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Petrobras corta preço do querosene de aviação em 7,6%

A Petrobras reduziu em 7,6% o preço do QAV (querosene de aviação), combustível usado por aviões de grande porte. O corte, anunciado nesta segunda-feira (3), acompanha a queda nas cotações internacionais do petróleo nas últimas semanas. Diferentemente da gasolina e do diesel, o preço do QAV nas refinarias da estatal é reajustado mensalmente, de acordo com fórmula prevista em contrato com as distribuidoras, responsáveis pela venda final às companhias aéreas. No ano, o produto acumula queda de 8,8%, segundo a estatal —foram três cortes e três aumentos de preços nas refinarias. Desde o início do governo Luiz Inácio Lula da Silva (PT), a queda acumulada é de 26,7%. Os cortes de preços ajudaram a derrubar os preços das passagens aéreas no primeiro trimestre. Até março, o recuo foi de 24,29%, segundo a pesquisa de inflação do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). Devido ao peso no custo das viagens, o QAV é constantemente alvo de reclamações das companhias aéreas brasileiras, que tentaram negociar um pacote de socorro do governo na virada do ano. A Petrobras diz que “o mercado brasileiro é aberto à livre concorrência, e não existem restrições legais, regulatórias ou logísticas para que outras empresas atuem como produtores ou importadores de QAV”. Com contratos diferentes daqueles referentes aos combustíveis automotivos, o QAV não foi afetado pela estratégia comercial implantada pela Petrobras em maio de 2023, como resposta à promessa de campanha de Lula de abrasileirar os preços dos combustíveis. A nova política completou um ano no mês passado, com a prática de preços da gasolina e do diesel abaixo das cotações internacionais e menos reajustes do que em anos anteriores. A linha será seguida pela nova gestão da estatal, afirmou na semana passada a nova presidente da companhia, Magda Chambriard, que assumiu no lugar de Jean Paul Prates, responsável pela mudança na precificação dos combustíveis. Em 2024, a Petrobras ainda não mexeu nos preços da gasolina e do diesel, apesar de períodos de elevada defasagem em relação às cotações internacionais. Neste momento, a queda do preço do petróleo reduz a pressão sobre a empresa por reajustes. Depois de bater os US$ 90 (R$ 456,30) por barril em abril, o petróleo Brent, referência internacional negociada em Londres, se situa hoje na casa dos US$ 78 (R$ 395,46) por barril. Na abertura do mercado desta segunda, o preço da gasolina nas refinarias da estatal estava R$ 0,18 por litro abaixo da paridade medida pela Abicom (Associação Brasileira dos Importadores de Combustíveis). No caso do diesel, a defasagem era de R$ 0,15 por litro. Autor/Veículo: Folha de São Paulo

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RenovaBio: ANP divulga metas atualizadas para as distribuidoras em 2024

A ANP publicou no Diário Oficial da União, em 29/5, despacho com as novas metas individuais de redução de emissões de gases causadores do efeito estufa de 2024, a serem cumpridas pelas distribuidoras de combustíveis, no âmbito do RenovaBio, a Política Nacional de Biocombustíveis. As metas atualizadas para 2024 estão acrescidas das metas não cumpridas em 2023, conforme disposto no § 1º, art. 10 da Resolução ANP nº 791, de 2019. As metas individuais foram calculadas a partir da meta global anual de 38,78 milhões de CBIOs (Créditos de Descarbonização), definida pela Resolução CNPE nº 6, de 29 de novembro 2023, para o ano de 2024. Para calcular as metas individuais, a ANP usa como base a participação de mercado de cada distribuidor de combustíveis na comercialização dos combustíveis fósseis, conforme metodologia descrita no art. 6º da Resolução ANP nº 791, de 2019. Posteriormente, elas são acrescidas das eventuais metas não cumpridas no ano anterior. As metas são cumpridas pelas distribuidoras por meio da aposentadoria (retirada de circulação) dos CBIOs, em quantidade correspondente à sua meta. De acordo com o Decreto nº 11.499, de 25 de abril de 2023, o prazo para a comprovação do cumprimento das metas de 2024 se encerra em 31 de dezembro de 2024. O que são CBIOs Os Créditos de Descarbonização (CBIOs) são ativos ambientais emitidos por produtores de biocombustíveis em quantidade proporcional à nota de eficiência de sua produção certificada e do volume de biocombustível comercializado. Um CBIO equivale a uma tonelada de gases de efeito estufa não emitidos para atmosfera devido ao uso de biocombustível em substituição aos combustíveis fósseis. São comercializados pelos produtores de biocombustíveis na Bolsa de Valores brasileira (B3), a serem adquiridos pelas distribuidoras para cumprimento de suas metas individuais, ou mesmo por terceiros não obrigados interessados nessa comercialização. Autor/Veículo: Assessoria de Imprensa da ANP

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Governo quer restringir uso de créditos do PIS/Cofins para compensar desoneração da folha

O governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) vai propor restringir o uso de créditos tributários do PIS/Cofins e permitir seu aproveitamento apenas para abater o próprio imposto. A medida deve ser anunciada nesta terça-feira (4) como compensação para bancar a desoneração da folha para empresas de 17 setores, além de municípios. O Ministério da Fazenda convocou uma entrevista coletiva para detalhar a compensação. A proposta foi apresentada pelo governo na semana passada a algumas lideranças do Congresso Nacional, como mostrou a Folha. Se aprovada pelo Congresso Nacional, a medida permitirá o aumento da arrecadação federal, ajudando a financiar a perda de receitas com a desoneração da folha, com custo calculado pela Fazenda em R$ 25,8 bilhões neste ano. Hoje, os créditos do PIS/Cofins, uma espécie de benefício fiscal concedido com a intenção de fomentar algumas atividades econômicas e mitigar o efeito cumulativo dos impostos, podem ser usados para abater o saldo devedor de outros tributos —inclusive contribuições à Previdência. Esse crédito é usado, sobretudo, pelas empresas da agroindústria na compra de insumos de pessoas físicas. Os setores de combustíveis e transportes também podem ser atingidos. Segundo técnicos a par das discussões, restringir o uso dos créditos apenas ao âmbito do PIS/Cofins é uma medida forte e dura, com impacto relevante sobre as contas da União. Com as receitas obtidas até o fim de 2024, o governo espera conseguir repor toda a perda com a desoneração neste ano. Em 2025, com o impacto cheio, durante os 12 meses, o incremento na arrecadação pode beirar os R$ 50 bilhões, segundo estimativas do governo. Os valores ainda dependerão da confirmação da medida pelo Congresso, que pode desidratá-la. A restrição do uso dos créditos também tem a vantagem de não precisar respeitar a chamada noventena, prazo de 90 dias entre a edição de medida que eleva um imposto e a efetivação da cobrança sobre os contribuintes. Ou seja, os impactos sobre a arrecadação tendem a ser imediatos. Além disso, PIS e Cofins são contribuições sociais, cujo produto da arrecadação não é dividido com estados e municípios. Isso significa que a União vai absorver todo o ganho esperado com a medida. Além do impacto da desoneração em 2024, a Fazenda já vinha lidando com a necessidade de encontrar R$ 50 bilhões em receitas extras para cumprir a meta fiscal zero para as contas públicas de 2025. As medidas precisam estar em vigor ou constar em projetos de lei para serem incluídas na proposta de Orçamento, a ser encaminhada até 31 de agosto deste ano. A desoneração da folha das empresas foi criada em 2011, na gestão Dilma Rousseff (PT), e prorrogada sucessivas vezes. A medida permite o pagamento de alíquotas de 1% a 4,5% sobre a receita bruta, em vez de 20% sobre a folha de salários para a Previdência. A desoneração vale para 17 setores da economia. Entre eles está o de comunicação, no qual se insere o Grupo Folha, empresa que edita a Folha. Também são contemplados os segmentos de calçados, call center, confecção e vestuário, construção civil, entre outros. No caso dos municípios, a desoneração foi aprovada pelos parlamentares em 2023, vetada por Lula e reinstituída pelo Congresso a partir da derrubada do veto. O governo editou uma medida provisória para revogar o corte nas alíquotas para 8%, mas sofreu resistências e precisou fechar um acordo para manter a cobrança reduzida em 2024. Autor/Veículo: Folha de S.Paulo

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Após adiamento, Senado deve votar “taxa da blusinha” e Mover nesta terça

O plenário do Senado Federal deve iniciar, nesta terça-feira (4), a discussão sobre o projeto de lei que, entre outros pontos, estabelece taxação de 20% sobre compras internacionais de até US$ 50. O texto foi aprovado no plenário da Câmara na última terça-feira (28). A votação no Senado ficou para esta semana porque o presidente da Casa, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), pediu mais tempo para que os senadores analisassem o projeto. A relatoria ficou com o senador Rodrigo Cunha (Podemos-AL). Antes de debaterem o mérito do projeto, os senadores deverão votar um requerimento de urgência para que o texto seja analisado diretamente pelo plenário, sem necessidade de ser avaliado por comissões temáticas. O projeto de lei em análise cria o Programa de Mobilidade Verde (Mover), que trata de incentivos à indústria automotiva. O dispositivo que trata da taxação de importações até US$ 50 é considerado um “jabuti” entre os parlamentares – quando trechos estranhos ao texto original são incluídos em uma proposta. Na semana passada, a cúpula da Câmara fechou um acordo com o Palácio do Planalto para prever que o projeto estabeleça uma alíquota de cobrança de 20% sobre compras internacionais de até US$ 50. Atualmente, importações nessa faixa de preço são isentas de impostos. Além disso, a Câmara ainda aprovou uma emenda que estabelece uma política de conteúdo local para as atividades de exploração e produção de petróleo, gás natural e outros hidrocarbonetos fluidos, aplicável ao regime de concessão. Hoje, o conteúdo local é estipulado por meio de cláusulas contratuais acordadas entre a Agência Nacional de Petróleo (ANP), as empresas que vencem as licitações, e a Petrobras, durante as etapas de exploração e desenvolvimento na produção de petróleo, gás natural e biocombustíveis. O objetivo da emenda é transformar esse processo em lei. Planalto quer manter textoNa segunda-feira (3), o ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha, afirmou que o governo trabalha para manter no Senado o texto que foi aprovado pela Câmara. O ministro também disse que discutirá com o Senado os jabutis incluídos de última hora no texto do Mover, “sem a anuência do governo”, como o que cria a política de conteúdo local para o setor de petróleo. Nesse caso, o Planalto analisará a possibilidade de supressão desses itens na votação dos senadores ou, caso sejam aprovados, sinalizará que não há compromisso de sanção presidencial. “Vamos tratar também de emendas que foram feitas na Câmara sem anuência do governo e, como trabalhar (para retirar) isso. Pode ser emenda de redação (para suprimir do texto) ou, eventualmente, sinalizarmos que não tem compromisso de sanção, para que a gente possa finalizar a votação no Senado do Mover, que é um projeto muito importante para a indústria automobilística”, declarou Padilha. Governo tem pressaO Programa de Mobilidade Verde trata de incentivos à indústria automotiva e foi instituído pelo governo federal por meio de uma medida provisória (MP) em dezembro passado. Essa MP perdeu a validade na última sexta-feira (31) e será substituída pelo PL que tramita no Senado. Por isso, o governo federal tem pressa para que o texto seja aprovado rapidamente. Na última semana, o líder do governo no Senado, Jaques Wagner (PT-BA), afirmou que os contratos firmados durante a vigência da MP não deixarão de vigorar. Em entrevista na segunda, Pacheco alertou para a importância de debater amplamente o projeto. Ele lembrou que, caso haja alterações, o projeto deverá retornar à Câmara dos Deputados. “Haverá um debate no plenário do senado. Sabemos da urgência disso”, disse Pacheco. “Qualquer alteração que se dê ao texto, inclusive supressão, o texto voltará à Câmara dos Deputados”, alertou o presidente do Senado. Autor/Veículo: CNN Brasil 

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Efeitos da tragédia no Sul devem elevar pressão sobre preços

Os efeitos da tragédia climática no Rio Grande do Sul sobre os preços de alimentos ameaçam colocar mais pressão sobre as estimativas de inflação para este ano e 2025 – que já vinham em alta nas últimas semanas – e virar novo motivo de preocupação para o Banco Central. Até aqui, os indicadores oficiais se mostram sob controle. Em 12 meses até maio, o IPCA15 (uma prévia da inflação) acumula alta de 3,7%, ante 3,8% até abril. Nas últimas semanas, porém, houve uma deterioração das estimativas do mercado por causa de vários fatores combinados. Entre eles, a incerteza do cumprimento da meta fiscal do País, os preços dos serviços já pressionados pelo aquecimento do mercado de trabalho e a manutenção de juros elevados nos Estados Unidos por mais tempo. Mas o que desandou esse cenário mais recentemente foi a tragédia no Sul, concordam os economistas ouvidos pelo Estadão. Dados do boletim Focus (uma compilação feita pelo BC) mostram que, entre os dias 3 e 24 de maio, as projeções para a inflação neste ano passaram de 3,72% para 3,86%. No caso de 2025, foram de 3,64% para 3,75%. Nesse mesmo intervalo, as estimativas para a variação dos chamados preços livres – grupo no qual estão inseridos os alimentos – subiram de 3,62% para 3,81% (neste ano) e de 3,54% para 3,7% (em 2025). “Praticamente, a revisão para cima das expectativas de inflação ao longo de maio, especialmente para a projeção de 2024, foi por conta dos preços livres, e isso é um indício de que a mudança ocorreu por causa dos alimentos e da tragédia no Sul”, afirma o economista Fabio Romão, da LCA Consultores. A consultoria aumentou em 0,5 ponto porcentual sua projeção de alta de preços para o grupo Alimentação e Bebidas no IPCA deste ano – de 4,3% para 4,8% – depois das enchentes do Sul. A mudança já leva em conta movimento de preços registrado no atacado. O preço do arroz em casca, por exemplo, subiu 2,74% pelo IGP-M de maio, depois de ter caído 2,71% em abril. O Rio Grande do Sul responde por 70% da produção nacional do grão. A alta foi o argumento usado pelo governo para montar uma operação inédita pela qual a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) vai atuar da ponta da importação até a distribuição do produto diretamente nos pontos de venda. Com a reação dos produtores, que viram no movimento uma intervenção no setor, o governo passou a dizer que ainda trabalha no leilão de importação do arroz e que só posteriormente vai definir a modalidade de venda ao comércio. O produto será vendido com o aviso “Arroz importado pelo governo federal” e preço tabelado de R$ 4 o quilo. • Autor/Veículo: O Estado de S.Paulo

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STF marca julgamento da revisão do FGTS para 12 de junho

O STF (Supremo Tribunal Federal) marcou para 12 de junho a retomada do julgamento da correção do FGTS (Fundo de Garantia do Tempo de Serviço). A corte decidirá se a utilização da TR (Taxa Referencial) na remuneração das contas vinculadas ao fundo é constitucional ou não. O pedido na ADI (Ação Direta de Inconstitucionalidade) 5.090 é para que os ministros afastem a TR, substituindo-a por um índice de inflação, que pode ser o INPC (Índice Nacional de Preços ao Consumidor) ou IPCA-E (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo – Especial). O FGTS rende, atualmente, 3% ao ano mais a taxa referencial. O caso tem três votos pela mudança. A proposta do ministro relator, Luís Roberto Barroso, é para que o Fundo de Garantia tenha ao menos a remuneração da poupança, atualmente em 6,17% ao ano mais TR. A AGU (Advocacia-Geral da União), que representa o governo na Justiça, propõe manter a correção atual e incluir a distribuição dos lucros de forma obrigatória no cálculo para garantir atualização de, no mínimo, a inflação medida pelo IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo), índice oficial do país. O voto de Barroso determina ainda que, se houver mudança, ela passe a valer para todas as contas do FGTS a partir do julgamento do Supremo, sem direito à correção dos valores atrasados. A AGU também defende que a correção deva ser futura. Para Barroso, não há direito constitucional à correção monetária para repor a inflação, mas o modelo atual de remuneração do FGTS “não é razoável”. Desde 2017, o FGTS paga o lucro que o fundo obtém no ano, aumentando os ganhos dos trabalhadores. Com a distribuição desses resultados, houve ganhos acima da inflação. No ano passado, a Caixa distribuiu 99% do lucro, creditando R$ 12,719 bilhões na conta dos trabalhadores. A AGU argumenta que a proposta do governo não trará prejuízo aos trabalhadores, porque defende que a inflação seja o mínimo que se pague como correção. Cálculos do órgão apresentados no processo são de que, se a revisão for concedida da forma como foi solicitada, o impacto nas contas da União seria R$ 661 bilhões, e o Ministério da Fazenda calcula desembolsar R$ 8,6 bilhões a mais com o FGTS. O julgamento começou em 2023 e foi paralisado após pedido de vista do ministro Cristiano Zanin, logo que assumiu cadeira na corte. Mario Avelino, presidente do Instituto Fundo de Garantia do Trabalhador, defende que o caso seja decidido de forma definitiva. Segundo ele, enquanto não se chega a um consenso, as perdas dos trabalhadores só aumentam. “Só do dia 1º de janeiro deste ano, pegando as competências, janeiro, fevereiro, março, abril e maio, com a diferença da TR para o INPC o trabalhador perdeu na totalidade R$ 38 bilhões. O rombo já está em R$ 804 bilhões, considerando a troca da TR de janeiro de 1999 até a presente, se fosse utilizado o INPC.” Segundo ele, as empresas também economizaram nesses últimos 25 anos cerca de R$ 200 bilhões com a multa de 40% sobre o saldo do fundo nas demissões. “Então, na minha opinião, é liquidar logo essa fatura, porque quanto mais tempo passa fica a pressão, a expectativa, o descrédito dos trabalhadores”, diz. O QUE ESTÁ EM JOGO?A correção do FGTS é uma ação bilionária, com impacto previsto em R$ 661 bilhões, segundo documento da AGU (Advocacia-Geral da União), que representa o governo na Justiça, apresentado no dia 18 de abril de 2023, às vésperas do início do julgamento no STF. Para os trabalhadores, a perda seria de R$ 756 bilhões desde 1999, quando a TR passou a ser aplicada, de acordo com cálculos do Instituto Fundo de Garantia do Trabalhador. A ação inicial apresentada ao STF em 2014 pelo partido Solidariedade e pela Força Sindical mostrou perdas de 88,3% entre janeiro de 1999 e 2013, data do estudo encomendado pelas entidades para calcular as perdas da categoria. QUEM TEM DIREITO CASO O STF JULGUE FAVORÁVEL A AÇÃO?Uma mudança na correção do FGTS, mesmo que futura, vai impactar 217 milhões de contas vinculadas ao Fundo de Garantia, segundo os últimos dados da Caixa Econômica Federal. O número de trabalhadores envolvidos é menor, porque cada profissional pode ter mais de uma conta. Se for aprovada a remuneração da poupança como correção do fundo, o trabalhador teria duas formas de ganho, conforme a Selic, que é a taxa básica de juros da economia. A regra mudou em 2012 e diz que para depósitos realizados até 3 de maio de 2012, a atualização é fixa, de 0,5% ao mês mais TR, o que dá 6,17% ao ano mais TR. Para depósitos feitos após essa data, a remuneração está ligada à taxa básica de juros da economia, a Selic. Se a Selic estiver acima de 8,5% ao ano, o rendimento é de 0,5% ao mês mais TR. Já se a taxa básica estiver igual ou abaixo de 8,5% ao ano, o rendimento da poupança será equivalente a 70% da Selic mais a taxa referencial. Avelino é contra essa proposta, porque ela impacta também os financiamentos da casa própria, mas diz que a proposta feita pelo governo é ainda pior, já que não iria repor a perda dos trabalhadores, apenas corrigiria o saldo das contas pela inflação. ENTENDA O FGTSO FGTS funciona como uma poupança para o trabalhador. O fundo foi criado em 1966, com o fim da estabilidade no emprego, e passou a valer a partir de 1967. Todo mês o empregador deposita 8% sobre o salário do funcionário em uma conta aberta para aquele emprego. Há ainda a multa de 40% sobre o FGTS caso o trabalhador seja demitido sem justa causa. Desde a reforma trabalhista de 2017, há também a possibilidade de sacar 20% da multa após acordo com o empregador na demissão. O fundo, no entanto, é utilizado em políticas públicas de habitação, saneamento básico e infraestrutura urbana, conforme prevê a legislação. O saque do FGTS é autorizado apenas em 16 situações previstas em lei. Fora isso, o trabalhador

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Minoritários da Petrobras pedem assembleia para eleição de conselho

A Petrobras disse nesta sexta-feira (31) que recebeu de acionistas minoritários correspondências solicitando a convocação de uma Assembleia Geral Extraordinária (AGE) para eleição de membros do conselho e presidência do colegiado, após a saída de Jean Paul Prates e a chegada de Magda Chambriard ao comando da companhia. Segundo a estatal, os minoritários argumentam que “teria havido destituição de membro do CA, o que não corresponde aos fatos”. A companhia disse entender que não há motivos para a convocação da AGE, e reiterou explicação divulgada anteriormente de que não há previsão na legislação para isso. “Não obstante, os pedidos serão submetidos à avaliação jurídica e passarão pelos procedimentos de governança da companhia”, acrescentou. Magda tomou posse na última sexta-feira (24). A executiva foi indicada por Lula para substituir Jean Paul Prates, demitido após longo processo de fritura, que ganhou força após sua abstenção em votação sobre dividendos extraordinários sobre o lucro de 2023. Após recuar em relação à proposta de reter 50% dos dividendos extraordinários sobre o lucro de 2023, o governo determinou à empresa que decida até o fim do ano se distribui os 50% restantes. “Precisamos ver como isso se encaixa, o que vem pela frente, o que queremos acelerar”, afirmou Magda. A nova presidente da Petrobras garantiu a manutenção da política de preços dos combustíveis atual, que foi implementada por Prates em 2022 cumprindo promessa de campanha de Lula. (Reuters) Autor/Veículo: Folha de S.Paulo

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Entenda o que é a ANP, agência regulatória da indústria do petróleo

A ANP (Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis), regula e fiscaliza as atividades econômicas integrantes da indústria do petróleo, do gás natural e dos biocombustíveis. Uma de suas responsabilidades é regulamentar e fiscalizar os setores de petróleo, gás e biocombustíveis, da produção e importação aos postos de gasolina. É ela quem realiza os leilões de áreas para exploração e produção de petróleo no país. Frentista abastece um carro branco em um posto de combustível. Ao fundo, outros veículos aguardam sua vez, destacando a rotina movimentada do posto.A agência, uma das mais antigas do país, foi implantada em 1998 a partir do Decreto nº 2.455, apesar de já estar prevista na Lei do Petróleo. É uma autarquia com ampla autonomia técnica e regime especial, possuindo personalidade jurídica de direito público e autogestão patrimonial, administrativa e financeira. A criação da ANP acabou com o monopólio da Petrobras e abriu o mercado de petróleo e gás no Brasil para pesquisa, exploração, produção e refino. Criação: 1998, durante o governo Fernando Henrique Cardoso Orçamento: R$ 134 milhões (2024) Servidores: 650 (2023) Diretores (e quando terminam os mandatos): Rodolfo Henrique de Saboia, diretor-geral (22 de dezembro de 2024)Symone Araújo (18 de fevereiro de 2026)Daniel Maia Vieira(10 de outubro de 2026)Fernando Moura (9 de novembro de 2026)Patrícia Baran, substituta (mandato de 1880 dias ou até nomeação de novo diretor) Autor/Veículo: Folha de S.Paulo

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Os pleitos do setor petróleo na transição energética

A consulta pública aberta pelo Ministério de Minas e Energia (MME) para discutir “Transição Energética Justa, Inclusiva e Equilibrada” abriu espaço para que a indústria de óleo e gás mostrasse quais são suas prioridades nessa área e quais caminhos veem para viabilizar a nova economia verde. A epbr compilou algumas das principais contribuições e mostra como se encaixam no contexto setorial de busca pela descarbonização do setor: Petrobras questiona biometano na mobilidade urbana. Em sua contribuição para a consulta pública do MME, a Petrobras levantou dúvidas sobre a viabilidade do biometano como alternativa sustentável para a mobilidade urbana, citando desafios tecnológicos e econômicos para sua implementação. Vibra pede mudanças no RenovaBio e quer transferir as metas aos produtores e importadores. A Vibra Energia sugeriu mudanças no programa RenovaBio, propondo que as metas de descarbonização sejam transferidas para produtores e importadores de combustíveis, na consulta pública do MME. Shell defende mercado de capacidade rateado por todos os consumidores do país. A Shell, em sua contribuição para a consulta pública do MME, propôs um mercado de capacidade elétrica onde os custos sejam compartilhados entre todos os consumidores, visando maior segurança e eficiência no fornecimento de energia. Origem quer estoque regulador nacional de gás com estocagem subterrânea. A Origem Energia defendeu, na consulta pública do MME, a criação de um estoque regulador nacional de gás natural utilizando estocagem subterrânea para garantir a segurança do abastecimento e a estabilidade dos preços. Produtores independentes querem isenção do imposto seletivo. Produtores independentes de petróleo e gás natural solicitaram isenção do imposto seletivo para aumentar a competitividade e incentivar a produção no país, em contribuição para a consulta pública do MME. Opep+ estende cortes até 2025. A Organização dos Países Exportadores de Petróleo e aliados decidiu manter os cortes voluntários de 2,2 milhões de barris por dia (bpd) de petróleo até o fim de 2024 na última reunião do cartel. “Fim do PPI” da Petrobras completa um ano sob pressão. Com benefícios limitados ao consumidor e em um cenário de insatisfação, sobretudo dos produtores de biocombustíveis e importadores, a pressão por reajustes está alta. É um desafio imediato da nova CEO da estatal, Magda Chambriard. Entenda. Tarifaço na malha de gasodutos do Sudeste. Os usuários da malha de gasodutos da NTS, que movimenta o gás natural nos principais centros de consumo do país, terão um aumento expressivo nas tarifas a partir de junho. O choque tarifário será de 26% na entrada e de 7% na saída do sistema, para os novos contratos firmes de 2024, na comparação com os contratos anuais até então vigentes. Leia na epbr. Diálogos da Transição. A dinamarquesa Maersk divulgou nesta sexta (31/5) que passará a unificar duas sobretaxas relacionadas ao bunker em uma Taxa de Combustível Fóssil (FFF, em inglês), que futuramente também poderá englobar regulamentações que obriguem o uso de novos combustíveis. Leia na epbr. Mercado livre vai engajar consumidor na transição, diz Prime Energy. A ampliação do mercado livre de energia elétrica aos clientes de baixa tensão vai tornar os consumidores mais engajados no processo de transição energética, acredita o CEO da Prime Energy, Guilherme Perdigão. Setor de carvão quer mudar regras para competir em leilão de reserva. Empresas e representantes da indústria querem alterar as regras do leilão de reserva de capacidade deste ano para facilitar a participação das termelétricas a carvão, informou o Valor. Não há restrição específica à fonte segundo a portaria do Ministério de Minas e Energia (MME), mas o formato limita a concorrência de usinas que não tenham flexibilidade no fornecimento. Enel troca presidente em São Paulo. O diretor-presidente da Enel Distribuidora SP Max Xavier Linds renunciou ao cargo que ocupava desde novembro de 2018. A posição será ocupada por Guilherme Lencastre, presidente do Conselho de Administração da companhia em São Paulo. Greve retém 173 mil automóveis importados nos portos. A greve dos auditores fiscais federais está bloqueando a liberação de milhares de veículos importados nos portos brasileiros, causando uma queda de até 5% na atividade econômica do setor automotivo. A paralisação, que busca reajustes salariais, afeta gravemente a cadeia produtiva e o comércio. Autor/Veículo: EPBR

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“Fim do PPI” da Petrobras completa um ano sob pressões de concorrentes e mudança de gestão

O anúncio do fim da política de paridade internacional (PPI) para os preços do diesel e da gasolina da Petrobras completou um ano em maio, com benefícios limitados ao consumidor e em um cenário de insatisfação, sobretudo dos produtores de biocombustíveis e importadores. Há sete meses sem alterar os preços da gasolina e cinco meses sem mudanças no diesel, a pressão por reajustes está alta. É um desafio imediato da nova CEO da estatal, Magda Chambriard, que assumiu o comando da empresa esta semana. A tendência de aumento nos preços internacionais nos próximos meses piora o quadro. Internamente, a pressão vem sobretudo dos produtores de biocombustíveis. O etanol hidratado compete com a gasolina nas bombas, então tende a perder competitividade na decisão do consumidor. Ao passo que a dinâmica do mercado limita o poder da Petrobras de influenciar os preços nas bombas. Pressão do setor de etanol O presidente do conselho de administração da Cosan e da Raízen, Rubens Ometto, cobrou publicamente o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, sobre o cumprimento da política de preços. “Só para lembrar, [e] não querendo ser chato, é muito importante a política de preço [da Petrobras], porque o etanol no Brasil está com o preço diretamente ligado ao preço da gasolina. É claro que a gente se preocupa com a inflação, mas é muito importante não matar as outras alternativas de combustível”, disse o empresário. Ambos participaram, com Lula, da cerimônia de inauguração da segunda usina de etanol de segunda geração da Raízen em Guariba (SP) na sexta-feira (24/5). O presidente “Essa defasagem impacta de uma forma muito direta a capacidade de precificação do etanol”, disse o vice-presidente da Trading da Raízen, Paulo Côrte-Real, a jornalistas no mesmo evento. Em diversas ocasiões nas últimas semanas representantes do setor cobraram do governo uma posição. O presidente da União da Indústria de Cana-de-Açúcar e Bioenergia (Unica), Evandro Gussi, afirmou à epbr que garantir a competitividade adequada para os biocombustíveis é um sinal de respeito da Petrobras ao mercado. “Do ponto de vista ambiental, subsidiar um combustível fóssil transformaria o Brasil num pária global. E, sob o ponto de vista social, o etanol está diluído no Brasil inteiro. Então, a gente tem confiança absoluta de que a Petrobras vai respeitar o mercado”, afirmou. Questionado, o MME lembrou que no Brasil vigora o regime de livre precificação dos combustíveis e que não há qualquer interferência do governo na estratégia comercial dos agentes. A pasta afirmou ainda que os biocombustíveis já têm um diferencial competitivo em relação aos combustíveis fósseis por causa da emenda constitucional publicada em 2022 que garantiu uma alíquota tributária favorável ao etanol. De acordo com o levantamento de preços para a semana de 19 a 25 de maio de 2024, publicado pela Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), a paridade de preços entre etanol hidratado e gasolina C esteve abaixo de 70% em nove Estados e no Distrito Federal, incluindo São Paulo (65,2%), Paraná (65,7%) e Minas Gerais (68,1%). Petrobras perdeu influência nos preços nas bombas Mesmo sem os reajustes, os preços dos combustíveis estão contribuindo para o aumento da inflação. Desde fevereiro, os cálculos do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) apontam altas nos preços da gasolina. No diesel, houve recuo em março, mas retomada da alta em abril. Na Petrobras, Chambriard já assume o cargo com o tema dos preços premente, por causa do longo período sem atualizações nas cotações. O reajuste mais recente da gasolina ocorreu em 19 de outubro de 2023, com uma redução de 4% no preço médio. Desde então, o litro da gasolina é vendido às distribuidoras nas refinarias em média a R$ 2,81. Antes de Jean Paul Prates assumir de fato a Petrobras, em janeiro de 2023, a companhia descongelou os preços da gasolina, passando a cobrar R$ 3,31 (R$ 3,53 corrigidos pelo IPCA). No caso do diesel, a última alteração no preço foi em 8 de dezembro, quando houve um corte de 6,66% e o combustível passou a ser vendido nas refinarias a R$ 3,78 por litro em média. Em janeiro do ano passado, estava em R$ 4,50 (ou R$ 4,79 corrigidos). São cortes nominais, entregues pela gestão de Prates, de 15% e 16% nos preços da gasolina e diesel – 20% e 26%, se corrigidos pela inflação oficial do país. Concorrendo com importados e refinarias privadas, em razão dos preços dos biocombustíveis misturados, além das margens de distribuidoras e postos, a Petrobras segue dominante, mas tem uma influência menor nos preços das bombas do que nas gestões petistas do passado. Do ponto de vista da receita, o sacrifício nos preços têm seu efeito mitigado no bolso do consumidor e no cômputo da inflação oficial do país. Gasolina e diesel acumulavam alta de 6,43% e 1,35% em 12 meses na atualização do IPCA em abril. O que mudou no PPI? A atual política de preços da Petrobras foi anunciada em 12 de maio de 2023, com o objetivo de cumprir a promessa do presidente Lula em seu terceiro mandato de “abrasileirar” os preços dos combustíveis. Até então, a estatal levava em conta na definição dos preços as cotações internacionais e o câmbio. Com a mudança, a companhia afirmou que passaram a ser consideradas outras variáveis, como as alternativas para o suprimento e o valor marginal da petroleira ao definir os preços. O objetivo da empresa é ganhar espaço frente aos concorrentes e “ser sempre a melhor alternativa para o consumidor”, conforme afirmaram nos últimos meses representantes da estatal. Nos primeiros meses, a política foi favorecida pela redução das cotações do barril no mercado internacional. Rússia concorre com diesel nacional Por outro lado, desde o ano passado, a Petrobras ganhou um novo concorrente no mercado interno, o diesel importado da Rússia. Com as sanções europeias e americanas ao produto russo no mercado internacional por causa da invasão à Ucrânia, as importações conseguiram ganhar espaço no Brasil. Um estudo da Leggio Consultoria apontou que, na prática, houve pouca mudança na precificação

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