Author name: Junior Albuquerque

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Leilão confirma pré-sal mais diversificado e ANP dá recado de continuidade da oferta

O leilão do 3º Ciclo da Oferta Permanente da Partilha negociou cinco dos sete blocos ofertados no polígono do pré-sal, nas bacias de Santos e Campos. a Petrobras foi a maior vencedora da disputa, com duas áreas arrematadas como operadoraem ambas a estatal superou concorrentesKaroon e CNOOC estreiam como operadores de blocos no regime de partilha, cada uma com um contratoa Equinor também arrematou duas áreas: Itaimbezinho como operadora e Jaspe como sócia da Petrobrase a PRIO tentou entrar no regime de partilha, mas perdeu a concorrência por Citrino para a PetrobrasAo todo, as cinco áreas negociadas garantiram uma arrecadação de R$ 103,7 milhões em bônus de assinatura — ante os R$ 161,5 milhões possíveis, se todos os blocos fossem arrematados. Veja o resultado do 3º Ciclo da Oferta Permanente da Partilha: Bacia de SantosEsmeraldaVencedor: Karoon (100%)Excedente em óleo ofertado: 14,10% (ágio de 33,8%)Bônus de assinatura: R$ 33.736.000,00Não houve concorrência AmetistaVencedor: CNOOC* (70%)/Sinopec (30%)Excedente em óleo ofertado: 9% (ágio de 40,4%)Bônus de assinatura: R$ 1.060.087,39Não houve concorrência Bacia de CamposCitrinoVencedor: Petrobras (100%)Excedente em óleo ofertado: 31,19% (ágio de 251,3%)Bônus de assinatura: R$ 5.689.435,33 O vencedor superou a concorrência da PRIO, que apresentou excedente de 22,42% ItaimbezinhoVencedor: Equinor (100%)Excedente em óleo ofertado: 6,95% (ágio de 4,2%)Bônus de assinatura: R$ 11.008.615,95Não houve concorrência ÔnixNão houve ofertas LarimarNão houve ofertas JaspeVencedor: Petrobras (60%)/Equinor (40%)Excedente em óleo ofertado: 32,85% (ágio de 96,4%)Bônus de assinatura: R$ 52.234.042,42 O vencedor superou a concorrência do consórcio Chevron /Qatar Energy que apresentou excedente de 28,89% Autor/Veículo: Eixos

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Postos, pelúcias, motéis e fintechs: onde a polícia já identificou lavagem de dinheiro do PCC

As novas estratégias para lavagem de dinheiro do crime pelo Primeiro Comando da Capital (PCC) vão desde exploração de postos de combustíveis até lojas de brinquedo, passando por motéis, fintechs e lojas de rede de perfumaria. É o que revelam as mais recentes operações policiais que miram a operação financeira do crime organizado. Nessa quarta-feira, o Ministério Público de São Paulo, a Polícia Civil e a Secretaria da Fazenda deflagraram a Operação Plush, que investiga a viúva e a cunhada de Cláudio Marcos de Almeida, o “Django”, ex-chefe da facção assassinado em 2022. As duas, Natália Stefani Vitória e Priscila Carolina Vitória Rodrigues, são suspeitas de abrir lojas de brinquedos em shoppings da capital, Guarulhos e Santo André para ocultar recursos provenientes do tráfico e de outras atividades ilícitas do grupo. De acordo com o MP, as irmãs investiram milhões de reais em quatro lojas da rede Criamigos Oficinas de Ursos, embora não tivessem ocupação lícita declarada. A Justiça determinou o bloqueio de R$ 4,3 milhões em bens das investigadas. O nome da operação, Plush, que significa “pelúcia” em inglês, foi escolhido em alusão ao ramo de atividade usado para mascarar o dinheiro do crime. Django, morto em circunstâncias violentas há três anos, era apontado como um dos principais articuladores do comércio de drogas e armas da facção. Ele já havia aparecido nas investigações da Operação Fim da Linha, que mirou a empresa de ônibus UPBus, suspeita de servir à lavagem de recursos do grupo criminoso. A Operação Plush se soma a uma sequência de ações recentes que vêm revelando o raio de alcance do PCC dentro da economia formal, envolvendo motéis, franquias de beleza e fintechs da Faria Lima, além de redes de postos de combustíveis em dez estados. Em agosto, a megaoperação Carbono Oculto desvendou um esquema bilionário de lavagem de dinheiro e fraudes tributárias no setor de combustíveis. Segundo o Ministério Público de São Paulo, a facção chegou a controlar cerca de 1.560 postos e 40 fundos de investimento, com patrimônio estimado em R$ 30 bilhões. O grupo utilizava fintechs e instituições de pagamento, como a BK Bank e a Bankrow, para movimentar e ocultar valores de origem ilícita, usando o mecanismo das chamadas “contas-bolsão”, em que o dinheiro de vários clientes é misturado em uma única conta, dificultando o rastreamento. As investigações apontam que, entre 2020 e 2024, os postos ligados ao PCC movimentaram R$ 52 bilhões. O dinheiro era reinvestido em fazendas, usinas, imóveis de luxo e frotas de caminhões. Entre os bens apreendidos estavam uma mansão de R$ 13 milhões em Trancoso (BA), 1.600 caminhões, quatro usinas de álcool e um terminal portuário. O caso escancarou o uso de fintechs como “bancos paralelos”, que operavam à margem da regulação do Banco Central. Parte dessas instituições não era obrigada a reportar movimentações suspeitas ao Coaf, o que facilitava a ação do crime organizado. Um mês depois, em setembro, o Gaeco e a Receita Federal voltaram à carga com a Operação Spare, um desdobramento da Carbono Oculto. A investigação revelou que o PCC diversificou as frentes de lavagem: além dos combustíveis, usava franquias de beleza, motéis e empreendimentos imobiliários para dar aparência legal aos lucros ilícitos. O principal alvo era Flávio Silvério Siqueira, o “Flavinho”, suspeito de chefiar uma rede de 400 postos e 60 motéis. Só entre 2020 e 2024, o grupo teria movimentado R$ 4,5 bilhões, pagando apenas 0,1% em impostos. Outra figura central era Maurício Soares de Oliveira, dono de quase 100 lojas da rede O Boticário, que não tem relação com o esquema. Suas franquias operavam com 100% dos depósitos em espécie, um clássico indício de lavagem. As investigações também identificaram empresas de fachada e laranjas usados para movimentar os recursos, além da participação da fintech BK Bank, a mesma já citada na Carbono Oculto. Parte do dinheiro também era escoado por casas de jogos clandestinos no litoral paulista. Os promotores apontam conexões diretas entre empresários e lideranças do PCC. Nomes de alto escalão da facção, como Wagner Ferreira da Silva, o “Cabelo Duro”, José Carlos Gonçalves, “o Alemão” e Rafael Maeda Pires, “o Japonês”, assassinados em anos anteriores, eram frequentadores das residências de alvos da operação. Poucos dias depois da Spare, a Polícia Civil da Bahia deflagrou uma operação que revelou outra ramificação do mesmo esquema, com lavagem de até R$ 6 bilhões por meio de 200 postos de combustíveis espalhados entre Bahia, São Paulo e Rio de Janeiro. Sete pessoas foram presas, e R$ 6,5 bilhões em bens foram bloqueados. Essa estrutura varejista foi novamente alvo de uma nova fase da investigação, batizada de Operação Octanagem, deflagrada em São Paulo na terça-feira (21). A ação mirou postos ligados ao empresário Mohamad Hussein Mourad, suspeito de ser um dos operadores financeiros do grupo. Em um dos estabelecimentos, os policiais encontraram fraudes nas bombas e combustível adulterado. Segundo a Receita Federal, mais de mil postos em dez estados integravam a engrenagem que lavava dinheiro do PCC, reinserindo os valores no sistema financeiro por meio de fintechs e fundos de investimento. Autor/Veículo: O Globo

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EUA impõem sanções às maiores petrolíferas russas e pedem que Moscou aceite cessar-fogo na Ucrânia

O secretário do Tesouro dos Estados Unidos, Scott Bessent, anunciou nesta quarta-feira, 22, sanções contra duas das maiores empresas petrolíferas russas, Rosneft e Lukoil, com o argumento de que o presidente da Rússia, Vladimir Putin, se recusa “a pôr fim” à guerra na Ucrânia. O anúncio das sanções ocorre depois que o presidente americano Donald Trump adiou uma reunião com Putin em Budapeste devido à falta de progresso para deter a invasão russa da Ucrânia. “Diante da negativa do presidente Putin a interromper esta guerra sem sentido, o Departamento do Tesouro impõe sanções a duas das mais importantes companhias petrolíferas que financiam a máquina de guerra do Kremlin”, disse Bessent em comunicado. Segundo a nota do Tesouro, também há a possibilidade de sanções secundárias a instituições financeiras estrangeiras que participam de transações com as empresas russas. “O OFAC (Escritório de Controle de Ativos Estrangeiros do Departamento do Tesouro dos EUA) pode proibir ou impor condições rigorosas à abertura ou manutenção, nos Estados Unidos, de uma conta correspondente ou de uma conta pagável de uma instituição financeira estrangeira que, conscientemente, conduza ou facilite qualquer transação significativa em nome de uma pessoa designada de acordo com a autoridade competente”, afirma. “O objetivo final das sanções não é punir, mas sim promover uma mudança positiva de comportamento” acrescenta o departamento em nota. Edward Fishman, pesquisador da Universidade Columbia, explica que de acordo com o texto do Tesouro, cabe ao governo americano decidir se vale a pena ou não aplicar as sanções secundárias previstas e afetar alianças importantes, como Índia, Emirados Árabes, Hungria e Brasil – que importa diesel da Rússia. “Isso ainda não está resolvido”, ele afirmou. A Rússia disse na quinta-feira que as novas sanções dos EUA à sua indústria petrolífera colocam em risco os esforços diplomáticos para acabar com a guerra na Ucrânia e afirmou que é imune a elas. “Consideramos esta medida totalmente contraproducente”, disse Maria Zakharova, porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da Rússia, durante sua coletiva de imprensa semanal. “Nosso país desenvolveu uma forte imunidade às restrições ocidentais e continuará a desenvolver com confiança seu potencial econômico, incluindo seu potencial energético”, acrescentou. Até hoje, o governo Trump não havia emitido nenhuma nova sanção à Rússia relacionada à invasão em larga escala da Ucrânia. É um forte contraste com os anos Biden, quando os Estados Unidos tiveram uma média de mais de 170 novas sanções por mês entre 2022 e 2024, visando a produção de armas, aquisição de tecnologia e serviços bancários. O governo Biden acabou bloqueando mais de 6.200 indivíduos, empresas, embarcações e aeronaves ligadas à Rússia, de acordo com uma análise de dados do Departamento do Tesouro. Trump expressou esperança de que as medidas ajudem a encerrar o conflito na Ucrânia: “Estas são sanções enormes (…) e esperamos que não durem muito. Esperamos que a guerra seja resolvida.” Quase ao mesmo tempo, um porta-voz da presidência da União Europeia informou que o bloco havia concordado em impor um novo pacote de medidas, o 19º desde o início da invasão da Ucrânia em fevereiro de 2022, com o objetivo de cortar o financiamento de petróleo e gás de Moscou. Sanções da UE sobre petróleo e gásUma das medidas do pacote de sanções do bloco europeu é a proibição de um ano das importações de gás natural liquefeito da Rússia. Eles também colocarão na lista negra mais de 100 petroleiros da frota fantasma, um exército de navios que ajudam a Rússia a driblar as restrições à exportação de petróleo. Autor/Veículo: O Estado de São Paulo

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O que muda com corte dos preços da gasolina? XP destaca impacto para Petrobras e IPCA

A Petrobras (PETR3;PETR4) anunciou a queda dos preços da gasolina em 4,9% (ou 14 centavos) após muitas teorias sobre a manutenção os valores altos do combustível em relação à paridade internacional. Contudo, em nota, a XP Investimentos destaca que continua vendo o preço da gasolina com um prêmio de cerca de 15% em relação à paridade do Golfo dos EUA (antes do ajuste, o prêmio era de cerca de 20%). Os preços do diesel se mantiveram e estão com um prêmio de cerca de 3% após a recente queda nos preços internacionais, segundo as estimativas dos analistas Régis Cardoso e João Rodrigues. Os analistas apontam que a visão é neutra para a Petrobras. “A redução de preço era amplamente esperada e ficou na faixa inferior das possíveis reduções de preço. Observamos também que as estimativas para os custos de paridade de importação divergiram bastante nos últimos períodos”, avaliam. A Associação Brasileira de Comerciantes de Combustíveis (Abicom) estima um prêmio muito menor, de cerca de +3% para a gasolina após a redução de preço, e o diesel ainda com um desconto de cerca de -3%. A XP ressalta que a redução de preço também tem implicações para os distribuidores de combustíveis e produtores de etanol. “Para os distribuidores, isso gerará perdas de estoque no 4T25. Observamos, no entanto, que esse efeito é transitório e não tem impacto além do quarto trimestre”, conclui. O Itaú BBA avalia que a medida era esperada, embora a magnitude tenha ficado abaixo das expectativas do mercado. A diferença entre os preços domésticos da gasolina e o preço de paridade internacional (IPP) aumentou e se manteve nas últimas cinco semanas, levando o mercado a antecipar uma revisão de preços, confirmada pelo anúncio de hoje, destacam os analistas. Segundo as estimativas, os preços domésticos da Petrobras estavam 11% acima da paridade, sugerindo que o ajuste (-5%, ou R$ 0,14 por litro) foi menor do que o esperado. “Vale destacar que um aumento do imposto estadual (ICMS) sobre a gasolina está previsto para entrar em vigor em 1º de janeiro de 2026”, aponta. “Após o ajuste de hoje, os preços domésticos da gasolina ficarão 6% acima do IPP, segundo nossas estimativas. É importante notar que a empresa pode avaliar os parâmetros de sua estratégia comercial de forma diferente das nossas estimativas”, conclui o BBA. Já a equipe macroeconômica da XP avalia que a redução do preço da gasolina tem impacto baixista de 9 pontos-base (bps) no IPCA (8 bps na gasolina e 1 bp por efeito indireto sobre o etanol), sendo -3 bps em outubro e -6 bps em novembro. Por fim, incorporando o efeito, a estimativa é de revisão nas projeções do IPCA entre 4,5% e 4,6% (hoje em 4,7%). Autor/Veículo: Infomoney

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Ibama libera Petrobras para buscar petróleo na Foz do Amazonas

O Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) concedeu na segunda-feira (20) à Petrobras a licença para a estatal perfurar um poço na Bacia da Foz do Amazonas (AP) na Margem Equatorial. A decisão pôs fim a um período de quase 12 anos de espera e abre espaço para estudos técnicos sobre aquela que é considerada a nova fronteira petrolífera de maior potencial desde a descoberta do pré-sal, em meados dos anos 2000. No setor de petróleo, a exploração é uma fase de pesquisa que inclui a perfuração de poços para avaliar se existe óleo no local. Clique aqui para continuar a leitura. Autor/Veículo: Valor Econômico

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Após onda de eletrificação, montadoras voltam a apostar na gasolina

Apesar de investir bilhões de dólares em veículos elétricos, uma grande parte da indústria automobilística está se adaptando rapidamente —e com satisfação— a uma nova realidade para o tradicional ICE (sigla em inglês para motor de combustão interna). O CEO da Ford, Jim Farley, chamou a mudança de “uma oportunidade de bilhões de dólares”, enquanto a rival General Motors está apostando US$ 900 milhões em um V8 mais limpo, que pode ser usado em caminhões e SUVs. No entanto, analistas alertam que essa mudança traz grandes riscos, considerando a rápida ascensão da China em veículos elétricos. O foco em veículos a gasolina e híbridos segue uma desaceleração na demanda por veículos elétricos nos EUA após o presidente Donald Trump cancelar créditos fiscais para compras no setor e propor a revogação de regras sobre emissões de gases de efeito estufa. Ford e GM não estão sozinhas. A Stellantis também ressuscitou o motor V8 Hemi nas picapes RAM e no Dodge Charger. A japonesa Honda adiou um investimento de US$ 11 bilhões em uma fábrica de veículos elétricos no Canadá por dois anos, enquanto a sul-coreana Hyundai anunciou planos para uma nova picape de tamanho médio nos EUA. Mesmo na Europa e no Reino Unido, onde as vendas de veículos elétricos representaram 20% dos novos registros em agosto, uma reviravolta pode acontecer. Executivos pedem que a proibição de motores a gasolina em 2035 seja flexibilizada para permitir outras tecnologias, como os veículos híbridos. Apenas a China avançou em sua transição verde com veículos elétricos, que devem superar as vendas de carros a gasolina em base anual pela primeira vez este ano. “A cauda do ICE agora é mais gorda e longa do que qualquer um pensou que seria”, disse o diretor financeiro da GM, Paul Jacobson, em uma conferência recente, mesmo enquanto a empresa continua a investir em novos carros elétricos. A significativa perda de participação de mercado na China por marcas estrangeiras também deixa a indústria com pouca escolha a não ser buscar mais vendas nos EUA. “Em dez anos, as empresas poderiam acordar e ser muito regionais, relevantes apenas nos EUA, e isso seria bastante limitante para seu potencial de longo prazo”, disse Mark Wakefield, líder global de mercado automotivo da AlixPartners. Apesar do recente declínio nos preços das baterias, os carros elétricos são menos lucrativos do que seus equivalentes a gasolina. No ano passado, a Ford registrou um prejuízo operacional de US$ 5 bilhões em seu negócio eletrificado, mas obteve US$ 5,3 bilhões de sua divisão a combustão. A AlixPartners reduziu quase pela metade sua previsão de veículos eletrificados para os EUA e agora espera que os elétricos representem 7% das vendas de carros em 2026, com os automóveis a gasolina chegando a 68% e os híbridos, a 22%. Mesmo em 2030, espera-se agora que os veículos eletrificados representem apenas 18% nos EUA, significativamente menor que os 40% na Europa e 51% na China. Entre os poucos perdedores da reversão no ambiente regulatório dos EUA estão marcas focadas em elétricos como a Tesla, que na semana passada alertou que mudanças nas regras de emissões “privariam os consumidores de escolha e extensos benefícios econômicos” e “teriam efeitos negativos na saúde humana”. Outra perdedora é a alemã Porsche, que recentemente alertou sobre um impacto de 1,8 bilhão de euros no lucro operacional anual como resultado do custo de expandir sua linha de gasolina e híbridos. “A morte do motor de combustão interna não vai acontecer em nossa vida”, disse Joseph McCabe, presidente da AutoForecast Solutions. O CEO da BMW, Oliver Zipse, disse recentemente que a montadora sempre seguiu uma estratégia flexível, e que ignorar a demanda contínua por carros a gasolina foi um erro. As fortes vendas de híbridos nos EUA ajudaram a impulsionar os resultados globais da japonesa Toyota para um recorde nos primeiros oito meses do ano, com 7,4 milhões de unidades vendidas. Os híbridos representaram cerca de 40%, e o estoque desses veículos nos EUA era de apenas cinco dias em maio. A visão da China, agora o maior mercado automotivo do mundo, é drasticamente diferente, e analistas alertam sobre os perigos de as montadoras tradicionais, particularmente os grupos americanos, desacelerarem a eletrificação para investir novamente em motores a combustão. A China produziu 18,6 milhões de carros a gasolina no ano passado —dos quais mais de 4 milhões foram exportados— em comparação com um pico de 28,1 milhões em 2017, de acordo com dados da Automobility. O mercado chinês responde por dois terços das vendas globais de carros elétricos, em comparação com apenas 9% nos EUA. A China também tem cerca de 70% da participação no mercado mundial de baterias, além do domínio no processamento de níquel, cobalto e grafite e na produção de cátodos e ânodos. Enquanto tarifas de 100% significam que a BYD e outras montadoras chinesas estão excluídas do mercado americano, elas estão fazendo incursões agressivas na Europa. “O mercado de carros elétricos não está apenas crescendo rapidamente, sua própria natureza está mudando”, disse Tanya Sinclair, CEO da Electric Vehicles UK. “É por isso que é decepcionante ver atrasos [em modelos eletrificados].” Autor/Veículo: Folha de São Paulo

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Fiscalização do abastecimento: ANP firma acordo com o Ipem-SP

Foi publicado ontem (20/10), no Diário Oficial da União, o acordo de cooperação técnica e operacional celebrado entre a ANP e o Instituto de Pesos e Medidas do Estado de São Paulo (Ipem-SP), vinculado à Secretaria da Justiça e Cidadania do Estado de SP. O acordo está voltado para a fiscalização de agentes econômicos que atuam no transporte, revenda e comercialização de derivados do petróleo e biocombustíveis. Prevê a atuação conjunta entre os órgãos para a repressão de condutas irregulares no setor. Inclui também ações visando à educação e à orientação do respeito às normas da ANP e à legislação em vigor no exercício dessas atividades. A parceria compreende ainda o georreferenciamento (registro da localização geográfica de agentes econômicos), com objetivos de contextualização espacial e atualização do cadastro de empresas junto à ANP. Isso aumenta a confiabilidade sobre os dados das empresas do setor de combustíveis, contribuindo para a segurança do abastecimento, bem como para o planejamento das ações de fiscalização. A partir da celebração do acordo, será operacionalizado o respectivo plano de trabalho com a sistemática de cooperação técnica e operacional entre os dois órgãos, visando à fiscalização do mercado de combustíveis, na região de competência do Ipem-SP, que envolve todo o estado de São Paulo. A parceria estabelece que o Ipem-SP poderá fiscalizar essas atividades, em nome da ANP, através de seu quadro de pessoal capacitado pela Agência e mediante ordens de serviço por ela emitidas. O acordo não prevê a transferência de recursos financeiros e terá duração de 60 meses, podendo ser prorrogado. A ANP mantém acordos de cooperação técnica com órgãos públicos de todo o país para atuação conjunta no mercado brasileiro de combustíveis. Autor/Veículo: Assessoria de imprensa da ANP

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Painel sobre evolução automotiva destaca papel do etanol na descarbonização e na mobilidade

O 5º painel da 25ª Conferência Internacional DATAGRO sobre Açúcar e Etanol, realizado nesta segunda-feira (20), em São Paulo, trouxe à tona um dos temas mais atuais e estratégicos para o futuro da mobilidade: “Evolução da Tecnologia Automotiva: do carro a álcool, ao flex, ao híbrido flex, em direção ao etanol”. Moderado por Pedro Robério de Melo Nogueira, presidente do Sindaçúcar-AL e vice-presidente da COAGRO/CNI, o debate reuniu Henry Joseph Jr., assessor especial da presidência da ANFAVEA e conselheiro da Associação Brasileira de Engenharia Automotiva (AEA), e João Irineu Medeiros, vice-presidente de Assuntos Regulatórios da Stellantis, para discutir a trajetória e o futuro da tecnologia automotiva nacional voltada ao etanol. Abrindo o painel, Pedro Robério destacou a importância da evolução tecnológica que permitiu ao Brasil sair dos primeiros carros a álcool, criados na esteira do Proálcool, para o desenvolvimento dos veículos flexfuel, símbolo da engenharia automotiva nacional. Em seguida, Henry Joseph Jr. fez um resgate histórico da trajetória do etanol como combustível automotivo. Segundo ele, o uso do álcool nos motores remonta à década de 1930, mas foi com a criação do Programa Nacional do Álcool (Proálcool), em 1975, que o país iniciou uma transição efetiva. “Naquele período, as conversões de veículos eram simples, mas funcionais. Os centros de apoio tecnológico criados para isso enfrentaram muitos desafios. Com o tempo, surgiram marcos regulatórios, como o comércio de álcool automotivo em 1977 e a criação do Conselho Nacional do Álcool em 1979, que estabeleceu padrões técnicos e financeiros para viabilizar a produção e o uso de veículos a álcool hidratado”, explicou. Henry lembrou que o entusiasmo inicial deu lugar à retração nos anos 1980 e 1990, mas o cenário mudou radicalmente em 2003, com o nascimento do carro flexfuel — tecnologia 100% brasileira que devolveu a confiança ao consumidor e reposicionou o etanol como um combustível competitivo e sustentável. “O avanço do Proconve, o programa de controle das emissões veiculares, caminhou lado a lado com o desenvolvimento dos motores flex, reforçando o compromisso ambiental do país. O etanol é a peça-chave para reduzir gases de efeito estufa com a frota que já está nas ruas — um ativo que poucos países possuem”, concluiu. Representando a indústria automotiva, João Irineu Medeiros, da Stellantis, trouxe uma visão estratégica sobre o futuro da mobilidade e o papel do etanol na descarbonização. “A Stellantis responde por 30% do mercado automotivo da América do Sul e tem o desafio de liderar o processo de descarbonização com investimentos de 32 bilhões de reais em tecnologias locais. O etanol caminha lado a lado com essa meta, pois o Brasil já possui uma das maiores frotas de veículos flex do mundo”, afirmou. O executivo destacou ainda que, embora os carros elétricos sejam uma tendência global, os altos custos de produção e infraestrutura ainda limitam sua expansão. Nesse contexto, as soluções híbridas flex e os bio-hybrids — veículos que combinam eletricidade e etanol — despontam como alternativas sustentáveis e economicamente viáveis. “O ciclo de vida do etanol é mais equilibrado que o do elétrico puro, e o híbrido flex representa o melhor dos dois mundos. O Brasil está à frente do seu tempo nessa transição energética, conciliando inovação, baixo custo e redução de emissões”, pontuou. Autor/Veículo: Datagro

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Etanol de milho cresce no Brasil após tarifaço de Trump

O programa Proálcool, lançado na década de 1970 como resposta à crise do petróleo, colocou o Brasil na vanguarda mundial dos combustíveis alternativos a partir da cana-de-açúcar. Meio século depois, um novo protagonista desponta no setor energético: o etanol de milho. Segundo reportagem publicada pelo Brazil Stock Guide, a produção disparou nos últimos anos e projeta alcançar quase 10 bilhões de litros em 2025, cerca de um quarto da produção de etanol de cana. Em 2017, o país contava com apenas uma usina dedicada exclusivamente ao milho, com capacidade anual de 500 milhões de litros. Hoje, já são 24 unidades em operação e outras 16 em construção, concentradas principalmente no Centro-Oeste, mas em rápida expansão em direção ao Nordeste. Até 2028, a expectativa é de uma produção distribuída de forma mais equilibrada pelo território nacional. Estrutura flexível e impacto no agronegócio O crescimento acelerado se deve, em parte, ao avanço das chamadas plantas flex, capazes de processar tanto milho quanto cana, reduzindo a sazonalidade da produção e aumentando a eficiência do setor. Além do combustível, cada usina também atua como uma fábrica de proteína. Os coprodutos do processo, como o DDG e o DDGS (grãos secos de destilaria), ricos em proteínas, são utilizados na alimentação de bovinos, suínos e aves. Assim, o milho se transforma em energia e ração, criando uma cadeia integrada que fortalece o agronegócio. Papel do RenovaBio e credibilidade internacional O programa federal RenovaBio foi fundamental para consolidar o segmento. Com metas de descarbonização e a criação dos créditos de descarbonização (CBIOs), negociados no mercado, o programa deu previsibilidade ao setor e atraiu investimentos bilionários. O etanol de milho ganhou, assim, um “selo verde” que amplia sua competitividade tanto no mercado interno quanto externo. Além disso, a tecnologia conhecida como alcohol-to-jet abre caminho para transformar o etanol em combustível sustentável para aviação, o que pode inserir o Brasil em um mercado global de alto valor agregado. Desafio diplomático com os Estados Unidos O principal risco para o futuro do setor está na arena internacional. O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, impôs tarifa de 50% sobre o etanol brasileiro — medida que atingiu sobretudo a produção de cana, cujas exportações são direcionadas quase exclusivamente para programas de descarbonização da Califórnia, como o RFS e o LCFS. Trump pressiona o governo Lula a reduzir a tarifa de 18% que o Brasil aplica sobre o etanol americano. O presidente norte-americano chegou a afirmar que existe “química” em sua relação com o mandatário brasileiro, mas, para analistas do setor, Brasília não demonstra disposição em ceder após o aceno. Autor/Veículo: Brasil 247

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Combustíveis fósseis dominarão uso global de energia após 2050, diz McKinsey

Petróleo, gás e carvão continuarão a dominar a matriz energética mundial muito além de 2050, já que o aumento da demanda por eletricidade supera a mudança para as energias renováveis, de acordo com um novo relatório da McKinsey. O uso contínuo de combustíveis fósseis representa um grande desafio para as metas globais de emissões líquidas zero de gases causadores do efeito estufa. A demanda por eletricidade crescerá principalmente devido a um aumento projetado de 20% a 40% nos setores industrial e de construção até 2050, de acordo com o estudo, sendo que os data centers norte-americanos são vistos como os maiores contribuintes para essa expansão na demanda por eletricidade. A expectativa é que o uso de gás natural para geração de energia cresça significativamente, enquanto o uso de carvão também pode persistir em níveis mais altos. A McKinsey espera que os combustíveis fósseis respondam por cerca de 41% a 55% do consumo global de energia em 2050, abaixo dos 64% atuais, mas acima das projeções anteriores. A demanda de energia relacionada às centrais de processamento de dados dos EUA deve crescer quase 25% ao ano até 2030, enquanto a demanda dos data centers em todo o mundo terá um crescimento médio de 17% ao ano entre 2022 e 2030, especialmente nos países da OCDE. É improvável que os combustíveis alternativos sejam amplamente adotados antes de 2040, a menos que sejam obrigatórios e as energias renováveis têm o potencial de fornecer de 61% a 67% do mix de energia global em 2050, disse a McKinsey. “Essa foi provavelmente a nossa maior mudança de pensamento sobre a evolução do sistema energético”, disse à Reuters Diego Hernandez Diaz, sócio da McKinsey, acrescentando que a consultoria não espera que a demanda de petróleo se estabilize até a década de 2030. Combinado com a economia regional e global de alguns combustíveis fósseis, “isso nos leva a… ver até 55% da pilha global de energia sendo formada por combustíveis fósseis em 2050”. A perspectiva energética global está sendo moldada pela incerteza geopolítica e pelos governos que priorizam a acessibilidade e a segurança energética em detrimento do cumprimento das metas do Acordo de Paris. (Reuters) Autor/Veículo: Terra

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