerindo uma falta de coordenação no governo. Em resposta, Bioenergia Brasil e a União da Indústria de Cana-de-Açúcar e Bioenergia (Unica) divulgaram uma nota considerando injustas as críticas à abordagem do governo brasileiro à mobilidade sustentável. “Ao dizer que existem vários governos, a mensagem sugere a inexistência de coordenação por parte do Presidente da República. Vindo de uma empresa brasileira seria ruim; de uma estrangeira soa hostil”, afirmou o grupo do setor de etanol. Análise do Ciclo de Vida Em jogo está a adoção de metodologias que avaliam o ciclo de vida completo da produção de veículos e combustíveis nas políticas de incentivo setoriais. Herdada do Renovabio e explorada no Mover e no Combustível do Futuro, as análises do “poço à roda” e “berço ao túmulo” podem ser absorvidas pelo imposto seletivo. A China está ganhando espaço no mercado brasileiro com seus veículos elétricos, acendendo um alerta para montadoras e indústrias de biocombustíveis locais. A proposta de isenção, apresentada pelo Ministério da Fazenda de Fernando Haddad, está sendo debatida com uma visão alternativa do MDIC no grupo de trabalho da Câmara dos Deputados que analisa o PLP 68/2024. Para o MDIC, faz sentido apostar em um sistema de “bônus e malus” na aplicação do tributo à indústria automotiva, seguindo a lógica do IPI Verde do Mover. Em tese, veículos que atendam aos requisitos de segurança, tecnologia, eficiência energética e pegada de carbono teriam um bônus em relação à alíquota base do seletivo, resultando em uma carga tributária menor para os 100% elétricos, caso eles sejam incluídos no IS. Fonte: Com informações de EPBR

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Oportunidades no Médio Prazo, Transição no Etanol e a Realidade do ‘Sonho Americano’ no Brasil

A transição energética, os biocombustíveis, as oportunidades no mercado de açúcar e etanol, inovações no cultivo e sustentabilidade financeira foram temas centrais no “Jalles Day” desta quinta-feira (4), promovido pela Jalles Machado (JALL3) para seus investidores. Otávio Lage Filho, CEO da empresa, abriu o evento destacando a cana-de-açúcar como um “poço de petróleo dentro da fazenda”, repleto de oportunidades. Ele destacou que a companhia está focada em investimentos em gás carbônico de fermentação, hidrogênio verde (H2V), amônia líquida para fertilizantes, biometano, etanol de milho e combustível sustentável de aviação (SAF). “Estamos avaliando investimentos em etanol de milho e buscando a certificação para o SAF”, afirmou. O Papel dos Biocombustíveis na Transição Energética Durante o painel “Transição Energética e o Projeto do Combustível do Futuro: Oportunidades para o Setor Sucroenergético”, Plinio Nastari, presidente da Datagro e conselheiro da Jalles Machado, enfatizou os quatro pilares do arcabouço legal para a transição energética: “Estamos trabalhando para aumentar a mistura de etanol anidro na gasolina de 27% para 30%, podendo chegar a 35%. Nos Estados Unidos, esse nível de mistura ainda é um sonho, mas aqui já é realidade. O setor sucroalcooleiro é fundamental para a transição energética”, explicou Nastari. A Cana-de-Açúcar e o Milho no Mercado de Etanol Rodrigo de Penna Siqueira, CFO da Jalles Machado, destacou que, no médio prazo, a empresa planeja investimentos em etanol de milho, biometano e melhorias marginais para aumento de moagem e mix. A longo prazo, a companhia considera fusões e aquisições, além da diversificação geográfica. Tiago Medeiros, diretor da Czarnikow no Brasil, comentou que o etanol de milho será cada vez mais necessário à medida que a demanda global por açúcar continua crescendo. “No médio-longo prazo, o biocombustível de cana-de-açúcar deve perder espaço. Os menores custos do etanol de milho (~R$ 1.700/m³) comparados ao etanol de cana (~R$ 2.100/m³) reforçam essa perspectiva. Esperamos que a produção de etanol de milho dobre nos próximos 5 anos, atingindo 14 milhões de litros”, explicou. Nastari finalizou defendendo a inclusão do açúcar no Mercosul e afirmou que o Brasil está em uma posição privilegiada para atender à crescente demanda global por açúcar, com um aumento anual de 1,8 milhões de toneladas. No ciclo 24/25, a Jalles Machado espera um incremento de 49,6% na produção de açúcar e uma queda de 13,16% na produção de etanol. Mesmo com a demanda crescente, o açúcar continua proporcionando boa remuneração no mercado internacional. Com informações de Money Times

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Congresso Nacional de Bioenergia Realça Momento Decisivo para o Etanol

Com a participação de mais de 1,8 mil congressistas, a 17ª edição do Congresso Nacional de Bioenergia, organizada pela União Nacional da Bioenergia (UDOP), ocorreu nos dias 2 e 3 de julho na UNIP, em Araçatuba – SP. O evento destacou a importância crucial do etanol no cenário de transição energética, abordando desafios e oportunidades. O painel principal, intitulado “Projeto Combustível do Futuro – O Papel do Etanol na Agenda de Descarbonização”, contou com a palestra de Plínio Nastari, presidente da DATAGRO, e foi moderado por Jacyr Costa Filho, presidente do Conselho Superior do Agronegócio (Cosag) da Fiesp. A discussão centrou-se nas tendências globais de descarbonização e na posição estratégica do etanol brasileiro. Bruno Serapião, CEO da Atvos, destacou a relevância do etanol para o Brasil. Ele enfatizou a necessidade de promover o etanol brasileiro globalmente, como fazem os Estados Unidos com o etanol de milho, e a importância de investir em tecnologia e infraestrutura para garantir a competitividade do etanol brasileiro. Evandro Gussi, CEO da União da Indústria de Cana-de-Açúcar e Bioenergia (UNICA), apontou os benefícios econômicos do setor, destacando a economia de R$ 110 bilhões e a redução de 660 milhões de toneladas de CO2 entre 2003 e 2024. Ele enfatizou que o etanol demonstra como a sustentabilidade pode ser economicamente vantajosa. Mário Campos, presidente da Bioenergia Brasil e Siamig Bioenergia, destacou o momento decisivo para o setor de biocombustíveis, enfatizando a necessidade de um diferencial tributário na reforma tributária e a importância do apoio governamental e da colaboração entre setores público e privado. Marlon Arraes Jardim, diretor do Departamento de Biocombustíveis do Ministério de Minas e Energia (MME), sublinhou a importância da transparência na transição energética e a versatilidade do etanol, que pode ser utilizado nos setores rodoviário, marítimo e aéreo. O Capitão da Marinha do Brasil, Fernando Alberto Gomes da Costa, enfatizou a importância do etanol na redução das emissões do transporte marítimo, um setor responsável por 3% das emissões globais e que movimenta 80% das cargas mundiais. Durante o evento, Hugo Cagno Filho foi reconduzido à presidência da UDOP para um novo mandato até 2026. Em seu discurso de posse, destacou o futuro promissor do setor e a necessidade de políticas públicas que incentivem o crescimento sustentável e investimentos em pesquisa e desenvolvimento. Foram assinados convênios e parcerias estratégicas com instituições como a UFOP, Esalq, Bonsucro, Senai/Fiesp e Embrapa, fortalecendo o networking e promovendo um ambiente propício ao crescimento sustentável do setor. O congresso incluiu diversas sessões técnicas e workshops sobre inovação tecnológica, sustentabilidade e políticas públicas, além de uma exposição de empresas e startups apresentando inovações no mercado de bioenergia. “Encerramos mais uma edição do Congresso Nacional da Bioenergia com imenso orgulho, reafirmando o compromisso da UDOP com a inovação técnica e traçando um caminho promissor para o setor bioenergético”, concluiu Hugo Cagno Filho. Com informações de Jornal Cana.

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Importação de veículos deve superar exportações até o final de 2024, aponta Anfavea

A Anfavea, associação que representa as montadoras, prevê que as importações de veículos ultrapassarão as exportações até o final de 2024. Esse cenário reforça a necessidade de acordos comerciais robustos e a recomposição imediata do Imposto de Importação para veículos híbridos e elétricos. Márcio de Lima Leite, presidente da Anfavea, explicou que, apesar do crescimento de 14,6% nas vendas no primeiro semestre, a produção está estagnada e as exportações caíram 28,3%, enquanto as importações cresceram significativamente. “Houve uma alta desenfreada das importações”, disse ele. O número de veículos importados subiu 11% no primeiro semestre de 2024 em comparação com o mesmo período de 2023. Dados da Anfavea mostram que o Brasil recebeu 146 mil veículos, incluindo muitos da Argentina, seu principal parceiro comercial no Mercosul. No mesmo período, as exportações somaram 165 mil unidades, com destino principalmente a países da América Latina. No ritmo atual, a Anfavea projeta que a balança comercial será favorável às importações até o quarto trimestre. Cerca de 78% do crescimento das importações é atribuído aos veículos produzidos na China. As marcas chinesas BYD e GWM, que em breve terão fábricas no Brasil, já comercializaram 45,3 mil unidades em 2024, todas eletrificadas. Essa presença chinesa no mercado é um diferencial em comparação com outros períodos de alta importação, como nos anos 1990, quando o Brasil reintroduziu carros estrangeiros e ajustou tarifas para equilibrar o mercado. A Anfavea sempre defendeu a alíquota integral de 35% sobre veículos eletrificados, que estiveram isentos do tributo até o fim de 2023. No entanto, o governo optou por um retorno gradual da tributação, escalonando as taxas até 2026. Desde 1º de julho, as novas alíquotas são: 18% para carros 100% elétricos, 24% para híbridos plug-in e 25% para demais híbridos. Márcio de Lima Leite destacou que em países como Canadá, Estados Unidos e na União Europeia, as taxas são significativamente mais altas, chegando a 106%, 102,5% e variando de 27% a 48%, respectivamente. No mercado indiano, que possui semelhanças com o brasileiro, a tarifa chega a 100%, incentivando a produção local. Leite lembrou que a China, para estimular a industrialização, impôs altas tarifas sobre veículos importados no início dos anos 2000, exigindo que montadoras estrangeiras se associassem a empresas locais. A estratégia chinesa também impacta as exportações brasileiras, reduzindo a participação dos veículos nacionais em mercados como México, Chile e Uruguai. Ciro Possobom, presidente da Volkswagen do Brasil, defende a recomposição imediata das tarifas de importação para eletrificados e a exclusão do setor automotivo do futuro imposto seletivo, argumentando que isso permitiria uma redução de 5% nos preços dos veículos e um aumento significativo na produção. A produção de veículos leves e pesados no Brasil aumentou 0,5% no primeiro semestre de 2024, totalizando 1,138 milhão de unidades. As vendas cresceram 14,6% no mesmo período, com 1,144 milhão de veículos emplacados. As montadoras ainda operam com 45% de capacidade ociosa. Com informações da Folha de S.Paulo.

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