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Decisão da ANP reduz produção de biodiesel e pode ampliar efeitos da calamidade na economia do RS

As ações de agentes públicos precisam ser avaliadas com critérios amplos para que nenhuma medida supostamente visando o bem da população gaúcha, vítima das fortes chuvas, de enchentes e de outros impactos, acabe por prejudicar a economia regional. É o que está acontecendo em relação à suspensão forçada da comercialização e distribuição de biodiesel no Rio Grande do Sul, a partir de uma decisão unilateral da Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP). Esta é a opinião do deputado federal Alceu Moreira (MDB-RS), presidente da Frente Parlamentar Mista do Biodiesel do Congresso Nacional (FPBio). Segundo o deputado, “a ANP estagnou completamente o setor de biodiesel no Rio Grande do Sul, exatamente no momento em que o comércio desse biocombustível é crucial para ajudar a girar a economia do estado. A decisão apenas beneficiou o setor de combustíveis de origem fóssil, que vai vender mais seu produto, ao deixar à livre escolha não atender à mistura obrigatória de 14% de biodiesel, pelo período de 30 dias”. A Frente defende que a ANP reveja sua decisão. O governo gaúcho apoia o posicionamento da FPBio. É o que manifestaram o secretário estadual de Logística e Transportes, Juvir Costella, e o secretário estadual de Desenvolvimento Rural, Ronaldo Santini. Moreira sublinha que as usinas gaúchas estão com estoques elevados de biodiesel e que haverá prejuízo desnecessário para esta importante fonte de produção, empregos e renda do estado. Outro setor prejudicado é o de carnes, desde os criadores até os frigoríficos. Isso porque já falta ração animal no Rio Grande do Sul. O aumento da oferta depende do esmagamento de soja e este processo é impulsionado pela produção de biodiesel. Sem haver a mistura de biodiesel ao diesel há bem menos esmagamento e menos farelo para compor a ração animal. “A ANP tem orçamento para ressarcir esses setores e a economia gaúcha das perdas que sua decisão já está causando?”, questiona o deputado. Faltou à ANP a necessária análise dos fatos antes de prejudicar a geração de renda e tributos para o Rio Grande do Sul, o que amplifica os efeitos da calamidade que se abateu sobre o estado, avalia o deputado. “A indústria gaúcha de processamento de soja e produção de biodiesel vem operando em condições adversas (…) e em nenhum momento deixou de disponibilizar e abastecer o mercado consumidor de farelo de soja, óleo de soja e biodiesel”, diz texto de ofício assinado pelo parlamentar e enviado à ANP. No documento, a FPBio reconhece a situação de calamidade em que o estado se encontra e dos desafios logísticos enfrentados pelo povo gaúcho e sustenta que “8 das 9 unidades industriais produtoras de biodiesel (89%) encontram-se em plena operação (…) “Há viabilidade técnica para o fluxo logístico entre usinas de biodiesel e o principal polo consumidor do estado”, informa a Frente no ofício. Quanto à logística de distribuição no estado, a FPBio ressalta que a desobstrução de vias avança e há retorno do fluxo logístico de caminhões pesados. Reconstrução de rodovias federais no Estado custará mais de R$ 1 bilhão O ministro dos Transportes, Renan Filho, informou que só a reconstrução dos trechos das rodovias federais destruídos pelas chuvas dos últimos dias no Rio Grande do Sul deverá custar mais de R$ 1 bilhão. “O trabalho do Ministério de restabelecer o funcionamento das BRs e de suas respectivas construções vai, provavelmente, ultrapassar a casa de R$ 1 bi”, disse o ministro, durante reunião entre deputados federais e estaduais gaúchos com membros da equipe do governo federal na semana passada, na Assembleia Legislativa do Rio Grande do Sul. De acordo com Renan Filho, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva vai editar uma medida provisória (MP) concedendo crédito orçamentário extraordinário para destinar recursos financeiros federais ao custeio das despesas resultantes da catástrofe climática. Segundo Renan Filho, esta será a primeira vez que o Ministério dos Transportes necessitará de recursos emergenciais da União para arcar com despesas não previstas no orçamento da pasta. “Como o Ministério tem um orçamento robusto, quando havia um problema (emergencial) nas rodovias (federais), nós mesmos fazíamos frente às necessidades.” O ministro informou que, para este ano, a previsão era investir no Rio Grande do Sul R$ 1,7 bi de orçamento próprio. Tais recursos estão sendo aplicados em “necessidades de curto prazo”, que, segundo Renan Filho serão recompostos com a medida provisória. “Precisaremos da ajuda decisiva da bancada do Estado, dos deputados e senadores”, acrescentou o ministro, referindo-se tanto à importância de emendas parlamentares que destinem recursos para as obras de restauração da infraestrutura rodoviária federal no Rio Grande do Sul, quanto à aprovação de medidas legais que acelerem a transferência do dinheiro para o estado e flexibilizem as normas que tratam dos gastos públicos. “Mesmo tendo um volume de investimentos e recursos considerável para o Estado, não seríamos capazes de tocar todas as obras já em andamento e (simultaneamente) restabelecer o funcionamento das rodovias federais”, afirmou o ministro, garantindo que alguns trechos bloqueados de rodovias como a BR-386 e a BR-290 deverão começar a ser liberados a partir desta semana, facilitando o resgate de pessoas e o abastecimento de cidades. “Esse tipo de intervenção é assistencial, para garantir o abastecimento das cidades e o resgate de pessoas. É o que estamos chamando de caminhos assistenciais”, explicou o ministro dos Transportes. Outra medida adotada em função das cheias que assolam o Estado veio da ANTT (Agência Nacional de Transportes Terrestres), que publicou nesta semana uma portaria que dispensa fiscalização e pedágios para os veículos de carga que estejam transportando donativos para o Rio Grande do Sul. Veículos de carga transportando ajuda para os gaúchos estão dispensados de pagar pedágio em rodovias federais do Rio Grande do Sul. Eles também serão atendidos prioritariamente e dispensados em postos de fiscalização. Trechos sob administração da Ecosul no RS não foram afetados A infraestrutura das rodovias administradas pela Ecosul, BR-116 e BR-392, não foi afetada em razão das chuvas no Rio Grande do Sul. Isso porque as chuvas estão concentradas na região central do

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Etanol está mais competitivo em relação à gasolina em 8 Estados e no DF, aponta ANP

O etanol esteve mais competitivo em relação à gasolina em oito Estados e no Distrito Federal na semana passada. Na média dos postos pesquisados no País, no período o etanol tinha paridade de 65,42% ante a gasolina, portanto favorável em comparação com o derivado do petróleo, conforme levantamento da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) compilado pelo AE-Taxas. Executivos do setor observam que o etanol pode ser competitivo mesmo com paridade maior do que 70%, a depender do veículo em que o biocombustível é utilizado. O etanol era mais competitivo em relação à gasolina nos seguintes locais: Amazonas (67,77%), Espírito Santo (69,90%), Goiás (65,22%), Mato Grosso (61,05%), Mato Grosso do Sul (64,67%), Minas Gerais (67,99%), Paraná (65,95%) e São Paulo (65,37%), além do Distrito Federal (68,65%). No restante dos Estados, continua mais vantajoso abastecer o carro com gasolina. Preços em queda Os preços médios do etanol hidratado caíram em 14 estados, subiram em outros oito e no Distrito Federal e ficaram estáveis em quatro (Amapá, Amazonas, Maranhão e Piauí) na semana passada. Os dados são da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) compilados pelo AE-Taxas. Nos postos pesquisados pela ANP em todo o País, o preço médio do etanol ficaram estáveis em comparação com a semana anterior, a R$ 3,84 o litro. Autor/Veículo: O Dia

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RELATÓRIO ABICOM – PPI X PREÇO DOMÉSTICO – 14/05/2024

No cenário atual, o preço médio do óleo diesel está 3% abaixo da paridade de importação, enquanto a gasolina está na paridade. O câmbio elevado está pressionando os preços domésticos dos produtos importados, com o Ptax fechando em R$5,15/U$. O petróleo Brent é negociado acima dos U$83/bbl, devido à oferta apertada. No caso do óleo diesel S10, houve uma redução de R$0,30/L nos preços Petrobras, com a Acelen, no Polo Aratu-BA, reduzindo em R$0,1541/L. O PPI acumula redução de R$0,14/L desde o último reajuste da Petrobras. A arbitragem mostra-se desfavorável, com uma média de -R$0,11/L em seis principais polos, com preços operando abaixo da paridade. Para a gasolina A, houve uma redução média de R$0,12/L nos preços Petrobras, com a Acelen, no Polo Aratu-BA, reduzindo em R$0,2334/L. O PPI acumula redução de R$0,06/L desde o último reajuste da Petrobras. A arbitragem é desfavorável, com uma média de -R$0,17/L nos seis principais polos, com exceção de Aratu.

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Vendas de gasolina e diesel no Rio Grande do Sul estão em 60% do normal

A Refinaria Alberto Pasqualini (Refap) retoma gradativamente a saída de combustíveis, que chegou a ser interrompida pelas inundações que afetam diversos municípios do Rio Grande do Sul. Atualmente, o volume de diesel e gasolina vendidos nos postos atinge entre 50% e 60% da capacidade normal, o que representa cerca de 5 milhões de litros diários de cada tipo de combustível. Em relação ao gás de cozinha, a oferta alcançou um nível adequado à demanda atual. Segundo informou a Petrobras, foram distribuídas 950 toneladas na última quarta-feira (8/5) e a expectativa é que esse volume aumente para 1.050 toneladas nesta quinta. Diante dos desafios técnicos para a adição de biodiesel ao diesel convencional, o Conselho Nacional de Política Energética (CNPE) concedeu uma autorização para que a mistura do biocombustível possa ser reduzida temporariamente abaixo dos 14% habituais. Na segunda-feira (6/5), a ANP havia ajustado as misturas obrigatórias de combustíveis, temporariamente até o final de maio. Além disso, a agência dispensou a homologação prévia para cessão de espaço entre distribuidores nos municípios de Canoas e Esteio, visando ampliar a capacidade de armazenamento e distribuição de derivados líquidos. Transporte aéreo Paralelamente, estão sendo implementadas medidas para facilitar a reconexão aérea do Rio Grande do Sul com o restante do país. O movimento de passageiros que usualmente se concentrava no Aeroporto Salgado Filho, em Porto Alegre (RS), será redistribuído para terminais menores que estão em funcionamento, tanto no Rio Grande do Sul quanto em Santa Catarina. O reabastecimento prioritário de querosene de aviação (QAV) ocorrerá nos aeroportos das cidades gaúchas de Caxias do Sul, Santo Ângelo, Passo Fundo e Pelotas. Em Santa Catarina serão priorizados os aeroportos de Chapecó, Florianópolis e Jaguaruna. Aviões de grande porte irão pousar nessas localidades já abastecidos, de modo a evitar o uso do QAV nas regiões críticas, informou o Ministério de Minas e Energia (MME). A estratégia, que envolve a pasta, ANP, Anac e associações e empresas do setor, vai dar prioridade a aeronaves e helicópteros de pequeno porte, sobretudo os que estão sendo utilizados em resgates. Nível das águas De acordo o Serviço Geológico do Brasil (SGB), subordinado ao MME, o nível do Rio Guaíba, que atravessa a capital Porto Alegre, ainda se encontra em patamares críticos e deve se manter acima da cota de inundação de 3 metros até a próxima semana. A situação impacta os municípios da região metropolitana, que estão entre os mais prejudicados pelos temporais. O número de municípios afetados subiu para 414, segundo informações oficiais do estado e prefeituras gaúchas, atualizadas na manhã de quarta (8). Desde o início das fortes chuvas, na segunda-feira (29/4), o Guaíba subiu mais de três metros e, no sábado (5/5), chegou à máxima histórica de 5,33 m, 58 cm acima do recorde anterior, de 4,75 m, observado em 1941. O SGB vem operando os Sistemas de Alerta Hidrológico das bacias dos rios Caí, Taquari e Uruguai e fornecendo dados contínuos sobre os níveis e previsões para as barragens locais. Além disso, a entidade viabilizou um mapeamento de áreas de risco para 62 municípios, incluindo mapas de inundação e estudos que podem auxiliar no planejamento da drenagem fluvial. Autor/Veículo: EPBR

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Petróleo fecha em queda diante de preocupações com demanda global

O petróleo fechou em queda nesta sexta-feira (10), encerrando a semana com perdas, em meio a preocupações sobre a demanda global pela commodity apesar da continuidade de tensões geopolíticas. Na New York Mercantile Exchange (Nymex), o petróleo WTI para junho fechou em baixa de 1,26% (US$ 1,00), a US$ 78,26 por barril. Na Intercontinental Exchange (ICE), o Brent para julho caiu 1,30% (US$ 1,09), a US$ 82,79 por barril. Na semana, o WTI teve alta modesta de 0,19%, enquanto o Brent recuou 0,20%. Os preços do petróleo subiam nesta manhã, mas inverteram sinal após leitura preliminar da Universidade de Michigan apontar deterioração no sentimento do consumidor dos Estados Unidos e aumento nas expectativas de inflação. Economista do Jefferies, Thomas Simons observa que o pico dos preços do petróleo e da gasolina em abril pode ter contribuído para a piora nas expectativas de inflação dos consumidores americanos, mas projeta que as cotações devem continuar desacelerando nos próximos meses. Em relatório, o Commerzbank nota que os preços do petróleo foram particularmente pressionados nesta semana por preocupações com a demanda na China e nos Estados Unidos. O banco alemão destaca que as importações chinesas da commodity desapontaram, enquanto o potencial de exportações do país indica possibilidade de aumento na oferta do óleo. “Os preços do petróleo devem continuar sob pressão até a próxima reunião da Organização dos Países Exportadores de Petróleo e aliados (Opep+)”, projeta o Commerzbank. Ainda, o número de poços e plataformas de petróleo em operação nos EUA caiu para 496, segundo relatório da Baker Hughes. A contagem de plataformas “está ganhando maior atenção depois que a percepção de cortes na produção dos EUA colocou um alerta no mercado” afirmou o Mizuho, em nota. Alguns especulam que a produção doméstica poderia cair sob pressão dos níveis de perfuração, acrescenta o banco. (E-Investidor) Autor/Veículo: O Estado de São Paulo

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Refinaria de Manaus é investigada por não entregar dados de produção de combustíveis

O Sindicato dos Trabalhadores na Indústria de Petróleo e Derivados do Estado do Amazonas (Sindipetro) entrou, na quarta-feira (8/5), com uma ação civil pública contra o grupo Atem, que controla a Refinaria da Amazônia (Ream), por não ter divulgado informações obrigatórias sobre a produção de combustíveis. A Agência Nacional do Petróleo (ANP) também abriu autos de infração sobre o caso, que ainda estão em curso. A companhia enviou com atraso à agência informações referente aos meses de junho a dezembro de 2023 e ainda não entregou os dados de janeiro a março de 2024. O Sindipetro argumenta que o cenário gera dúvidas sobre a continuidade do refino na unidade, além de levar a incertezas sobre o fornecimento local e a riscos de desabastecimento. A entidade suspeita que a refinaria tenha interrompido o processamento e que hoje atue apenas como estrutura de apoio logístico para a distribuição de derivados importados, diz o advogado Ângelo Remédio, da Advocacia Garcez, que representa o Sindipetro no caso. “O judiciário tem a capacidade de ordenar a produção de provas, nesse sentido, e também de eventualmente gerar responsabilizações”, diz Segundo o advogado, o refino é uma atividade de caráter de interesse público, por isso, a empresa precisa informar aos órgãos públicos caso interrompa a produção. “Se a empresa deixar de refinar, diminui empregos, arrecadação de imposto, de investimento”, afirma. Pelo menos dois processos internos sobre o caso já foram abertos pela ANP, em julho e outubro de 2023. Segundo a Federação Única dos Petroleiros (FUP), a ANP afirmou ao Sindipetro-AM que não foram realizadas fiscalizações presenciais na Reman durante o período de setembro a dezembro de 2023. Em defesa enviada à agência, a refinaria afirma que está em processo de “transição macroestrutural” e que ainda está organizando os processos operacionais e sistêmicos depois que foi privatizada. Argumenta ainda que o segundo semestre de 2023 foi o primeiro em que operou totalmente desvinculada ao sistema Petrobras, o que explicaria as dificuldades na consolidação dos dados. A Ream é a antiga Refinaria Isaac Sabbá (Reman), vendida no processo de desinvestimentos da Petrobras. A venda foi fechada por US$ 257,2 milhões e incluiu um terminal aquaviário. A refinaria tem capacidade de processamento de 46 mil barris/dia e atende sobretudo ao mercado da região Norte. Durante a análise da transação pelo Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade), em 2022, diversas distribuidoras da região manifestaram receios sobre possíveis problemas concorrenciais para acesso às bases de distribuição da região caso a refinaria fosse vendida junto com o terminal aquaviário. O grupo Atem já controlava um dos principais terminais de importação de combustíveis da região antes da compra da refinaria. Uma das críticas ao desinvestimento na época era a possibilidade de ser mais lucrativo para a empresa interromper o refino e passar a usar a estrutura na região apenas para importação e distribuição. A venda da refinaria amazonense foi parte do termo de cessação de conduta (TCC) assinado pela Petrobras com o Cade em 2019 com o objetivo de ampliar a competição no mercado de refino brasileiro. A estatal assumiu o compromisso de vender oito refinarias em troca da suspensão de inquéritos administrativos que apuravam a possibilidade de abuso de posição dominante. Ao todo, apenas três ativos tiveram o desinvestimento concluído. No momento, a Petrobras renegocia os termos do acordo com o órgão. A Associação Nacional dos Petroleiros Acionistas Minoritários da Petrobras (Anapetro) protocolou este mês um pedido do Cade para o fim do TCC. O pedido foi assessorado pela Advocacia Garcez, que também representa o Sindipetro no caso da Reman. “Hoje a gestão da Petrobras não tem perspectiva de privatizar as refinarias, então esses processos foram paralisados. Mas o TCC está em vigência, então em tese, eventualmente, a Petrobras pode ser cobrada ou até punida pelo Cade se não cumprir as determinações. A Anapetro pede essa definição, para resguardar a própria Petrobras e para de maneira mais definitiva mudar a perspectiva dessa política, de ter essa definição”, disse Remédio. Procurada pela agência epbr, a Atem não se manifestou até o fechamento desta matéria. O espaço seguirá aberto. Autor/Veículo: EPBR

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Crescimento do consumo de etanol acelera descarbonização

A demanda global por etanol deve crescer significativamente nos próximos anos. A expansão do mercado será impulsionada por diversos fatores, como a agenda de descarbonização –em especial no setor de transportes– e a busca por segurança energética, com menor dependência da importação de derivados do petróleo. O cenário descrito está apresentado no resumo do relatório “Ethanol in Global Market Overview 2023-2027”, de agosto do ano passado. Segundo o estudo, as políticas governamentais terão um “papel crucial” de apoio ao crescimento, por oferecerem incentivos à produção e ao consumo do biocombustível. No Brasil, uma nota técnica da EPE (Empresa de Pesquisa Energética) também projeta um aumento na oferta de etanol. O país sairia dos 31 bilhões de litros em 2022 para até 51 bilhões de litros em 2033. A maior produção poderá ser alcançada em bases “altamente sustentáveis”, de acordo com o MME (Ministério de Minas e Energia). A última safra (2023/2024) já foi recorde, com aproximadamente 36 bilhões de litros de etanol –30 bilhões a partir da cana-de-açúcar e 6 bilhões provenientes do milho, segundo o MME. Ao cruzar com dados da Unica (União da Indústria de Cana-de-Açúcar e Bioenergia), chega-se a um aumento de 16% em relação à safra anterior. Ambas as entidades explicam que o crescimento é fruto da maior produtividade, e não da ocupação de novas áreas para plantação. Também esclarecem o fato de que os milharais para produção de etanol são de 2ª safra, ou seja, plantados logo depois de outra colheita, normalmente de soja, na mesma terra. Para ler esta notícia, clique aqui. Autor/Veículo: Poder 360

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Petrobras divulga resultado do primeiro trimestre de 2024 nesta segunda

A Petrobras deve registrar um lucro líquido em torno de US$ 5,5 bilhões (cerca de R$ 28,3 bilhões com base no câmbio a R$ 5,15) nos primeiros três meses deste ano. Será um recuo em relação ao mesmo período do ano passado, quando o ganho chegou a R$ 38,1 bilhões. A estatal divulga seus resultados na noite desta segunda-feira, após o fechamento do mercado financeiro. Analistas projetam que a estatal deve distribuir ainda dividendos novamente. A estimativa do Citi prevê uma distribuição de US$ 3 bilhões (cerca de R$ 15,4 bilhões) aos acionistas. Para especialistas, um dos principais motivos para o recuo no ganho ocorre por conta da queda nas vendas dos derivados no mercado interno. Nos primeiros três meses deste ano, a estatal informou recuo de 2,9%, para 1,648 milhão de barris por dia na comparação anual. Segundo a estatal, a gasolina teve queda de 6,8% nas vendas entre janeiro e março, assim como o diesel, que caiu 3,4%. A redução ocorreu “em função da demanda de mercado e paradas programadas”, disse a estatal recentemente. A Petrobras afirmou ainda que houve um aumento no teor mínimo de mistura obrigatória de biodiesel, que passou de 12% para 14% em março de 2024. Na gasolina, explicou a estatal, houve perda de participação para o etanol hidratado no abastecimento dos veículos flex. Especialistas lembram ainda da queda nas exportações com a instabilidade do conflito entre Israel e Hamas no Oriente Médio. Com menores vendas, a receita deve ficar em torno de US$ 24,4 bilhões (cerca de R$ 125, 6 bilhões) no primeiro trimestre. Será menor que os R$ 139 bilhões do primeiro trimestre de 2023. Especialistas lembram ainda que o lucro da estatal pode ser afetado pela decisão da 3ª Turma da Câmara Superior do Conselho Administrativo de Recursos Fiscais (Carf), que, em fevereiro, manteve duas cobranças de impostos à Petrobras, que juntas somam R$ 9,18 bilhões. Embora a estatal ainda possa recorrer, os analistas acreditam em algum tipo de impacto. Esses efeitos devem anular o impacto positivo do aumento do aumento do preço do petróleo no mercado internacional, que passou de US$ 77 parta US$ 87 no primeiro trimestre deste ano, e a alta de 3,2% na produção de petróleo, que passou de 2,352 milhões de barris de óleo equivalente (boe/dia) para 2,428 boe/d. Autor/Veículo: O Globo

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RELATÓRIO ABICOM – PPI X PREÇO DOMÉSTICO – 13/05/2024

No atual cenário, observa-se uma estabilidade no câmbio e uma leve redução nos preços de referência do óleo diesel e da gasolina no mercado internacional. Com isso, a situação média de preços encontra-se abaixo da paridade para o óleo diesel e na paridade para a gasolina. A defasagem média é de -4% para o óleo diesel e de -5% para a gasolina. O câmbio, fechando em R$5,15/U$, mantém-se em patamar elevado, pressionando os preços domésticos dos produtos importados. Quanto ao petróleo, a oferta apertada continua a pressionar os preços futuros, com os futuros do Brent sendo negociados acima dos U$83/bbl. No que diz respeito ao óleo diesel A S10, observou-se a redução do preço médio em R$ 0,1541/L no Polo Aratu-BA, enquanto a Petrobras implementou uma redução linear média de R$ 0,30/L. Entretanto, os preços médios do óleo diesel A operam abaixo da paridade em todos os polos analisados, com uma defasagem acumulada de R$0,12/L desde o último reajuste nos preços da Petrobras. A arbitragem considerando os principais polos indica uma situação desfavorável, com uma defasagem média de -R$0,13/L. Já para a gasolina A, houve uma redução de R$ 0,2334/L no Polo Aratu-BA, enquanto a Petrobras implementou uma redução linear média de R$ 0,12/L. Similarmente ao óleo diesel, os preços médios da gasolina A operam abaixo da paridade, exceto em Aratu, com uma defasagem acumulada de R$0,08/L desde o último reajuste nos preços da Petrobras. A arbitragem indica uma situação desfavorável, com uma defasagem média de -R$0,16/L. Em resumo, tanto o óleo diesel quanto a gasolina apresentam uma situação de preços abaixo da paridade, refletindo a pressão do mercado internacional e do câmbio sobre os preços domésticos.

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Sindipetro discute situação dos postos em Guajará-Mirim em reunião com autoridades locais

O Sindicato dos Trabalhadores no Comércio de Derivados de Petróleo de Rondônia (Sindipetro) esteve em uma reunião com o Vereador Augustinho Figueiredo e o Coordenador do Centro de Receita Estadual (CRE), Antônio Carlos, para abordar a delicada situação dos postos de combustíveis em Guajará-Mirim. O encontro visou debater os desafios enfrentados pelos estabelecimentos comerciais da região, especialmente em relação à implementação dos benefícios fiscais estabelecidos pelo governo estadual. Durante a reunião, o Sindipetro apresentou uma análise abrangente dos obstáculos enfrentados pelos postos de Guajará-Mirim na obtenção e aplicação dos benefícios fiscais concedidos. O Vereador Augustinho Figueredo e o Coordenador do CRE, Antônio Carlos, demonstraram interesse em compreender a complexidade da situação e colaborar na busca por soluções eficazes. Eduardo Valente, secretário executivo do Sindipetro, afirma que uma determinada distribuidora está resistindo em fornecer combustíveis com os incentivos fiscais previstos, além das lacunas na supervisão dos postos de Guajará-Mirim, tais como a ausência de policiais para auxiliar na vigilância e ações mais efetivas durante a noite. “Questões relacionadas à falta de operacionalidade do posto fiscal local também foram discutidas, destacando a necessidade de uma abordagem abrangente para resolver esses problemas”, enfatiza Eduardo. O secretário executivo do Sindipetro reforça que sindicato, legisladores e coordenadoria de fiscalização estão comprometidos em trabalhar em estreita colaboração para abordar os desafios identificados. “Foi estabelecido um plano de ação conjunto que inclui medidas para fortalecer a fiscalização, promover o diálogo com as distribuidoras e garantir o cumprimento das condições estabelecidas para a concessão dos benefícios fiscais”, afirma. “Com um compromisso focado na ação coletiva e a colaboração, há esperança de que os obstáculos identificados possam ser superados, garantindo um ambiente justo e transparente para o comércio de combustíveis na região”, conclui Eduardo Valente.

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