13 de maio de 2024

Destaques, Notícias

Vendas de gasolina e diesel no Rio Grande do Sul estão em 60% do normal

A Refinaria Alberto Pasqualini (Refap) retoma gradativamente a saída de combustíveis, que chegou a ser interrompida pelas inundações que afetam diversos municípios do Rio Grande do Sul. Atualmente, o volume de diesel e gasolina vendidos nos postos atinge entre 50% e 60% da capacidade normal, o que representa cerca de 5 milhões de litros diários de cada tipo de combustível. Em relação ao gás de cozinha, a oferta alcançou um nível adequado à demanda atual. Segundo informou a Petrobras, foram distribuídas 950 toneladas na última quarta-feira (8/5) e a expectativa é que esse volume aumente para 1.050 toneladas nesta quinta. Diante dos desafios técnicos para a adição de biodiesel ao diesel convencional, o Conselho Nacional de Política Energética (CNPE) concedeu uma autorização para que a mistura do biocombustível possa ser reduzida temporariamente abaixo dos 14% habituais. Na segunda-feira (6/5), a ANP havia ajustado as misturas obrigatórias de combustíveis, temporariamente até o final de maio. Além disso, a agência dispensou a homologação prévia para cessão de espaço entre distribuidores nos municípios de Canoas e Esteio, visando ampliar a capacidade de armazenamento e distribuição de derivados líquidos. Transporte aéreo Paralelamente, estão sendo implementadas medidas para facilitar a reconexão aérea do Rio Grande do Sul com o restante do país. O movimento de passageiros que usualmente se concentrava no Aeroporto Salgado Filho, em Porto Alegre (RS), será redistribuído para terminais menores que estão em funcionamento, tanto no Rio Grande do Sul quanto em Santa Catarina. O reabastecimento prioritário de querosene de aviação (QAV) ocorrerá nos aeroportos das cidades gaúchas de Caxias do Sul, Santo Ângelo, Passo Fundo e Pelotas. Em Santa Catarina serão priorizados os aeroportos de Chapecó, Florianópolis e Jaguaruna. Aviões de grande porte irão pousar nessas localidades já abastecidos, de modo a evitar o uso do QAV nas regiões críticas, informou o Ministério de Minas e Energia (MME). A estratégia, que envolve a pasta, ANP, Anac e associações e empresas do setor, vai dar prioridade a aeronaves e helicópteros de pequeno porte, sobretudo os que estão sendo utilizados em resgates. Nível das águas De acordo o Serviço Geológico do Brasil (SGB), subordinado ao MME, o nível do Rio Guaíba, que atravessa a capital Porto Alegre, ainda se encontra em patamares críticos e deve se manter acima da cota de inundação de 3 metros até a próxima semana. A situação impacta os municípios da região metropolitana, que estão entre os mais prejudicados pelos temporais. O número de municípios afetados subiu para 414, segundo informações oficiais do estado e prefeituras gaúchas, atualizadas na manhã de quarta (8). Desde o início das fortes chuvas, na segunda-feira (29/4), o Guaíba subiu mais de três metros e, no sábado (5/5), chegou à máxima histórica de 5,33 m, 58 cm acima do recorde anterior, de 4,75 m, observado em 1941. O SGB vem operando os Sistemas de Alerta Hidrológico das bacias dos rios Caí, Taquari e Uruguai e fornecendo dados contínuos sobre os níveis e previsões para as barragens locais. Além disso, a entidade viabilizou um mapeamento de áreas de risco para 62 municípios, incluindo mapas de inundação e estudos que podem auxiliar no planejamento da drenagem fluvial. Autor/Veículo: EPBR

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Petróleo fecha em queda diante de preocupações com demanda global

O petróleo fechou em queda nesta sexta-feira (10), encerrando a semana com perdas, em meio a preocupações sobre a demanda global pela commodity apesar da continuidade de tensões geopolíticas. Na New York Mercantile Exchange (Nymex), o petróleo WTI para junho fechou em baixa de 1,26% (US$ 1,00), a US$ 78,26 por barril. Na Intercontinental Exchange (ICE), o Brent para julho caiu 1,30% (US$ 1,09), a US$ 82,79 por barril. Na semana, o WTI teve alta modesta de 0,19%, enquanto o Brent recuou 0,20%. Os preços do petróleo subiam nesta manhã, mas inverteram sinal após leitura preliminar da Universidade de Michigan apontar deterioração no sentimento do consumidor dos Estados Unidos e aumento nas expectativas de inflação. Economista do Jefferies, Thomas Simons observa que o pico dos preços do petróleo e da gasolina em abril pode ter contribuído para a piora nas expectativas de inflação dos consumidores americanos, mas projeta que as cotações devem continuar desacelerando nos próximos meses. Em relatório, o Commerzbank nota que os preços do petróleo foram particularmente pressionados nesta semana por preocupações com a demanda na China e nos Estados Unidos. O banco alemão destaca que as importações chinesas da commodity desapontaram, enquanto o potencial de exportações do país indica possibilidade de aumento na oferta do óleo. “Os preços do petróleo devem continuar sob pressão até a próxima reunião da Organização dos Países Exportadores de Petróleo e aliados (Opep+)”, projeta o Commerzbank. Ainda, o número de poços e plataformas de petróleo em operação nos EUA caiu para 496, segundo relatório da Baker Hughes. A contagem de plataformas “está ganhando maior atenção depois que a percepção de cortes na produção dos EUA colocou um alerta no mercado” afirmou o Mizuho, em nota. Alguns especulam que a produção doméstica poderia cair sob pressão dos níveis de perfuração, acrescenta o banco. (E-Investidor) Autor/Veículo: O Estado de São Paulo

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Refinaria de Manaus é investigada por não entregar dados de produção de combustíveis

O Sindicato dos Trabalhadores na Indústria de Petróleo e Derivados do Estado do Amazonas (Sindipetro) entrou, na quarta-feira (8/5), com uma ação civil pública contra o grupo Atem, que controla a Refinaria da Amazônia (Ream), por não ter divulgado informações obrigatórias sobre a produção de combustíveis. A Agência Nacional do Petróleo (ANP) também abriu autos de infração sobre o caso, que ainda estão em curso. A companhia enviou com atraso à agência informações referente aos meses de junho a dezembro de 2023 e ainda não entregou os dados de janeiro a março de 2024. O Sindipetro argumenta que o cenário gera dúvidas sobre a continuidade do refino na unidade, além de levar a incertezas sobre o fornecimento local e a riscos de desabastecimento. A entidade suspeita que a refinaria tenha interrompido o processamento e que hoje atue apenas como estrutura de apoio logístico para a distribuição de derivados importados, diz o advogado Ângelo Remédio, da Advocacia Garcez, que representa o Sindipetro no caso. “O judiciário tem a capacidade de ordenar a produção de provas, nesse sentido, e também de eventualmente gerar responsabilizações”, diz Segundo o advogado, o refino é uma atividade de caráter de interesse público, por isso, a empresa precisa informar aos órgãos públicos caso interrompa a produção. “Se a empresa deixar de refinar, diminui empregos, arrecadação de imposto, de investimento”, afirma. Pelo menos dois processos internos sobre o caso já foram abertos pela ANP, em julho e outubro de 2023. Segundo a Federação Única dos Petroleiros (FUP), a ANP afirmou ao Sindipetro-AM que não foram realizadas fiscalizações presenciais na Reman durante o período de setembro a dezembro de 2023. Em defesa enviada à agência, a refinaria afirma que está em processo de “transição macroestrutural” e que ainda está organizando os processos operacionais e sistêmicos depois que foi privatizada. Argumenta ainda que o segundo semestre de 2023 foi o primeiro em que operou totalmente desvinculada ao sistema Petrobras, o que explicaria as dificuldades na consolidação dos dados. A Ream é a antiga Refinaria Isaac Sabbá (Reman), vendida no processo de desinvestimentos da Petrobras. A venda foi fechada por US$ 257,2 milhões e incluiu um terminal aquaviário. A refinaria tem capacidade de processamento de 46 mil barris/dia e atende sobretudo ao mercado da região Norte. Durante a análise da transação pelo Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade), em 2022, diversas distribuidoras da região manifestaram receios sobre possíveis problemas concorrenciais para acesso às bases de distribuição da região caso a refinaria fosse vendida junto com o terminal aquaviário. O grupo Atem já controlava um dos principais terminais de importação de combustíveis da região antes da compra da refinaria. Uma das críticas ao desinvestimento na época era a possibilidade de ser mais lucrativo para a empresa interromper o refino e passar a usar a estrutura na região apenas para importação e distribuição. A venda da refinaria amazonense foi parte do termo de cessação de conduta (TCC) assinado pela Petrobras com o Cade em 2019 com o objetivo de ampliar a competição no mercado de refino brasileiro. A estatal assumiu o compromisso de vender oito refinarias em troca da suspensão de inquéritos administrativos que apuravam a possibilidade de abuso de posição dominante. Ao todo, apenas três ativos tiveram o desinvestimento concluído. No momento, a Petrobras renegocia os termos do acordo com o órgão. A Associação Nacional dos Petroleiros Acionistas Minoritários da Petrobras (Anapetro) protocolou este mês um pedido do Cade para o fim do TCC. O pedido foi assessorado pela Advocacia Garcez, que também representa o Sindipetro no caso da Reman. “Hoje a gestão da Petrobras não tem perspectiva de privatizar as refinarias, então esses processos foram paralisados. Mas o TCC está em vigência, então em tese, eventualmente, a Petrobras pode ser cobrada ou até punida pelo Cade se não cumprir as determinações. A Anapetro pede essa definição, para resguardar a própria Petrobras e para de maneira mais definitiva mudar a perspectiva dessa política, de ter essa definição”, disse Remédio. Procurada pela agência epbr, a Atem não se manifestou até o fechamento desta matéria. O espaço seguirá aberto. Autor/Veículo: EPBR

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Crescimento do consumo de etanol acelera descarbonização

A demanda global por etanol deve crescer significativamente nos próximos anos. A expansão do mercado será impulsionada por diversos fatores, como a agenda de descarbonização –em especial no setor de transportes– e a busca por segurança energética, com menor dependência da importação de derivados do petróleo. O cenário descrito está apresentado no resumo do relatório “Ethanol in Global Market Overview 2023-2027”, de agosto do ano passado. Segundo o estudo, as políticas governamentais terão um “papel crucial” de apoio ao crescimento, por oferecerem incentivos à produção e ao consumo do biocombustível. No Brasil, uma nota técnica da EPE (Empresa de Pesquisa Energética) também projeta um aumento na oferta de etanol. O país sairia dos 31 bilhões de litros em 2022 para até 51 bilhões de litros em 2033. A maior produção poderá ser alcançada em bases “altamente sustentáveis”, de acordo com o MME (Ministério de Minas e Energia). A última safra (2023/2024) já foi recorde, com aproximadamente 36 bilhões de litros de etanol –30 bilhões a partir da cana-de-açúcar e 6 bilhões provenientes do milho, segundo o MME. Ao cruzar com dados da Unica (União da Indústria de Cana-de-Açúcar e Bioenergia), chega-se a um aumento de 16% em relação à safra anterior. Ambas as entidades explicam que o crescimento é fruto da maior produtividade, e não da ocupação de novas áreas para plantação. Também esclarecem o fato de que os milharais para produção de etanol são de 2ª safra, ou seja, plantados logo depois de outra colheita, normalmente de soja, na mesma terra. Para ler esta notícia, clique aqui. Autor/Veículo: Poder 360

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Petrobras divulga resultado do primeiro trimestre de 2024 nesta segunda

A Petrobras deve registrar um lucro líquido em torno de US$ 5,5 bilhões (cerca de R$ 28,3 bilhões com base no câmbio a R$ 5,15) nos primeiros três meses deste ano. Será um recuo em relação ao mesmo período do ano passado, quando o ganho chegou a R$ 38,1 bilhões. A estatal divulga seus resultados na noite desta segunda-feira, após o fechamento do mercado financeiro. Analistas projetam que a estatal deve distribuir ainda dividendos novamente. A estimativa do Citi prevê uma distribuição de US$ 3 bilhões (cerca de R$ 15,4 bilhões) aos acionistas. Para especialistas, um dos principais motivos para o recuo no ganho ocorre por conta da queda nas vendas dos derivados no mercado interno. Nos primeiros três meses deste ano, a estatal informou recuo de 2,9%, para 1,648 milhão de barris por dia na comparação anual. Segundo a estatal, a gasolina teve queda de 6,8% nas vendas entre janeiro e março, assim como o diesel, que caiu 3,4%. A redução ocorreu “em função da demanda de mercado e paradas programadas”, disse a estatal recentemente. A Petrobras afirmou ainda que houve um aumento no teor mínimo de mistura obrigatória de biodiesel, que passou de 12% para 14% em março de 2024. Na gasolina, explicou a estatal, houve perda de participação para o etanol hidratado no abastecimento dos veículos flex. Especialistas lembram ainda da queda nas exportações com a instabilidade do conflito entre Israel e Hamas no Oriente Médio. Com menores vendas, a receita deve ficar em torno de US$ 24,4 bilhões (cerca de R$ 125, 6 bilhões) no primeiro trimestre. Será menor que os R$ 139 bilhões do primeiro trimestre de 2023. Especialistas lembram ainda que o lucro da estatal pode ser afetado pela decisão da 3ª Turma da Câmara Superior do Conselho Administrativo de Recursos Fiscais (Carf), que, em fevereiro, manteve duas cobranças de impostos à Petrobras, que juntas somam R$ 9,18 bilhões. Embora a estatal ainda possa recorrer, os analistas acreditam em algum tipo de impacto. Esses efeitos devem anular o impacto positivo do aumento do aumento do preço do petróleo no mercado internacional, que passou de US$ 77 parta US$ 87 no primeiro trimestre deste ano, e a alta de 3,2% na produção de petróleo, que passou de 2,352 milhões de barris de óleo equivalente (boe/dia) para 2,428 boe/d. Autor/Veículo: O Globo

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RELATÓRIO ABICOM – PPI X PREÇO DOMÉSTICO – 13/05/2024

No atual cenário, observa-se uma estabilidade no câmbio e uma leve redução nos preços de referência do óleo diesel e da gasolina no mercado internacional. Com isso, a situação média de preços encontra-se abaixo da paridade para o óleo diesel e na paridade para a gasolina. A defasagem média é de -4% para o óleo diesel e de -5% para a gasolina. O câmbio, fechando em R$5,15/U$, mantém-se em patamar elevado, pressionando os preços domésticos dos produtos importados. Quanto ao petróleo, a oferta apertada continua a pressionar os preços futuros, com os futuros do Brent sendo negociados acima dos U$83/bbl. No que diz respeito ao óleo diesel A S10, observou-se a redução do preço médio em R$ 0,1541/L no Polo Aratu-BA, enquanto a Petrobras implementou uma redução linear média de R$ 0,30/L. Entretanto, os preços médios do óleo diesel A operam abaixo da paridade em todos os polos analisados, com uma defasagem acumulada de R$0,12/L desde o último reajuste nos preços da Petrobras. A arbitragem considerando os principais polos indica uma situação desfavorável, com uma defasagem média de -R$0,13/L. Já para a gasolina A, houve uma redução de R$ 0,2334/L no Polo Aratu-BA, enquanto a Petrobras implementou uma redução linear média de R$ 0,12/L. Similarmente ao óleo diesel, os preços médios da gasolina A operam abaixo da paridade, exceto em Aratu, com uma defasagem acumulada de R$0,08/L desde o último reajuste nos preços da Petrobras. A arbitragem indica uma situação desfavorável, com uma defasagem média de -R$0,16/L. Em resumo, tanto o óleo diesel quanto a gasolina apresentam uma situação de preços abaixo da paridade, refletindo a pressão do mercado internacional e do câmbio sobre os preços domésticos.

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