8 de julho de 2025

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Transportadoras tentam frear distribuidoras enquanto ANP debate regulação de gasodutos

As transportadoras de gás natural tentam pôr um freio em alguns novos projetos de expansão das distribuidoras, enquanto a Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) discute a regulamentação para classificação de gasodutos – em consulta pública até 21 de julho. Em São Paulo, a ATGás pediu à Arsesp (o regulador estadual) que os planos de negócios da Comgás e da Necta sejam reavaliados. A associação, que representa as transportadoras, questiona, em especial, os projetos de interligação das redes das concessionárias, cujos planos de investimentos passaram recentemente por consulta pública no processo de revisão tarifária das companhias. O gasoduto da Comgás, aprovado em 2019 pela Arsesp, foi posteriormente classificado pela ANP como um ativo de transporte e o conflito federativo pela regulação do empreendimento está, hoje, no Supremo Tribunal Federal (STF). E não é só em São Paulo. Em Alagoas, também, há um conflito posto envolvendo projetos da Algás, a concessionária local, e a Transportadora Associada de Gás (TAG). As distribuidoras, por sua vez, veem na proposta de regulamentação da ANP um caso de invasão à competência estadual. A seguir, a gas week se debruça sobre o assunto. Transportadoras veem duplicidade na rede A ATGás pediu mais detalhes sobre os projetos da Comgás e Necta. Quer entender se as características técnicas de diâmetro e pressão conflitam com os limites propostos pela ANP (veja a minuta de resolução na íntegra, em .pdf). A Comgás planeja investir em novos gasodutos para interconectar as redes da companhia com as das demais concessionárias de gás do estado (Necta e Naturgy) – um compromisso previsto na renovação da concessão em 2021. Os projetos inicialmente mapeados são: São investimentos de R$ 543 milhões que permitirão a troca operacional (swap) do gás, por meio do fluxo físico da molécula e não somente pelo fluxo comercial, entre as diferentes áreas de concessão no estado. Na prática, permite que o gás importado pela Edge (do mesmo grupo Compass) pelo Terminal de Regaseificação de São Paulo (TRSP) chegue aos consumidores da Necta e Naturgy pela malha da Comgás. A ATGás teme que os novos investimentos criem duplicidade com as redes da Transportadora Brasileira Gasoduto Bolívia-Brasil (TBG) e Nova Transportadora do Sudeste (NTS) – comprometendo, assim, a eficiência econômica do sistema de transporte, com impactos negativos sobre as tarifas. A associação alega também que alguns dos projetos consideram indevidamente a plena operação do Subida da Serra, sem que o assunto esteja pacificado na esfera judicial. Ou seja, os investimentos seriam incorporados às tarifas dos consumidores paulistas de forma legalmente duvidosa. A Arsesp ainda analisa as contribuições dos agentes. “Existem gasodutos de transporte que cortam o estado de São Paulo e alimentam as redes das concessionárias locais. Os sistemas precisam ser complementares, não concorrentes, porque estamos falando de uma indústria de rede que depende de escala” “E, no fim, todo mundo perde se deixarmos a infraestrutura de gás se desenvolver de forma ineficiente”, argumenta o presidente da ATGás, Rogério Manso. Em tempo. O conflito federativo em torno do Subida da Serra segue no Supremo, depois das tentativas frustradas de acordo entre ANP, Arsesp e o governo de São Paulo no Núcleo de Solução Consensual de Conflitos no STF. Caberá ao ministro relator, Edson Fachin, julgar liminarmente o pedido da Arsesp e do governo de São Paulo para que a operação do gasoduto seja mantida sob regulação estadual até o julgamento final da ação; e que a ANP seja impedida de adotar quaisquer medidas para interditar a operação do ativo. Distribuidoras veem invasão de competências As distribuidoras, representadas pela Abegás, veem na proposta de regulamentação da ANP um caso de invasão à competência estadual – alegam, nesse sentido, que não existe hierarquia da regulação federal em relação à estadual, pela própria definição constitucional. Segundo a associação, a discussão aberta pelo regulador federal está contaminando a revisão tarifária das concessionárias e pode paralisar investimentos. A Abegás entende que o debate ainda está pouco maduro e pede o adiamento, por 30 dias, dos prazos da consulta pública da ANP, devido à complexidade do assunto. O diretor técnico comercial da Abegás, Marcelo Mendonça, defende um “freio de arrumação” no debate: “Hoje, do jeito que está, a regulamentação da ANP inviabiliza investimentos das distribuidoras”. Nesse ponto, especificamente, a Abegás argumenta que, nos termos do desenho regulatório proposto pela ANP, será preciso ampliar a construção de city-gates (onde ocorre a transferência de custódia do gás para as distribuidoras) – o que tende a encarecer a expansão da infraestrutura. Cada ponto de entrega custa cerca de R$ 50 milhões. Além disso, corre-se o risco de que sejam propagadas malhas de transporte desconectadas entre si, no interior dos estados. A Abegás pontua, ainda, que o segmento de transporte opera com ritos mais complexos de aprovação e prazos para implantação de projetos. Uma das diretrizes da minuta da ANP, para classificação de gasodutos, é o conceito da eficiência global das redes, mas falta, na visão de diferentes agentes, justamente, um aprofundamento sobre o conceito na minuta. TAG e Algás disputam projeto de 1 km Em Alagoas, a TAG questiona um projeto da Algás em Pilar: um gasoduto em aço carbono de 1,5 quilômetro de extensão que, segundo a concessionária estadual, está associado à realocação do ponto de entrega Marechal Deodoro das instalações da Origem Energia para a rede da transportadora. A TAG alega que o ramal já está contemplado nas obras de instalação do novo Ponto de Saída Marechal Deodoro II e que há duplicidade nos projetos. A transportadora defende que o seu projeto valoriza a conexão da rede da Algás à malha de transporte e que permitirá maior precisão na medição dos fluxos destinados à futura instalação de estocagem subterrânea de gás natural de Pilar (uma parceria entre TAG e Origem). A Algás justifica, em seu plano de investimentos, que o seu novo ramal é necessário para a a expansão planejada da rede local e visa manter a estabilidade operacional do sistema. A Arsal, o regulador estadual, não acatou os questionamentos da TAG, na aprovação do projeto,

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Petróleo avança com aumento da demanda

Os contratos futuros de petróleo fecharam em alta firme nesta segunda-feira (07), a despeito do aumento de produção acima do esperado pela Organização dos Países Exportadores de Petróleo e aliados (Opep+) no fim de semana. O aperto no mercado físico e a alta da demanda pela commodity compensaram o incremento na produção de barris pelo cartel. Na Intercontinental Exchange (ICE), o barril do petróleo tipo Brent para setembro fechou em alta de 1,87%, a US$ 69,58 por barril. Já na New York Mercantile Exchange (Nymex), o petróleo WTI para entrega em agosto avançou 1,39%, a US$ 67,93 por barril. “A queda na contagem de sondas nos EUA e os preços mais baixos praticados pela Arábia Saudita para os barris de agosto deram confiança aos investidores mais otimistas”, afirmam Helge Andre Martinsen e Tobias Ingebrigtsen, do DNB. No entanto, “acreditamos que estamos à beira de uma maior fraqueza estrutural nos próximos meses”, acrescentaram. Mesmo com o aumento na produção pela Opep+ e o aperto no mercado físico, os economistas do Goldman Sachs mantiveram sua projeção de preço para o Brent em US$ 59 no quarto trimestre de 2025 e US$ 56 em 2026. Autor/Veículo: Valor Econômico

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ANP suspende primeiro período exploratório da Petrobras em seis blocos da Foz do Amazonas

A Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) suspendeu o período exploratório dos contratos da Petrobras em seis blocos na bacia da Foz do Amazonas, até que o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) conceda a autorização para perfuração no bloco FZA-M-59. A decisão unânime foi tomada pelos diretores em circuito deliberativo na semana passada, sob a relatoria da diretora Mariana Cavadinha. A suspensão vale para os blocos FZA-M-57, FZA-M-59, FZA-M-86, FZA-M-88, FZA-M-125 e FZA-M-127, que representam mais de 50% dos blocos com fase de exploração em andamento na bacia. Eles foram arrematados na 11ª Rodada de licitações, em 2013. Durante esta semana, três equipes do Ibama realizarão vistorias nas embarcações e instalações envolvidas na atividade de perfuração do bloco FZA-M-59, em Belém e em Curuçá (PA). A suspensão do período exploratório dos contratos ocorreu a pedido da Petrobras, sob o argumento de que houve atraso no licenciamento ambiental do bloco. Também ressaltou que há interdependência geológica das oportunidades mapeadas nas concessões e a importância da logística integrada. A campanha exploratória da estatal na região prevê, no mínimo, a perfuração de oito poços na bacia, segundo a Superintendência de Exploração (SEP). Antes da suspensão, o prazo para conclusão do primeiro período exploratório dos blocos encerraria em janeiro de 2026. No 5º Ciclo de Oferta Permanente de Concessões da ANP, realizado em junho, o consórcio entre Petrobras e ExxonMobil arrematou outros dez blocos na bacia, sem concorrência por eles. Já o consórcio Chevron/CNPC levou nove blocos, após desbancar a concorrência de Petrobras/ExxonMobil em sete deles. Ao todo, as petroleiras pagaram R$ 845 milhões em bônus de assinatura pelas concessões dos 19 blocos. O leilão de novos blocos na Foz do Amazonas ocorreu em meio a protestos de ambientalistas que tentaram evitar a abertura de novas fronteiras exploratórias para óleo e gás através de ações para barrar o leilão. Autor/Veículo: Eixos

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Opep+ deve voltar a aumentar produção de petróleo em setembro, diz agência

Os produtores de petróleo da Opep+ (Organização dos Países Exportadores de Petróleo e Aliados) devem aprovar outro grande aumento de produção para setembro, ao concluírem tanto a reversão dos cortes voluntários de produção por parte de oito membros quanto a mudança dos Emirados Árabes Unidos para uma cota maior, disseram cinco fontes à agência de notícias Reuters. O grupo, que bombeia cerca de metade do petróleo do mundo, vinha reduzindo a produção há vários anos para sustentar o mercado. Mas reverteu o curso este ano para recuperar participação no mercado e também com a exigência do presidente dos EUA, Donald Trump, que o grupo produzisse mais para ajudar a manter os preços da gasolina mais baixos. A Opep+ começou a reduzir os cortes de 2,17 milhões de barris por dia (bpd) em abril, com um aumento de 138 mil bpd. Seguiram-se aumentos de 411 mil bpd em maio, junho e julho, apesar da queda dos preços do petróleo. No sábado, o grupo aprovou um aumento de 548 mil bpd para agosto. Cinco fontes familiarizadas com as discussões disseram na segunda-feira que o grupo provavelmente aprovará um aumento de cerca de 550 mil bpd para setembro, quando se reunir em 3 de agosto. Também será concluído um aumento adicional de 300 mil bpd na produção dos Emirados Árabes Unidos, à medida que o país passa a operar com uma cota maior, disseram as fontes. A Opep e os Emirados Árabes Unidos não responderam aos pedidos de comentários. (Reuters) Autor/Veículo: Folha de São Paulo

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Produção e venda de veículos no Brasil recuam em junho, diz Anfavea

A produção de carros, comerciais leves, caminhões e ônibus no Brasil foi de 200,8 mil unidades em junho, uma queda de 6,5% ante maio e de 4,9% na comparação com o mesmo mês de 2024, segundo dados divulgados pela Anfavea (Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores) nesta segunda-feira (7). As vendas, por sua vez, totalizaram 212,9 mil unidades no mês passado, declínio de 5,7% na base mensal e de 0,6% ante junho do ano passado. De acordo com a entidade, os estoques nas concessionárias e fábricas (mercado interno) alcançavam 259,3 mil unidades em junho, de 270,1 mil veículos um ano antes, equivalentes a 38 dias, de 41 dias no mesmo mês do ano passado. As vendas de veículos novos nacionais recuaram 6,3% em junho ante maio, enquanto os emplacamentos de importados caíram 2,7%. Ano a ano, as vendas dos nacionais cederam 1%, enquanto de importados aumentaram 0,9%. O presidente da Anfavea, Igor Calvet, destacou que a queda na média diária de emplacamentos —de 0,5% em junho ante maio e de 0,6% em junho ante junho de 2024— preocupou a entidade. De acordo com dados exibidos pela Anfavea, os modelos chineses responderam por 6% dos emplacamentos registrados no país no primeiro semestre. Na segmentação por combustíveis, foram vendidos 5.847 veículos elétricos, 8.448 híbridos e 7.081 híbridos plugin, contra 6.958 elétricos, 8.160 híbridos e 7.144 híbridos plugin em maio, segundo a Anfavea. Já as exportações aumentaram 75% em junho ante o mesmo mês no ano passado, para 50,7 mil veículos, acumulando nos primeiros seis meses de 2025 um total de 264,1 mil unidades, incremento de 59,8% ano a ano. (Reuters) Autor/Veículo: Folha de São Paulo

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Petrobras reavalia possibilidade de vender o Polo Bahia, diz Magda

A Petrobras está reavaliando sua operação no Polo Bahia, que consiste em 28 blocos em terra, com produção de cerca de 9 mil barris por dia de petróleo – ou 12 mil barris de óleo equivalente, se incluído o gás natural. O Polo chegou a ter o processo de venda iniciado pelo governo de Jair Bolsonaro (PL), mas foi suspenso em setembro de 2023. De acordo com a presidente da Petrobras, Magda Chambriard, a possibilidade de venda do ativo voltou à prancheta da estatal recentemente, quando o preço do barril do petróleo começou a cair. “A produção em terra envolve esforço grande, às vezes o campo é menor que um poço do pré-sal. Quando o óleo está a US$ 100 o barril faz sentido (produzir em terra), não a US$ 65 o barril. Vamos decidir se Polo Bahia fica com a gente, se terceiriza a operação ou se repassa o ativo”, disse Magda após sair do Fórum Estratégico da Indústria Naval Brasil-China. A executiva, ressaltou, porém, que apesar de ser em terra, o campo de Urucu, na Amazônia, ainda não está sendo avaliado. “O óleo de Urucu é o melhor óleo do Brasil, vamos pensar na Bahia e depois olhar Urucu”, explicou a executiva. Autor/Veículo: CNN

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Lula diz que presidente da Petrobras parece frágil e bobinha, mas é competente

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou nesta sexta-feira (4) que a presidente da Petrobras, Magda Chambriard, parece “frágil” e “bobinha”, mas tem demonstrado competência na gestão da maior estatal brasileira. “Quem olha assim, à primeira vista, para a Magda, essa mulher frágil, que anda devagar, que fala manso —às vezes nem eu entendo— pensa que não tem condições de dirigir uma empresa da magnitude da Petrobras”, afirmou. “E a surpresa é que a companheira Magda é extremamente competente”, completou, em discurso durante evento de anúncio de investimentos em refino e petroquímica no país, realizado na Refinaria de Duque de Caxias, da Petrobras. “Quem vê a Magda assim: ‘ah, aquela presidente é bobinha, vamos acossar ela’. Está ferrado, está ferrado, porque não sabe a quantidade de inteligência tratada de veneno que tem na cabeça dessa mulher”, disse o presidente. A estatal agrupou uma série de projetos já aprovados ou sob análise em um pacote de R$ 33 bilhões para garantir mais um palanque ao presidente da República, que luta com a baixa popularidade. Na cerimônia, Magda disse que sua gestão tem cumprido a determinação de Lula para “ajudar a empurrar o PIB desse país”. Citou como exemplos, além das obras no refino, a contratação de navios em estaleiros brasileiros. O presidente também voltou a reclamar da falta de repasses das reduções nos preços dos combustíveis promovidas pela Petrobras e defendeu que órgãos de fiscalização atuem para que o desconto chegue aos consumidores. Autor/Veículo: Folha de São Paulo

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