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Governo Lula vê foco das tarifas dos Estados Unidos no etanol brasileiro

O governo Lula avalia que o foco dos Estados Unidos para aplicação de tarifas está no etanol do Brasil. Para integrantes do Executivo, eventuais anúncios tarifários do presidente Donald Trump tendem a não afetar, no momento, outros produtos agropecuários brasileiros, como carnes e café. A avaliação foi reforçada ao Estadão/Broadcast por interlocutores do governo que estiveram nos EUA recentemente em encontro com autoridades agrícolas. Ontem, a Casa Branca confirmou que Trump concederá prazo de um mês para a aplicação de tarifas impostas na véspera para veículos produzidos no Canadá e no México. A notícia trouxe alívio aos mercados. As Bolsas de Nova York fecharam com avanço de mais de 1%, com as ações de montadoras como General Motors (+7,14%) e Ford (+5,81%) em destaque. No Brasil, o dólar caiu 2,71%, para R$ 5,75 (mais informações na pág. B3). A ameaça tarifária sobre o etanol é iminente, segundo integrantes do governo. Para carnes, o risco é considerado baixo, enquanto, para o café, é tido como “zero”. Os interlocutores veem espaço para o diálogo e negociação antes de eventuais respostas tarifárias. De acordo com uma pessoa a par do assunto, não há sinais de intenção de sobretaxas dos EUA para além dos produtos já citados por eles – etanol, aço e alumínio. Os Estados Unidos foram o segundo principal destino dos produtos agropecuários brasileiros no ano passado, com exportações de US$ 12,092 bilhões (R$ 70 bilhões pelo câmbio de ontem), respondendo por 7,4% do total exportado pelo agronegócio no ano. Os embarques concentram-se em Em 2024, o Brasil exportou US$ 181 milhões em etanol aos EUA, sobretudo para a Califórnia, para despoluição café verde, celulose, carne bovina in natura, suco de laranja e couro, segundo dados do sistema de estatísticas de comércio exterior do agronegócio brasileiro. Já o Brasil importou US$ 1,028 bilhão (R$ 5,9 bilhões) em produtos do agronegócio dos EUA no último ano. O etanol brasileiro foi citado explicitamente pela Casa Branca há cerca de duas semanas como exemplo de produto de falta de reciprocidade. Há uma pressão antiga dos Estados Unidos para redução do Imposto de Importação aplicado pelo Brasil sobre o produto americano, de 18%, ante 2,5% da tarifa cobrada para o etanol brasileiro que entra nos EUA. Segundo um interlocutor, a pressão já estava no radar do Brasil e sempre foi reiterada pelas autoridades americanas nas negociações. Uma das possíveis retaliações dos EUA sobre o etanol brasileiro seria a aplicação de tarifas recíprocas ao etanol de cana-de-açúcar exportado, sobretudo para a Califórnia, para cumprimento de metas de descarbonização. Em 2024, o Brasil exportou US$ 181,828 milhões (cerca de R$ 1 bilhão pela cotação atual) em etanol aos EUA. Já as exportações do etanol americano ao Brasil somaram US$ 50,530 milhões (R$ 292,6 milhões), segundo dados do Agrostat, sistema de estatísticas de comércio exterior do agronegócio brasileiro. ITENS ‘BLINDADOS’. Ao contrário do etanol, uma pessoa familiarizada com a discussão das tarifas avalia que carnes e café estariam parcialmente “blindados” pelo potencial inflacionário de taxação americana sobre os produtos brasileiros. O café tem risco praticamente nulo de sofrer sobretaxas. Em 2024, o Brasil exportou 471,539 mil toneladas de café para os EUA. Em relação à carne bovina, atualmente, o produto entra no país com taxa de 26,4%, à exceção de uma cota anual de 65 mil toneladas desonerada. Em 2024, o Brasil exportou 248,507 mil toneladas em carnes aos EUA. • Com informações de: O Estado de S.Paulo

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Petrobras divulga hoje resultados de 2024: veja por que analistas esperam lucro menor

No primeiro resultado anual de Magda Chambriard no comando da Petrobras, a estatal deve registrar um lucro líquido de cerca de R$ 70 bilhões em 2024, de acordo com a previsão de analistas. Se isso se confirmar, o resultado vai representar uma queda superior a 40% em relação ao ano anterior, quando registrou ganhos de R$ 124,6 bilhões. Magda tomou posse como presidente da empresa em junho do ano passado. O resultado será divulgado nesta quarta-feira após o fechamento do mercado financeiro. No quarto trimestre, a expectativa média dos bancos é que o lucro líquido fique em torno de R$ 17 bilhões, um recuo de 45% em relação ao mesmo período do ano passado. Porém, há estimativas que variam entre R$ 4,6 bilhões e R$ 30 bilhões para os ganhos entre outubro e dezembro, dependendo do banco. Para as instituições financeiras ouvidas pelo GLOBO, há uma série de fatores que ajudam a explicar a queda no lucro. Citam a redução de 3,8% na produção em 2024, puxada pelas paradas para manutenção em campos do pré-sal no fim do ano passado e pelo declínio natural dos campos do pós-sal, com queda de 20%. Além disso, houve um recuo de 1,4% no volume total de vendas no mercado interno, para 1,719 milhão de barris por dia. O resultado foi influenciado pela queda de 4,1% na gasolina e pela retração de 2,8% no diesel. Os bancos também mencionam os impactos da alta do dólar ao longo do último trimestre — que chegou a ultrapassar R$ 6,20 em dezembro — e a redução do preço do barril de petróleo no exterior na comparação anual. O valor médio do barril caiu de US$ 84 para uma faixa entre US$ 71 e US$ 72 entre o fim de 2023 e o fim de 2024. Somados, esses fatores, segundo a XP, afetarão o caixa, gerando impactos no lucro. A estimativa é que a receita caia mais de 3%, para R$ 493 bilhões no ano fechado de 2024. A XP também destaca a redução dos preços dos derivados em dólar, resultante da depreciação do real. “Espera-se que esse declínio na geração de caixa operacional (Ebitda) seja transferido para o lucro líquido, também impactado por perdas cambiais”, afirma o banco. — Há uma combinação de preço menor do petróleo e apreciação do real — resume o analista de investimento independente Pedro Galdi. Dividendos de até R$ 17 bilhões Apesar da queda esperada no lucro e na receita, os bancos projetam a distribuição de dividendos ordinários. As estimativas apontam para dividendos entre US$ 2 bilhões (cerca de R$ 11,48 bilhões) e US$ 3 bilhões (R$ 17,25 bilhões), considerando a cotação de R$ 5,75. No último dia 11 de novembro, a Petrobras anunciou o pagamento de R$ 17,12 bilhões em dividendos ordinários referentes ao terceiro trimestre. No segundo trimestre deste ano, a estatal pagou um total de R$ 13,57 bilhões em dividendos ordinários. A empresa já havia distribuído outros R$ 13,45 bilhões referentes ao primeiro trimestre, totalizando R$ 44,14 bilhões. Além disso, no último dia 21 de novembro, o Conselho de Administração da Petrobras aprovou o pagamento de R$ 20 bilhões em dividendos extraordinários, tema que gerou uma crise entre o antigo presidente da estatal, Jean Paul Prates, e o ministro de Minas e Energia (MME), Alexandre Silveira. Com informações de: O Globo.

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‘Enquanto o mundo demandar petróleo, teremos que ter oferta’, diz Silveira

O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, reforçou nesta terça-feira, 25, sua defesa da exploração de petróleo na Margem Equatorial. Para ele, o Brasil não pode deixar de produzir combustíveis fósseis. “Petróleo não é questão de oferta, mas de demanda. Enquanto o mundo demandar petróleo, teremos que ter oferta”, disse. O ministro repetiu seu argumento de que os recursos do petróleo precisam financiar a transição energética. A defesa é a de que o Brasil não pode “pagar mais caro” nesse processo. Ele declarou ainda que o Ministério de Minas e Energia (MME) vai apresentar ao Congresso reforma do setor elétrico brasileiro, que estava sendo aguardada para 2024. O ministro também citou a possibilidade de fazer um “leilão de transição energética” para contratação de térmicas a biocombustível, a etanol. O leilão de reserva de capacidade já incluiu biocombustíveis. Parque térmico Silveira disse ainda que o Brasil precisa dobrar o seu parque térmico até 2034, ao falar da necessidade de fontes com segurança operativa. Para o leilão de reserva de capacidade previsto para junho, o governo vetou térmicas que utilizam como combustível carvão mineral, óleo diesel ou óleo combustível. Haverá a contratação de empreendimentos de geração termoelétrica a gás natural e a biocombustíveis. “É a térmica que segura nosso sistema nos momentos de pico (de demanda)”, disse na CEO Conference 2025, organizada pelo BTG Pactual. O ministro afirmou que a perspectiva para leilão de reserva de capacidade é boa, com “muita participação”. “Já temos cadastrados 327 projetos, claro, é um cadastramento. Termina-se nos leilões com 40% a 50% disso, porque tem que ter garantia do gás e uma série de exigências. São mais de 70 GW”, disse Silveira. Segundo ele, possíveis rotas com a Argentina para escoamento de gás natural estão sendo estudadas. Ele declarou que já houve assinatura de acordo com o governo do país vizinho para a importação, pelo Brasil, de gás produzido por meio fraturamento hidráulico (fracking). Uma das vias em estudo é um duto que liga a Argentina até a termelétrica de Uruguaiana, no Rio Grande do Sul. O problema é a limitação na infraestrutura. Seria necessário um gasoduto de aproximadamente 594 quilômetros para poder ligar essa oferta da Argentina. Com informações de: O Estado de São Paulo.

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Trump ameaça etanol brasileiro com tarifas: quais os impactos

O Brasil voltou ao centro das atenções comerciais do presidente norte-americano Donald Trump, que critica as tarifas de importação aplicadas pelo país. Segundo o Banco Mundial, as taxas gerais brasileiras são, em média, cinco vezes superiores às praticadas pelos Estados Unidos. O etanol, em particular, tornou-se alvo dessas críticas. “A tarifa dos EUA sobre o etanol é de apenas 2,5%, enquanto o Brasil impõe uma tarifa de 18% sobre o biocombustível americano. Como resultado, em 2024 os EUA importaram mais de US$ 200 milhões em etanol do Brasil, mas exportaram apenas US$ 52 milhões em etanol para o Brasil”, afirmou Trump em documento divulgado no dia 13, após anunciar um memorando sobre a possibilidade de adoção de tarifas recíprocas para permitir um comércio mais justo entre os países. Estados Unidos quase não geram excedentes de etanol O estabelecimento de tarifas adicionais para o etanol brasileiro pode afetar mais os americanos do que os brasileiros, diz a coordenadora de análise de mercado da Hedgepoint Global Markets, Lívea Coda. Segundo ela, a produção americana mal atende à demanda. Um aumento na taxação também pode ter impactos nos preços ao consumidor por lá, justamente no momento em que estão voltando com mais força as preocupações com a inflação nos Estados Unidos. A Renewable Fuels Association (RFA), uma das principais entidades representativas da indústria do etanol nos EUA, aponta que a produção em novembro foi de 17,9 milhões de litros por dia, enquanto a demanda, de 17,3 milhões. Os estoques disponíveis eram suficientes para 21,2 dias. A produção total entre dezembro de 2023 e novembro de 2024 foi de 61,5 bilhões de litros. Segundo a União da Indústria de Cana-de-Açúcar e Bioenergia (Única), no ano passado o Brasil produziu 36,6 bilhões de litros de etanol, dos quais 1,9 bilhão (5,4% do total) foram vendidos para o exterior. Entre essas exportações, 313 milhões de litros (menos de 1% da produção brasileira) tiveram como destino os Estados Unidos. A analista estima que essa parcela da produção brasileira pode ser redirecionada para uso doméstico. O aumento da proporção de etanol anidro na gasolina – previsto na Lei do Combustível do Futuro e que pode passar de 27% a 30% a partir de abril – é um dos fatores que ajudaria a absorver parte do excedente gerado por uma eventual restrição americana. O uso do etanol combustível está em alta no país. A receita das vendas cresceu 33,4% no ano passado, segundo a Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), enquanto a de gasolina caiu 4%. Os volumes de etanol negociados pelas usinas registram níveis elevados neste início de ano. Segundo o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea/USP), as vendas do tipo hidratado em janeiro foram as maiores desde novembro de 2020. Os preços, tanto do anidro quanto do hidratado, continuam a subir nas primeiras semanas de fevereiro em São Paulo, o maior produtor, refletindo a entressafra e a alta demanda. Importações de etanol dos Estados Unidos perdem espaço para as do Mercosul Apesar da posição dos Estados Unidos como segundo maior parceiro comercial do Brasil para biocombustíveis, o país tem perdido relevância nos negócios. Há dez anos os EUA eram o principal destino do etanol brasileiro no exterior, comprando quase a metade do total exportado (49,7%). No ano passado, foi o segundo maior, com 16,3% do total. A parceria nas importações também perdeu força nesses dez anos. Em 2015, os Estados Unidos forneciam 97% do etanol comprado pelo Brasil lá fora. No ano passado, a fatia caiu a 56,7%. Quem vem ganhando força nesse mercado são o Paraguai, com 31,3% do mercado, e a Argentina, com 10,3%. Possíveis tarifas de Trump ao etanol brasileiro são estratégia para proteger americanos Uma das estratégias de Trump é buscar proteger a indústria doméstica norte-americana de etanol. “Não é a primeira vez que vemos medidas como essa; trata-se de um movimento estratégico com outras intenções”, analisa Heloisa Burnquist, professora da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (Esalq/USP) e pesquisadora do Cepea. A possibilidade do estabelecimento de sobretaxas ao produto brasileiro poderá entrar em vigor em abril. No dia 13, Trump instruiu sua equipe econômica a calcular novas tarifas de importação, baseadas em impostos, taxas regulatórias e barreiras enfrentadas por produtos norte-americanos no exterior. A estratégia, chamada de “tarifas de reciprocidade”, será definida país a país. A Unica lamentou essa possibilidade. “A medida pretende colocar no mesmo patamar o etanol produzido no Brasil e nos Estados Unidos, embora possuam atributos ambientais e potencial de descarbonização diferentes, e, portanto, não faz sentido falar em reciprocidade”, disse a associação, em nota. “Se a medida se confirmar, será mais um passo dos Estados Unidos rumo ao abandono à rota de combate à mudança do clima. Esperamos que os estados americanos e a indústria local, comprometidos com o combate à mudança do clima, trabalhem para impedir esse retrocesso proposto pelo governo”, acrescentou. Esse não seria o primeiro movimento protecionista no setor, lembra o economista-chefe da G5 Partners, Luiz Otávio Leal. No mandato anterior, Trump reduziu a cota de importação de etanol brasileiro isento de tarifa, taxando quase toda a exportação em 20%. O Brasil retaliou de forma similar. “Como resultado, o comércio bilateral desse biocombustível, antes pujante, se tornou insignificante desde então”, disse. As tarifas também são ferramenta de pressão da política comercial de Trump, visando acordos mais favoráveis aos EUA. Levantamento feito pela Câmara Americana de Comércio (Amcham Brasil) aponta que entre 2014 e 2023 os Estados Unidos tiveram um superávit acumulado de R$ 263,1 bilhões nas relações comerciais com o Brasil. Em 2024, o saldo positivo foi de US$ 7,3 bilhões, o sétimo maior entre os parceiros comerciais americanos. Segundo a Amcham, a tarifa média nominal brasileira é de 12,4%, mas quase metade (48%) das exportações americanas ao Brasil ingressa sem tarifas. Outros 15% estão sujeitos a alíquotas de até 2%. Com informações de: Gazeta do Povo.

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Petróleo fecha em alta de olho no nível da oferta e riscos geopolíticos globais

Os contratos futuros de petróleo fecharam em alta nesta sexta-feira (3), dando continuidade a alta do começo do ano, e encerando uma semana de ganhos para a commodity. Os riscos geopolíticos e a potencial influência para a oferta vem dando forças aos preços, enquanto o mercado busca entender qual deverá ser o impacto da administração do presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, para o setor. Neste quadro de incertezas, persiste ainda a dúvida sobre a influência dos estímulos chineses à economia local. Na New York Mercantile Exchange (Nymex), o petróleo WTI para fevereiro fechou em alta de 1,13% (US$ 0,80), a US$ 73,96 o barril, enquanto o Brent para março, negociado na Intercontinental Exchange (ICE), avançou 0,76% (US$ 0,58), a US$ 76,51 o barril. Na semana, houve alta de 4,76% e 3,15%, respectivamente. O número de poços e plataformas de petróleo em atividade nos EUA caiu 1 na semana, a 482, de acordo com informações da Baker Hughes, empresa que presta serviços ao setor. Trump prometeu aumentar a produção nacional de petróleo, uma medida que normalmente forçaria a queda dos preços. Mas o maior impacto poderá advir da sua política externa, que poderá causar o efeito oposto. Trump disse que aumentará a aplicação de sanções ao Irã, o que reduziria o fornecimento global. Alguns analistas também esperam que ele vise as exportações da Venezuela e da Rússia. Todos já enfrentam várias formas de sanções petrolíferas por parte dos EUA, mas algumas dessas sanções incluem exceções. Em outros casos, a fiscalização tem sido irregular, dizem os analistas. “Os principais riscos ascendentes são sanções muito mais amplas e mais fortes da administração Trump” e outras questões internacionais, escreveu Leo Mariani, analista da Roth MKM, na sexta-feira. O Irã tem exportado mais de 1,5 milhões de barris de petróleo por dia este ano, mais do dobro dos níveis de 2019. As sanções contra o Irã e outros países podem retirar do mercado até um milhão de barris de petróleo por dia, analistas da RBC Capital Markets preveem. Os fundamentos do mercado ainda não são bons, o que significa que o petróleo poderá não manter a sua tendência de alta por muito tempo. A Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) está apoiando o mercado petrolífero ao manter fora do mercado uma produção equivalente a mais de cinco milhões de barris – muito mais do que a quantidade total de petróleo que o Irã produz. O cartel planeja devolver alguns desses barris ainda neste ano, dependendo das condições do mercado. Ao mesmo tempo, a demanda chinesa está caindo devido ao abrandamento econômico e à crescente adoção de veículos elétricos. “O aumento da oferta em 2025, em um contexto de fraco crescimento da procura, provavelmente criará uma pressão descendente nos preços, especialmente quando a Opep começar a reduzir os seus cortes de oferta”, escreveu Henning Gloystein, diretor de energia, clima e recursos do Eurasia Group. *Com informações Dow Jones Newswires. Com informações de: O Estado de São Paulo.  

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Senado Deveria Reavaliar Alíquotas de CBS e IBS para Evitar Excessos, Sugere Especialista

No final de 2023, a emenda constitucional 132 foi aprovada, trazendo profundas mudanças ao sistema tributário brasileiro. A reforma prevê que, entre 2026 e 2032, cinco tributos — IPI, PIS, Cofins, ICMS e ISS — sejam substituídos por outros três: CBS, IBS e o Imposto Seletivo (IS). Micro e pequenas empresas enquadradas no Simples Nacional não serão afetadas por essas mudanças. Embora a base de incidência do CBS e do IBS seja a mesma, as receitas provenientes desses impostos terão destinos diferentes: o CBS será de responsabilidade da União, enquanto o IBS será compartilhado entre estados e municípios. O IS, por sua vez, incidirá sobre produtos que causam danos à saúde e ao meio ambiente, sendo repartido entre a União (40%) e os governos regionais (60%). Estudos apontam que a reforma tributária pode trazer benefícios econômicos significativos. O Fundo Monetário Internacional (FMI) estimou um aumento de 6% a 11% no PIB, enquanto outras pesquisas sugerem ganhos de até 20%. Esses resultados podem ser alcançados pela eliminação da cumulatividade, redução da sonegação e litigância, e extinção de regimes especiais que distorcem o mercado. Para garantir que a carga tributária não aumente, a arrecadação com os novos tributos será limitada ao montante arrecadado entre 2012 e 2021 com os cinco tributos substituídos, o que corresponde a 12,5% do PIB, já descontada a parcela do IPI destinada à Zona Franca de Manaus. No entanto, durante a tramitação da emenda 132/2023 e do PLP 68/2024 no Congresso, a estimativa da alíquota de referência de CBS e IBS passou de 22% para 28%, devido à inclusão de tratamentos diferenciados para vários produtos. Essa alíquota de 28% superaria os 27% da Hungria, que possui a maior alíquota entre os países da OCDE. Embora não haja um aumento da carga tributária agregada em relação ao que se paga atualmente, especialistas criticam algumas das alterações feitas pelo Congresso, como a concessão de um desconto de 30% na alíquota para profissionais liberais que faturam mais de R$ 4,8 milhões por ano. Agora, no Senado, o ideal seria não apenas evitar novos tratamentos diferenciados, mas também reavaliar aqueles recentemente introduzidos pela Câmara. Além disso, a ampliação da lista de produtos sujeitos ao IS, incluindo itens como armas, alimentos ultraprocessados e combustíveis fósseis, poderia reduzir a alíquota de referência sobre outros produtos, melhorar o bem-estar social e diminuir os gastos públicos e privados com saúde a médio prazo. Com informações de Folha de São Paulo (Bráulio Borges).

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Petróleo Registra Queda Superior a 2% Após Correção de Ganhos Recentes

Os principais contratos futuros de petróleo encerraram a terça-feira, 27 de agosto, com uma queda acentuada, refletindo as preocupações em relação às projeções de demanda e como uma correção após dois dias consecutivos de fortes altas. Na New York Mercantile Exchange (Nymex), o petróleo WTI com entrega em outubro recuou 2,44% (US$ 1,89), fechando a US$ 75,53 por barril. Já o Brent para novembro, negociado na Intercontinental Exchange (ICE), caiu 2,12% (US$ 1,70), fechando a US$ 78,66 por barril. Os receios sobre a oferta da commodity aumentaram, especialmente após a interrupção da produção em dois campos na Líbia, o que havia impulsionado os preços na segunda-feira. No entanto, com uma agenda macroeconômica mais tranquila e sem novos desdobramentos significativos no cenário geopolítico, o mercado passou por um movimento de correção nesta terça-feira. De acordo com o Commerzbank, as incertezas geopolíticas no Oriente Médio contribuíram para a recente elevação nos preços do petróleo. Contudo, as preocupações com a demanda permanecem em foco entre os investidores, o que limita o potencial de alta dos preços. Além disso, há apreensão quanto ao aumento planejado na produção pela Organização dos Países Exportadores de Petróleo e seus aliados (Opep+) a partir de outubro, fator que pode restringir ainda mais a valorização da commodity. O banco alemão também destaca que o impacto da paralisação na Líbia sobre o mercado pode ter sido “limitado”, dado que a produção do país frequentemente enfrenta grandes flutuações de curto prazo devido à instabilidade política. O TD Securities apontou que outro fator limitante para a alta do petróleo foi a diminuição dos riscos de um conflito mais amplo no Oriente Médio, o que contribuiu para a interrupção do movimento de alta nos preços. Com informações de InfoMoney.

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Aneel Aprova Repasse de R$ 451,4 Milhões para Amazonas Energia, Alvo de Negociações pela J&F

A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) formalizou nesta terça-feira, 27, o repasse de R$ 451,4 milhões à distribuidora Amazonas Energia. Esse montante será coberto pela tarifa de energia elétrica de todos os consumidores do país. A medida foi viabilizada pela Medida Provisória nº 1.232, editada em junho pelo governo federal, que favorece a Âmbar, empresa dos irmãos Joesley e Wesley Batista, que estão em negociações para adquirir a endividada empresa na Região Norte. Esses repasses fazem parte de um esforço para reduzir o impacto de obrigações financeiras e regulatórias nos balanços da companhia, tornando-a mais atrativa para investidores. A Âmbar, pertencente ao grupo J&F, apresentou uma proposta para assumir o controle da Amazonas Energia em 28 de junho. A Aneel está atualmente avaliando esse pedido. O grupo J&F não comentou sobre o assunto até o momento. A proposta da Âmbar foi apresentada poucos dias após a edição da Medida Provisória, que retirou diversas obrigações do balanço da Amazonas Energia. Entre as mudanças, a MP exonerou a empresa da responsabilidade de pagar pela energia adquirida de usinas termoelétricas da J&F, transferindo esses custos para a Conta de Energia de Reserva, repassada a todos os consumidores. Os R$ 451,4 milhões serão repassados à distribuidora por meio da Conta de Consumo de Combustíveis (CCC), um encargo que subsidia os custos de geração de sistemas isolados e que é pago por todos os consumidores. O repasse será feito em duas parcelas ao longo de quatro meses: a primeira, referente a R$ 39,06 milhões por mês, cobre custos operacionais flexibilizados; a segunda, no valor de R$ 73,8 milhões mensais, está relacionada ao afastamento de critérios de eficiência regulatória. Privatizada em 2018, a Amazonas Energia passou para o controle do consórcio Oliveira Energia. Durante o governo Temer (2016-2019), a aplicação de parâmetros de eficiência econômica e energética foi postergada por cinco anos, transformando esses custos em créditos a receber pela empresa. O governo Lula estendeu esse alívio por mais 120 dias. A operação da Amazonas Energia tem um histórico de déficits sucessivos, sem caixa suficiente para cobrir os gastos operacionais, realizar investimentos ou honrar suas dívidas. A continuidade de suas operações foi garantida por meio de empréstimos recorrentes e aportes da Eletrobras, então sua controladora. O governo federal justificou a medida como necessária para evitar o agravamento da situação econômico-financeira da concessão durante o período de transferência do controle acionário e garantir a continuidade do serviço público. Litigância de Má-Fé Simultaneamente, o procurador-geral da Aneel, Raul Lisboa, informou nesta terça-feira, 27, que a agência está buscando a condenação da Amazonas Energia por litigância de má-fé em um caso relacionado a uma liminar da Justiça Federal do Amazonas. A Aneel foi instruída a regulamentar a MP dentro de 72 horas. A procuradoria da Aneel observou que o processo foi distribuído quatro vezes em um intervalo de 20 minutos, o que foi interpretado como uma tentativa da concessionária de “escolher” o magistrado que julgaria a ação contra o órgão regulador. “Infelizmente, essa é uma prática comum em outros casos”, afirmou Lisboa, em conversa com jornalistas na Aneel. “Estamos buscando a condenação da Amazonas Energia por litigância de má-fé”, acrescentou. A liminar judicial argumenta que a Aneel teria sido omissa na análise do processo sobre a flexibilização regulatória da Amazonas Energia. No entanto, o tema já estava incluído na pauta da reunião desta terça-feira. “Foi ainda mais surpreendente que tudo isso tenha sido fundamentado no ofício 368 do MME (enviado pelo ministro Alexandre Silveira na semana passada), alegando alguns processos atrasados, o que, a meu ver, não corresponde à realidade”, disse o diretor Ricardo Tili. O diretor-geral da Aneel, Sandoval Feitosa, classificou como “indesejável” qualquer interferência do Poder Judiciário ou do Poder Executivo nas agências, caso essa interferência ocorra de forma “exógena” ao processo regulatório. Com informações de O Estado de São Paulo.

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Posto de combustíveis é interditado por comercializar etanol adulterado

Um posto de combustíveis em Indaiatuba (SP) foi interditado nesta terça-feira (27) após uma fiscalização conjunta da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) e da Polícia Civil. Durante a inspeção, foi detectada a presença de etanol misturado com metanol no combustível comercializado pelo estabelecimento. De acordo com informações da ANP, o posto, situado na região central de Indaiatuba, estava armazenando e vendendo o combustível com uma concentração irregular de metanol, o que contraria as normas vigentes. A ANP esclareceu que o estabelecimento poderá enfrentar multas que variam de R$ 5 mil a R$ 5 milhões, além de outras penalidades previstas na legislação. No entanto, as sanções serão aplicadas apenas após a conclusão do processo administrativo. Com informações do G1.

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Governo Permite Comercialização de Gás pela PPSA e Avança com Medidas no Setor de Energia

O presidente Lula (PT) sancionou nesta segunda-feira (26) novas medidas que fortalecem a exploração do pré-sal e autorizam a PPSA (Pré-Sal Petróleo S.A.), estatal responsável pela gestão da extração na área, a atuar na comercialização de gás natural. As decisões foram ratificadas em uma reunião do CNPE (Conselho Nacional de Política Energética), que também aprovou o decreto que concede à ANP (Agência Nacional do Petróleo) maior poder de intervenção no mercado de gás, visando aumentar a oferta desse combustível para consumo. Além disso, o conselho deu aval à Política Nacional de Transição Energética, que será integrada a outras ações como a Política Nacional de Mudança do Clima e o Plano de Transformação Ecológica. Segundo o Ministério de Minas e Energia, espera-se um aporte de R$ 2 trilhões em investimentos no setor nos próximos dez anos. Esse plano será submetido a consulta pública antes de sua implementação, podendo sofrer ajustes. A estrutura da política energética incluirá eixos setoriais (como industrial, elétrico, mineral e petróleo e gás) e transversais (regulação, combate à pobreza energética, redução das desigualdades e atração de investimentos). Entre as resoluções voltadas à exploração do petróleo, o CNPE aprovou o interesse da Petrobras em explorar o bloco Jaspe, na Bacia de Campos, que faz parte do pré-sal. A ANP estima que o poço contenha até 2,5 bilhões de barris de óleo. O leilão está previsto para 2025, com a Petrobras garantida em pelo menos 40% da participação. Foram também estabelecidos parâmetros para a exploração de mais dois blocos no pré-sal, Rubi e Granada, dentro do sistema de oferta permanente e sob regime de partilha. O governo prevê arrecadar R$ 118 milhões com a assinatura dos contratos para esses blocos, além de R$ 60 bilhões em investimentos, R$ 119 bilhões em receitas e a criação de 280 mil empregos. Outra iniciativa aprovada permite à PPSA atuar na comercialização de gás natural, competindo com a Petrobras. A estatal poderá gerenciar o escoamento e processamento do gás pertencente à União e vendê-lo diretamente ao mercado, caso a viabilidade seja comprovada. Além disso, foi autorizado o decreto que concede à ANP a capacidade de intervir no mercado de gás natural, limitando a reinjeção do insumo e regulando o uso dos gasodutos que transportam o gás do mar para o continente. A medida visa reduzir o custo final do combustível. Contudo, críticos temem que essa decisão possa ser considerada uma interferência excessiva no mercado, principalmente em contratos vigentes. O decreto integra o programa Gás Para Empregar, uma das prioridades do ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira. Reduzir a reinjeção de gás, uma técnica utilizada para otimizar a extração de petróleo, ampliaria a oferta de gás no país, com o objetivo de baixar o preço para o consumidor final. A regulamentação também busca estabelecer um preço máximo para o uso dos gasodutos, atualmente negociado entre as empresas. O setor alega que a Petrobras, controladora da maioria desses circuitos, cobra tarifas elevadas e dificulta o acesso. Com informações da Folha de São Paulo.

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