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Etanol de segunda geração é “oportunidade espetacular” para o Brasil, diz Lula

A produção do etanol de segunda geração é uma “oportunidade espetacular” para o Brasil se projetar, definitivamente, como uma potência global no processo de transição energética. A afirmação é do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que participou, nesta sexta-feira (24), da inauguração da nova planta industrial de etanol de segunda geração (E2G) da Raízen. O evento aconteceu no Parque de Bioenergia Bonfim, em Guariba (SP) – cidade de menos de 40 mil habitantes no interior do estado de São Paulo. Com um investimento de R$ 1,2 bilhão, a unidade da companhia tem uma capacidade de produção estimada em 82 milhões de litros de etanol por ano. O etanol de segunda geração utiliza o bagaço proveniente da produção do açúcar e do etanol comum para produzir mais etanol. Seu reaproveitamento, que envolve ingredientes como palha e outros elementos residuais, resulta em um aumento de até 50% na produção, sem aumento de área plantada, e tem um índice 30% menor de emissão de gases de efeito estufa. Estimativas apontam que cerca de 70% dos equipamentos para o processo de transformação do etanol de segunda geração são produzidos no Brasil, com pegada de carbono 80% inferior à da gasolina comum. “Saio daqui hoje com o prazer de um presdiente da República que acredita que este país tem de dar certo. A cana-de-açúcar, que já foi tão maltratada no Brasil… De repente, descobrimos que, com a palha que a gente queimava, estávamos jogando energia fora por falta de conhecimento”, disse Lula em seu discurso. “Essa mesma cana-de-açúcar é a razão do enriquecimento de vários estados brasileiros, sobretudo do estado de São Paulo”, prosseguiu o presidente. “A nossa engenharia e os nossos pesquisadores conseguiram fazer o que nenhum país do mundo que pensa que é melhor que nós fez. Vamos valorizar as coisas que nós temos. O mundo está passando por uma transição energética. A questão climática é grave. O mundo está ficando descoordenado”, afirmou Lula. Mudanças climáticas Em seu pronunciamento, Lula citou a tragédia climática que atinge o Rio Grande do Sul e disse que “a natureza está se manifestando em vários países e o aquecimento global é uma verdade”. “Qual é o país que tem mais possibilidade de descarbonizar o planeta do que nós?”, indagou. “Nós temos uma oportunidade espetacular. O mundo vai ter de entender que o Brasil é o país que mais pode ofertar qualquer política de combustível renovável e de energia limpa. Ninguém consegue competir com o Brasil”, completou Lula, que prometeu se tornar um “garoto-propaganda” do etanol de segunda geração nos fóruns internacionais. Parque de Bioenergia Atualmente, o Parque de Bioenergia Bonfim conta com 2,5 mil funcionários – dos quais 230 na nova unidade da Raízen. A força de trabalho movimenta não apenas o município de Guariba, mas outras cidades da região, como Araraquara, Jaboticabal, Matão, Dobrada, Santa Ernestina, Motuca e Taquaritinga. O bioparque produz não só etanol, mas energias renováveis como bioeletricidade, biogás e bioprodutos – e também investe em energia solar. A Raízen anunciou a construção de 9 plantas do etanol celulósico. Outras 11 fazem parte dos planos da empresa, em um total de 20 unidades com capacidade de 1,6 bilhão de litros de etanol de segunda geração a cada ano. A estimativa da companhia é a de que as possíveis 20 plantas industriais impactem em mais de 500 fornecedores e gerem cerca de 17 mil empregos. Ministros A comitiva de Lula em Araraquara foi composta pelos seguintes ministros: Autor/Veículo: InfoMoney

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Estados arrecadam menos com ICMS dos combustíveis em 2023

A participação da tributação de combustíveis na arrecadação dos Estados caiu em 2023. Foram arrecadados R$ 118,6 bilhões com o ICMS (Imposto sobre Operações relativas à Circulação de Mercadorias e Serviços) sobre os itens no ano. O valor representa 13,7% de toda a receita estadual –a menor proporção desde 2020. O período da pandemia teve a circulação de veículos reduzida por causa do isolamento social. A queda era esperada. Sem considerar os dados de 2020, a arrecadação com os combustíveis em 2023 foi a menor desde 2010, quando a proporção foi de 13,1%. Os números são do Ministério da Fazenda e estão corrigidos pela inflação. Leia abaixo como se deu a arrecadação com o ICMS dos combustíveis desde 1997: A redução na participação se explica pelos efeitos das leis que colocaram um teto no ICMS em produtos considerados essenciais, como diesel e gasolina. Na comparação de 2023 com 2022, houve retração no recolhimento dos tributos em 21 unidades da Federação. As maiores quedas foram nos seguintes Estados: Já as maiores altas se deram em: Em todo o Brasil, os Estados arrecadaram R$ 131,2 bilhões com a tributação dos combustíveis em 2022. O valor caiu para R$ 118,6 bilhões no ano seguinte –uma variação negativa de 9,6%. Os dados do Ministério da Fazenda não incluem a contabilização para a Bahia em nenhum dos anos. Leia como variou a arrecadação do ICMS dos combustíveis em cada Estado: LEIS CONTROVERSAS Foram duas leis complementares que padronizaram o ICMS (192 de 2022) e limitaram o imposto em produtos considerados essenciais, como gasolina e diesel (194 de 2022). Ambas foram sancionadas pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Os congressistas que propuseram as leis defendiam que as medidas seriam responsáveis por diminuir a inflação, ou seja, o aumento de preços. Com o indicador controlado, haveria mais capacidade de reduções nas taxas de juros. Além disso, uma queda no custo de abastecimento de veículos tem o potencial de impulsionar negócios. Ainda dá mais acesso à locomoção por veículos motorizados para a população. Por outro lado, os Estados criticam a medida. Como perdem arrecadação, tiveram que pedir compensação ao governo federal. O STF (Supremo Tribunal Federal) aprovou o acordo que estipula o repasse de R$ 26,9 bilhões pela União às unidades da Federação até 2026. Em ano eleitoral, esse também é um pleito dos municípios, que recebem parte do que foi recolhido pelos governos estaduais. Pode haver atrito entre os entes, o que dificulta o jogo político. Outra questão é a necessidade de aumentar a cobrança do ICMS em outros produtos, disse Antônio Alcoforado, integrante do Comsefaz (Comitê Nacional de Secretários de Fazenda, Finanças, Receita ou Tributação dos Estados e do Distrito Federal). “Essa diferença de arrecadação é substancial. São bilhões e bilhões que os Estados perdem”, declarou ao Poder360. Autor/Veículo: Investing.com

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Magda Chambriard tem aprovação de conselho e assume a Petrobras

Em cerimônia fechada, Magda Chambriard assumiu ontem a presidência da Petrobras, após ter seu nome aprovado em reunião do conselho de administração da estatal. A decisão não foi unânime: dos 11 integrantes do colegiado (a maioria indicada pelo governo), um votou contra e outro se absteve (ambos representam minoritários detentores de ações ordinárias). Até a hora da votação, investidores estrangeiros defendiam que a aprovação do nome de Magda só poderia ser feita em assembleia geral extraordinária de acionistas. Magda é a oitava presidente da Petrobras nos últimos oito anos. Ela entra no lugar do exsenador Jean Paul Prates, demitido no último dia 14 por conta de uma sucessão de atritos com o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira – que em entrevista ao Estadão/Broadcast afirmou que a Petrobras não pode perder de vista o interesse nacional. Na leitura do mercado, a nova troca na estatal pode abrir a porta para maior intervencionismo do governo. Ex-presidente da Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) no governo Dilma Rousseff, Magda já defendeu bandeiras que provocaram controvérsia no passado, como a exigência de conteúdo local na indústria do petróleo. Por conta desse receio, as ações da Petrobras chegaram a perder mais de R$ 34 bilhões em valor de mercado no dia seguinte ao anúncio da demissão de Prates. Ontem, fecharam em leve queda – de 0,34% (papéis ON) e 0,54% (PN), desta vez num resultado atribuído por operadores ao baixo volume de negócios no dia. TAREFAS. Magda chega à estatal com a missão de acelerar os investimentos da companhia a pedido do Planalto, principalmente na área de refinarias e em projetos de encomendas de novos navios e plataformas. Já terá de enfrentar logo na primeira semana a cobrança de petroleiros sobre questões internas da companhia. Empregados da estatal associados à Federação Única dos Petroleiros (FUP) aprovaram nesta semana estado de greve. Ficou para ela também a indigesta decisão sobre a Sete Brasil, empresa de sondas criada em 2010 para atender o pré-sal, mas que acumula dívida de cerca de R$ 20 bilhões. O Estadão/Broadcast apurou que o tema da Sete Brasil chegou a entrar na pauta de ontem da reunião do conselho, mas acabou sendo retirado. A primeira reunião da nova presidente com a diretoria da empresa será no próximo dia 27, mas ainda não ficou claro se, além da demissão do diretor Financeiro e de Relações com os Investidores, Sergio Caetano Leite, outros executivos deixarão o cargo. De acordo com pessoas próximas ao assunto, outros diretores podem sair, como o de Engenharia, Tecnologia e Inovação, Carlos Travassos, responsável pelas obras de refinarias e estaleiros. Aumentar a produção de gás natural no Brasil também está no topo da lista da nova gestora, que foi chamada a contribuir com o projeto do Ministério de Energia “Gás para empregar”. Também foi prometido ao ministro Alexandre Silveira voltar com força à área de fertilizantes, além de se esforçar para conseguir a licença ambiental de exploração na bacia da Foz do Amazonas, na Margem Equatorial brasileira – o que tem sido rejeitado pelo Ibama. • Autor/Veículo: O Estado de S. Paulo

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Petrobras: um dos primeiros desafios de Magda será o reajuste de preços dos combustíveis

Um dos primeiros desafios de Magda Chambriard à frente da Petrobras será o reajuste do preço dos combustíveis, mais especificamente o da gasolina — na verdade, é um desafio que não sairá da pauta de sua gestão. Até a semana passada, a Petrobras estava na iminência de anunciar um aumento no preço do litro da gasolina. Mas nos últimos dias, o preço do óleo cru caiu, o que deve ajudar a reduzir a pressão por algumas semanas. Além disso, quem conhece a empresa de muito perto considera que os próprios gerentes das áreas responsáveis terão receio de trazer o assunto neste momento à discussão. Diz um ex-diretor: — O mais provável é que eles esperam até o alarme tocar… Há uma expectativa no mercado em relação à atuação de Magda quanto aos reajustes. O últimos reajustes de preços dos combustíveis ocorreram em outubro, para a gasolina (redução de R$ 0,12 por litro), e em dezembro, para o diesel (redução, de 7,9% por litro). Neste mês, completa um ano a nova política de preços dos combustíveis da Petrobras, ou o “abrasileiramento” dos preços, como batizou o ex-presidente Jean Paul Prates. Na reunião de hoje do conselho de administração, o tema não foi tocado. No dia a dia, esse assunto é tratado pela diretoria. (Lauro Jardim) Autor/Veículo: O Globo (Blog)

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Gasolina e diesel têm leve queda e GLP fica estável na semana, diz ANP

O preço dos combustíveis comercializados nos postos de abastecimento do país fecharam a semana de 19 a 25 de maio praticamente estáveis, segundo dados do Levantamento de Preços da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP). Os preços do diesel e da gasolina seguem congelados na Petrobras, ajudados pela manutenção do preço do petróleo abaixo dos US$ 85 o barril há algumas semanas. Com isso, a defasagem dos preços nas refinarias brasileiras permanece baixa em relação aos preços externos. De acordo com a Associação Brasileira dos Importadores de Combustíveis (Abicom), a defasagem média em relação ao mercado internacional, tanto nas refinarias da Petrobras como no mercado em geral, era de 2% no caso da gasolina e de 4% no diesel. Os preços médios da gasolina e do diesel nos postos de abastecimento caíram em média 0,3%, para R$ 5,85 e R$ 5,93, respectivamente. Já o Gás Liquefeito de Petróleo (GLP) ficou com preço praticamente estável, com ligeira variação de 0,05%, a R$ 101,79 o botijão de 13 quilos. O preço mais baixo da gasolina foi encontrado em Itaquaquecetuba (SP), a R$ 4,69 por litro, e a mais cara na capital paulista, a R$ 7,97 o litro. No caso do diesel S10, o menor preço na semana foi registrado em Araguaina (TO), a R$ 5,29 o litro e o mais caro também em São Paulo (SP), a R$ 8,49 o litro. O gás de cozinha (GLP) de 13kg mais barato foi encontrado em São José dos Campos (SP), a R$ 69,90, e o mais caro em Betim (MG), a R$ 150,00. (Estadão Conteúdo) Autor/Veículo: InfoMoney

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Crime organizado ameaça mercado brasileiro de combustíveis, diz deputado

A infiltração do crime organizado no mercado brasileiro de combustíveis do Brasil representa uma ameaça à logística e à cadeia de abastecimento do país, segundo o deputado federal Júlio Lopes (PP-RJ). Em carta enviada recentemente à Agência Nacional de Petróleo, Gás e Biocombustíveis (ANP), o parlamentar reivindicou uma aceleração nos trabalhos para implantar um sistema de monitoramento online de estoques e manuseio de combustíveis, visando combater fraudes. Ele manifestou preocupação com as suspeitas envolvendo as atividades de formuladores, refinadores, importadores, distribuidores, transportadores e revendedores de combustíveis que atuam majoritariamente no estado de São Paulo e que agora pretendem entrar no mercado do Rio de Janeiro. Segundo Lopes, essas empresas são “conhecidas por driblar fiscalizações de órgãos reguladores, sonegando milhões de reais em impostos no mercado de combustíveis e por suas ligações com a principal organização criminosa de São Paulo, o PCC [Primeiro Comando da Capital]”. O parlamentar destacou ainda que, além da lavagem de dinheiro e outras atividades criminosas, grupos como o PCC também utilizam tradings, além de empresas de transporte marítimo e rodoviário, para operações internacionais de tráfico de drogas. No Rio de Janeiro, gangues locais também usam a cadeia de combustível para lavagem de dinheiro e fraudes. Lopes alertou que países vizinhos – como Colômbia e Venezuela – já enfrentam os efeitos do domínio do crime organizado no setor dos combustíveis, com impactos significativos na economia e na segurança. Na opinião do deputado, até que seja implementado um sistema automatizado de monitoramento de combustíveis, esse tipo de situação continuará a piorar, com aumento de fraudes, diminuição da qualidade do combustível oferecido aos consumidores brasileiros e maior evasão fiscal. A assessoria de imprensa da ANP informou ao BNamericas que recebeu a carta e está realizando um estudo, antes de responder ao parlamentar. NOVO PL Júlio Lopes apresentou recentemente um projeto de lei para a criação do Sistema Eletrônico de Informação do Setor de Combustíveis (SEISC), que seria implementado e operado pelo Operador Nacional do Sistema de Combustíveis (ONSC) – de forme semelhante ao Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS). O ONSC seria criado como uma entidade pública com financiamento privado e gerido em conjunto com o governo. Caberia aos ministérios de Minas e Energia (MME) e da Justiça constituir o fundo nacional de segurança pública. Outras medidas de combate ao crime organizado incluem a autorização para que a Receita Federal suspenda o CNPJ de empresas vinculadas a atividades ilícitas e/ou criminosas, bem como para que a ANP revogue autorizações e alvarás dessas empresas. PIRATARIA NA AMAZÔNIA Enquanto isso, o Brasil continua enfrentando sérios roubos de combustível na região amazônica. Levantamento do Instituto Combustível Legal (ICL) indica que a atuação dos piratas fluviais – criminosos que roubam combustível transportado por hidrovias no norte do país – causam prejuízos anuais de cerca de R$ 100 milhões nas atividades de transporte de cargas. Autor/Veículo: BNAmericas

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RELATÓRIO ABICOM – PPI X PREÇO DOMÉSTICO – 27/05/2024

No contexto atual, os preços do diesel e da gasolina estão sujeitos a influências tanto do mercado internacional quanto do câmbio. No fechamento do último dia útil, o câmbio estava estável, mas em um patamar elevado, impactando os preços domésticos de produtos importados. No mercado internacional, a oferta apertada continua a pressionar os preços futuros, com os futuros do Brent negociados acima de U$82/bbl. Para o óleo diesel A S10, observou-se o 153º dia de vigência da redução linear média de R$ 0,30/L nos preços da Petrobras, sem alteração no preço da Acelen, no Polo Aratu-BA. O mercado internacional e o câmbio têm exercido pressão sobre os preços domésticos, resultando em uma defasagem média de -2%. A arbitragem nos 6 principais polos analisados mostra uma média desfavorável de -R$0,08/L, com os preços médios operando abaixo da paridade em todos os polos, exceto Aratu. Já para a gasolina A, observou-se o 220º dia de vigência da redução linear média de R$ 0,12/L nos preços da Petrobras, com uma redução de preço da Acelen no Polo Aratu-BA. Assim como no caso do diesel, o mercado internacional e o câmbio exercem pressão sobre os preços domésticos, resultando em uma defasagem média de -5%. A arbitragem mostra uma média desfavorável de -R$0,15/L nos 6 principais polos, com os preços médios operando abaixo da paridade em todos os polos, exceto Aratu.

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Metade dos brasileiros usa pagamento por aproximação e 46% já testaram ‘tap to pay’, mostra pesquisa

Metade (exatamente 50%) dos brasileiros utilizam pagamento por aproximação do cartão. O uso no cartão de crédito é maior, com 19% dos entrevistados afirmando que usam essa função “na maioria das vezes”. As informações são de uma pesquisa feita pela plataforma PiniOn, encomendada pela fintech Zoop. Além disso, 46% já testaram alguma vez o chamado “tap to pay”, quando o comerciante usa o celular para receber o pagamento, como se fosse uma maquininha de cartão. Os maiores benefícios observados nessa modalidade são: rapidez e simplicidade (88%), maior facilidade em relação à maquininha tradicional (83%) e confiança no método (83%). Clique aqui para continuar a leitura.

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Governo conta com pagamento integral de dividendos pela Petrobras para fechar as contas de 2024

O governo já considera no Orçamento deste ano a entrada nos cofres públicos da totalidade dos dividendos extraordinários da Petrobras referentes ao resultado de 2023, no valor de R$ 13 bilhões para o Tesouro Nacional. Para a equipe econômica, a cifra é importante para fechar as contas públicas neste ano. No total, a Petrobras reteve R$ 42 bilhões em dividendos extras no início do ano, o que levou uma crise na empresa que culminou com a demissão de Jean Paul Prates da presidência da petroleira. No fim de abril, a Petrobras aprovou a distribuição de metade dos dividendos extraordinários (R$ 21,5 bilhões), dos quais cerca de R$ 6 bilhões ficaram com a União, controlador majoritário. Em relação ao restante, a petroleira prometeu reavaliar ao longo deste ano. Para a equipe econômica, porém, esse valor será pago. Os recursos ajudam o governo a continuar dentro do limite da meta fiscal estabelecida para este ano. Atualmente, a projeção para o déficit primário é de R$ 14,5 bilhões. A meta é zero, com margem de tolerância de 0,25% do Produto Interno Bruto (PIB) para cima ou para baixo. O piso é de déficit de R$ 28,8 bilhões. — Já estamos considerando 100% dos dividendos extraordinários da Petrobras — disse o secretário do Tesouro Nacional, Rogério Ceron, em coletiva de imprensa sobre o 2º relatório de avaliação bimestral de receitas e despesas. Segundo a equipe econômica, o Tesouro se baseia em dados da Petrobras para isso. — No nosso entendimento, (a comunicação da empresa na ata da reunião do conselho de administração) é o suficiente para considerar como cenário provável a distribuição. Caso seja necessário ajuste, faz isso quando o fato novo ocorrer. Mas, neste momento, o cenário provável é a distribuição de recursos — completou Ceron. O relatório bimestral mostra que houve um aumento na projeção de receitas com dividendos de estatais de R$ 14,3 bilhões. Além dos dividendos da Petrobras, Ceron afirmou que há R$ 400 milhões referentes ao BNDES. Autor/Veículo: O Globo

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Reforma tributária: Banco Mundial estima ‘imposto do pecado’ de 33% no refrigerante e 46% na cerveja

Ferramenta desenvolvida pelo Banco Mundial traz, pela primeira vez, uma estimativa das alíquotas do Imposto Seletivo, o chamado imposto do “pecado”, que incidirá sobre itens considerados nocivos à saúde e ao meio ambiente. Trata-se de um dos pontos de maior divergência na regulamentação da reforma tributária, que começará a ser analisada por um grupo de trabalho na Câmara dos Deputados. O organismo internacional, que acompanha de perto a mudança nos tributos brasileiros e seus impactos distributivos, considerou uma taxa de 32,9% para os refrigerantes; 46,3% para cervejas e chopes; 61,6% para outras bebidas alcoólicas; e 250% no caso dos cigarros. Esses porcentuais foram projetados pelo banco com base em informações repassadas pelo Ministério da Fazenda, mas não refletem as cobranças exatas do Seletivo, que têm particularidades conforme o produto, e só serão definidas futuramente, por meio de lei ordinária. Em nota, a Secretaria Extraordinária da Reforma Tributária afirma que repassou aos economistas do banco as alíquotas consideradas pela equipe de quantificação, as quais têm o objetivo de manter a carga tributária desses produtos. Os técnicos da Fazenda frisaram, porém, que se tratam de “hipóteses de trabalho”. O objetivo dos economistas do banco foi dar uma dimensão a essas cobranças e, assim, viabilizar simulações no âmbito do novo sistema tributário – que passará por uma segunda guerra lobbies dentro do Congresso Nacional. Tributaristas alertam que essa fase de regulamentação da reforma será ainda mais intricada e delicada do que o texto da Proposta de Emenda à Constituição (PEC), promulgado no ano passado. Cada vírgula, das 360 páginas da lei complementar, poderá ter impacto na alíquota final do Imposto sobre Valor Agregado (o IVA, que unificará cinco tributos). Por isso, a aposta do banco na criação da ferramenta, que foi batizada de Simulador de Imposto sobre Valor Agregado (SimVat, na sigla em inglês). A intenção do organismo é de que pesquisadores, parlamentares e contribuintes testem os efeitos de eventuais alterações na lei. “Ao lançar o SimVat, o Banco Mundial enfatiza a importância de usar evidências concretas e sugestões baseadas em dados para inspirar o texto final da reforma”, diz Shireen Mahdi, economista principal da entidade para o Brasil. A ferramenta mostra, por exemplo, que caso não haja incidência de Seletivo sobre bebidas alcoólicas, refrigerantes e cigarros, a alíquota padrão do novo IVA passaria de 26,5% para 28,1%. A Fazenda tem destacado que o imposto do “pecado” não tem fins arrecadatórios, e sim regulatórios – de desincentivar hábitos de consumo nocivos à saúde e ao meio ambiente. No entanto, como uma das premissas da reforma é ser fiscalmente neutra, mantendo a carga tributária vigente, todo o sistema está inevitavelmente interligado. Logo, se a cobrança é reduzida em uma ponta, ela tem de aumentar em outra para compensar. Cesta básicaNo caso da cesta básica, outro tema controverso, o SimVat mostra que novas ampliações da lista, combinadas com a eliminação do cashback (devolução de imposto aos mais pobres), podem ser uma maneira ineficiente de ajudar os mais vulneráveis. Se a isenção fosse estendida a todos os alimentos e não houvesse o cashback, a alíquota do IVA, segundo a plataforma, aumentaria de 26,5% para 28,3%. Nesse caso, os 10% mais ricos da população teriam um leve aumento de carga tributária, que passaria de 8,2% para 8,3%, como proporção da renda. Já os 10% mais pobres viriam a sua taxação saltar de 22,1% para 25,3% (veja gráfico abaixo). “Com dados oportunos e valiosos, os formuladores de políticas podem tomar decisões informadas que têm grandes impactos, especialmente para populações vulneráveis”, diz Shireen, do Banco Mundial. A cesta básica, no entanto, é um ponto de embate entre setores e para o qual ainda não há consenso no âmbito do Congresso Nacional. Os supermercados e o agronegócio, por exemplo, não abrem mão de incluir as carnes na lista do imposto zero, e já iniciaram conversas com parlamentares para viabilizar essa alteração. O argumento é de que a proteína animal pode acabar saindo de vez da dieta dos mais pobres. Pelo projeto do governo, as carnes foram enquadradas na alíquota reduzida, com desconto de 60% da padrão, à exceção de alguns itens considerados de luxo, que pagarão alíquota cheia. A Confederação Nacional da Indústria (CNI), por sua vez, vai na direção contrária e já firmou posição contrária à ampliação da lista de produtos com alíquota zero ou com tributação reduzida, como os itens que integram a cesta. A preocupação é exatamente com um eventual aumento da alíquota padrão. “Não vamos sugerir nenhuma inclusão porque o que a gente quer é que a alíquota de referência seja a menor possível, que é onde todo mundo vai pagar”, afirmou ao Estadão o superintendente de Economia da CNI, Mário Sérgio Telles. Autor/Veículo: O Estado de S.Paulo

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