28 de outubro de 2025

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Brasil está dando passos em direção à reforma dos subsídios fósseis, mas pode melhorar

Estudo do Instituto de Estudos Socioeconômicos (Inesc) mostra uma redução de 42% nos incentivos e renúncias fiscais destinados ao setor de petróleo, gás natural e carvão mineral no último ano, quando comparado com 2023. A cifra caiu de R$ 81,7 bilhões, em 2023, para R$ 47 bilhões em 2024. Ainda assim, o relatório aponta que, apesar da redução, para cada R$ 2,52 concedidos ao petróleo e gás, R$ 1 é destinado para fontes renováveis. O regime aduaneiro especial para o petróleo (Repetro), assim como a conta de consumo de combustíveis (CCC) e a conta de desenvolvimento energético (CDE) foram as que mais pesaram na conta das renúncias fiscais. Nos últimos dois anos, o Repetro representou R$ 39,1 bilhões, enquanto a CDE/CCC respondeu por R$ 22,5 bilhões, calcula o estudo publicado na última semana. Vale dizer: o Repetro é um regime de renúncia fiscal temporária. O pagamento de impostos como II, IPI, PIS e Cofins é suspenso na importação de bens para as atividades de exploração e produção de petróleo e gás, e transferido para a fase de produção. Para a assessora política do Inesc, Alessandra Cardoso, mudanças promovidas pela reforma tributária que desincentivam o uso de combustíveis fósseis e produtos nocivos à saúde e ao meio ambiente são um sinal dos rumos que o país quer seguir. Mas o governo brasileiro pode ser mais assertivo. A lei que reformou o sistema tributário, aprovada este ano, cria o imposto seletivo e a obrigatoriedade de avaliação, a cada cinco anos, de todos os regimes especiais de tributação. “Essas medidas representam um avanço institucional essencial para corrigir distorções e alinhar a política fiscal à transição energética. A queda dos subsídios aos fósseis, acompanhada dessas medidas, sinaliza que o Brasil está dando passos na direção da reforma dos subsídios aos fósseis”, comenta. “Tais avanços deveriam encorajar o governo a assumir uma postura mais assertiva na COP30, pautando iniciativas também no campo do multilateralismo climático”, completa a assessora do Inesc. Benefício para os mais ricos Os analistas do Inesc citam dados do Fundo Monetário Internacional (FMI) para refutar a tese de que a manutenção de incentivos aos combustíveis fósseis tem como alvo a população mais pobre. De acordo com o relatório internacional, os subsídios concedidos por governos aos combustíveis fósseis beneficiam os 10% mais ricos até seis vezes mais do que os 20% mais pobres. A pesquisa sobre 32 países em desenvolvimento mostra que, no caso da gasolina, 80% dos subsídios beneficiam uma minoria de 40% das famílias mais ricas. Já no contexto brasileiro, o levantamento anual do Inesc aponta que o recuo nos incentivos teve impacto pouco significativo sobre a inflação. O recuo é consequência da volta da cobrança de PIS e Cofins sobre gasolina, diesel e gás de cozinha, resultando em R$ 33 bilhões aos cofres públicos. Com a redução dos incentivos ao setor, a gasolina subiu 10,21%, o diesel 3,41% e o etanol 20,46%, mantendo-se competitivo com um crescimento de 33,4% no consumo. O instituto associa a persistência inflacionária à assimetria na transmissão de preços por parte de distribuidoras que não repassam reduções promovidas pela Petrobras nas refinarias ao consumidor. Mulheres negras pagam mais pela energia Assunto recorrente nos discursos do governo federal — e que promete ser pauta na COP30 em novembro, em Belém (PA), a pobreza energética tem gênero e cor no Brasil. Dados do Inesc sobre o perfil socioeconômico dos consumidores de energia elétrica mostra que as bandeiras tarifárias têm pesos desproporcionais sobre famílias negras e de baixa renda, especialmente as chefiadas por mulheres. A comparação sobre o peso da bandeira vermelha patamar II entre uma mulher negra e um homem branco aponta que elas podem ter o gasto mensal acrescido em 13,09%, enquanto homens percebem aumento de 7,03% da conta sobre a renda. A análise do Inesc cruzou dados de renda, gênero e raça a partir da Pesquisa de Orçamentos Familiares (POF), do IBGE. Os resultados mostraram que as famílias chefiadas por homens consomem 262,72 KWh/mês, o que representa 2,5 vezes mais do que aquelas lideradas por mulheres negras (102,84KWh/mês). Em números absolutos, lares de mulheres negras de baixa renda arcaram com R$ 230 milhões adicionais das bandeiras tarifárias, enquanto homens brancos de alta renda custearam R$ 106,7 milhões. O estudo estimou que, mesmo diante do aumento na tarifa de eletricidade, famílias de renda média chefiadas por mulheres negras praticamente não conseguem reduzir o consumo, pois já operam no limite do uso essencial. Em contraste, homens brancos de renda alta dispõem de maior margem para ajustar o consumo sem comprometer o bem-estar. “O modelo atual de bandeiras tarifárias parte do pressuposto de que todos os consumidores podem economizar quando a conta aumenta. Mas essa hipótese ignora a realidade de milhões de famílias que já vivem no mínimo vital. Para elas, reduzir o consumo significa abrir mão de comida refrigerada, de banho quente ou de ventilador em dias de calor extremo”, explica Cássio Cardoso Carvalho, assessor político do Inesc. Financiamento de fontes renováveis e geração distribuída O estudo também se debruça sobre os dados da geração distribuída, que vem crescimento no Brasil impulsionada por subsídios. Os valores passaram de R$ 7,14 bilhões em 2023 para R$ 11,58 bilhões em 2024. Para o Inesc, embora essa produção independente seja positiva, ela é custeada por todos os consumidores, já que parte dos custos da rede é paga por quem não possui sistemas fotovoltaicos. Como agravante, aponta o fato de o Operador Nacional do Sistema (ONS) não ter controle direto sobre a geração distribuída, o que pode causar desequilíbrios em momentos de sobreoferta e obrigar o desligamento temporário de usinas contratadas. “O Inesc reforça a urgência para a revisão de benefícios às fontes de energia fóssil ou renovável para eliminar os chamados subsídios ineficientes — que distorcem o mercado, estimulam o consumo e dificultam o combate às mudanças climáticas”, defende o instituto. Autor/Veículo: Eixos

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Mercedes faz nova aposta em um combustível alternativo para caminhões e ônibus

A Mercedes-Benz segue em busca de caminhos sustentáveis para seus veículos pesados no Brasil. Décadas após desistir do etanol e do gás natural veicular (antes de surgir o conceito renovável do biometano), a montadora aposta agora em uma variação do biodiesel, que será testada na estrada. Um comboio formado por dois caminhões Actros Evolution com motor BlueTec de 550 cv, o mais potente da marca no Brasil, e dois ônibus rodoviários O 500 RSD (380 cv) estão fazendo uma viagem de Passo Fundo (RS) a Belém (PA), com paradas em São Bernardo do Campo (ABC) e Brasília. O ponto de partida foi a fábrica da Be8, empresa que fornece o combustível. A expedição se chama Rota Sustentável COP30, já que o destino final é a conferência sobre clima da ONU (Organização das Nações Unidas), que será realizada na capital paraense em novembro. A frota será exposta no espaço da Mercedes na “green zone”, local que reúne empresas, entidades e ONGs . O biodiesel foi batizado de BeVant e, segundo a fabricante, tem potencial para reduzir em até 99% as emissões do tanque à roda em relação ao diesel de origem fóssil. A viagem vai comparar o desempenho da nova alternativa com o diesel disponível hoje nos postos, o B15 (com 15% de biodiesel na composição). As medições de consumo, desempenho e durabilidade serão feitas pelo IMT (Instituto Mauá de Tecnologia), que é parceiro da Folha nos testes de automóveis comercializados no Brasil. Segundo a Be8, sua opção pode ser usada pura nos motores. Isso significa que o veículo poderia rodar usando apenas o combustível renovável elaborado a partir de óleos vegetais e gordura de origem animal. A empresa diz que o processo de produção de seu combustível evita os problemas comuns à essa solução, sendo o principal deles a formação de uma borra que prejudica o motor e seus periféricos. Os problemas têm dificultado a implementação da tecnologia e preocupado os frotistas, devido aos gastos constantes com manutenção. O longo teste vai mostrar se a nova opção é viável ou não. O preço do litro do BeVant é cerca de 10% maior que o do diesel vendido hoje nos postos. Entretanto, o valor estimado é 70% menor que o custo do HVO (sigla em inglês para óleo vegetal hidrotratado), opção que vinha sendo trabalhada pela Mercedes no Brasil. Em um comunicado, a montadora afirma que acumula experiências significativas voltadas à descarbonização no transporte. Outra alternativa em teste é o ônibus elétrico urbano eO500U, que teve 400 unidades vendidas para a cidade de São Paulo. “Na nossa estratégia, os biocombustíveis representam uma solução viável e imediata para reduzir as emissões de CO₂ e, especialmente, em aplicações onde a eletrificação ainda enfrenta desafios de infraestrutura”, diz, em nota, Luiz Carlos Moraes, diretor de relações institucionais da Mercedes do Brasil. (Coluna por Eduardo Sodré) Autor/Veículo: Folha de São Paulo (Coluna)

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Lula cogita ceder em etanol por fim de tarifas dos EUA em carnes e café

O governo brasileiro cogita reduzir a tarifa de importação do etanol dos EUA –hoje ela é de 18%– em troca da retirada da sobretaxa imposta sobre o café e a carne brasileiros. É o que afirmam assessores do presidente Lula que acompanharam as conversas com o presidente dos EUA, Donald Trump, ocorrida em Kuala Lumpur, na Malásia. A expectativa, ainda segundo relatos, é de que os EUA cancelem os 40% adicionais à taxa de 10% estabelecida a todos os países. A forma como isso ocorrerá, de imediato ou escalonadamente, dependerá das negociações. Ambos os países ainda não colocaram suas cartas na mesa porque as negociações ainda não tiveram início. Trump e Lula somente “quebraram o gelo” e se dispuseram a negociar. Em entrevista coletiva, Lula afirmou que disse a Trump que o ex-presidente Jair Bolsonaro não foi nada perto do que ambos terão pela frente na mesa de negociações. “Eu ainda disse para ele [Trump]: com três reuniões que você fizer comigo, você vai perceber que o Bolsonaro era nada, praticamente”, disse Lula. Sem dar detalhes, o presidente afirmou que está disposto a negociar. Sinalizou que o açúcar, etanol e terras raras poderiam entrar na discussão. Os EUA não apresentaram suas demandas. Mas, entre as áreas esperadas, estão minerais críticos, carne e a regulação das big techs. Os produtores de etanol, principalmente do Nordeste, já se manifestaram publicamente contra o uso do setor como “moeda de troca em negociações comerciais”. A tarifa de 18% é aplicada desde 2023, após um período de isenção. Essa barreira foi definida como forma de o Brasil conseguir ganhar mercado de açúcar no mercado norte-americano. O Brasil é o principal fornecedor de café e de carne bovina dos EUA. No ano passado, os cafeicultores brasileiros consolidaram-se como fornecedores de 30% do café importado pelos norte-americanos. No caso da carne bovina, o Brasil vinha ampliando suas vendas. Mesmo com o tarifaço, os embarques aumentaram quase 65% em volume, atingindo 218 mil toneladas no acumulado do ano. Autor/Veículo: Folha de São Paulo (Painel S.A.)

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Governo deve criar sistema contra adulteração, diz relator do PL do metanol

Em entrevista ao Bastidores CNN, o relator do PL do Metanol, deputado federal Kiko Celeguim (PT-SP), apresentou medidas para combater a adulteração de alimentos e bebidas no Brasil. O projeto ganhou destaque após uma série de mortes causadas pelo consumo de bebidas adulteradas com metanol. “Não se trata apenas de transformar o crime em hediondo, mas de observar as dificuldades que o aparato policial tem para tipificar o falsificador”, explicou o deputado. De acordo com o relator, a proposta prevê uma nova tipificação no código penal que permitirá às autoridades policiais enquadrar falsificadores apenas pela posse de itens destinados à adulteração. As penas variarão de 4 a 8 anos, podendo ser classificadas como crime hediondo em casos que resultem em lesão corporal grave ou morte. O texto também propõe alterações na lei de resíduos sólidos, tornando obrigatória a logística reversa de vasilhames de uso único utilizados para whisky, vodka e gim. A medida responsabilizará a indústria e a cadeia de distribuição pela destinação final desses recipientes, dificultando seu uso em adulterações. Uma das principais inovações do projeto é a criação de um sistema nacional de controle e rastreabilidade de produtos sensíveis. O mecanismo abrangerá não apenas alimentos e bebidas, mas também cigarros, minérios e agrotóxicos, visando combater o contrabando e a falsificação. O projeto surge como resposta aos recentes casos de intoxicação por metanol no país, buscando reestabelecer a confiança no mercado de bebidas, que registrou queda significativa no consumo após os incidentes, afetando diversos setores da economia, como hotéis, bares e restaurantes. Autor/Veículo: CNN Brasil

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Expansão do etanol de milho impulsiona novas oportunidades de consumo no Brasil

O mercado brasileiro de etanol inaugurou um novo capítulo na indústria de combustíveis de baixo carbono. Após uma década de estabilidade na produção de cana-de-açúcar, o setor vem consolidando uma mudança estrutural. Enquanto a cana dá mais espaço ao açúcar no mix de produção, um novo protagonista ganha força no segmento de biocombustíveis, o renovável feito a partir do milho. Neste cenário de expansão, especialistas apontam para um desafio urgente no curto prazo: como absorver os excedentes de oferta no mercado doméstico? Este será o fio condutor da próxima live da série “Conexão SCA Brasil”, marcada para o dia 03 de novembro, ao vivo pelo YouTube e Linkedln. Em sua 17ª edição, o programa, com participação do CEO da SCA Brasil, Martinho Seiiti Ono, terá como convidado especial o presidente executivo da União Nacional do Etanol de Milho (UNEM), Guilherme Nolasco. Os dois executivos trarão um panorama da indústria de etanol de milho no Brasil e por que ela impõe desafios e oportunidades de demanda e consumo. Serão abordadas estratégias para equilibrar a indústria, garantindo a rentabilidade do produtor, bem como medidas para incentivar o maior uso de etanol na frota flex, ampliando a competitividade do hidratado em 21 mercados regionais. Atualmente, 80% das vendas de etanol no Brasil concentram-se em seis estados — São Paulo, Minas Gerais, Goiás, Paraná, Mato Grosso e Mato Grosso do Sul —, que reúnem mais da metade (55%) da frota nacional de veículos flex. (SCA Brasil) Autor/Veículo: Notícias Agrícolas

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Trump e Lula saem de sua primeira reunião otimistas sobre acordo no comércio

Após meses de afastamento econômico e político entre Brasil e EUA, os presidentes Luiz Inácio Lula da Silva e Donald Trump se reuniram ontem pela primeira vez, na Malásia. Ambos se declararam otimistas sobre uma reversão do quadro, informa o enviado especial Felipe Frazão. Após o encontro, Lula afirmou que a busca de soluções para as tarifas de 50% sobre produtos brasileiros e a revisão de sanções a autoridades começam “imediatamente”. Trump não tomou decisão imediata, mas afirmou que os EUA estão abertos a “avançar rápido”. O secretário de Estado americano, Marco Rubio, lembrou divergências com o Brasil sobre “como alguns de seus juízes têm tratado o setor digital dos EUA”, mas também adotou tom positivo. O Brasil se propôs a mediar a crise envolvendo a Venezuela – os EUA têm afundado barcos que relaciona ao narcotráfico. Antes da reunião, Trump foi questionado por um jornalista se a negociação incluiria o julgamento de Jair Bolsonaro. O americano respondeu “não é da sua conta”. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o presidente americano Donald Trump mostraram otimismo sobre um avanço na negociação comercial entre os dois países. Eles se reuniram na tarde de ontem, na Malásia (madrugada no horário do Brasil). Em postagem nas redes sociais, Lula afirmou que a busca de soluções para as tarifas de 50% sobre produtos brasileiros e a revisão de sanções a autoridades começam “imediatamente”. Trump não tomou uma decisão no encontro, mas disse que os EUA estão abertos a “avançar rápido na discussão”. “Discutimos de forma franca e construtiva a agenda comercial e econômica bilateral”, relatou Lula. “Acertamos que nossas equipes vão se reunir imediatamente para avançar na busca de soluções para as tarifas e as sanções contra as autoridades brasileiras.” Trump disse que estavam abertos a “avançar rápido” na discussão sobre o tarifaço, mas desconversou quando questionado sobre quais eram as condições que o fariam reduzir as tarifas ao Brasil. “Vamos discutir por um tempo e provavelmente chegaremos a uma conclusão muito rapidamente”, falou. Logo após o encontro, o ministro das relações exteriores, Mauro Vieira, avaliou que o encontro entre o presidente Lula e o presidente Donald Trump foi positivo. Ele disse que uma nova reunião ministerial entre os dois governos seria realizada ainda ontem à noite. Segundo o chanceler, o Brasil busca a suspensão do tarifaço durante o período de negociações. A pausa seria semelhante à concedida a outros países, como a China. O secretário de Estado dos Estados Unidos, Marco Rubio, disse que um acerto levará ainda algum tempo de negociação. “Acreditamos que, no longo prazo, é benéfico para o Brasil nos tornar seu parceiro comercial preferencial em vez da China – por causa da geografia, por causa da cultura, por causa de um alinhamento em muitos aspectos”, disse Rubio. “Obviamente, temos alguns problemas com o Brasil, particularmente em relação a como alguns de seus juízes têm tratado o setor digital dos Estados Unidos, afetando pessoas localizadas em nosso país por meio de postagens em redes sociais. Teremos que lidar com isso também. Isso acabou se misturando a toda essa questão. Mas o presidente vai explorar se há maneiras de superar tudo isso, porque acreditamos que seria benéfico. Vai levar algum tempo”, afirmou o chefe da diplomacia dos EUA. Além da taxação, outros temas foram colocados na mesa pelo presidente brasileiro. Lula se ofereceu para intermediar as questões com a Vene z u e l a , d e f e ndeu q u e a América do Sul é zona de paz, e fez comentários sobre o julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) para afirmar que não há motivo para sanções a autoridades brasileiras. Durante fórum de empresários de Brasil e Malásia, o presidente a f i r mou que e l e e Trump conseguiram o que parecia “impossível”. “O presidente Trump teve que viajar 22 horas dos EUA para Malásia, e eu viajar 22 horas para Malásia. Nós conseguimos fazer uma reunião que parecia impossível nos EUA e no Brasil, aqui na Malásia”. ENCONTRO. Os dois mandatários conversaram com jornalistas antes de se reunirem. Aparentemente desconfortável com a situação, o petista pediu que a imprensa fosse retirada da sala, para que não perdessem tempo de negociação. Trump concordou. “A imprensa vai ter boas notícias assim que acabar a reunião. Antes, são só suposições”, disse Lula. “O Brasil “Quando dois presidentes sentam na mesa e cada um coloca os seus problemas, a tendência natural é que se encaminhe para um acordo. Antes de vir, eu disse que estava muito otimista com a possibilidade para avançarmos para ter uma relação mais civilizada com os Estados Unidos” Luiz Inácio Lula da Silva Presidente da República tem interesse em ter uma relação extraordinária com os EUA, como temos há 201 anos. Não há nenhuma razão para desavença entre Brasil e EUA. Quando dois presidentes sentam na mesa e cada um coloca os seus problemas, a tendência natural é que se encaminhe para um acordo. Antes de vir, eu disse que estava muito otimista com a possibilidade para avançarmos para ter uma relação mais civilizada com os Estados Unidos.” Em princípio, participariam da reunião apenas Lula e Trump e assessores diretos, além de intérpretes. Na sala 410, Trump estava acompanhado de Marco Rubio (secretário de Estado), Scott Bessent (secretário do Tesouro) e Jamieson Greer (USTR). Com Lula, participaram o ministro Mauro Vieira (Relações Exteriores), o embaixador Audo Faleiro (Assessoria Especial) e o secretário executivo Márcio Elias Rosa (MDIC). CHINA. Lula também comentou sobre as relações do Brasil com outros países e pregou o não alinhamento a nenhuma potência. “Não queremos uma disputa que nos obrigue a escolher entre ficar do lado da China ou dos EUA. Queremos ficar ao lado da China, dos EUA, da Malásia, e de todos os países”, afirmou. O Estadão questionou se Trump estava preocupado com a relação privilegiada do Brasil com a China, principal parceiro comercial do País e rival dos EUA. Trump disse apenas que deve se reunir como país asiático nos próximos dias. “Acho

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Recap promove Conexão Revenda Interior Paulista 2025, em Campinas, nesta semana

Nos dias 30 e 31 de outubro de 2025, Campinas sedia o Conexão Revenda Interior Paulista, primeiro encontro voltado aos revendedores de combustíveis do interior do estado de São Paulo. Promovido pelo Recap, o evento contará com uma programação intensa, abordando temas atuais, políticas públicas e soluções práticas para os desafios do setor. Além das palestras e painéis, a programação inclui uma Feira de Negócios com estandes de grandes empresas, fortalecendo o relacionamento com autoridades, mercado, imprensa e órgãos reguladores. Confira: https://conexaorevendapaulista.com.br/ Autor/Veículo: Assessoria de Comunicação do Recap

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COP-30: Exploração da Margem Equatorial piora percepção do evento, mostra pesquisa

Levantamento realizado pela Quaest mostra que a autorização para exploração de petróleo na Margem Equatorial da Amazônia está sendo vista pelos internautas como uma contradição à pauta ambiental da COP-30 e gerou uma piora na percepção sobre o evento. A sondagem, feita entre os dias 15 e 21 de outubro, registrou aumento de 28% para 31% nas menções negativas ao encontro, ao mesmo tempo em que as postagens positivas caíram de 26% para 22%. As referências neutras e informativas mantiveram-se em 47% com relação à pesquisa realizada na semana anterior. “O monitoramento da Quaest demonstra que foi interrompida a tendência de crescimento do sentimento positivo em relação à COP-30 que observávamos nas últimas semanas. Ambientalistas, técnicos, acadêmicos e parte da sociedade proferiram severas críticas sobre as contradições entre os objetivos do evento e a agenda ambiental interna, depois do voto ao veto presidencial à Lei Geral do Licenciamento Ambiental e a autorização concedida pelo Ibama para que a Petrobras avance nas pesquisas de exploração de petróleo na Foz do Amazonas”, diz Marina Siqueira, diretora de Sustentabilidade da Quaest. A COP-30 será realizada em Belém entre os dias 6 e 21 de novembro próximo e marca um momento histórico ao trazer a principal conferência da ONU sobre mudanças climáticas para o coração da Amazônia. Segundo o levantamento da Quaest – o quarto de cinco que serão realizados – o volume de citações feitas à COP-30 totalizou 105 mil no período pesquisado, com média diária de 15 mil. O número de autores únicos ficou em 46 mil. A pesquisa mostrou ainda que os eventos que antecedem a COP-30 provocaram o maior número de postagens. Destacam-se os encontros internacionais com figuras como Rei Charles, Anitta e Cacique Raoni, reforçando o papel simbólico e diplomático do Brasil na agenda climática global. De acordo com o levantamento, no momento o debate digital começa “a refletir menor entusiasmo e maior cobrança, marcando o início da fase crítica de análise sobre a coerência entre discurso ambiental e práticas políticas”. Ainda sobre as percepções colhidas nas redes sociais, o relatório da Quaest aponta que o tema da transição energética – que consiste na busca por soluções de energia limpa e renovável para a substituição de combustíveis fósseis (petróleo, carvão e gás) – foi o de maior destaque durante o período analisado. Contudo, a discussão está polarizada, marcada pelas críticas às matrizes de energia não renováveis, em contraponto aos temores de que ocorra um colapso socioeconômico de curto prazo na eventualidade do abandono abrupto do petróleo. Entre as menções positivas à COP-30 nas redes destacam-se iniciativas de setores produtivos para a descarbonização e diálogos sobre avanços tecnológicos referentes a novas matrizes energéticas limpas, carros elétricos, além de planos para diminuição gradativa da dependência de combustíveis fósseis. As menções negativas sobre a transição energética global concentraram-se, primeiramente, nos efeitos catastróficos do uso contínuo de combustíveis fósseis para o aumento da temperatura do globo. Este cenário foi agravado pelas políticas persistentes de nações-chave, como os Estados Unidos, que ainda incentivam o uso de fontes fósseis. Também se destacou a autorização de pesquisa pela Petrobras na Foz do Amazonas. Esse tema é visto como um retrocesso ambiental de alto risco. Complementarmente, houve críticas generalizadas à demora e à insuficiência na articulação e incentivo de uma agenda mundial efetiva para a descarbonização. Sobre o financiamento climático, tema que estará entre os prioritários da COP-30, houve menções positivas em relação às articulações internacionais, como, por exemplo, o encontro entre o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, e o ministro de Finanças da China, além das discussões no âmbito dos BRICS, que defenderam um aporte trilionário para ações climáticas. Também houve destaque para a criação do Fundo Florestas Tropicais para Sempre (TFFF), vista como iniciativa promissora de incentivo à preservação. Entre as menções negativas, tiveram destaque as críticas às desigualdades econômicas que dificultam o avanço do financiamento climático e à ausência dos Estados Unidos em acordos multilaterais. Autor/Veículo: O Estado de São Paulo

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Gasolina, passagens aéreas e etanol pressionam IPCA-15 de outubro

As altas nos preços da gasolina, passagens aéreas e etanol pressionaram juntas a inflação de outubro em 0,10 ponto porcentual, segundo os dados do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15), divulgou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Os custos das famílias com itens do grupo Transportes passaram de uma queda de 0,25% em setembro para um aumento de 0,41% em outubro, uma contribuição de 0,08 ponto porcentual para a taxa de 0,18% de inflação neste mês. Os combustíveis subiram 1,16%. O etanol avançou 3,09% (impacto de 0,02 ponto porcentual), e a gasolina subiu 0,99% (item de maior pressão no mês, 0,05 ponto porcentual). O óleo diesel aumentou 0,01%, enquanto o gás veicular teve queda de 0,40%. As passagens aéreas ficaram 4,39% mais caras em outubro, impacto de 0,03 ponto porcentual. Houve altas também nos subitens ônibus urbano (0,32%) e metrô (0,03%). (Estadão Conteúdo) Autor/Veículo: Eixos

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Flexibilização do mandato do biometano foi um ‘ajuste de rota’ prudente, diz Petrobras

O mandato inicial do biometano proposto pelo governo — abaixo da meta prevista na lei do Combustível do Futuro — foi um “prudencial ajuste de rota”, disse nesta sexta-feira (24/10) o gerente-executivo de Gás e Energia da Petrobras, Alvaro Tupiassu. Ao participar do diálogos da transição 2025, evento promovido pelo estúdio eixos em parceria estratégica com a Firjan, Tupiassu destacou, no entanto, que a flexibilização não muda os planos da empresa para o setor a longo prazo. Assista na íntegra acima! “Vimos como um ajuste da trajetória para considerar o fato de que existe uma maturidade de projetos que talvez leve algum tempo a mais, não muito tempo, mas algum tempo a mais para se desenvolverem. Então vimos como trajetória ajustada, com um início mais devagar e que depois tende a se encostar onde esperava: no 1% inicial”. Segundo Tupiassu, a meta reconhece também os impactos da política sobre o preço do gás natural. Mas não muda os planos da companhia para o longo prazo. A Petrobras tem sinalizado a intenção de entrar na produção de biometano e conduz neste momento, em paralelo, uma concorrência no mercado para aquisição do gás renovável, de olho no cumprimento do mandato. “[A nova meta] Dá um pouco de respiro, mas a visão de longo prazo pouco muda”. Market share em queda Tupiassu comentou também sobre o aumento da concorrência no setor de gás natural. A participação da Petrobras no mercado brasileiro de gás atingiu, no terceiro trimestre, cerca de 62% do volume firme movimentado, segundo ele. Tupiassu destacou que a redução do market share reflete, em parte, os compromissos assumidos pela companhia com o Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade), em 2019. E tem impactos direto também sobre a competitividade do preço do gás. “Então, assim, nós vemos esse movimento muito claro: um aumento de oferta e competição, esses dois fatos juntos, gerando ofertas de gás cada vez mais competitivas, que tendem, na nossa visão, a trazer, ao longo do tempo, demandas novas”, disse. Principais pontos tratados pelo gerente da Petrobras Autor/Veículo: Eixos

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