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Petrobras pode anunciar parceria em etanol até o fim do ano, diz gerente executivo

A Petrobras pode anunciar uma parceria na área de etanol no segundo semestre de 2025, disse o gerente executivo de gestão integrada da transição energética da companhia, William Nozaki, nesta terça-feira (24). “O objetivo da Petrobras é fazer uma parceria para entrar de maneira relevante no segmento, não de forma majoritária”, disse Nozaki a repórteres durante o evento Energy Summit, no Rio de Janeiro. “Nós estamos prospectando entre os players relevantes do setor, que ainda têm interesse em ser parceiros da Petrobras para atuar nessa frente”. Nozaki afirmou que a Petrobras não tem uma preferência sobre qual matéria-prima do etanol poderá apostar. “Tanto cana quanto milho nos interessam desde que parem de pé do ponto de vista logístico, do ponto de vista do preço, do ponto de vista da companhia”, explicou. A Petrobras havia dito anteriormente que estava em conversas com várias empresas do setor de etanol a respeito de uma possível joint venture. Nozaki destacou que após a aprovação da Lei do Combustível do Futuro, no ano passado, as empresas estão se movimentando com cautela e medindo o que vai acontecer com o segmento nos próximos meses. “Tem várias empresas prospectando o segmento”, disse o gerente executivo da Petrobras, citando ainda a perspectiva de aumento da mistura do etanol na gasolina. A Folha publicou na segunda-feira (22) que o Conselho Nacional de Política Energética (CNPE) discutirá na próxima quarta-feira um aumento da mistura de etanol anidro na gasolina dos atuais 27% para 30%, de acordo com fontes do governo com conhecimento do assunto. Nozaki reiterou que quando a Petrobras ambiciona entrar em um segmento, “entra de maneira consistente e robusta e a nossa ambição não é diferente do caso do etanol”. O gerente executivo adicionou que a companhia também poderá ter anúncios “relevantes” no segundo semestre sobre outros biocombustíveis, como biodiesel e biometano. Notícias indicaram recentemente que Nozaki estaria cotado para assumir o comando da diretoria executiva de Transição Energética e Sustentabilidade da Petrobras, após Mauricio Tolmasquim deixar a posição para integrar o Conselho de Administração da Eletrobras por indicação do governo. Nozaki disse a jornalistas nesta terça-feira que não foi indicado, mas reconheceu que a especulação envolvendo seu nome seria natural, uma vez que ajudou em programa de energia do governo e integra os quadros da Petrobras. (Com Reuters) Autor/Veículo: Folha de S.Paulo

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ANP quebrada abre portas para o crime

As principais entidades do setor de combustíveis divulgaram nesta terça-feira (24/6) um manifesto conjunto cobrando a revisão imediata dos cortes orçamentários na Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP). A agência é uma autarquia federal independente, sem orçamento vinculado ao Ministério de Minas e Energia (MME). Os cortes, bem como a provisão orçamentária, são uma decisão do Planejamento, em resposta à trajetória fiscal indicada pela Fazenda. O orçamento, diminuto, é uma decisão conjunta com o Congresso Nacional. “Uma ANP enfraquecida fica limitada em ações essenciais, o que o histórico já mostrou, abre espaço para o aumento de riscos à segurança veicular, à integridade dos motores e à saúde pública, além de favorecer concorrência desleal e prejuízos à arrecadação tributária, sendo um atrativo para criminosos no setor de combustíveis”, dizem. No documento (.pdf), as associações lamentam a suspensão do Programa de Monitoramento da Qualidade dos Combustíveis (PMQC) em julho e a redução de recursos destinados à fiscalização, afirmando que as medidas fragilizam a agência justamente em um momento de escalada do mercado irregular. Na última suspensão temporária, entre novembro e dezembro de 2024, as irregularidades chegaram a 40% em algumas regiões, segundo dados da própria ANP. “Sem o PMQC, a capacidade de identificar e combater fraudes fica comprometida”. A falta de fiscalização eficaz, completam, transmite insegurança jurídica a investidores e operadores, prejudicando o ambiente de negócios e a credibilidade do mercado regulado. O manifesto destaca que “investir na estrutura das agências é investir na proteção do consumidor, na segurança energética do país e na estabilidade do ambiente regulatório brasileiro”. Assinam o manifesto: Abicom (importadores), Brasilcom, IBP, ICL e Sindicom (distribuidoras), SindTRR (transporte e revenda retalhista) e Fecombustíveis (varejo). Autor/Veículo: Eixos

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Como a escalada da guerra contra Irã impactará combustível no Brasil?

Os estados do Norte e Nordeste devem ser os mais afetados diretamente pelo aumento do preço do petróleo após a entrada dos Estados Unidos no conflito entre Israel e Irã e o possível fechamento do estreito de Ormuz. A avaliação é do presidente executivo da Abicom (Associação Brasileira dos Importadores de Combustíveis), Sérgio Araújo. O que aconteceuIrã ameaça fechar o estreito de Ormuz após ataques dos Estados Unidos a instalações nucleares do país. Medida poderia impactar toda a cadeia de combustíveis, já que passa pelo canal cerca de 20% de todo o petróleo do mundo. No Brasil a expectativa é de que o impacto seja sentido mais diretamente nas regiões Norte e Nordeste, onde a maior parte dos combustíveis é produzido por refinarias privadas e não pela Petrobras. Segundo Sérgio Araújo, isso ocorre porque as refinarias privadas precisam repassar o aumento de valores do petróleo que compram. Diferente da Petrobras, que tem segurado o preço dos combustíveis e adota valores defasados em comparação ao mercado internacional, as refinarias privadas praticam o preço internacional do combustível.No Nordeste a Petrobras conta apenas com uma refinaria, de Abreu e Lima, em Pernambuco. Estatal vendeu recentemente outras refinarias que possuía no Amazonas e na Bahia durante o governo Bolsonaro.Há expectativa no mercado de que o preço do barril possa passar dos US$ 100. Especulação ocorre após ataque dos EUA, mas somente com a abertura dos mercados nesta segunda é que será possível saber o preço do barril. O preço atual se aproxima dos US$ 80.Araújo explica que o preço do diesel da Petrobras já estava defasado em R$ 0,50 e a da gasolina em R$ 0,20. Dados foram levantados pela Abicom na última sexta-feira levando em conta preço do barril de petróleo a US$ 77.Segundo Sérgio Araújo, cerca de 25% do diesel consumido no país e 10% da gasolina dependem de petróleo importado. “As refinarias privadas atualizam os preços semanalmente, como é comum no mercado. Só a Petrobras adota a prática de manter a defasagem dos preços, mas ela pode ter dificuldades em manter os valores desatualizados se o preço do petróleo disparar”, afirma.Estatal pode ter pressão de acionistas. Na avaliação dele, manter uma defasagem muito alta pode levar a questionamentos de acionistas da Petrobras no médio prazo.Para economista, tendência de alta de preços do petróleo pode se refletir na inflação de outros produtos também. Bruno Imaizumi, da LCA inteligence, afirma que o aumento no diesel pode refletir indiretamente em outros produtos que dependem do transporte de caminhão para chegar até os consumidores. Para ler esta notícia, clique aqui.https://economia.uol.com.br/noticias/redacao/2025/06/23/combustivel-no-norte-e-nordeste-deve-encarecer-mais-por-fechamento-de-ormuz.htm Autor/Veículo: UOL

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Importadora de petróleo árabe, Petrobras avalia como improvável fechamento no Estreito

O diretor de Logística, Comercialização e Mercados da Petrobras, Claudio Schlosser, disse que a Petrobras observa a situação no Oriente Médio, mas minimizou as chances de um bloqueio do Estreito de Ormuz na esteira de um agravamento da guerra entre Israel e Irã. O executivo falou a jornalistas em um café sobre o primeiro ano da gestão Magda Chambriard, na sede da Petrobras, no Rio de Janeiro. Schlosser detalhou que a principal influência de Ormuz para a Petrobras está nas cargas de petróleo leve que a estatal importa do Oriente Médio para abastecer a Reduc (Refinaria Duque de Caxias), no Rio. “Historicamente é muito difícil o fechamento do Estreito de Ormuz. Pode haver uma restrição, redução, e o fluxo de navios acabar sendo menor. Isso influencia muito o seguro, aumentando um pouco o frete. Mas a expectativa é de que não haja um fechamento, mesmo porque isso afetaria outros países (fora da guerra), como Arábia Saudita e Kuwait”, afirmou. O estreito liga o Golfo Pérsico ao Golfo de Omã e fica entre os territórios de Irã e Emirados Árabes. É o caminho de navios que transportam cerca de 25% do petróleo consumido no mundo. “Um navio saiu da região (Oriente Médio) na última sexta, com óleo árabe leve, que serve especificamente para a produção de lubrificantes na Reduc. Não estamos vendo como provável um problema para essa operação”, disse Schlosser. Autor/Veículo: Agência Infra

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Produção de etanol de milho dispara e vai superar 25% do total, nos 50 anos do Proálcool

A produção do etanol de cana-de-açúcar caiu na safra que terminou em março, mas o milho garantiu um novo recorde no total, com 37,3 bilhões de litros. Segundo a União da Indústria de Cana-de-Açúcar e Bioenergia (Única), o etanol de milho saltou 31% na safra 2024/2025, para 8,2 bilhões de litros. Em dez anos, a produção se multiplicou por dez. Para os próximos anos, estão mapeados R$ 40 bilhões em investimentos, conforme a União Nacional do Etanol de Milho (Unem), que reúne os fabricantes. Em 2025, o milho deverá chegar a 10 bilhões de litros no Brasil, mais de um quarto do total nacional, estima a Unem, no ano em que o Programa Nacional do Álcool (Proálcool) completará 50 anos. Segundo executivos e especialistas, o avanço acelerado do etanol de milho é impulsionado por um modelo de negócios que parece imbatível: a grande oferta do grão a preço competitivo passa por uma tecnologia industrial bem estabelecida, de origem americana — nos EUA, maior produtor de etanol do mundo, o milho é a matéria-prima principal — e entrega como produtos finais o etanol e o DDG, ou “grãos secos de destilaria”, na sigla em inglês, usado como ração animal — que tem potencial de ser exportado, inclusive para a China, que acaba de abrir o mercado para o Brasil. ‘Safrinha’ só no nome O pontapé inicial foi o crescimento da disponibilidade do milho. Na safra 2000/2001, a produção nacional foi de 42,3 milhões de toneladas, segundo a Conab, estatal do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa). Pouco mais de dez anos depois, a safra total do grão havia dobrado. O boom é fruto do sucesso do modelo brasileiro de cultivo da soja, com o plantio direto e uma segunda safra de outra cultura para ajudar a preparar o solo. O Brasil se tornou o maior produtor e exportador de soja do mundo, e o milho veio junto. A “safrinha” manteve o diminutivo só no nome, e o país passou a disputar com os EUA o posto de maior fornecedor global de milho. — O nosso acionista, a Summit, já tinha investido, com sucesso, na maior empresa privada de etanol de milho nos EUA, que era a Hawkeye Renewables, que foi vendida. Aí, a Summit foi buscar um novo lugar para investir em etanol de milho. E o Brasil foi o destino natural. Mato Grosso tem o milho mais barato do mundo — diz Daniel Lopes, vice-presidente de Sustentabilidade e Novos Negócios da FS, pioneira na produção a partir do milho no Brasil. Além da maior oferta, escoar a crescente produção requer investimentos em armazenagem e logística. Por isso, faz sentido investir para beneficiar e agregar valor. O modelo atraiu diferentes tipos de investidores, como fabricantes de açúcar e álcool que apostam na diversificação, produtores de grãos que formam sociedades, comercializadores de grãos e uma nascente indústria dedicada apenas ao etanol de milho, como no caso da FS, controlada pela americana Summit AG em sociedade com a Tapajós Participações, que reúne grandes produtores de grãos de Mato Grosso. 16 usinas previstas Os primeiros litros saíram, na safra 2011/2012, de uma “usina flex”, que produz o álcool tanto da cana quanto do milho, da Usimat, empresa instalada em Mato Grosso. Entre os fabricantes de açúcar e álcool, apostaram no milho a SJC Bioenergia, em 2015, a Cerradinho Bio, em 2019, e a São Martinho, em 2023. Comercializadora e varejista, a gaúcha 3Tentos, que já tem usinas de processamento de soja e refinarias de biodiesel, está investindo R$ 1,2 bilhão para inaugurar uma biorrefinaria de etanol de milho, em Porto Alegre do Norte (MT), em 2026. Para investir, a companhia tomou empréstimo de R$ 500 milhões com o BNDES. Os projetos de biocombustíveis estão aptos a receber recursos do Fundo Clima, que têm juros mais baixos. Com isso, aprovou R$ 4,3 bilhões em financiamentos para investimentos em biocombustíveis em 2024. E espera repetir a dose este ano, segundo José Luís Gordon, diretor do BNDES. A pioneira FS inaugurou sua fábrica, com tecnologia americana, em 2017 em Lucas do Rio Verde (MT). Hoje, são três unidades, incluindo Sorriso (MT) e Primavera do Leste (MT). A produção anual atingiu 2,4 bilhões de litros de etanol no primeiro trimestre, com receita de R$ 10,7 bilhões no acumulado em 12 meses. A Inpasa também apostou na tecnologia americana, mas as operações começaram no Paraguai, em 2006. No Brasil, a empresa estreou em 2019, na biorrefinaria de Sinop (MT), segundo a empresa, o maior complexo de etanol de grãos da América Latina. A Inpasa tem capacidade de produzir 5,8 bilhões de litros por ano. No total, são 25 biorrefinarias de etanol de milho no país. Mais 16 unidades têm autorização de construção, conforme a Unem, que mapeou outros 16 projetos em planejamento. Os R$ 40 bilhões em investimentos projetados incluem R$ 15 bilhões em parte dos 16 projetos autorizados, para ampliar a capacidade em 5 bilhões de litros por ano, e R$ 25 bilhões em armazenagem e logística, estima Guilherme Nolasco, presidente da Unem. Após o boom, Nolasco vê alguma acomodação nos investimentos. A FS está mais focada em reduzir o endividamento. O principal investimento, de R$ 550 milhões, é num projeto de captura de carbono, para tornar a produção do etanol ainda mais sustentável, o que poderá permitir cobrar prêmios no preço de exportação para a Europa, explica Lopes. ‘Tirar o boi do pasto’ A Inpasa, após investir R$ 4,9 bilhões ano passado, projeta aportar mais R$ 4 bilhões este ano, segundo Fernando Alfini, vice-presidente de Gestão e Finanças. Os recursos vão para as ampliações nas biorrefinarias de Balsas (MA) e Sidrolândia (MT) e para a construção da unidade de Luís Eduardo Magalhães (BA), que deverá ficar pronta em 2026. Assim, terá 1,6 bilhão de litros de etanol por ano a mais. — Sempre olhamos o mercado. Hoje, um dos impactos quando vamos rodar planos de negócios é a questão tributária do país, é um ponto que pode dar uma freada nos nossos investimentos, porque isso gera um pouquinho de indefinição,

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Estreito de Ormuz: bloqueio pelo Irã pode afetar preços dos combustíveis e alimentos no Brasil

O preço do petróleo passa a ser uma preocupação mundial com o fechamento do Estreito de Ormuz, um ponto estratégico entre o Golfo Pérsico e Omã para a passagem de quase um terço do petróleo mundial. O bloqueio total do canal pelo o Irã, caso se confirme, causaria um impacto no médio e longo prazo no preço dos combustíveis e alimentos no Brasil, segundo especialistas ouvidos pelo Terra. No domingo, 22, o Parlamento do país persa aprovou o bloqueio do corredor marítimo após os ataques dos Estados Unidos às instalações nucleares do Irã. A decisão final cabe ao Conselho Supremo de Segurança Nacional e ao aiatolá Ali Khamenei para a medida entrar em vigor. O Irã é o sétimo maior produtor de petróleo do mundo. “O preço da gasolina e de outros combustíveis no Brasil é diretamente impactado pelo fechamento do Estreito de Ormuz, mesmo que o país seja parcialmente autossuficiente em produção de petróleo”, alerta João Alfredo Nyegray, professor de Negócios Internacionais e Geopolítica da Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUCPR). Dois fatores são apontados pelo especialista para que o fechamento do canal impacte no preço do combustível no mercado nacional. O primeiro é que o Brasil integra o mercado global de petróleo, cujos preços são cotados em dólar com base nas referências internacionais do barril Brent e WTI. Com o bloqueio do Estreito, a oferta global de petróleo é restringida, elevando os preços internacionais. O segundo fator é que a Petrobras deixou, há algum tempo, de adotar uma política de paridade de preços internacionais (PPI), na qual o valor dos combustíveis acompanha as flutuações do barril e do câmbio. Assim, qualquer aumento no preço internacional do petróleo ou desvalorização do real frente ao dólar pode trazer um prejuízo à estatal que pode ver-se obrigada a ajustar os preços no mercado interno. André Senna Duarte, professor de Economia da PUC-RJ, acredita que dada a fraqueza relativa do Irã frente aos demais países, o país não deve conseguir manter o estreito fechado por muito tempo. Dessa forma, caso permaneça fechado por pouco tempo, não deverá haver impacto relevante no mercado doméstico. “O Estreito é fundamental para o fluxo de petróleo no mundo. O seu bloqueio é algo que pode impactar de forma importante a economia global. No entanto, o Irã sozinho, como é o caso, não deverá ter capacidade de manter muito tempo o estreito fechado, dado a enorme oposição dos mais diversos países a um evento como este”, avalia Senna Duarte. José Niemeyer, professor de relações internacionais do Ibmec-RJ, diz que o fechamento do Estreito é algo muito grave que afeta não apenas o preço dos combustíveis, mas também a inflação e a economia brasileira como um todo. “Além de mudar diretamente o preço da gasolina no Brasil no médio prazo, deixará o frete mais caro, com perspectiva de aumento da inflação.” Alimentos, fretes e passagens mais caros João Alfredo Nyegray afirma que setores industriais que dependem de transporte, logística e fertilizantes derivados do petróleo também podem sofrer pressões inflacionárias, gerando efeitos indiretos sobre os preços de alimentos, fretes e passagens aéreas. “É o que chamamos de efeito cascata”, ressalta. O Estreito de Ormuz é responsável por aproximadamente 20% do petróleo bruto comercializado globalmente, segundo a U.S. Energy Information Administration (EIA, 2023) e a Agência Internacional de Energia (IEA). Isso corresponde a um volume diário entre 17,8 e 21 milhões de barris de petróleo. “O fechamento, portanto, representa um gargalo de proporções colossais na cadeia global de energia, afetando diretamente países importadores da Ásia (China, Japão, Coreia do Sul e Índia), Europa e América Latina. Em termos de comércio marítimo energético, é o ponto de estrangulamento mais estratégico do planeta”, acrescenta João Alfredo. Os maiores prejudicados com o bloqueio do Estreito de Ormuz Países altamente dependentes de importação de petróleo do Golfo Pérsico, como Índia, China, Japão, Coreia do Sul e Cingapura.Economias emergentes e em desenvolvimento, como o Brasil, que são vulneráveis à volatilidade cambial e à inflação importada.Empresas de transporte marítimo, aviação e setores industriais com alta dependência energética.Consumidores finais, que enfrentarão aumentos no custo de vida, especialmente em regiões que não possuem estoques estratégicos de petróleo. Qual a importância do Estreito de Ormuz para o Irã e o mundo? O Estreito de Ormuz é o mais importante corredor energético do planeta. Localizado entre o Irã e Omã, com apenas 33 km de largura em seu ponto mais estreito e canais de navegação de 3 km em cada sentido, ele conecta o Golfo Pérsico ao Mar da Arábia e ao Oceano Índico. Para o Irã, o Estreito tem valor geopolítico e estratégico extraordinário. Embora dependa dele para suas próprias exportações, o Irã controla geograficamente a margem norte do estreito e tenha capacidade naval e de mísseis para bloqueá-lo temporariamente, o que lhe confere poder de barganha regional. Para o mundo, o estreito é uma “artéria vital” do sistema energético global, e sua obstrução equivale a uma isquemia no fornecimento de petróleo. A proteção dessa rota é uma das razões centrais da presença militar americana na região desde os anos 1980. Autor/Veículo: Terra

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ANP oferta áreas de petróleo sob risco de judicialização

Previsto para o fim de 2024 e adiado para ajustes no edital, o leilão da Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) para a concessão de 172 blocos será realizado nesta terça-feira (17) sob atenções do mercado. O certame é alvo de ações na justiça contra a oferta de áreas que estariam, segundo os autores, em regiões ambientalmente sensíveis, fato negado nos bastidores pela ANP. O leilão faz parte do 5º ciclo da oferta permanente de concessão, um sistema simplificado de venda das áreas. Se todos os blocos forem vendidos, a expectativa de arrecadação mínima supera os R$ 600 milhões. Áreas situadas nas bacias da Foz do Amazonas e de Pelotas devem ser as mais disputadas do leilão, segundo previsão de agentes do setor. Na Foz do Amazonas, a Petrobras vem tentando obter licença do Ibama para perfurar um poço situado em alto mar, no Amapá. O tema é polêmico dada justamente a sensibilidade ambiental da região. Nos últimos dias, Petrobras e Ibama acertaram a realização da avaliação pré-operacional (APO), uma simulação de respostas a acidentes. É a última etapa antes da emissão da licença ambiental. A previsão é que a sonda que vai fazer os trabalhos exploratórios chegue ao Amapá em 29 de junho. Do total de áreas do leilão, a Bacia da Foz do Amazonas reúne o segundo maior volume, com 47 blocos, atrás da Bacia de Santos (54). A Foz do Amazonas é considerada de alto potencial dada a proximidade com Guiana e Suriname, países que fizeram grandes descobertas de petróleo. A inclusão desses 47 blocos na rodada é alvo de duas três ações ações judiciais. A mais recente é do Ministério Público Federal (MPF), com pedido de liminar, até que sejam cumpridas medidas previstas na legislação socioambiental. Para ler esta notícia, clique aqui. Autor/Veículo: Valor Econômico

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Irã: Governo brasileiro atuará para conter alta de preços pela Petrobras

Com 6 das 11 cadeiras do conselho da Petrobras, o governo pressionará a companhia para evitar uma alta de preços dos combustíveis, após a disparada do petróleo reflexo do ataque de Israel ao Irã. A ideia é tentar conter o máximo possível um reajuste. Após o ataque, o barril do petróleo tipo Brent disparou mais de 10%. Nesta sexta, subiu quase 8%, fechando a US$ 74,8. Com isso, a defasagem entre os preços praticados pela Petrobras e o petróleo no mercado internacional abriu uma diferença ainda maior, segundo dados da Abicom (Associação Brasileira dos Importadores de Combustíveis). A gasolina ficou 6% mais barata no Brasil ante o mercado externo e o diesel, 11%. Essa defasagem era de 1% e 5%, respectivamente, na quinta (12). Uma defasagem alta por um tempo longo acaba prejudicando os resultados financeiros da Petrobras, o que mobiliza acionistas minoritários. Interlocutores do governo dizem que a atual estratégia comercial da estatal não leva em conta volatilidades instantâneas e, sim, movimentos com maior duração. Por isso, os reajustes demoram mais para ocorrer. Faz dez dias que a petroleira reduziu seus preços de venda da gasolina para as distribuidoras. A redução foi de 5,6%, ou R$ 0,17 por litro. Foi o primeiro corte do ano no combustível. No entanto, essa queda só compensou uma diferença de preços ante o mercado externo, que na época era menor que a defasagem atual. A gasolina estava sendo vendida com ágio (mais cara no Brasil) de 3%. Analistas já estão projetando o barril de petróleo acima de US$ 100 caso o conflito entre Israel e o Irã persista. Se isso ocorrer, a Petrobras deve ser obrigada a reajustar seus preços para cima. Essa é a aposta do mercado, que está elevando as ações da Petrobras nesta sexta (13). Os papéis com voto da petroleira subiu 2,13%, fechando a R$ 34,98. Autor/Veículo: Folha de São Paulo (Painel S.A.)

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MME quer restringir ‘chicana’ que permite geração a diesel em leilão de segurança

O Ministério de Minas e Energia (MME) disse que pretende estabelecer medidas para restringir uma “chicana” que permitiria uso de diesel na geração de energia de usinas movidas a biodiesel que vencerem o leilão de reserva de capacidade, voltado para segurança energética. O leilão seria realizado em junho, mas foi cancelado por causa de ações judiciais contra a regra do certame. O edital veda a compra de usinas a diesel. Um dos pontos considerados controversos por agentes do setor é a possibilidade do leilão permitir a contratação de usinas 100% movidas a biodiesel. O problema é que essas usinas podem operar com diesel fóssil sem necessidade de adaptações. Como o biodiesel absorve muita água e degrada rapidamente, há possibilidade do empreendedor oferecer o uso do diesel fóssil quando for chamado para gerar energia pelo Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), o que é contra a regra do leilão. Clique aqui para continuar a leitura. Autor/Veículo: Valor Econômico

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Venda de veículos elétricos cresce 22,3% em um ano, aponta ABVE

O mercado de veículos eletrificados no Brasil cresceu 22,3% em maio de 2025 em relação ao mesmo mês de 2024, apontou a Associação Brasileira do Veículo Elétrico (ABVE). Ao todo, foram 16.641 unidades vendidas no mês. Em relação a abril deste ano, o aumento foi de 12,7%. Os eletrificados representaram 7,76% de todos os emplacamentos de automóveis e comerciais leves no país em maio. No acumulado do ano, cerca de 71,3 mil unidades de veículos elétricos foram vendidos no país, aumento de 19,5% com relação ao mesmo período do ano passado, quando foram vendidos 59,7 mil. Recorde de vendas de veículos com bateria elétrica O mês registrou recorde de venda de veículos com bateria elétrica (BEV), com um total de 6,9 mil unidades comercializadas, aumento de 48,2% em relação a abril (4,7 mil), e de 34,7% em relação a maio do ano passado (5,2 mil). Já os veículos plug-ins, que incluem os BEV e os híbridos plug-in (PHEV), representam 87% do total de veículos eletrificados vendidos no Brasil, com 14,5 mil unidades. Em maio de 2024, eles eram 47% das vendas. Os BEV representaram 47,9% das vendas, e os PHEV, 52,1%. Segundo a ABVE, o crescimento das vendas foi impulsionado pela expansão do portfólio de modelos, a entrada de novos fabricantes, os ganhos de escala e a ampliação da infraestrutura de recarga no país. Paralelamente, os veículos híbridos convencionais mostraram uma tendência de queda, de acordo com a associação. As vendas de híbrido não plug-in (HEV) caíram 17% quando comparadas a maio de 2024. Já os veículos híbridos com motor flex (HEV Flex) registraram queda de 53,1%. Queda de 73% no emplacamento de ônibus elétricos De abril para maio, houve queda de 73% no emplacamento de ônibus elétricos no Brasil, com o número de unidades vendidas indo de 79 para 24. Entretanto, em comparação a maio de 2024, houve um crescimento de 167%. Neste ano, 272 unidades de ônibus elétricos foram vendidas no Brasil, crescimento de 130% com relação ao mesmo período de 2024. Autor/Veículo: Eixos

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