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Brasil assina acordo que exclui caminhões movidos a biocombustíveis a partir de 2040

O Brasil, por meio do Ministério dos Transportes, aderiu nesta terça-feira (11) a uma coalizão de 42 países que busca eletrificar todos os veículos médios e pesados até 2040, em direção contrária à defesa do próprio governo brasileiro ao uso de biocombustíveis para descarbonizar o setor de transportes. O anúncio foi feito durante a COP30, em Belém. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) pediu na semana passada, durante a Cúpula do Clima, a adesão de países a um compromisso lançado pelo Brasil para o mundo quadruplicar a produção de combustíveis sustentáveis até 2035, incluindo os biocombustíveis. A agenda é estratégica para o agronegócio brasileiro, que vê oportunidade de alavancar suas exportações de etanol, biodiesel e biometano. O memorando de entendimento assinado nesta terça pelo Brasil diz que até 2040 todos os veículos médios e pesados vendidos no país, como ônibus e caminhões, precisarão ser totalmente livres de emissões. Em 2030, a meta é alcançar 30% das vendas. A contabilização da pegada de carbono feita pela iniciativa, no entanto, considera apenas os gases emitidos durante o uso dos veículos, o que favorece apenas a eletrificação e o hidrogênio verde –esta última indústria ainda engatinha. Os biocombustíveis são considerados limpos quando se analisa todo o seu ciclo de vida, incluindo a absorção de carbono das plantações das matérias-primas desses combustíveis. Assim, eles estão fora do escopo considerado pela coalizão que o governo brasileiro aderiu, a Drive to Zero, liderada pelo governo da Colômbia. A adesão do Brasil, além de ir em direção contrária ao pleito do próprio presidente Lula, contrasta com o interesse crescente da indústria brasileira pelo biometano como um substituto do diesel nas frotas de caminhão do país. O BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social), por exemplo, é um dos maiores financiadores dessa indústria no país. Nos últimos meses, houve disparada nos emplacamentos de caminhões a gás no Brasil, que podem usar o biometano. No primeiro semestre, segundo a Anfavea (Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores), foram 356, mais do que o dobro do que o ano passado inteiro. Entre as empresas que já usam o biometano em sua frota estão a Natura e a L’oreal. Além disso, algumas fabricantes de caminhões no Brasil, como Scania e Iveco, também optaram por produzir veículos capazes de rodar com biometano. A tecnologia ainda é incipiente, mas é vista como promissora pela indústria, já que o combustível pode ser feito tanto por meio de resíduos orgânicos da agricultura quanto de aterros sanitários. Outros biocombustíveis também são defendidos pelo governo nesta indústria. No final de outubro, Lula, o vice-presidente, Geraldo Alckmin, e o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, participaram de uma cerimônia de lançamento do Bevan, um combustível feito a partir de gordura animal e óleo de soja e que pode substituir o diesel em caminhões e ônibus. O memorando de entendimento assinado não é deliberativo, mas aponta para os caminhos que os países assinantes querem adotar para descarbonizar seu setor de transportes. Apesar de o documento não citar biocombustíveis diretamente, a diretora global da Drive to Zero, Stephanie Kodish, foi categórica quanto ao objetivo da iniciativa. “Emissões zero significa zero emissões do escapamento. Portanto, não inclui basicamente nada, exceto baterias elétricas e hidrogênio”, afirmou à Folha, durante cerimônia de adesão do Brasil na COP30, que também contou com a presença de executivos da Volkswagen no Brasil. “O memorando de entendimento é agnóstico em termos de tecnologia, mas o que não está aberto para discussão é que nenhuma poluição saia do escapamento; emissão zero significa emissão zero. Então não é uma certa porcentagem que te aproxima de zero, é zero”, acrescentou quando questionada sobre os biocombustíveis. A Folha apurou que a decisão de aderir à iniciativa partiu do Ministério dos Transportes —a presença do ministro Renan Filho na cerimônia era cogitada até segunda (10). Dentro do Itamaraty, que participa de discussões globais sobre o uso de combustíveis no setor rodoviário, técnicos desconheciam a iniciativa. A adesão também pegou de surpresa o próprio setor de biometano. “Eu vou conversar com o ministério, que sempre reconheceu a importância do biometano. Não consigo imaginar o ministério fazendo algo diferente do que ele sempre defendeu”, diz Renata Isfer, presidente da Abiogás (Associação Brasileira do Biogás e Biometano). Questionado sobre a aparente contradição entre a adesão do Brasil à iniciativa e as políticas gerais do governo Lula, o secretário de Sustentabilidade do Ministério dos Transportes, que participou da cerimônia, disse que a entrada do país é para promover o diálogo dentro da Drive to Zero. “O que o Ministério dos Transportes tem feito é dialogar com todos os segmentos, aderir a todas as estratégias e conciliar essas estratégias com a estratégia de transição energética brasileira”, afirmou. “Nas ambições do memorando nossa contribuição est´á alinhada com todas as políticas que já estamos desenvolvendo.” Autor/Veículo: Folha de São Paulo

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COP-30: ‘Se mundo usar etanol na gasolina, queda de carbono será significativa’, diz Renan

O ministro dos Transportes, Renan Filho, afirmou nesta segunda-feira, 10, que se o mundo utilizasse etanol misturado na gasolina, como faz o Brasil, as emissões de carbono teriam uma redução significativa. Segundo ele, que conversou com o Estadão/Broadcast ao chegar na abertura da Cúpula do Clima das Nações Unidas (COP-30) em Belém (PA), o setor de transportes do Brasil é um exemplo de transição energética. “Nós somos o País que mais usa etanol, que emite muito menos carbono do que a gasolina. Mesmo na gasolina tem um porcentual grande de etanol, isso reduz emissão. Se o mundo fizesse isso, colocasse um pequeno porcentual de etanol na gasolina, já seria significativa a redução de emissões, mas eles [os outros países] também não desejam isso, não fazem”, afirmou. Para o ministro, o Brasil é referência na transição energética e não o contrário quando comparado ao resto do mundo. Ele foi a Belém em um caminhão do ministério para ouvir a população e avaliar a qualidade das estradas. Segundo ele, o formato foi aprovado e deve ser repetido. “O Brasil ele tem grandes exemplos, a gente é referência, não o contrário, a gente emite muito menos do que as grandes potências. Além disso, a gente tem uma matriz energética praticamente 100% limpa hoje”, completou. Autor/Veículo: Terra

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Preço do frete tem 3ª queda seguida ajudado por diesel estável e maior fiscalização

O preço médio do frete por quilômetro rodado no Brasil registrou a terceira queda mensal consecutiva em outubro, com o valor médio nacional passando de R$ 7,25 em setembro para R$ 7,23 em outubro, uma retração de 0,28%, segundo o Índice de Frete Rodoviário da Edenred (IFR). O resultado indica certa estabilidade nos preços, após meses de variações mais intensas no setor, avaliou a Edenred Frete. O IFR é um índice do preço médio do frete e sua composição é levantada com base nos dados exclusivos das 8 milhões de transações anuais de frete e vale-pedágio administradas pela Edenred Repom. “De um lado, o agronegócio mantém boas perspectivas com a projeção de safra recorde para 2025, o que tende a sustentar a demanda de transporte. Por outro, a desaceleração da atividade industrial observada nos últimos meses reduziu o ritmo de embarques, pressionando levemente os preços para baixo”, explicou em nota. A estabilidade do preço do combustível também contribuiu para conter variações. De acordo com o Índice de Preços Edenred Ticket Log (IPTL), o diesel S-10 manteve o valor médio de R$ 6,21 em outubro, sem alterações em relação à média registrada em setembro. Além das variáveis econômicas, a intensificação da fiscalização da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) sobre o cumprimento da Tabela de Preço Mínimo de Frete tem influenciado o comportamento do mercado. “A fiscalização mais rigorosa da ANTT contribuiu para manter a média do frete em níveis estáveis. Com mais empresas buscando se adequar às regras, observa-se uma menor dispersão nos valores praticados e uma tendência de equilíbrio entre oferta e demanda”, disse em nota o diretor da Edenred Frete, a Vinicios Fernandes. Autor/Veículo: Jornal de Brasília

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Encontro do Norte do Brasil reúne revenda do país em Palmas

O XX Encontro de Revendedores de Combustíveis e Lojas de Conveniência do Norte do Brasil, que será realizado amanhã (13) e sexta-feira (14), em Palmas (TO), vai encerrar o ciclo de eventos da revenda, promovido nas cinco regioões do país, que contam com apoio da Fecombustíveis. O evento acontecerá na Prince Eventos e promete movimentar o segmento com feira de negócios e programação de palestras variada, desde cenário político e econômico do país ao combate às irregularidades do setor. O encontro vai reunir autoridades locais, especialistas do setor e revendedores de todo o país. Confira a programação completa, clique aqui. Autor/Veículo: Assessoria de Comunicação da Fecombustíveis

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PCC tinha fórmulas ‘profissionais’ para adulterar combustíveis

A Polícia Civil do Piauí identificou que uma rede de postos ligada ao Primeiro Comando da Capital (PCC) pode ter utilizado fórmulas químicas elaboradas para expandir a adulteração de combustíveis na região Norte e Nordeste. A descoberta ocorreu durante a Operação Carbono Oculto 86, deflagrada nesta semana para desarticular o esquema de lavagem de dinheiro e fraude no setor. De acordo com o secretário de Segurança Pública do Piauí, Chico Lucas, a operação revelou pela primeira vez a ligação entre o braço financeiro do PCC e o setor de combustíveis no Norte e Nordeste do Brasil. Imagem encontrada no celular de um dos investigados mostra quatro receitas distintas de adulteração, com cálculos de custos e parâmetros técnicos que indicam o uso de engenharia química profissional. De acordo com a Polícia Civil, impressões iniciais da área técnica de qualidade da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) indicam que a adulteração tem características “profissionais” e foi planejada para escapar dos testes de fiscalização. “O criminoso aufere vantagens econômicas irregularmente e prejudica o consumidor pela perda de conteúdo energético e descumprimento das especificações de qualidade. Um teste simples da proveta poderia desmascarar a fraude”, diz as impressões iniciais da agência. O material inclui anotações sobre a mistura de derivados e tipos de etanol, elaboradas para simular a composição da gasolina automotiva. Em uma das fórmulas, a combinação alterava o equilíbrio entre gasolina e álcool, violando as especificações de qualidade. Outros cálculos indicam o uso de insumos de baixo custo e aditivos sem identificação, o que, segundo técnicos, demonstra tentativa de aproximar o produto da aparência de gasolina regular. Uma análise preliminar apontou que parte das misturas conseguiria enganar testes de campo e o exame da proveta, parecendo dentro dos parâmetros legais. O percentual de etanol anidro na gasolina tipo C, que é o combustível padrão comercializado no país, passou de 27,5% para 30% em agosto de 2025, segundo resolução do Conselho Nacional de Política Energética (CNPE). Misturas fora desses limites configuram adulteração e crime contra as relações de consumo. De acordo com os investigadores, o rascunho apreendido pode ser anterior a agosto deste ano. A Carbono Oculto 86 revelou que o grupo usava empresas de fachada, fundos de investimento e fintechs para movimentar recursos ilícitos e ocultar patrimônio. “O fato do crime organizado ter penetrado num ramo de atividade lícita, trazendo prejuízo para o consumidor e uma concorrência desleal, mostra que é necessário combater os crimes violentos das facções, mas tem que também desfinanciar as operações”, afirmou o secretário Chico Lucas. A rede investigada, que operava dezenas de unidades no Piauí, Maranhão e Tocantins, teria ligação direta com os mesmos operadores financeiros e fundos expostos na Operação Carbono Oculto, deflagrada em São Paulo, que apurou um esquema nacional que movimentou R$ 52 bilhões. Para Lucas, o compartilhamento de informações entre os estados poderia ser mais célere. “Hoje há várias questões legais que precisam ser superadas. Então, o que se discute é que alguns tipos de informações poderiam transitar entre diversos órgãos de segurança e do Ministério Público com menos engessamento para permitir mais agilidade na investigação”, disse. O inquérito sobre o esquema envolvendo postos e distribuidoras nos estados do Norte e Nordeste foi instaurado após a venda da Rede de Postos HD para a Pima Energia e Participações, empresa aberta apenas seis dias antes da aquisição, o que reforçou a suspeita de que o negócio serviu para mascarar a origem dos recursos. O valor da transação não foi informado. (Estadão Conteúdo) Autor/Veículo: Eixos

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Setor elétrico teme que veto sobre royalties de petróleo inviabilize incentivo a baterias

O setor elétrico teme que um dos únicos pontos elogiados por associações de consumidores na aprovação pelo Congresso da MP (medida provisória) que muda regras de energia não tenha viabilidade caso o presidente Lula faça vetos ao texto por pressão das petroleiras, principalmente da Petrobras. Trata-se de um artigo que permite incentivos de até R$ 1 bilhão por exercício fiscal a projetos de investimento em sistemas de armazenamento de energia com baterias no Brasil, por meio da isenção de contribuição para o PIS/Pasep, Cofins e IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados). Segundo parecer do relator da matéria no Congresso, o senador Eduardo Braga, a medida remove o principal entrave ao segmento, já que hoje o Brasil classifica esses sistemas como equipamentos de informática. Braga diz no texto que essa “estrutura tributária ultrapassada e onerosa” impõe carga de cerca de 70,8% sobre esse mercado. A renúncia fiscal poderia ser compensada pelo artigo da lei que prevê mudanças no regramento dos preços usados como referência para o cálculo dos royalties de petróleo. Conforme o parecer do senador Eduardo Braga, a ideia é dar mais realismo aos preços que são usados para calcular as participações governamentais na exploração de petróleo. “Ressaltamos que a medida representará um importante ganho de arrecadação para a União, algo que contribuirá para o equilíbrio fiscal”, diz o texto. A medida, porém, gerou incômodo entre petroleiras e o mercado, que teme, conforme apurou a Folha, que o maior pagamento de royalties, principalmente por parte da Petrobras, gere menos dividendos aos acionistas. Se o presidente Lula ceder ao lobby das petroleiras e do mercado, há temor de que os incentivos para o segmento de armazenamento de energia não tenha viabilidade fiscal. Colapso no sistema Representantes de consumidores avaliam que o incentivo é importante para ampliar a infraestrutura de armazenamento de energia elétrica, já que a sobrecarga de geração no sistema, causada principalmente pelas fontes renováveis intermitentes, como solar e eólica, têm causado cortes de energia como forma de prevenir um colapso no sistema elétrico, com apagões generalizados. Uma das soluções para esse problema é o desenvolvimento de um sistema robusto de armazenamento, para que, durante os momentos de maior geração essa energia seja “estocada”, e não injetada no sistema. Essa energia armazenada, então, pode ser utilizada no futuro, quando há pico de consumo e a produção cai pela intermitência de fontes de energia, como a própria solar. Na MP do setor elétrico aprovado pelo Congresso em apenas 18 segundos na semana passada, os consumidores acabaram penalizados por esses cortes de energia no sistema, com a possibilidade de que os custos do chamado “curtailment” recaiam sobre a conta de luz. O gasto imediato pode chegar a R$ 7 bilhões. Geração distribuída Além do incentivo a baterias, a MP do governo buscava corrigir esses cortes de energia por meio da diminuição de incentivos a projetos de geração distribuída, em que a produção de energia ocorre no local de consumo ou próximo, por meio, por exemplo, da instalação de painéis solares. A geração distribuída é uma das grandes vilãs hoje da sobrecarga no sistema. Durante a tramitação na Câmara, foi suprimido do texto um dispositivo que criava uma cobrança de R$ 20 por 100 quilowatts-hora (kWh) sobre novos projetos. O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, criticou a derrubada do dispositivo. “O próximo desafio da segurança energética do Brasil é a gente equilibrar a geração distribuída. Eu esperava que o Congresso tivesse contribuído com isso, mas infelizmente venceram os lobbies e não venceu o interesse público”, disse Silveira sobre a votação da MP na semana passada. Ele alertou sobre a possibilidade de “colapso energético” no sistema elétrico e afirmou que baterias para armazenamento são, hoje, a grande solução para esse problema. “Sem baterias, nós vamos ao colapso energético. Vamos ter excesso de geração, dificuldade na operação do sistema, que não consegue enxergar o volume de energia distribuída que está entrando”, afirmou. Autor/Veículo: Folha de São Paulo (Painel S.A.)

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Brasil explora petróleo e tem posição especial para falar de transição, diz presidente da COP30

O embaixador André Corrêa do Lago, presidente da COP30 —a conferência sobre mudança climática das Nações Unidas— defendeu que o mapa do caminho para se afastar dos combustíveis fósseis deve ser debatido no evento, e que o Brasil deve ser protagonista neste debate, justamente por ser uma dos maiores produtores de petróleo do mundo. “O Brasil é um país fóssil, não há dúvida disso, e de certa forma isso nos dá uma posição muito especial para falar sobre o tema. Mas também somos campeões em renováveis e na agricultura. Somos campeões em florestas. Queremos ser campeões em todas essas áreas. Portanto, acho que talvez seja o lugar certo para discutir isso”, afirmou. O embaixador repercutiu os discursos do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) durante a Cúpula de Líderes que antecedeu a COP30. O petista prometeu que o país irá criar um fundo para que os lucros do petróleo sejam usados para financiar a transição energética, e defendeu a elaboração de um mapa do caminho da transição para longe dos combustíveis fósseis. O objetivo desse mapa é definir como, na prática, deve acontecer o “transitioning away” do petróleo, gás e carvão, com critérios e prazos para que isso seja realizado. O termo, que costuma ser traduzido como “transição para longe”, foi acordado entre os países na COP28, no que foi considerado um marco histórico. Porém, desde então, não se voltou mais ao tema, e na prática esse movimento estagnou. Um dos obstáculos é justamente a resistência de países que tem sua economia baseada no petróleo. Para o embaixador, é justamente o fato de o Brasil ser uma nação que explora os fósseis que lhe dá um lugar de destaque para desenhar este mapa. “Agora, como nós faremos isso? Haverá consenso sobre como faremos isso? Esse é um dos grandes mistérios da COP30”, completou o embaixador. A CEO da COP30, Ana Toni, defendeu que o mapa do caminho é uma forma de aprofundar o debate do acordo feito na COP28 sobre o “transitioning away”. “Lembre-se da frase inteira [do acordo]: ‘transicionar de forma justa e ordenada’. O que significa exatamente ‘justa e ordenada’? Temos critérios para decidir o que isso é?”, afirmou, sobre como deve acontecer a discussão. Em outubro, menos de um mês antes da COP30, o Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis) emitiu a licença para a Petrobras perfurar o bloco 59 da bacia de petróleo da Foz do Amazonas. Na prática, a decisão pode abrir uma nova fronteira de exploração de fósseis no país, e foi criticada por ambientalistas. À Folha, o presidente do Ibama afirmou que seria hipócrita esperar a COP30 terminar para emitir a licença, e diz que a decisão foi estritamente técnica. A exploração de petróleo na Foz do Amazonas se tornou um dos principais embates do governo Lula. A ideia é defendida por nomes como o ministro Alexandre Silveira (Minas e Energia), o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União Brasil-AP), e o próprio petista. É criticada por organizações da sociedade civil e pela ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, que defende que, agora que foi liberada, essa exploração seja feita com uma rígida governança ambiental. Autor/Veículo: Folha de São Paulo

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COP: Combustíveis renováveis unem Brasil, Belarus, Canadá e Coreia do Norte

Tão diferentes, Brasil, Belarus, Canadá e Coreia do Norte compartilham pelo menos um objetivo na agenda climática. Durante a reunião de cúpula da COP30, 19 países assinaram compromisso para quadruplicar o uso de combustíveis sustentáveis. Apelidado de “Belém 4X”, o compromisso visa quadruplicar o uso de combustíveis sustentáveis até 2035. Além dos quatro países, Armênia, Chile, Guatemala, Guiné, Índia, Itália, Japão, Maldivas, México, Moçambique, Myanmar, Países Baixos, Panamá, Sudão e Zâmbia completam o heterogêneo grupo. A iniciativa foi liderada pelo Brasil, Itália e Japão. Para o governo brasileiro, a variedade e a ampla distribuição geográfica do grupo “demonstra a relevância dos combustíveis sustentáveis para a transição energética e o combate à mudança do clima nas mais diversas partes do planeta”. “A variedade, sobretudo, é o testemunho de que estamos no rumo certo e de que a causa reverbera no mundo inteiro. O grupo reúne países ricos, em desenvolvimento, pequenos, grandes, de todo o planeta. É, felizmente, um grupo diverso de países”, disse o embaixador Mauricio Lyrio, secretário de Clima, Energia e Meio Ambiente do Itamaraty. O Brasil tem adotado um tom, às vezes, ambíguo sobre o tema. Na abertura da cúpula de líderes da COP, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva defendeu a redução da dependência dos combustíveis fósseis. Dias antes, porém, o Palácio do Planalto comemorou o avanço do licenciamento ambiental para a exploração de petróleo na Margem Equatorial, no Amapá. Autor/Veículo: CNN Brasil

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35% de etanol, 25% de biodiesel: novas misturas entram em fase de avaliação

As misturas de até 25% de biodiesel ao óleo diesel (B25) e de até 35% de etanol anidro na gasolina (E35) integram trabalho do Subcomitê de Avaliação da Viabilidade Técnica de Misturas de Altos Teores de biocombustíveis em Combustíveis Fósseis, cirado recentemente pelo Ministério de Minas e Energia (MME). As adições de biocombustíveis estão previstas na Lei Combustível do Futuro. Mas como ficam os estudos do MME? Eixos Principais de Trabalho Os trabalhos serão estruturados em dois eixos principais: o primeiro dedicado ao biodiesel, com foco na avaliação de misturas acima de 15% (B15) e até 25% (B25), e o segundo voltado ao etanol anidro, com análises de misturas na gasolina acima de 30% (E30) e até 35% (E35). As atividades do eixo Biodiesel serão as primeiras a serem iniciadas, em novembro deste ano, com a definição e execução de um plano de testes para avaliar o desempenho, a compatibilidade e os efeitos das novas misturas sobre motores e sistemas de abastecimento, conforme previsto na Lei do Combustível do Futuro. A criação do Subcomitê de Avaliação da Viabilidade Técnica de Misturas de Altos Teores de Biocombustíveis em Combustíveis Fósseis reforça o compromisso do MME com a implementação técnica da Lei do Combustível do Futuro e com a integração entre governo, setor privado e academia, destaca, em nota, o Ministério. Autor/Veículo: Jornal Cana

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Volkswagen vai lançar híbridos flex de todos os tipos no Brasil a partir de 2026

A Volkswagen confirmou nesta sexta-feira, 31, em grande evento na fábrica da Anchieta, em São Bernardo do Campo (SP), a eletrificação completa dos modelos da marca a partir de 2026 no Brasil e na América do Sul. A montadora vai oferecer todos os tipos de hibridização: modelos híbridos leves, híbridos completos e do tipo plug-in (recarregáveis). A VW também confirmou a produção do 1º veículo com a nova plataforma MQB37 na fábrica Anchieta, com sistema de propulsão HEV flex. O sistema vai combinar motores a combustão e elétrico, tal como os Toyota Corolla sedã e Corolla Cross – e, em breve, o inédito Yaris Cross. No caso da marca alemã, o futuro modelo será baseado no novo T-Roc, recém-lançado na Europa. Com presença de lideranças globais da marca, entre elas o chairman executivo da Volkswagen América do Sul, Alexander Seitz, a cerimônia na Anchieta foi comandada pelo presidente e CEO da VW do Brasil, Ciro Possobom. E teve a presença de Geraldo Alckmin, vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC). Segundo Alckmin, o Brasil lidera o desenvolvimento de veículos movidos a combustíveis sustentáveis no mundo. Além disso, ele destacou a importância de investimentos em novos sistemas de segurança. Dos R$ 2,6 bilhões liberados pelo BNDES para a Volkswagen, R$ 136 milhões são destinados à ampliação da oferta do sistema ADAS nos veículos da marca. Como serão os híbridos da Volkswagen A principal novidade no T-Roc é justamente o sistema híbrido HEV, inédito na plataforma MQB37 (também chamada de “MQB Evo”). O conjunto combina o motor 1.5 TSI a um módulo elétrico, compressor de ar-condicionado elétrico e bateria de íons de lítio. Haverá duas versões, com 136 cv ou 170 cv de potência, e ambas com 31,2 mkgf de torque máximo. No Brasil, a base deverá dar origem às novas gerações de Nivus e T-Cross, além do futuro SUV médio que sucederá o Taos 2026. A plataforma MQB37 é ligeiramente maior que a atual MQB A0, também usada nos compactos Polo e Virtus. Por falar neles, haverá diferentes níveis de eletrificação. A dupla de entrada terá o sistema será o híbrido leve eTSI com bateria de 48 Volts. Ainda em 2023, o JC antecipou que a Volkswagen produziria o motor 1.5 TSI Evo2 flex no Brasil. Além de substituir o veterano 1.4 TSI flex, o novo motor será a base dos futuros híbridos nacionais da marca alemã. Sua produção será na fábrica de São Carlos, no interior paulista. Autor/Veículo: O Estado de São Paulo (Jornal do Carro)

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