Author name: Junior Albuquerque

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Agro e petróleo têm de andar de mãos dadas na redução de emissões, diz presidente da Petrobras

Ao apresentar aos empresários fluminenses o Planejamento Energético e o Plano de Clima da Petrobras, a presidente da estatal, Magda Chambriard, disse que a redução das emissões pelo Brasil não passa pelo ataque aos produtos mais exportados, ou seja, petróleo e commodities agrícolas. “Agro e petróleo têm de andar de mãos dadas em prol da redução de emissões. E, no nosso caso, precisamos ver como nossos produtos coprocessados vão participar do Combustível do Futuro. A Petrobras não está se negado a cuidar das suas emissões do escopo 3”, afirmou. Magda reforçou que a energia não é a fonte mais emissora de Gases de Efeito Estufa (GEE) no Brasil. “Se formos enfrentar as emissões de energia no mundo, precisamos enfrentar como o mundo gera essa energia. Mas o Brasil está num lugar diferente. Apenas 25% das emissões são do Brasil, porque nossa matriz é limpa. Temos o biodiesel e as hidrelétricas nos ajudando”, sustentou. Ela participa de reunião do Conselho Empresarial de Petróleo e Gás da Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan). “A Petrobras viabilizou o etanol na década de 1970, o biodiesel nos anos 2000 e o primeiro projeto de eólica offshore do Brasil, que hoje está com a Brava porque fomos obrigados a desinvestir nisso”, complementou. Ao falar do cenário energético no Brasil, que está entre as 10 economias do mundo e apenas em 50º em consumo de energia, Magda Chambriard reforçou que a estatal trabalha pelo aumento do índice de desenvolvimento humano no País e que está comprometida em ajudar o Brasil no fornecimento de energia. Ela ainda criticou a morosidade do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) em relação ao licenciamento de linhas de transmissão elétrica. “Não pode haver plano clima se não estiver de mãos dadas com política energética do País”, afirmou ela. “Mas se a gente quer discutir segurança energética junto com bem-estar social e quer chegar na média do mundo em acesso, tem de produzir mais meio Brasil de energia. Há dois anos o Ibama não licenciava linhas de transmissão”, comentou. Ao apresentar o dado que o Brasil precisa de R$ 129 bilhões de investimento para novas linhas de transmissão até 2034, questionou: “Quem vai pagar por isso? O PDE (Plano Decenal de Expansão de Energia) 2034 prevê mais 25 mil km de linhas de transmissão, quem vai licenciar isso?”. “A demanda por eletricidade está crescendo. Nossa demanda vem do Sudeste, mas hoje tivemos apagão na região Sul e está chegando o data center, inteligência artificial. Precisamos atender a tudo isso e debater como faremos isso”, complementou. A executiva defendeu que um país que precisa de energia precisa enfrentar as pontas do sistema e comentou sobre a Análise de Impacto Regulatório (AIR). “É algo que todo mundo sabe usar, mas dependendo de onde você posiciona essa análise, você tem impactos econômicos”. No Brasil, a AIR é regulamentada pelo Decreto nº 10.411 de 2020, em que são estabelecidos o conteúdo, os requisitos para sua aplicação, as definições, os requisitos mínimos a serem objeto de análise, os casos em que a AIR pode ser dispensada e aqueles nos quais não tem aplicação. “Precisamos pensar o Brasil e isso exige pensar mais do que uma variável: não pode ser só a eólica, a solar ou termoelétrica para não nos apegarmos a uma grande chance de erro”, finalizou. Autor/Veículo: O Estado de São Paulo

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Fórmula em tanque da Refit indica que empresa não refinava, diz ANP

A ANP (Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis) encontrou na sala onde estão os tanques de estocagem de matéria-prima e produtos acabados da refinaria de Manguinhos, da Refit, no Rio de Janeiro, fórmulas com instrução de mistura mecânica de produtos para produção de gasolina automotiva. Segundo o órgão, isso é um dos indicativos de que a empresa não refinava, só formulava, o que é incompatível como sua atividade de registro. No documento de fiscalização, obtido pelo Painel S.A., aparece uma foto do quadro de instrução colado na sala de tanques, em que há a seguinte fórmula para produção de 2.000 m³ de gasolina automotiva: – NMA [N-metil-anilina]: 20 m³– Diesel: 40 m³– Aromático: 210 m³– Nafta: 1.730 m³* Total: 2.000 m³ – Aditivo: 280 litros Segundo o relatório, essa instrução se trata claramente de um procedimento de produção de gasolina por formulação (mistura simples), e não por refino, que é um processo físico-químico, e cuja atividade é a principal da Refit, conforme autorização de operação da ANP. A empresa, portanto, não pode operar realizando apenas formulação, já que sua atividade principal de registro é o refino. A companhia do empresário Ricardo Magro está interditada desde o dia 26 de setembro, após uma “varredura” nas instalações da empresa e na composição dos combustíveis ali produzidos, que durou cerca de 12 horas, e que foi noticiada pelo Painel S.A.. A fiscalização foi realizada como um desdobramento da Operação Cadeia de Carbono, realizada pela Receita Federal e pelo Ministério de Minas e Energia, no dia 19 daquele mês, e que investigou fraudes na importação e na comercialização de combustíveis, petróleo e derivados. Segundo o documento da ANP, o quadro com as instruções de formulação é apenas um dos indicativos de ausência de atividade de refino na Refit. A fiscalização não encontrou na refinaria petróleo cru ou derivados que são utilizados para refinar combustível. Também não achou evidências de equipamentos utilizados em processos de refino para ajuste da octanagem da gasolina. “Importante destacar que a duas torres de destilação atmosférica da Refit não são capazes, tecnicamente, de aumentar a octanagem do insumo ali processado. Para ajuste da octanagem, a Refit só dispõe da alternativa de formulação, o que é compatível com a importação da N-metil-anilina, booster de octanagem, e aromáticos encontrados no local”, disse a ANP à coluna após pedido de mais detalhamento. A agência informa no documento que a fiscalização também encontrou indícios de fraude no processo de importação de matéria-prima para produção de combustível na refinaria. Segundo a ANP, há indicativos de que a empresa importava a gasolina praticamente acabada, classificada erroneamente como condensado ou nafta. A diferença não é só técnica. O imposto sobre importação de petróleo bruto e derivados é maior do que sobre o combustível importado em sua versão quase acabada, como há suspeitas de que a Refit fazia para obter vantagens tributárias. No documento de fiscalização, a ANP diz que também encontrou, durante a operação, problemas de segurança operacional, com produtos de maior risco em tanques não autorizados para armazenar aquele tipo de matéria-prima. Isso também foi usado como justificativa para interditar a refinaria. Refit contesta documento Consultada, a empresa disse ao Painel S.A. que, ao contrário do que é sugerido pela ANP, um laudo elaborado pelo químico Llidio Lazarieviez Antônio a pedido da companhia constatou que os produtos da Refit são óleos brutos de petróleo e não gasolina acabada. “Segundo Lazarieviez, os resultados obtidos na avaliação mostram conformidade com as especificações técnicas da Resolução 807/2020 da própria ANP referentes a octanagem, teor de aromáticos, presença de impurezas, entre outros critérios”, disse a Refit em nota. A empresa afirmou, ainda, que a fórmula de formulação encontrada na refinaria cumpre os parâmetros exigidos pela ANP. Segundo a companhia, além de refinar, ela também realiza formulação, mas dentro das normas e especificações estabelecidas pela autarquia. A Refit também reclamou de a agência ter apontado questões de segurança como um dos motivos para a interdição da empresa. “Por tantas contradições, a Refit avalia como injustificável por parte da ANP apontar como causas da interdição supostos problemas de segurança operacional —quando isto jamais foi mencionado nos autos do processo administrativo. Ao contrário, no parecer técnico 5381465, a ANP faz questão de esclarecer que as infrações que motivaram a interdição não correspondem aos quesitos de gerenciamento de segurança operacional.” No documento de fiscalização a que o Painel S.A. teve acesso, porém, a questão de segurança operacional aparece como uma das justificativas para a interdição. “A ANP também se contradiz ao afirmar presença de gasolina acabada sob regime tributário irregular, uma vez que, na operação realizada no dia 19 setembro, a própria autarquia relatou ter encontrado 62 milhões de litros de nafta na empresa”, completou a Refit na nota enviada à coluna. Autor/Veículo: Folha de São Paulo (Painel S.A.)

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Postos Petrobras lançam campanha de conscientização sobre combustível adulterado

À luz dos casos de adulteração de combustíveis, os Postos Petrobras criaram uma campanha para alertar os motoristas sobre a importância de conhecer a procedência do álcool e da gasolina usados nos veículos. A campanha criada pela Africa Creative busca reforçar que “o barato pode sair caro”. Ou seja, preços muito abaixo da média de mercado podem ser um risco para o bolso, e não uma economia. “O consumidor deve desconfiar e exigir o melhor atendimento sempre. Propostas que aparentemente parecem vantajosas podem se tornar um grande problema”, afirma a vice-presidente executiva comercial varejo da distribuidora licenciada Vibra, Vanessa Gordilho. Para continuar a leitura, clique aqui. Autor/Veículo: Valor Econômico

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XX Encontro de Revendedores de Combustíveis e Lojas de Conveniência do Norte do Brasil

As inscrições estão abertas! 📅 13 e 14 de novembro, no Prince Eventos, em Palmas. O maior encontro de revendedores de combustíveis e conveniências da região Norte vem aí! A programação já está disponível e reúne palestras, exposições e grandes nomes do setor. Um evento feito para quem busca conhecimento, inovação e networking de verdade. Não deixe para depois: as vagas são limitadas! 👉 Garanta já a sua inscrição pelo link: https://eventos.infopalmas.com.br/credenciamento/xx-encontro-de-revendedores-de-combustiveis-e-lojas-de-conveniencia-do-norte-do-brasil/

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Impedir a indústria de petróleo é lesa-pátria, diz gerente da Petrobras

O gerente-executivo de Programas Estratégicos da Petrobras, Wagner Victer, disse nesta quinta-feira (9) que a ideia interromper a produção de petróleo por conta da transição energética “é um trabalho de lesa-pátria” que atende aos interesses estrangeiros. “É inaceitável que o Brasil hoje caia em pautas internacionais que estão criando obstáculos à produtividade e desenvolvimento da indústria e do petróleo brasileiro. Impedir a continuidade e o fomento da indústria de petróleo do Brasil é um trabalho de lesa-pátria e fundamentalmente que vai contra o meio-ambiente, porque o Brasil hoje é o país que produz petróleo com menos carbono associado entre os grandes do mundo”, afirmou. A declaração foi feita durante o último dia da Semana Oficial da Engenharia e da Agronomia, evento promovido pelo Confea (Conselho Federal de Engenharia e Agronomia) e realizado em Serra, no Espírito Santo. “Não produzir petróleo no Brasil fará com que esse mercado seja ocupado por outros países. Quer dizer que não teremos recursos para pesquisa e desenvolvimento. Representa fechar futuramente a Bacia de Campos, do Espírito Santo e de Santos, porque ela não são eternas”, destacou Victer, nomeado ano passado como um “supergerente” da estatal. O executivo salientou não ser contra a transição energética e a promoção da sustentabilidade durante os processos de produção, mas afirmou que o tema não pode minar a produtividade e os recursos provenientes do petróleo ao país. “Não há meio-ambiente se você não tem emprego e desenvolvimento econômico. Não podemos nos abster de discutir isso. O Brasil é responsável por 1% só das emissões fósseis do mundo. Fazer movimento e discurso contra a produção de petróleo atende a interesses estrangeiros”, concluiu. Autor/Veículo: CNN

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ANP recebe mais um equipamento que detecta teor de biodiesel e metanol em campo

A ANP recebeu ontem (9/10), do Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT), por meio da Promotoria de Justiça de Defesa dos Direitos do Consumidor (PRODECON/DF), a doação de um espectrofotômetro, modelo FTIR, equipamento portátil que permite a identificação em campo da presença de metanol na gasolina e no etanol e do percentual de biodiesel adicionado ao óleo diesel. O equipamento foi entregue pelo Promotor da 1a Procuradoria de Defesa do Consumidor (Prodecon) do MPDFT, Paulo Binicheski, em cerimônia no edifício-sede do MPDTF, em Brasília, com a presença do Diretor-Geral da ANP, Artur Watt, da Diretora Symone Araújo e do Diretor Pietro Mendes. Artur Watt, em seu discurso no evento, falou sobre a importância da parceria com o MPDFT, que irá beneficiar a sociedade. “A ANP já realiza suas fiscalizações com bastante empenho, mas esse é um equipamento moderno, um equipamento novo, que tem como principal característica fazer a verificação eletrônica no local do teor de metanol, eventualmente misturado no etanol ou na gasolina – porque é para ter zero – e do teor de biodiesel misturado ao diesel – que é para ter 15%, atualmente. Menos do que esse percentual de biodiesel irá prejudicar a produção nacional. Misturas diferentes disso representam fraudes tanto ao nosso consumidor quanto o produtor nacional”, afirmou. Trata-se do sétimo espectrofotômetro FTIR recebido pela ANP. A doação foi realizada por intermédio da Promotoria de Justiça de Defesa dos Direitos do Consumidor, que celebrou um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) com uma rede de supermercados prevendo, como forma de compensação por danos coletivos, a doação do equipamento à ANP. O primeiro equipamento foi doado à ANP pelo Ministério Público do Estado do Sergipe (MPSE) e os outros cinco, pela iniciativa privada. No caso do metanol, a Agência já utilizava outro tipo de teste para detecção em campo, e os FTIRs vieram se somar para ampliar ainda mais esse controle. Com relação ao percentual de biodiesel, sem esse equipamento, somente é possível identificar o teor incorreto em laboratório, ou seja, após o final da ação fiscal. Com o dispositivo, o agente de fiscalização da ANP consegue detectar em campo se a mistura obrigatória de biodiesel no óleo diesel está sendo cumprida e se há presença de metanol na gasolina e no etanol, aplicando imediatamente medida cautelar de interdição em casos de irregularidades e impedindo que o produto não conforme chegue ao consumidor. Tanto no caso da detecção de irregularidades em campo quanto em laboratório, a ANP aplica um auto de infração e instaura processo administrativo, no qual é garantido o direito à ampla defesa e ao contraditório, garantido por lei. Em caso de condenação, o agente está sujeito às penalidades previstas em lei, como multas (que podem chegar a R$ 5 milhões), suspensão e revogação da autorização. Autor/Veículo: Agência Câmara de Notícias

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Comissão debate fiscalização da mistura de biodiesel no óleo diesel B

A Comissão de Minas e Energia da Câmara dos Deputados realizará audiência pública na terça-feira (14) para discutir a fiscalização da mistura obrigatória de biodiesel no óleo diesel B e os impactos concorrenciais, ambientais e ao consumidor decorrentes do descumprimento da norma. O debate atende a pedido do deputado Alceu Moreira (MDB-RS) e está marcado para as 10 horas, no plenário 14. O objetivo é avaliar a atuação da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) na fiscalização da mistura e propor medidas que assegurem o cumprimento das metas de transição energética previstas na Lei do Combustível do Futuro, que estabelece aumento progressivo do teor obrigatório de biodiesel no óleo diesel B. Segundo o deputado, relatórios técnicos recentes indicam aumento preocupante na venda de diesel B com teor de biodiesel inferior ao mínimo legal. Dados da ANP e de entidades como o Instituto Combustível Legal (ICL) mostram que 43% das amostras testadas entre março de 2024 e maio de 2025 estavam fora da especificação. Alceu Moreira alerta que a comercialização de diesel fora das especificações legais compromete a concorrência leal, reduz a arrecadação e traz riscos ambientais e mecânicos. “A prática de não conformidade na mistura de biodiesel tem gerado distorções no mercado e ameaça os avanços conquistados na política de biocombustíveis do país”, afirma. Autor/Veículo: Agência Câmara de Notícias

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Como funciona o novo laboratório que produzirá combustível verde em SP

O Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT), vinculado à Secretaria de Ciência, Tecnologia e Inovação do Estado de São Paulo, inaugurou na quinta-feira, 9, o Laboratório de Hidrogênio, LabH². No local, será produzido hidrogênio para pesquisar como baratear seu preço, tornar seu uso mais eficiente e como armazená-lo de forma segura, além de como automóveis ou indústrias podem utilizá-lo. O objetivo do laboratório é acelerar o uso de hidrogênio no Brasil e facilitar a implementação dessa tecnologia, com potencial para reduzir significativamente as emissões de gás carbônico, o principal causador do efeito estufa. O LabH² vai ainda formar mão de obra especializada por meio de cursos de pós-graduação e realizar projetos de pesquisa, em parceria com empresas, prefeituras e instituições de outros países, como a Alemanha e Portugal. O laboratório fica na Cidade Universitária da USP, na zona oeste de São Paulo. São 1 mil m² de área construída, com dois pontos para abastecimento com hidrogênio, que permitirão atender tanto automóveis quanto ônibus e caminhões, e 30 técnicos especializados em energia renovável. O governo investiu R$ 50 milhões no local. “Automóveis movidos a hidrogênio vão ser uma grande revolução”, afirmou Anderson Correia, diretor-presidente do IPT. “Além de não fazer barulho, a energia gerada pelo hidrogênio é limpa, enquanto a que vem do petróleo e do carvão é suja, polui.” O LabH² é um exemplo de parceria entre a administração pública, o mundo acadêmico e a iniciativa privada, um modelo que pode alavancar projetos ligados à inovação. Na década de 1970, o Programa Nacional do Álcool (Proálcool), por exemplo, colocou o Brasil na dianteira do desenvolvimento de bioenergia graças ao esforço conjunto de cientistas, empresas e poder público.Modelos de automóveis a hidrogênio A inauguração do LabH² ocorre em meio às negociações com quatro empresas — Toyota, Hyundai, GWM e Tupi —, além de parceria já assinada com a Empresa Metropolitana de Transportes Urbanos de São Paulo (EMTU). Com as montadoras, Correia conta que a ideia é estimular a fabricação no Brasil de modelos de automóveis a hidrogênio, como os carros Hyundai Nexo e Toyota Mirai e o caminhão GWM Hydrogen Truck. Esses modelos marcaram a abertura do LabH2. “Estamos testando como armazenar o hidrogênio dentro do motor para ficar o mais seguro possível, estudando qual o melhor metal a ser usado, como garantir a segurança em caso de acidente para que o hidrogênio não escape”, afirma o presidente do IPT. A ausência de postos no País — devido à dificuldade e ao alto custo de armazenamento do hidrogênio — é um dos grandes gargalos para o uso de automóveis movidos pela substância. Por isso, o IPT já testa alternativas para esse armazenamento. “Vamos testar ônibus movidos a hidrogênio com a EMTU. A empresa gerencia 5 mil coletivos na Grande São Paulo. O governo do Estado pode criar postos de abastecimento com hidrogênio para esses ônibus, porque precisa ter uma demanda para funcionar. É isso que tentamos incentivar”, disse o presidente do IPT. Como funciona Com o LabH², o IPT passa a ter estrutura para produção, compressão, armazenamento e fornecimento de hidrogênio. A produção pode envolver processos que utilizam exclusivamente energia renovável ou também com baixa emissão, por exemplo, a partir do aproveitamento de resíduos. O hidrogênio é vantajoso tanto em usos de mobilidade quanto em processos de aquecimento na indústria, a exemplo da cerâmica e de metais. No carro a hidrogênio, a energia usada para mover o veículo é produzida no motor, de forma constante, o que torna o veículo mais eficiente. Assinado em 2015, o Acordo de Paris prevê esforços para limitar alta da temperatura global a 1,5ºC acima dos níveis pré-industriais (meados do século 19). Tecnologias que permitam uma transição energética são essenciais para evitar a queima de combustíveis fósseis. Autor/Veículo: O Estado de São Paulo

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Setor de energia pode descarbonizar transportes e indústria, mas carece de governança, diz coalizão

O setor elétrico diz que pode ajudar a descarbonizar transportes e indústria no Brasil, contribuindo para as metas de redução de emissões do país, mas cobra maior ação do governo para organizar o mercado, hoje alvo de lobbies que preocupam investidores e elevam o custo das tarifas. A mensagem foi entregue nesta quinta-feira (9) à presidência da COP30 por uma coalizão envolvendo 73 empresas e oito associações. Estão fora da lista, porém, representantes da energia solar, que vêm se beneficiando de subsídios criticados no manifesto. O trabalho elaborado com apoio da consultoria PSR parte do princípio de que a matriz elétrica brasileira já é 90% renovável, então o objetivo de longo prazo é manter esse percentual, que hoje já representa mais do que o dobro da média global. Para isso, diz, é necessário mais do que dobrar a capacidade atual de geração de energia, inserindo 345 GW (gigawatts) em potência nova de energia limpa. Assim, o país chegaria a 2050 com 88% da matriz elétrica renovável. O presidente da PSR, Luiz Barroso, diz que a projeção considera o avanço da eletrificação sobre os setores de transporte e indústria e a implantação de projetos de grande consumo, como data centers ou plantas de hidrogênio verde. E conclui que a manutenção da matriz 90% da matriz renovável tem potencial de promover sinergias para a descarbonização nacional e global da economia em até 176 milhões de toneladas de CO₂ por ano. O valor é equivalente a 11% das emissões totais do Brasil atualmente. “Hoje, a indústria vive de usar combustível fóssil, seja carvão ou gás para esquentar água ou gerar vapor. A gente assume que muitos desses processos podem ser eletrificados”, afirma ele. “Por isso é importante manter a renovabilidade [da matriz].” O manifesto defende, porém, que essa ambição depende de correção de rumos de governança. A avaliação é que o governo deixou de ser o agente central de planejamento do setor, que vem sendo feito de forma equivocada pelo Congresso Nacional. Esse cenário permitiu, por exemplo, a aprovação de leis para a contratação sem necessidade de energias fósseis e diversas prorrogações de subsídios que levaram ao crescimento descontrolado da geração distribuída de energia solar no país. Entre as propostas entregues à presidência da COP, portanto, estão vedações para a contratação de energia fóssil que não esteja prevista pelos órgãos planejadores e para a concessão de novos subsídios setoriais, além daqueles com objetivo social. O setor diz ainda que é importante reduzir subsídios vigentes, modernizar tarifas para fomentar eficiência energética, fomentar investimentos de adaptação da rede de transmissão às mudanças climáticas e reforçar a governança do setor. “A escolha é se vamos ter transição organizada ou caótica. O que enfrentamos agora é transição caótica, o que é sintoma de desordenamento setorial”, diz o diretor executivo de Regulação da Abradee (Associação Brasileira de Distribuidoras de Energia Elétrica), Ricardo Brandão. Segundo o estudo, a redução da renovabilidade da matriz limita seu impacto sobre a descarbonização da economia brasileira. No limite, o setor pode passar a ser emissor líquido de carbono caso a participação das renováveis seja menor do que 70%. “O recado do setor privado é que precisa de previsibilidade e planejamento”, diz a presidente do CEBDS (Conselho Empresarial Brasileiro para o Desenvolvimento Sustentável), Marina Grossi. “Não se faz nada para 2050 sem planejar um plano de ação para o curto prazo.” Autor/Veículo: Folha de São Paulo

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Por que montadoras retomam aposta na gasolina

Apesar de investir bilhões de dólares em veículos elétricos, grande parte da indústria automobilística tradicional está se adaptando rápida e alegremente a uma nova realidade: a de uma vida mais longa para o motor a combustão. Jim Farley, executivo-chefe da Ford, chamou essa mudança de “oportunidade de múltiplos bilhões de dólares”, enquanto a concorrente General Motors (GM) está apostando US$ 900 milhões no futuro de um motor V8 mais limpo, que pode ser usado em caminhonetes e utilitários esportivos (SUVs) movidos a gasolina ou híbridos. Clique aqui para ler a notícia completa. Autor/Veículo: Valor Econômico

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